sábado, janeiro 17, 2009

Reforma da administração pública
Açores e Madeira beneficiam funcionários públicos
Os funcionários públicos da Madeira e dos Açores vão manter o vínculo ao Estado, ficando com um regime mais favorável do que a generalidade dos funcionários do Continente que, no início de Janeiro, foram obrigados a transitar para o Contrato de Trabalho em Funções Públicas (CTFP). Notícia do Jornal de Negócios deste Sábado não é novidade para mim pois já tinha lido o Decreto Legislativo Regional n.º 26/2008/A que no Art.ºArtigo 7.ºManutenção e conversão da relação jurídica de emprego público1 — Os actuais trabalhadores da administração regionalnomeados definitivamente mantêm a nomeação definitiva,sem prejuízo de, caso assim o entendam, manifestarem porescrito, no prazo de 90 dias, a intenção de transitarem nostermos fixados da Lei n.º 12 -A/2008, de 27 de Fevereiro,para a modalidade de contrato por tempo indeterminadoE temos mais no Art.º 117 — Sem prejuízo do disposto nos artigos 9.º e 10.ºdo Decreto Legislativo Regional n.º 21/2007/A, de 30de Agosto, aos docentes dos estabelecimentos de ensinonão superior que à data da entrada em vigor do presentediploma se encontrem a prestar serviço no Sistema Educativo Regional, o tempo de serviço prestado neste sistemadurante o período de congelamento, ocorrido de 30 deAgosto de 2005 a 31 de Dezembro de 2007, é relevado,na actual carreira, para efeitos de progressão, de acordocom os módulos de tempo naquela previstos, nos seguintestermos:a) 50 % daquele período de congelamento a partir dadata da entrada em vigor do presente diploma;b) 50 % daquele período de congelamento a partir de 1de Setembro de 2009.Se mais razões havia para a greve do dia 19

Ministra fala sobre desafios da Educação, mas não sobre greve de professores

Hoje às 21:59

A ministra da Educação falou sobre os desafios da Educação em Portugal, tendo lembrado que nunca se fizeram tantos exames como agora. Contudo, perante 30 jovens socialistas, Maria de Lurdes Rodrigues não se referiu à greve dos professores de segunda-feira.
A ministra da Educação falou, este sábado, sobre os novos paradigmas da Educação em Portugal, não tendo, no entanto, se pronunciado sobre a greve de professores, marcada para segunda-feira.
Durante cerca de meia hora, num encontro com 30 jovens socialistas, no Porto, Maria de Lurdes Rodrigues preferiu falar sobre os desafios da Educação, destacando a mudança de paradigma de uma educação selectiva, só para alguns, para uma aberta e obrigatória para todos.
«Nunca na história do sistema educativo se fizeram tantos exames como actualmente se fazem. Ao contrário do que possam ter ouvido, há sempre uns nostálgicos da história do passado que falam do antigo exame da quarta classe e dos outros exames, mas o que vos posso garantir é que nunca se realizaram tantas provas de exame e provas externas», explicou.
Para a ministra da Educação, estas provas «permitem aferir não apenas a qualidade do ensino, mas a qualidade das aprendizagens» num sistema de ensino «com referenciais de qualidade que nunca antes tinham sido definidos».
Maria de Lurdes Rodrigues falou ainda sobre as «exigências de avaliação de escolas, ensino, políticas e desempenhos profissionais», «exigências novas e que terão forçosamente como contrapartida uma mudança no que é o contrato social seja com a escola, professores ou outros profissionais».
«Tenho dúvidas que seja possível continuar a fazer o caminho, enfrentar as novas exigências sem rupturas», acrescentou Maria de Lurdes Rodrigues ao cabo de um encontro sem direito a perguntas para os jornalistas presentes que tiveram mesmo de sair da sala.
Antes da saída dos jornalistas deste encontro promovido pelo PS/Porto, Maria de Lurdes Rodrigues anunciou que iria responder às perguntas dos jovens socialistas presentes na sala.

Deputada do BE defende avaliação de políticas educativas, antevendo greve muito significativa

Santarém, 17 Jan (Lusa) -- A deputada do Bloco de Esquerda (BE) Cecília Honório, do Movimento Escola Pública, defendeu hoje durante um debate em Santarém uma avaliação das políticas educativas, antevendo para segunda-feira uma greve "muito significativa".
"Não há, nem nunca houve uma avaliação das políticas educativas, nunca acontece nada aos ministros", afirmou Cecília Honório, durante o encontro promovido pelo MEP e que reuniu duas dezenas de pessoas.
Após o debate, a deputada, que disse não ter reservas à necessidade de "avaliar as escolas e os professores com seriedade", reiterou esta posição.
"Estivemos aqui boa parte da tarde a falar sobre a responsabilidade e esquecemo-nos muitas vezes que a máxima responsabilidade é dos governantes, dos ministros e das ministras, e que o país tem uma larga experiência de políticas educativas, cada ministro que chega vê-se ao espelho e faz a sua reforma e depois sobre isso não há, de facto, avaliação", frisou.
Para a Cecília Honório, "os danos em educação só são avaliados daqui a muito tempo a todos os níveis, os traumas que uma ministra provoca nas escolas e no seu funcionamento demora a verificar".
A deputada disse ainda esperar que segunda-feira ocorra "uma greve muito significativa", porque "está muita coisa em jogo" e considerando a greve como "uma boa altura para avaliar as políticas deste Ministério da Educação nas questões centrais".
"O que é que mudou na qualidade de ensino e de trabalho? Mudaram as condições de trabalho? Mudaram as turmas sobrelotadas? Os alunos aprendem melhor? Houve reforma curricular?", questionou Cecília Honório, enaltecendo a oportunidade de "mostrar, claramente, à senhora ministra da Educação que as suas políticas não têm sido as melhores para a defesa da escola pública".
Além da deputada e representante do MEP, participaram no debate representantes das associações de pais, conselhos executivos e dos professores do distrito de Santarém.
JPS.

Docentes levam protesto à porta de Cavaco

2009-01-14
Seis movimentos de professores convocaram uma manifestação para o próximo dia 24, em frente ao Palácio de Belém, para sensibilizar Cavaco Silva para o "clima de perturbação" que o modelo de avaliação de desempenho "está a provocar nas escolas".
"Estamos convictos de que o presidente da República terá uma palavra a dizer. Temos a expectativa de que possa ajudar a resolver este conflito, já que o Governo tem-se mostrado intransigente nas questões fundamentais", declarou Octávio Gonçalves.
Segundo o coordenador do Movimento Promova, os docentes pretendem alertar ainda o chefe de Estado para os aspectos "mais gravosos" do modelo de avaliação do Ministério da Educação e apresentar a Cavaco Silva as suas "justas" reivindicações, durante uma audiência que irão solicitar para o mesmo dia.
"O simplex da avaliação só é válido para este ano lectivo. Aceitá-lo agora significa estar de acordo com a imposição no próximo ano do modelo completo e integral. Este modelo põe em causa o bom ambiente nas escolas e é um foco de conflitualidade", defende Octávio Gonçalves, considerando que foram introduzidos "aspectos preocupantes", como a avaliação facultativa da componente científico-pedagógica e a valorização dos aspectos burocráticos.
No protesto frente ao Palácio de Belém, participam o Movimento Mobilização e Unidade dos Professores, a Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino, o Movimento Escola Pública, o Movimento dos Professores Desterrados e a Comissão de Defesa da Escola Pública, além da Promova.
JN

