sexta-feira, abril 27, 2007

Educação: Governo quer generalização da figura do Delegado de Segurança

Leiria, 26 Abr (Lusa) - O secretário de estado da Educação, Valter Lemos, anunciou hoje que no próximo ano lectivo todos os 1.400 agrupamentos de escolas e todas as escolas não agrupadas terão um Delegado de Segurança. "É uma figura que já existe em algumas escolas e funciona bem. Por isso, queremos que se generalize, porque será uma forma de garantir as melhores condições de prevenção [da violência] em todas as escolas", disse o secretário de estado em Leiria.
Valter Lemos explicou que as funções do Delegado de Segurança passam pela gestão do sistema de cada escola, articulação com o programa "Escola Segura" e contactos com o Gabinete de Segurança do Ministério da Educação (ME), forças de segurança, encarregados de educação e outras entidades.
Questionado sobre as recomendações do relatório sobre violência nas escolas apresentado terça-feira na Assembleia da República (AR), o secretário de estado considerou que "vão ao encontro" das medidas do ME para combater a indisciplina.
Valter Lemos, que se encontrava em Leiria para participar no lançamento do projecto do Governo Civil "Na escola com segurança", assumiu que o documento "ainda não foi suficientemente estudado", mas acredita que "comungará das mesmas preocupações que todos temos" em relação à violência nas escolas" e, por isso, será analisado com "a máxima atenção".
O documento, apresentado terça-feira pela deputada socialista Fernanda Asseiceira na Comissão de Educação, Ciência e Cultura, contém as conclusões de um grupo de trabalho sobre o fenómeno da violência nas escolas e termina com algumas sugestões ao Governo de iniciativas legislativas.
Entre essas recomendações estão a criação de uma "comissão de segurança" em todas as escolas que integre professores, alunos, pais, pessoal auxiliar e forças de segurança; o reforço da autoridade dos professores e a implementação de sistemas electrónicos de vigilância nos recreios.
"As conclusões que ouvi estão alinhadas com o conjunto de medidas que o ME já tomou, está a tomar ou tem vindo a tomar no quadro das questões de prevenção da indisciplina, que são uma coisa, e da violência nas escolas, que são outra", sublinhou Valter Lemos.
O secretário de Estado destacou a aposta nas novas tecnologias como forma de prevenção da violência e de recolha de informação, um dos aspectos abordados no relatório da AR, considerando que tanto a comissão como o ME "estão irmanados em relação às soluções a adoptar".
"Já anunciámos a generalização do cartão electrónico, do sistema electrónico de recolha de informação e a instalação de video-vigilância em algumas escolas", referiu.
Outras das recomendações do relatório sobre violência nas escolas são a introdução de alterações nos programas de formação de professores que os preparem para a gestão e mediação de conflitos; uma maior atenção por parte das escolas para o fenómeno do "bullying" (intimidação e agressão repetida de alunos fortes sobre outros mais fracos); a generalização do uso do cartão electrónico individual, do livro de ponto electrónico e da ficha de aluno electrónica; a requalificação dos espaços e um aumento da autonomia das escolas a nível de gestão.
MLE Lusa/Fim

Mona Vazia


Relatório da Assembleia da República Sobre Violência e Indisciplina na Escola

Na sequência de decisão do 9.º Congresso Nacional dos Professores (Moção aprovada) e das notícias de que a Assembleia da República teria divulgado um relatório com recomendações para o Governo sobre aspectos a considerar no âmbito do combate à indisciplina e à violência em ambiente escolar, a FENPROF divulgou em comunicado 12 medidas para esse combate, as quais podem ser consultados na página electrónica do SPRC.

Esta é uma matéria muito importante sobre a qual recomendamos o envio de textos que possam ser divulgados nos nossos órgãos de comunicação.

O Departamento de Informação e Comunicação
Sindicato de Professores da Região Centro

quinta-feira, abril 26, 2007

Relatório recomenda criação de comissões de segurança nas escolas


Relatório sobre violência nas escolas propõe a criação de uma "Comissão de Segurança" em todas as escolas, constituída por representantes de alunos, professores, pais, pessoal auxiliar e forças de segurança.

O relatório da Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República contém as conclusões de um grupo de trabalho sobre o fenómeno da violência nas escolas, apresentando recomendações e sugestões de iniciativas legislativas.Ao nível da organização e funcionamento das escolas, o relatório recomenda ainda "mais autonomia" para as escolas e professores e a integração no projecto educativo das escolas de acções de prevenção de comportamentos de risco e mediação de conflitos.Outra das propostas do documento, redigido pela deputada do Partido Socialista (PS) Fernanda Asseiceira, prende-se com programas de formação para professores, que contribuam para o desenvolvimento de competências de gestão e mediação de conflitos, bem como estratégias preventivas de comportamentos de indisciplina e agressividade no contexto escolar.Recomenda-se ainda o alargamento da utilização do cartão electrónico individual a todas as escolas, a implementação do livro de ponto electrónico e da ficha electrónica de ocorrências, "para que permita um conhecimento objectivo e rigoroso das várias situações que ocorrem em meio escolar".Ao nível da relação com a comunidade, autarquias e Ministério, o relatório sugere a articulação entre diferentes estruturas como Comissões de Protecção de Crianças e Jovens, Comissões Municipais de Educação, Conselhos Locais de Acção Social e Conselhos Municipais de Segurança.Quanto às agressões a professores, recomenda-se a sensibilização da comunidade educativa para proceder à sua comunicação ao Ministério Público e a consolidação, "junto dos agentes educativos, do reconhecimento da agressão em contexto escolar como crime público".O relatório alerta ainda para os perigos das novas tecnologias: "Hoje muitas crianças e jovens passam horas diante de consolas de vídeo, da televisão e agora também com os telemóveis ou na Internet. A violência que lhes está acessível está recheada de acções e de sensações.""É preciso muita atenção e imaginação para se proteger a criança ou o jovem de conteúdos nocivos gerados pelo desenvolvimento de uma tecnologia de informação que tantas oportunidades oferece", alerta o relatório.Tendo em conta a defesa dos jovens face a conteúdos violentos ou pornográficos, acrescenta, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social e o Provedor do Telespectador deverão ter um papel importante.O documento, que será enviado ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, e à ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, contém ainda um conjunto de propostas legislativas."Elaborar iniciativa legislativa (...) recomendando ao Governo a adopção de medidas que visem contribuir para melhorar a resposta das escolas e da sociedade na prevenção de comportamentos de risco, proporcionando ambientes mais seguros e promovendo o sucesso escolar para todos os alunos", pode ler-se no parecer do relatório. Entre outras matérias, recomenda-se ao Governo que legisle sobre a organização e gestão das escolas, ao nível da autonomia e das competências, e sobre o reforço da componente do acompanhamento psicológico e da orientação."Reforçar a instalação, aplicação e utilização dos meios electrónicos nas escolas, como forma de informação, comunicação e prevenção da segurança de pessoas e bens, com plena garantia dos direitos e liberdades dos vários agentes educativos", é uma das iniciativas legislativas propostas no documento.Outra das medidas que o relatório recomenda ao Governo é a aposta "na requalificação de espaços e equipamentos escolares degradados, na construção de novos (...) que evidenciem requisitos promotores de ambientes seguros e estilos de vida saudáveis"."Sensibilizar os estabelecimentos de Ensino Superior para a importância de integrar nos currículos dos cursos de formação inicial de professores a temática de relações interpessoais, nomeadamente na área da mediação e prevenção de conflitos em meio escolar", sugere o documento.Quanto às escolas localizadas em contextos socioeconómicos desfavorecidos e com maiores índices de insegurança, o relatório sugere condições de contratualização que permitam o devido apetrechamento de meios, equipamentos e recursos."Na análise do fenómeno em causa, a clarificação de conceitos é também fundamental, havendo a tendência para englobar no fenómeno da violência muitos comportamentos que pela sua diversidade (...) devem ser o mais possível especificados, para permitirem uma adequada avaliação e uma consequente intervenção", acrescenta o documento. O grupo de trabalho sobre violência nas escolas concluiu ainda que "parece haver uma correlação positiva entre o aumento do número de anos escolares em atraso e o envolvimento [dos alunos] em situações de agressão".

CUIDADO COM O STRESS


O CONGRESSO DA FENPROF

Já é possível obter a versão integral e revista da Moção sobre Acção Reivindicativa, aprovada pelo 9.º Congresso em

http://www.sprc.pt e em http://www.fenprof.pt

Também no sítio do SPRC disponíveis álbuns de fotografias dos 3 dias de Congresso.

Tudo sobre o Congresso nas diversas páginas dos Sindicatos da FENPROF.

Filmes disponíveis, designadamente em

http://www.spgl.pt e em http://www.spra.pt

Saudações Sindicais e mãos à obra já no 25 de Abril e no 1.º de Maio


Festejar em Abril para lutar em Maio!

1 de Maio – Manifestações organizadas pelo movimento sindical unitário
Manifestações CGTP-IN/SPRC e Concentrações, em todas as capitais de Distrito

30 de MaioGREVE GERAL contra a política do governo
Contra a destruição do País, da Economia, da Escola Pública, do Serviço Nacional de Saúde, da Segurança Social Pública e Universal…

É PRECISO NAO BAIXAR OS BRAÇOS E DEFENDER OS NOSSOS INTERESSES COLECTIVOS

Há dias...

"Há dias em que as praças se levantam
num tumulto de gestos com sentido.

Há dias que se enchem de ambição
civil mas nua como um eco.

Há dias em que o silêncio se cala
e uma voz ergue um canto nunca ouvido."


João Pedro Messeder, Uma pequena luz vermelha, 2000
Professor, Poeta, Escritor

O que é que isto quer dizer????