Modelo de avaliação dos sindicatos não satisfaz presidente do Conselho das Escolas

16.01.2009 - 20h35 Lusa
O presidente do Conselho das Escolas (CE) concordas que o modelo de avaliação de desempenho dos professores deve ser revisto, mas defende que os sindicatos deveriam apresentar outra proposta que fosse “justa, credível e séria”. Álvaro Almeida dos santos considera que os resultados da aplicação deste modelo poderão “ficar aquém do esforço realizado”."O actual modelo deve ser revisto", afirmou Álvaro Almeida dos Santos, em declarações à agência Lusa, adiantando que, por ser "complexo e difícil", os resultados da sua aplicação "poderão ficar aquém do esforço realizado" pelas escolas. Segundo o presidente deste órgão consultivo do Ministério da Educação (ME), "os sindicatos deveriam apresentar uma proposta alternativa que fosse justa, credível e séria", o que até agora não aconteceu."A proposta que apresentaram no mínimo não é credível, nomeadamente porque se baseia em pressupostos que já estavam ultrapassados", afirmou o responsável. Álvaro Almeida dos Santos afirmou que não fará greve na próxima segunda-feira, alegando que a realização de um protesto deve ser acompanhada da apresentação de propostas alternativas. "Não vislumbro perspectivas de construção de uma solução e é essa a minha objecção", justificou. Menos de dois meses depois da última paralisação nacional, os professores voltam segunda-feira à greve contra o modelo de avaliação de desempenho definido pelo Governo, contestando ainda a divisão da carreira em duas categorias e a existência de quotas para aceder à carreira mais elevada. A 03 de Dezembro, a greve contou com uma adesão de 94 por cento, segundo os sindicatos, e de 61 por cento, de acordo com o Ministério da Educação

Professores de Beja propõem mais greves de dois ou três dias consecutivos


15.01.2009 - 09h37 Lusa
Um plenário do "Movimento Professores de Beja em luta" aprovou ontem à noite uma moção onde apela à Plataforma Sindical para convocar mais greves nacionais de dois ou três dias consecutivos, contra a política educativa do Governo. Além da greve nacional agendada para segunda-feira, os docentes "apelam à Plataforma Sindical para realizar mais greves nacionais de professores que durem pelo menos dois ou três dias consecutivos", disse à agência Lusa Cláudia Páscoa, do Movimento Professores de Beja em Luta, promotor do plenário. Segundo Cláudia Páscoa, que falou no final do plenário, onde se reuniram "cerca de 50 professores" em Beja, os participantes "entendem que uma greve nacional de dois ou três dias consecutivos tem mais força e um impacto mais significativo do que greves alternadas de um só dia cada". Na moção, aprovada "por maioria", os docentes apelam também à Plataforma Sindical, à CGTP e à UGT para organizarem, ainda durante o actual período lectivo, "uma grande marcha nacional pela Educação e em defesa da escola pública, com todos os membros da comunidade educativa". Cláudia Páscoa justificou as propostas do plenário dos docentes de Beja com a necessidade de "endurecer a luta" contra o "ataque injusto e continuado à escola pública" e a política educativa do Governo, nomeadamente a revisão do Estatuto da Carreira Docente e o modelo de avaliação de desempenho. A moção, que vai ser enviada à Plataforma Sindical e distribuída por docentes do distrito de Beja, apela ainda aos professores para participarem na greve nacional de segunda-feira, na manifestação nacional agendada para dia 24, em Lisboa, e no segundo Encontro Nacional de Escolas em Luta, dia 31. O Movimento Professores de Beja em Luta foi criado por professores de 15 escolas do Baixo Alentejo, no início deste ano lectivo, "em defesa de uma escola pública de qualidade" e para "lutar contra a revisão do Estatuto da Carreira Docente e o modelo de avaliação de desempenho".

MOBILIZAR! UNIR! RESISTIR!


Caro(a) colega,
A semana de 19 a 24 de Janeiro de 2009 vai ficar na história de Portugal, pela determinação, mobilização e participação dos PROFESSORES em duas jornadas de luta.A semana inicia-se (19 de Janeiro) com uma GREVE e termina com uma CONCENTRAÇÃO/MANIFESTAÇÃO em frente do Palácio de Belém (24 de Janeiro, às 14:30h).Uma e outra necessitam de uma adesão e participação massiva dos professores.É importante que demonstres a tua determinação na luta contra a política educativa que continua a fazer de ti um "indigno" e a destruir a tua profissão e escola pública.Vê como te consideram:«quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de leite!» (Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, 16/11/2008, referindo-se aos professores e à sua luta).«vocês [deputados do PS] estão a dar ouvidos a esses professorzecos» (Valter Lemos, Assembleia da República, 24/01/2008).«caso haja grande número de professores a abandonar o ensino, sempre se poderiam recrutar novos no Brasil» (Jorge Pedreira, Novembro/2008).«admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública» (Maria de Lurdes Rodrigues, Junho/2006).«[os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete (depois de esticados, partem), só são valentes quando estão em grupo!» (Margarida Moreira - DREN, Viana do Castelo, 28/11/2008).É POR TUDO O QUE TÊM FEITO E DITO...É preciso dizer não!É por tudo isto ...
... que é determinante fazer greve no dia 19;
... que é importante participar na concentração/manifestação em frente do Palácio de Belém, no dia 24, às 14:30 h;

... que não entregues os "objectivos individuais".
MOBILIZAR! UNIR! RESISTIR!



Copia e divulga o CARTAZ da Concentração/Manifestação, que se encontra no blogue do MUP - http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/


ENVIA ESTA MENSAGEM AO MAIOR NÚMERO DE COLEGAS!