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, assina amanhã na Escola Matilde Rosa Araújo, em São Domingos de Rana (Cascais), um protocolo com a Associação 25 de Abril e a Associação de Professores de História que visa promover a divulgação e desenvolvimento de iniciativas pedagógicas e didácticas sobre acontecimentos marcantes da segunda metade do século XX.
O protocolo, que será assinado pela ministra, por Vasco Lourenço, da Associação 25 de Abril, e Helena Veríssimo, presidente da APH, prevê a realização de um concurso escolar anual, a concepção de vídeos com o registo de testemunhos de protagonistas dos acontecimentos mais marcantes da segunda metade do século e cursos de formação para professores. Da parte do ME, caberá à direcção-geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular apoiar as iniciativas da Associação 25 de Abril e da APH.

quarta-feira, abril 25, 2007

domingo, abril 22, 2007

9.º Congresso Nacional dos Professores

Aprovada Resolução para a Acção Reivindicativa. Mário Nogueira, Secretário-Geral da FENPROF


Terminou o 9.º Congresso Nacional dos Professores, realizado em Lisboa nos dias 19, 20 e 21 de Abril, no Auditório na Faculdade de Medicina Dentária, sendo de referir quatro aspectos fundamentais:
A grande determinação demonstrada por todos os delegados que não cederam perante a pressão exercida pelo Ministério da Educação sobre o exercício dos seus direitos sindicais de participação no Congresso. De lembrar que nos últimos dias o ME fez chegar aos órgãos de gestão indicações imprecisas quanto à justificação das faltas dos congressistas;
A aprovação de um Plano de Acção para três anos que integra uma profunda reflexão sobre a Educação, o Ensino, a Formação, a Qualificação e a Profissão Docente e que terá de, inevitavelmente, ser, pela análise que contém, uma referência para quem, efectivamente, se preocupa com o desenvolvimento da Escola Pública Democrática, de Qualidade e para Todos;
A aprovação de uma Resolução sobre a Acção Reivindicativa que é objectiva em relação ao desenvolvimento da luta, dirigida à mobilização de todos os docentes, definindo tarefas, acções, momentos de reflexão e estratégias a curto e médio prazo e que é um poderoso instrumento de trabalho, ao mesmo tempo que constitui um aviso ao Governo;
A eleição do Secretário-Geral da FENPROF - Mário Nogueira integrando uma equipa de 35 dirigentes (membros do Secretariado Nacional) provenientes das Direcções de todos os Sindicatos membros e por propostos por cada uma das Direcções. A eleição de Mário David Soares, do Sindicato dos Professores do Norte, para Presidente do Conselho Nacional (órgão máximo da Federação entre Congressos) e de Manuel Menezes, do Sindicato dos Professores da Madeira, para Presidente do Conselho de Jurisdição.

Secretário Geral - Mário Nogueira

Restantes Elementos:
Abel Macedo, SPN
Adriano Teixeira de Sousa, SPN
Almiro Lopes, SPGL
Ana Rita Carvalhais, SPRC
Anabela Delgado, SPGL
Anabela Sotaia, SPRC
António Anes, SPGL
António Avelãs, SPGL
António Lucas SPRA
Armando Dutra, SPRA
Felizarda Barradas, SPGL
Filomena Ventura, SPGL
Francisco Almeida, SPRC
Henrique Borges, SPN
João Baldaia, SPN
João Cunha Serra, SPGL
João Louceiro, SPRC
João Paulo Videira, SPGL
Joaquim Páscoa, SPZS
José Manuel Costa, SPN
Júlia Vale, SPN
Luís Lobo, SPRC
Madalena Nunes, SPM
Manuel Grilo, SPGL
Manuel Rodrigues, SPRC
Manuela Mendonça, SPN
Maria Antónia Fialho, SPZS
Maria da Fé Carvalho, SPZS
Maria do Céu Silva, SPGL
Marília Azevedo, SPM
Óscar Soares, SPGL
Rui Sousa, SPZS
Victor Gomes, SPN
(*)
* Será ainda indicado um Dirigente do Sindicato pela Direcção do Sindicato dos Professores no Estrangeiro


Mário Nogueira é o novo secretário-geral da Fenprof

Mário Nogueira venceu hoje «folgadamente» a eleição para a liderança da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), tornando-se o novo secretário-geral da maior estrutura sindical de docentes, disse à agência Lusa fonte da Fenprof.
«Mário Nogueira, da Lista E, venceu folgadamente», disse a mesma fonte.
Reunida em congresso, a Fenprof escolheu hoje o seu novo secretário-geral, depois de 13 anos de liderança de Paulo Sucena.
Pela primeira vez dois candidatos disputaram o cargo: Mário Nogueira e Manu la Mendonça.
Professor do primeiro ciclo, Mário Nogueira, de 48 anos, e um dos rostos mais mediáticos da contestação ao novo Estatuto da Carreira Docente, teve o apoio da direcção do Sindicato dos Professores da Região Centro, que coordena, e dos sindicatos da Zona Sul, da Madeira e dos Açores.
A Fenprof, fundada há 24 anos, representa 70 mil docentes, cerca de metade do universo de professores.
Diário Digital / Lusa