A coragem de um prof


Colegas,
Suponho que todos se sintam sensibilizados por sentirem que, no passado Sábado, fizeram parte de “algo maior”, que fizeram parte da história…
Pois na história, por maior e mais significativa que tenha sido a manifestação, é onde todos e cada um dos 120 000 irá ficar se, chegados às escolas, nada fizerem para mudar as coisas.
Sei que muitos se sentiram desiludidos com as consequências práticas da primeira manifestação e que muitos temem a repetição do mesmo com esta segunda manifestação. Alguns sentem-se desiludidos, ou mesmo ultrajados, com as declarações da Sr.ª ministra da Educação na televisão…Seremos assim tão ingénuos que estávamos à espera que ela viesse às televisões pedir desculpa, dizer que se tinha enganado e que se iria empenhar, connosco, no combate aos verdadeiros males do nosso ensino?! Não me façam rir!
Porque não há-de a ministra se sentir segura, se ela sabe que 90% dos professores que aos Sábados vêm gritar para as ruas chegam às escolas, na segunda-feira seguinte, e continuam a colaborar na política das aparências…
Ela conta com o nosso medo, conta com a nossa inércia, conta com o nosso “seguidismo”…Não lhe interessa resolver nada do que está mal, interessa-lhe apenas a nossa colaboração. E ela sabe que a está a ter em centenas de escolas, as mesmas de onde vieram muitos dos 120 000. A esse medo chama-se CONIVÊNCIA!
Sejamos honestos! Em causa não está a avaliação, mas TUDO o resto. Toda a política da aparência que está a conduzir o sistema de ensino público português para o mesmo caminho que o nosso famigerado sistema nacional de saúde.
Quem, de entre nós, tendo um pouco de dinheiro, não prefere recorrer a uma clínica privada do que perder horas num centro de saúde ou num hospital público?! Pois o mesmo irá acontecer ao sistema de ensino público português, caso não nos revoltemos contra esta política que, perante as dificuldades, cede.
No futuro, e o futuro é daqui a dois ou três anos, no sistema de ensino público ficarão apenas os que forem incapazes de fugir para o privado: professores e alunos.
Os meninos estão a ter maus resultados a Matemática? Não faz mal, baixa-se o nível de exigência dos exames. Os meninos ficam retidos no final do ano? Não faz mal, inventam-se dezenas de “planos” e de “justificações” e o pessoal, só para não ter que preencher a papelada, continua a “engolir sapos” e a passar os meninos todos no final de cada ano.
É necessário passar a imagem, para a opinião pública, que o governo está muito preocupado com os problemas do ensino? Inventa-se uma “avaliação burocrática de docentes” e a malta colabora, com medo, e vamos para casa todos contentes com o “Bom”…
O sistema público de ensino está a ruir a cada ano e em vez de enfrentarmos os problemas de frente e assumir o que está mal, incluindo o que está errado dentro da classe docente, continuamos a colaborar com o “sistema”…Ou seja, o “Titanic” afunda-se, mas nós continuamos a dançar ao som da orquestra…Pois bem, se houver alguém que acredite que este sistema de avaliação vai melhorar o nosso sistema de ensino, que entregue os objectivos pessoais.
Se houver alguém que acredita que os professores que se esforçam, que sempre se esforçaram, vão ser “premiados”, que entregue os objectivos pessoais.
Se alguém acredita que os nossos colegas que sempre fizeram do ensino a sua “segunda profissão” e se gabam de usar indiscriminadamente os 102 irão ser penalizados, que entregue os objectivos pessoais.
Se alguém acredita que este processo nos irá ajudar a melhorar os nossos métodos de ensino e a ser melhores professores, que entregue os objectivos pessoais.
Se alguém acredita que este processo irá permitir detectar os nossos erros e corrigi-los, beneficiando indirectamente os nossos alunos, que entregue os objectivos pessoais.Mas NÃO ENTREGUEM OS OBJECTIVOS POR MEDO! Não cedam à chantagem do medo e às ameaças da ministra. Todos temos muito a perder, mas há coisas que não têm preço…Uma delas é a nossa dignidade profissional.
Nós somos professores e, na nossa profissão, todos os dias somos confrontados com ameaças directas à nossa autoridade. Quando não temos mais argumentos para convencer os nossos alunos pela razão, o que é que fazemos?! Ameaçamos! É a última arma que resta, quando faltam mais argumentos…Sabemos bem como é!
Pois bem, temos uma ministra que, há muito, desistiu de nos convencer pela razão, pois nós bem sabemos da hipocrisia desta pseudo-avaliação. Que lhe resta? A ameaça…Como não pode mandar os professores para a “rua” com uma falta disciplinar, ameaça-nos com a não progressão na carreira. E nós? Nós, pelos vistos, cedemos com um sorriso nos lábios…Seremos assim tão ingénuos que pensamos que, se alinharmos no “esquema” e entregarmos os objectivos, nada nos irá acontecer?!
Seremos tão ingénuos ao ponto de pensar que, se alinharmos com o “sistema”, o nosso emprego estará assegurado para sempre?
Será que as pessoas não compreenderam que os tempos mudaram e que já não há certezas no que toca a um emprego para toda a vida, nem mesmo para quem trabalha para o Estado?
ACORDEM e olhem à vossa volta…Estamos a entrar numa das piores crises financeiras que o mundo ocidental já conheceu… Alguém acredita que o seu emprego estará seguro indefinidamente só por não contrariar o “chefe”?! Os tempos mudaram e não voltam atrás, nem mesmo para quem é funcionário público.
A escola de Silves está cheia de pessoas normais, não de super-heróis. As pessoas que estão a boicotar a avaliação na minha escola são pessoas honestas e cumpridoras da lei. Pagam impostos e não têm cadastro criminal. Não são loucas, nem irresponsáveis e, por isso, também têm medo.
Estão habituadas a ensinar aos seus alunos e filhos a cumprir as leis. Mas sabem que antes de qualquer lei, está a lealdade e a rectidão perante as nossas mais profundas convicções.
Os professores de Silves também têm medo das repercussões que este acto de resistência pode ter nas suas carreiras, sobretudo os corajosos avaliadores que arriscam, talvez, um processo disciplinar. De onde lhes vem a coragem? De saber que pior que ter medo de não cumprir esta avaliação, é o medo de olharmos para o espelho e termos vergonha de não termos defendido a nossa dignidade profissional e os nossos alunos.
É disso que se trata, de defender a dignidade do nosso sistema de ensino. É daí que nos vem a força, das nossas convicções…Como poderíamos olhar de frente, olhos nos olhos, os nossos alunos se cedêssemos na luta pelos nossos ideais?
A ministra ameaça-nos como “meninos mal comportados” e nós claudicamos? Em Silves, não!Não sigam o exemplo dos professores do Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Garcia Domingues de Silves, sigam a vossa consciência. E se, perante ela, se sentirem bem em entregar os objectivos pessoais, entreguem-nos!
Nós, perante o medo, continuamos a RESISTIR! E desde que o começámos a fazer que dormimos melhor e que temos um outro sorriso…Estamos bem com a nossa consciência e isso não tem preço.
Desde que resisto, que sou MAIS FELIZ! Os meus alunos agradecem…

Cartaz da greve


Documento aprovado em Santarém

Documento aprovado em Santarém por 139 presidentes de Conselhos Executivos e entregue nesta quinta-feira, 15 de Janeiro, no ME.Exma. Sra. Ministra da Educação,As Presidentes e os Presidentes dos Conselhos Executivos das Escolas em relação infra, reunidos em 10/01/2009, cientes e convictos das suas obrigações perante Vª. Exa. e perante a Escola, cientes e convictos da importância e necessidade de implementação de um processo de avaliação que promova, eficiente e eficazmente, a qualidade do ensino público e da condição docente, cientes e convictos, ainda, da importância do seu contributo em tudo o que à Escola Pública respeita, unanimemente entenderam dever manifestar a Va. Exa.:1) que a regulamentação agora publicada, apesar de retirar do processo avaliativo alguns parâmetros anteriormente previstos, não se torna, ainda assim, mais exequível, nomeadamente por força da concentração de competências no Presidente do Conselho Executivo;2) que a mesma regulamentação, ao consignar a não obrigatoriedade de os Professores serem avaliados na componente científico-pedagógica, não só não promove, como compromete, a qualidade do ensino;3) que este processo de avaliação, a realizar-se nos termos agora regulamentados, promoverá a injustiça entre pares, constituindo-se, assim, como instrumento promotor de desmotivação e consequente mau instrumento de gestão, pois não assegura, de forma distinta, a avaliação do mérito científico-pedagógico;4) que a insistência, assim, no actual modelo de avaliação, compromete a construção, desde já e a longo prazo, de um modelo de avaliação justo, sério e credível, bem como desvia significativamente a Escola da sua principal razão: a educação dos alunos;5) ser da maior importância, para a realização de uma justa e credível avaliação do desempenho dos Professores em sede da respectiva escola, a rectificação da injustiça instalada nas escolas com o processo de concurso para Professores titulares, no qual não foi dado o primado ao mérito profissional;6) haver, pelo exposto e a fortiori, fundamento suficiente para reiterar a posição maioritária do Conselho de Escolas, favorável à suspensão deste processo de avaliação de desempenho.Mais unanimemente entenderam, considerando que a sua responsabilidade e missão não se esgotam num papel puramente funcional, ser a respectiva avaliação em quadro de SIADAP desadequada, pelo que solicitam consequente revisão de tal.Reiterando a disponibilidade neste acto expressa, são:Presidentes dos Conselhos Executivos das(os) seguintes Escolas/Agrupamentos:Agrupamento Afonso Betote - Vila do CondeAgrupamento Cidade Castelo BrancoAgrupamento de Escolas a Sudoeste de OlivelasAgrupamento de Escolas Anselmo de Andrade - AlmadaAgrupamento de Escolas António José de Almeida - PenacovaAgrupamento de Escolas D. Afonso Henriques - GuimarãesAgrupamento de Escolas D. Nuno Álvares Pereira - TomarAgrupamento de Escolas D. Sancho I -CartaxoAgrupamento de Escolas da Cordinha - Oliveira do HospitalAgrupamento de Escolas da Guia - PombalAgrupamento de Escolas da LousãAgrupamento de Escolas da Pedrulha - CoimbraAgrupamento de Escolas da Pontinha - OdivelasAgrupamento de escolas de Aguada de Cima - ÁguedaAgrupamento de Escolas de Aguiar da BeiraAgrupamento de Escolas de AlmeidaAgrupamento de Escolas de AnadiaAgrupamento de Escolas de Cabanas do Viriato - Carregal do SalAgrupamento de Escolas de Campo de Besteiros - TondelaAgrupamento de Escolas de Canas de SenhorimAgrupamento de Escolas de Carregal do SalAgrupamento de Escolas de Ceira - CoimbraAgrupamento de Escolas de Entre Ribeiras - Paul- CovilhãAgrupamento de Escolas de Figueira de Castelo RodrigoAgrupamento de Escolas de GóisAgrupamento de Escolas de José Relvas - AlpiarçaAgrupamento de Escolas de MidõesAgrupamento de Escolas de Miranda do CorvoAgrupamento de Escolas de MortáguaAgrupamento de Escolas de NelasAgrupamento de Escolas de Oliveira de FradesAgrupamento de escolas de OurémAgrupamento de Escolas de PinhelAgrupamento de Escolas de S. Pedro do SulAgrupamento de Escolas de S. Silvestre - CoimbraAgrupamento de escolas de Santo Onofre - Caldas da RainhaAgrupamento de Escolas de SoureAgrupamento de Escolas de VizelaAgrupamento de Escolas de VouzelaAgrupamento de Escolas do Caramulo - TondelaAgrupamento de Escolas do Concelho de Vila do BispoAgrupamento de Escolas do SátãoAgrupamento de Escolas do TortosendoAgrupamento de Escolas Dr. Manuel Fernandes - AbrantesAgrupamento de Escolas Febo Moniz - AlmeirimAgrupamento de Escolas Finisterra - Febres - CantanhedeAgrupamento de Escolas Gil Vicente - LisboaAgrupamento de Escolas Inês de Castro - CoimbraAgrupamento de Escolas Maria Pais Ribeiro "A Ribeirinha" - Vila do CondeAgrupamento de Escolas Marinhas do Sal - Rio MaiorAgrupamento de Escolas Martim de Freitas - CoimbraAgrupamento de Escolas Padre António Andrade - OleirosAgrupamento de Escolas S. Martinho do Porto - AlcobaçaAgrupamento de Escolas Santa Cruz da Trapa - S. Pedro do SulAgrupamento de Escolas Silva Gaio - CoimbraAgrupamento de Escolas Soares dos Reis - Vila Nova de GaiaAgrupamento de Escolas Virgínia Moura - GuimarãesAgrupamento de Samora Correia - BenaventeAgrupamento de Vila Nova de PoiaresAgrupamento do AvelarAgrupamento Fazendas de Almeirim - AlmeirimAgrupamento Idães - FelgueirasAgrupamento Marcelino Mesquita - CartaxoAgrupamento Maria Alice Gouveia - CoimbraAgrupamento Marquês de Pombal - PombalAgrupamento Paço de Sousa - PenafielAgrupamento Pêro da CovilhãAgrupamento Vale Aveiras - AzambujaAgrupamento Vertical de Escolas - AlcocheteAgrupamento Vertical de Escolas de Ponte da BarcaConservatório de Música de CoimbraEB23 Alexandre Herculano - SantarémEB23 António Correia de Oliveira - EsposendeEb23 Ciclos Santa Iria - TomarEB23/S de Oliveira de FradesEscola Sec. Com 3º Ciclo Fernando Namora de Condeixa-a-NovaEscola Sec/3 de PinhelEscola Sec/3 de Raul Proença - Caldas da RainhaEscola Secundária /3 de AlcanenaEscola Secundária Alberto Sampaio - BragaEscola Secundária Avelar Brotero - CoimbraEscola Secundária Cacilhas - Tejo - AlmadaEscola Secundária D. Duarte - CoimbraEscola Secundária da LousãEscola Secundária da LousadaEscola Secundária da MealhadaEscola Secundária da Quinta das Flores - CoimbraEscola Secundária Daniel Faria - BaltarEscola Secundária de ArganilEscola Secundária de Barcelinhos - BarcelosEscola Secundária de BarcelosEscola Secundária de BarcelosEscola Secundária de FelgueirasEscola Secundária de Figueira de Castelo RodrigoEscola Secundária de Oliveira do HospitalEscola Secundária de Porto de MósEscola Secundária de S. Pedro - Vila RealEscola Secundária de Vilela - ParedesEscola Secundária de VouzelaEscola Secundária do FundãoEscola Secundária Dr João Lopes Morais - MortáguaEscola Secundária Dr. Ginestal Machado - SantarémEscola Secundária Dr. J.C.C. Gomes - ÍlhavoEscola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima de AveiroEscola Secundária Dr. Mário Sacramento - AveiroEscola Secundária Eça de Queirós - Póvoa de VarzimEscola Secundária Emídio Navarro - ViseuEscola Secundária Fernão Mendes Pinto - AlmadaEscola Secundária Gama Barros - Lisboa - CacémEscola Secundária Homem Cristo de AveiroEscola Secundária Infanta D. Maria - CoimbraEscola Secundária Jácome Ratton - TomarEscola Secundária Jaime Cortesão - CoimbraEscola Secundária José Falcão - CoimbraEscola Secundária José Régio - Vila do CondeEscola Secundária Luis Sttau Monteiro - LouresEscola Secundária Manuel da Fonseca - Santiago do CacémEscola Secundária Marquesa de Alorna - AlmeirimEscola Secundária Pe. Benjamim Salgado - Vila Nova de FamalicãoEscola Secundária Rainha D. Amália - LisboaEscola Secundária Rocha Peixoto - Póvoa de VarzimEscola Secundária Rodrigues Lobo de LeiriaEscola Secundária Sá da Bandeira - SantarémEscola Secundária Santa Maria do Olival- TomarEscola Secundária Sebastião da Gama - SetúbalEscola Secundária/3 Amato Lusitano - Castelo BrancoEscola Secundária/3 de Carregal do SalEscola Secundária/3 de Santa Comba Dão

Educação: 112 escolas e agrupamentos já tomaram posição

Recusa de avaliação alastra a todo o País
Professores de escolas de todo o País têm vindo a aprovar nos últimos dias tomadas de posição colectivas, assumindo a recusa em participar no processo de avaliação de desempenho, começando pela não entrega dos objectivos individuais.
Sindicatos, movimentos independentes e blogues de docentes apontam já para mais de uma centena de escolas e agrupamentos onde, após a publicação do Decreto Regulamentar de simplificação, a 5 de Janeiro, os professores voltaram a reunir e decidiram manter a suspensão do processo. O blogue ProfAvaliação apresentava ontem uma lista com 43 agrupamentos e 69 escolas onde foi aprovada a suspensão.
Para o dia da greve, segunda-feira, estão marcadas dezenas de reuniões de docentes que poderão tomar decisões idênticas. A Fenprof garante que "mesmo em escolas em que essa decisão não foi tomada, são milhares os professores que decidem não entregar os objectivos individuais". A Fenprof faz ainda um apelo para se encher com mensagens de protesto os mails de 40 deputados do PS que são docentes, divulgando os respectivos endereços electrónicos. A ideia é pressionar a aprovar o projecto do CDS-PP, que defende a suspensão da avaliação e será votada no Parlamento dia 23.

MOVIMENTOS FALAM EM DEMISSÃO
Os deputados socialistas que são professores vão romper a disciplina partidária e aprovar a suspensão da avaliação, quando dia 23 for votado na Assembleia da República o projecto do CDS-PP, levando o Governo a apresentar a demissão. Este é o cenário ontem aventado pelo movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP) num texto colocado no seu site. "São notícias que vão chegando das sedes do PS a nível nacional. Fala-se, inclusivamente, de que se preparam para o Governo pedir a demissão. Falta o motivo e este parece ser aquele em que Sócrates aposta e vai daí ... professores socialistas juntam-se a Alegre e companhia ", pode ler-se no texto.

NOTAS
CONSELHO QUER REVISÃO
O presidente do Conselho das Escolas, Álvaro dos Santos, disse à Agência Lusa que o modelo de avaliação "deve ser revisto" mas defendeu que os sindicatos devem apresentar uma alternativa credível.
ABAIXO-ASSINADO
No dia da greve, a Plataforma Sindical vai entregar no Ministério um abaixo-assinado.

SINDICATOS QUEREM CONTINUAR A NEGOCIAR -Avaliação de professores suspensa nos Açores

Os sindicatos dos professores informa que o modelo de avaliação previsto no Estatuto da Carreira Docente (ECD) está suspenso e que, este ano lectivo, os professores em matéria de avaliação apenas deverão elaborar um “relatório crítico de 15 páginas”.
Para o Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA) “é um modelo simplificado e não o que está no ECD”, ou seja não há observação de aulas nem uma série de procedimentos previstos na proposta da secretaria. Na passada quinta-feira, a Secretaria Regional da Educação e Formação negou que o modelo de avaliação dos professores estivesse suspenso nas escolas açorianas. A responsável pela tutela fez questão de lembrar que “o modelo não está suspenso. Apenas está a ser analisada uma solução transitória para o presente ano lectivo”. A declaração da governante gerou alguma confusão junto dos docentes, mas na verdade o modelo está suspenso, pelo menos, este ano lectivo.A tutela da educação continua a negociar com os sindicatos as alterações do Estatuto da Carreira, hoje deverá realizar-se, em Angra do Heroísmo, a última ronda com o Sindicato Democrático dos Professores dos Açores.
Negociação suplementar
Na passada quinta-feira, Lina Mendes, responsável pela Secretaria da Educação, realizou a 2ª, e última, ronda de negociações com o SPRA, mas este sindicato já anunciou que vai requerer uma “negociação suplementar”, como sinal de “protesto”.Um comunicado do sindicato dá conta que, apesar de se ter conseguido “introduzir algumas alterações significativas no Estatuto da Carreira Docente”, considera que os resultados “globais alcançados não correspondem às expectativas dos docentes”. Por isso alegam a necessidade da negociação suplementar. O SPRA diz-se insatisfeito por a tutela não ter ido mais longe na eliminação dos “constrangimentos geradores do descontentamento e do desânimo que se instalou na classe docente”. Nomeadamente, exemplificam, os que se prendem com o agravamento das condições de trabalho e com o processo de avaliação.

Aspectos positivos Como aspectos positivos conseguidos até agora nas rondas negociais, os sindicalistas destacam a não aplicação, em 2008/2009, do modelo de avaliação consagrado no ECD e a introdução, este ano, de um regime de avaliação simplificado, que consistirá na elaboração, por todos os docentes, de um relatório, com o máximo de quinze páginas, e que incidirá sobre “as dimensões social e ética; o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem; a participação na escola e a relação com a comunidade escolar e o desenvolvimento profissional”. Este relatório classificado apenas com as menções de “Insuficiente ou Bom”Numa lista de 14 pontos positivos destacam-se: a dispensa da avaliação do desempenho dos docentes que reúnam as condições para se aposentarem até 31 de Agosto de 2011; a abolição de todas as normas que impunham restrições ao direito constitucional de protecção na doença; a uniformização dos horários de trabalho dos docentes da Educação Especial; o direito à redução de uma hora na componente lectiva semanal dos docentes do Ensino Básico e do Ensino Secundário por cada 10 docentes a avaliar e o compromisso de reduzir, de 25 para 20, na Educação Pré-Escolar, o limite do número de alunos por turma.Este sindicato alega que vai defender na negociação suplementar a uniformização dos horários dos diferentes níveis e sectores de ensino, as consequentes reduções da componente lectiva resultantes do desgaste físico e psíquico da profissão e que a observação de aulas “ocorra apenas nas situações em que haja indícios de más práticas ou para validar a atribuição das menções de Muito Bom e de Excelente, contestando a implementação dos procedimentos diferenciados impostos pela secretaria.

Educação: Adesão à última greve de professores foi de 66,7% - números definitivos do Governo... continuam a não saber contar!!!!!

Lisboa, 17 Jan (Lusa) - A adesão à greve de professores de 03 de Dezembro passado foi de 66,7 por cento, mais quase seis pontos percentuais do que o inicialmente divulgado, segundo os dados definitivos do Ministério da Educação.
No dia do protesto, num balanço provisório, o Governo anunciou que a adesão dos professores à paralisação tinha sido de 61 por cento, provocando o encerramento de cerca de 30 por cento das escolas.
No entanto, aqueles eram números referentes às faltas registadas às 11:00 e que ainda não incluíam os professores que nesse dia não tinham aulas nos seus horários, mas mais tarde declararam ter estado em greve, solicitando o respectivo desconto nos seus salários, explicou à Lusa fonte do Ministério da Educação.
Também os mais de 350 dirigentes sindicais só mais tarde declararam a sua adesão à greve, não entrando na contabilidade inicial de professores em falta, feita pelos presidentes dos conselhos executivos no dia da paralisação.
Por outro lado, e segundo a mesma fonte, há ainda professores que faltaram nesse dia, mas não estiveram em greve. Como apresentaram atestados médicos para justificar a ausência, acabando por sair dos números da adesão.
Assim, de acordo com os números definitivos do Ministério da Educação, no dia 03 de Dezembro, 66,7 por cento dos professores fizeram greve. A maior adesão registou-se na região Norte (71,2 por cento), seguida do Centro (70,6 por cento), do Algarve (64,2 por cento), do Alentejo (62,6 por cento) e de Lisboa e Vale do Tejo (60,3 por cento).
Os novos números revelam algumas alterações significativas. No Norte e no Centro, por exemplo, os dados provisórios indicavam uma adesão maior, de 90,4 e 72,1 por cento, respectivamente, enquanto nas restantes regiões do país os primeiros números eram inferiores, oscilando entre os 45,6 por cento do Algarve e os 44,8 por cento do Alentejo.
Os números definitivos do Ministério mantêm-se, no entanto, muito diferentes dos dos sindicatos, que anunciaram uma adesão à greve de 03 de Dezembro, convocada para protestar contra o modelo de avaliação de desempenho, de 94 por cento, considerando-a "a maior" paralisação de docentes em Portugal.
"Os números da greve, registados oficialmente às 11:00 pelo Ministério da Educação (ME), confirmam que a adesão se estabeleceu em 61 por cento, com 30 por cento de escolas encerradas. Reconhecemos que revelam uma adesão significativa, mas os objectivos dos sindicatos estão muito longe de terem sido atingidos", afirmou no próprio dia o secretário de Estado Valter Lemos.
Os professores voltam a fazer greve na próxima segunda-feira contra o modelo de avaliação aprovado pelo Governo e o Estatuto da Carreira Docente.
MP

Educação: Professores regressam à greve segunda-feira, prometem lutar até Governo ceder

Lisboa, 17 Jan (Lusa) - Menos de dois meses depois da última paralisação, os professores realizam segunda-feira uma nova greve. Os sindicatos esperam uma adesão semelhante à registada em Dezembro e prometem luta até ao Governo ceder na avaliação e na revisão do Estatuto

Relativamente à greve realizada a 03 de Dezembro passado, os sindicatos estimaram uma adesão de 94 por cento, enquanto os números avançados pelo Ministério da Educação são de 66,7 por cento.
"O Ministério da Educação vai ter de avaliar se quer ou não ter esta luta dos professores, pelo tempo que for preciso. Nunca vamos deixar cair esta luta e estou convencido de que os professores vão ter força para lutar por isto, seja com este Governo, seja com qualquer outro", afirmou Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical de Professores, em declarações à Agência Lusa.
Governo e sindicatos divergem, desde há meses, sobre o modelo de avaliação de desempenho e o Estatuto da Carreira Docente (ECD), nomeadamente a divisão da profissão em categorias hierarquizadas e a existência de quotas para a atribuição de "Muito Bom" e "Excelente".
O também secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) manifestou a expectativa de que a greve de segunda-feira tenha uma adesão "semelhante" à registada no mês passado, garantindo que todos os indicadores "vão nesse sentido".
"Esta greve foi marcada por 120 mil professores, a 08 de Novembro. Por outro lado, será um dia de luto, já que se assinalam dois anos sobre a publicação em Diário da República do ECD", acrescentou.
Para Mário Nogueira, uma "grande" paralisação na segunda-feira é fundamental para "reforçar" a posição das estruturas sindicais durante a revisão do ECD e, por outro lado, enfraquecer a do Governo.
Relativamente a novas formas de luta, os sindicatos reservam o anúncio de novos protestos para depois do arranque das negociações, a 28 de Janeiro. Tudo depende da "atitude" da equipa da ministra Maria de Lurdes Rodrigues durante esse processo, referiu.
"Vai depender da forma como as coisas evoluírem durante a revisão do ECD. Os objectivos dos professores são claros, mas se não forem alcançados vamos continuar a lutar, nas mesmas dimensões", promete o dirigente sindical.
Lucinda Manuela, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), defende a mesma posição: "O Governo terá de ter uma verdadeira abertura negocial, alterar a sua postura e discutir as propostas que os sindicatos vão apresentar".
O braço-de-ferro entre Governo e professores preocupa também os encarregados de educação, que consideram que os seus filhos estão a ser prejudicados pelo clima de "instabilidade" e "perturbação" que se vive nas escolas.
O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais apela ao "bom senso" entre as duas partes durante a revisão do ECD, deixando, no entanto, uma crítica às estruturas sindicais.
"Limitamo-nos a constatar que o Governo deu mais sinais de abertura do que os sindicatos. O regime simplificado teve por base aquilo que os parceiros achavam que impedia a avaliação", afirmou Albino Almeida.
Já Maria José Viseu, da Confederação Nacional e Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), teme, sobretudo, que os alunos venham a ser os principais prejudicados com o clima de "intranquilidade", devido à eventual falta de disponibilidade dos professores.
"Todos os procedimentos da avaliação de desempenho vão cair numa altura crucial do ano, no terceiro período. É preciso alertar que determinadas situações podem pôr em causa as aprendizagens dos alunos e o sucesso educativo", referiu a responsável.
MLS.
Lusa/Fim

Aimar e Rúben Amorim vestiram a pele de professores

Pablo Aimar e Rúben Amorim trocaram os relvados pela sala de aula. Os dois jogadores do Benfica encabeçaram a comitiva encarnada, que se deslocou esta quinta-feira ao Colégio Atlântico, em Pinhal de Frades, no âmbito do projecto «O Benfica Faz Bem». A iniciativa dos encarnados pretende promover o desporto, alimentação e saúde.
À sua espera estavam centenas de crianças vestidas a rigor, exibindo cachecóis e camisolas do Benfica, embora também se vislumbrassem adereços alusivos aos clubes rivais dos encarnados. Os responsáveis pelo colégio, «Tó» e «Tina», como são carinhosamente conhecidos entre os miúdos, foram os mentores de uma recepção condimentada com diversas supresas.
Para começar, o avançado argentino e o médio português tiveram direito a uma visita guiada e personalizada ao interior do colégio. Ao subirem as escadas de acesso ao edifício, Aimar e Amorim foram presenteados com a «hola» mexicana, simulada por dezenas de miúdos. Os maiores pediam autógrafos. «Olha a águia vitória», comentava-se entre os miúdos de idade mais tenra, deliciados com a presença do símbolo do clube encarnado.
Para ver o vídeo, clique aqui
Foi ao som de «Sou Benfica», dos UHF, que um pavilhão lotado recebeu os ídolos encarnados. Bateu-se palmas, fez-se a festa e todos os olhos na sala se centraram nos três protagonistas da tarde: Rúben Amorim, Pablo Aimar e, a inesperada águia vitória. No palco pedia-se às crianças para fazerem o «jogo do silêncio», mas a felicidade de estarem perante os ídolos, que se habituaram a ver na TV, parecia ser incontrolável.
O jogo só resultou quando chegou a vez de Pablo Aimar e Rúben Amorim se apresentarem. O médio, ex-Belenenses, aproveitou a ocasião para lembrar que ainda está no início da carreira. «Só sou um pouco mais velho que vocês», recordou o jogador de 23 anos.
Crianças assumem papel de jornalistas
Enfrentar as perguntas complicadas das crianças nunca é fácil, mas Amorim e Aimar tiveram sempre a resposta na ponta da língua. Os temas quentes da actualidade foram também chamados à conversa. «Vale a pena fingir que é penálti?», perguntou um dos miúdos. Amorim assumiu as despesas e optou por jogo directo: «Não é bonito, mas às vezes na guerra vale tudo.»
E porque se falta tanto dos árbitros? «Como reagem perante os erros de arbitragem?», perguntou uma das crianças. «Os árbitros equivocam-se, mas não fazem de propósito. Faz parte do jogo», defendeu Aimar.
No entanto, o momento de maior exaltação na sala aconteceu quando Rúben Amorim revelou o motivo pelo qual gosta de jogar contra o Sporting. «Ganhamos sempre», afirmou, o que suscitou alguns assobios dos jovens sportinguistas.
Mas, porque a tarde era de «fair-play» e os temas em debate eram a Saúde, Desporto e Alimentação, os jogadores do Benfica deixaram alguns conselhos aos mais pequenos. «É muito importante ter uma boa alimentação. Comer muitos hidratos e verduras, para ter uma vida sã. Façam desporto porque vos aproxima das coisas boas, e vos afasta das más», apontou Aimar.
O clímax da festa foi impulsionado pela distribuição de dois mil bilhetes, três para cada criança, válidos para o desafio Benfica-Belenenses, a contar para a Taça da Liga, marcado para este sábado, dia 17.
Para os próximos meses estão previstas visitas a outras escolas, com a promessa de um dia diferente para muitas outras crianças.

Sindicato contesta criticas de autarca de Vinhais sobre faltas dos professores

O Sindicato dos Professores do Norte (SPN) sugeriu, esta quinta-feira, ao presidente da Câmara de Vinhais que disponibilize os veículos todo-o-terreno da autarquia para os professores não terem de faltar às aulas quando neva.

O sindicalista José Domingues respondeu assim às críticas do autarca socialista Américo Pereira, que considerou esta quinta-feira «uma autêntica vergonha» as faltas dos professores nos últimos dias, por causa da neve.
«Se uma Brigada de Trânsito nos manda parar, nós paramos», disse José Domingues, questionando o que fará Américo Pereira quando a GNR o obriga a imobilizar o veículo na estrada.
«Sugeria ao senhor presidente da Câmara de Vinhais que disponibilizasse os todo-o-terrenos que tem na câmara e, com isso, fizesse deslocar os professores» até às escolas do concelho, acrescentou o sindicalista.

Professores: Entregam abaixo-assinado no dia da greve nacional de protesto


Plataforma Sindical de Professores entrega abaixo-assinado no dia da greve nacional de protesto, agendada para a próxima segunda-feira. Pedir a revisão do Estatuto da Carreira Docente e preparar os professores para as negociações agendadas com o Ministério da Educação, sobre este diploma, para o próximo dia 28 são os objectivos das duas acções marcadas para o dia 19 deste mês


A Plataforma Sindical de Professores entrega na próxima segunda-feira, no dia da greve nacional de protesto agendada, um abaixo-assinado que tem como objectivo pedir a revisão do Estatuto da Carreira Docente. Em declarações à Voz da Planície Joaquim Páscoa, presidente do Sindicato de Professores da Zona Sul, explicou que "a greve e o abaixo-assinado têm a mesma finalidade, ou seja, protestar contra o Estatuto e preparar os docentes para as negociações com o Ministério da Educação, sobre este diploma, que começam já no próximo dia 28".

Foram divulgados, entretanto, os resultados dos docentes avaliados no passado ano lectivo, nomeadamente os contratados, que necessitavam desta avaliação para efeitos de renovação contratual, e os que precisavam de mudar de escalão. Reclamações, recursos e processos nos tribunais foram os resultados da primeira aplicação do sistema de avaliação de desempenho que, de forma simplificada, abrangeu 17 mil professores. Sobre estes resultados, Joaquim Páscoa afirmou que "houve dualidade de critérios" e que os mesmos "confirmam o que a Fenprof – Federação Nacional de Professores sempre disse acerca deste modelo de avaliação, ou seja, que é baseado é critérios pouco quantificáveis".

Os protestos dos professores prosseguem e no calendário de acções a desenvolver está agendada uma greve nacional, para a próxima segunda-feira, data em que se assinalam dois anos da publicação do Estatuto da Carreira Docente, e um pré-aviso de greve para o período entre 20 de Janeiro e 20 de Fevereiro, que tem como objectivo permitir aos professores avaliadores recusarem-se a observar as aulas dos seus avaliados.


Ana Elias de Freitas

"São uma vergonha as faltas dos professores nos dias de neve"

NINGUÉM MANDA CALAR ESTE HOMEM?????

GLÓRIA LOPES

O presidente da Câmara de Vinhais, Américo Pereira, criticou esta quinta-feira duramente os professores que faltam às aulas no concelho por motivos relacionados com a queda de neve, e acusou a Protecção Civil e a GNR de contribuírem para o absentismo dos docentes.
O autarca de Vinhais, Américo Pereira, está indignado com "o elevado absentismo" dos professores que leccionam nas escolas do concelho, sempre que cai neve na região. O edil disse ontem que os estudantes das aldeias se deslocaram para as escolas na sede de concelho, mas não tiveram aulas "porque os professores faltaram, mas o município está a gastar recursos com transportes e com os funcionários dos estabelecimentos de ensino".
Uma fonte do conselho executivo do Agrupamento de Escolas de Vinhais garantiu ao JN que apenas houve faltas lectivas no primeiro bloco da manhã, "porque os docentes que se deslocam de outros concelhos demoraram mais tempo a chegar, devido às dificuldades de circulação nas estradas". O edil referiu que nos últimos três dias que nevou nos concelhos de Bragança e Vinhais, não houve aulas no concelho que lidera, "mas não foi porque a Câmara decidiu encerrar as escolas, foi porque os professores não apareceram com a desculpa da neve, mas as estradas estiveram todas transitáveis", afiançou. Américo Pereira considera a situação lamentável e acusa a Protecção Civil de fazer alarmismo nos meios de comunicação social, "exagerando o verdadeiro estado das estradas". O autarca acusou ainda a GNR e a PSP de emitirem justificações que permitem aos docentes não ter faltas lectivas nos dias que neva.

Já em tribunal

AVALIAÇÃO DO ANO PASSADO JÁ ESTÁ EM TRIBUNAL !!!!!! QUEREM MELHOR!!! JÁ COMEÇOU A FESTA.


Consultem o site abaixo indicado.
Não será melhor não lhe dar continuidade e acabar já com ela. Cortar o mal pela raiz.
Por isso e tudo o resto, GREVE!
http://dn.sapo.pt/2009/01/15/sociedade/primeira_avaliacao_prejudicou_docent.html

Grupo “Professores de Beja em Luta” apela à realização de greve nacional de 2 a 3 dias



O Grupo “Professores de Beja em Luta” decidiu no 2º Plenário Distrital, realizado esta semana, apoiar e apelar à participação dos docentes em várias acções de protesto em resultado daquilo a que chama de “ataque injusto e continuado à Escola Pública”. O grupo apoia e apela à mobilização dos docentes para a Greve Nacional de dia 19, para a Manifestação Nacional de 24 de Janeiro e para o 2º Encontro Nacional de “Escolas em Luta” agendado para o final deste mês. Os “Professores de Beja em Luta” pedem ainda à Plataforma Sindical de Professores que promova uma grande Marcha Nacional pela Educação e “Greves Nacionais de pelo menos de dois/três dias consecutivos”. As conclusões do plenário Distrital foram deixadas na Rádio Pax por Cláudia Machado porta-voz do Grupo “Professores de Beja em Luta”.

ESC. SEC. DE ODEMIRA REITERA POSIÇÃO SOBRE MODELO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO

Os professores da Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves em Odemira reunidos hoje em Plenário deliberaram, por maioria, com apenas 1 voto contra:

- Manter a luta contra a viabilização deste modelo de avaliação do desempenho;

- Manter a disponibilidade para continuar a luta por um ECD que dignifique e valorize a profissão docente

Nesta reunião foi também reiterada a "intenção de ser avaliados, mas nunca por este modelo, mesmo numa versão que se limita a simplificar o acessório, mantendo os aspectos essenciais mais gravosos. Manifestam ainda o seu direito a ser avaliados através de um modelo que seja justo, testrado, simples, formativo e que, efectivamente, promova o mérito pela competência científica e pedagógica, mas sem diferenciação de natureza administrativa."


Odemira, 14 de Janeiro de 2009. (DIVULGA, SFF.)

escolas que suspenderam a avaliação

> Quarta-feira, 14 de Janeiro de 2009> Actualizando a lista das escolas que aprovaram moções a confirmar a suspensão da avaliação burocrática de desempenho > Escola Secundária Infanta D. Maria - Coimbra (dia 6 de Janeiro de 2009)> Agrupamento de Escolas de Santo Onofre - Caldas da Rainha (dia 7 de Janeiro de 2009)> Escola Secundária D. Sancho I - Vila Nova de Famalicão (dia 7 de Janeiro de 2009) > Escola Secundária de Vergílio Ferreira - Lisboa (dia 7 de Janeiro de 2009) > Escola Secundária Sá de Miranda - Braga (dia 8 de Janeiro de 2009) > Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade - Almada (dia 10 de Janeiro de 2009) > Agrupamento de Escolas de S. Miguel - Guarda (dia 12 de Janeiro de 2009)> Escola Secundária de Silves (dia 13 de Janeiro de 2009) > Escola Secundária/3 de Carregal do Sal (dia 13 de Janeiro de 2009) > Escola Secundária D. João II - Setúbal (dia 13 de Janeiro de 2009)> Escola Secundária Gabriel Pereira - Évora (dia 13 de Janeiro de 2009) > Agrupamento de Escolas Luísa Todi - Setúbal (dia 13 de Janeiro de 2009)> > Escola Secundária com 3º ciclo do Entroncamento (dia 13 de Janeiro de 2009) > Escola Secundária de S. Pedro - Vila Real (13 de Janeiro de 2009)> Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar (13 de Janeiro de 2009) > Agrupamento Monsenhor Jerónimo do Amaral (13 de Janeiro de 2009) > Agradeço aos colegas que enviaram as moções e a informação. Ao longo do dia, postarei aqui as moções aprovadas nas reuniões de hoje.> Mais escolas:> Agrupamento de escolas do Real, Braga> Escola Secundária da Sé, Guarda> Actualização às 15:00: in blog PROFAVALIAÇÂO > http://geopensar.blogspot.com/

Avaliar professores é fácil?
Não! A avaliação de professores não é uma tarefa simples. Que o digam os supervisores que, durante décadas, promoveram a formação inicial e permanente dos nossos docentes. Para avaliar professores requerem-se características pessoais e profissionais especiais, para além de uma formação especializada e de centenas de horas de treino, dedicadas à observação de classes e ao registo e interpretação dos incidentes críticos aí prognosticados. Cuidado com as ratoeiras! Quem foi preparado para avaliar alunos não está, apenas pelo exercício dessa função, automaticamente preparado para avaliar os seus colegas... A avaliação de professores é uma tarefa complexa. Desde logo, reque um perfil específico do avaliador. Ou seja, nem todos os professores reúnem as condições para avaliarem. O avaliador terá que ser uma pessoa com conhecimentos especializados, com enorme sensibilidade, com capacidade analítica e de comunicação empática, com experiência de ensino e elevada responsabilidade social. Terá que ser um profissional que sabe prestar atenção, sabe escutar, sabe clarificar, sabe encorajar e ajudar a encontrar soluções, sabe dar opiniões, e que sabe ainda negociar, orientar, estabelecer critérios e assumir todo o risco das consequências da sua acção. É necessário que domine com rigor as técnicas de registo e de observação de aulas, conheça as metodologias de treino de competências, os procedimentos de planeamento curricular, e as estratégias de promoção da reflexão crítica sobre o trabalho efectuado. Escolher um avaliador obriga a uma selecção aturada, fundamentada, baseada em critérios de indiscutível mérito e, depois, a uma demorada formação específica e especializada. Para que uma avaliação tenha consequências, o avaliado não pode ter quaisquer dúvidas sobre o mérito do avaliador. Avaliar é uma tarefa periscópica. O avaliador é chamado a pronunciar-se sobre inúmeros domínios sobre os quais se reflecte o pluridimensional acto de ensinar. Quando avalia, olha o professor sobre variadíssimos ângulos e prismas: aprecia o professor enquanto pessoa, como membro de uma comunidade profissional, como técnico qualificado na arte de ensinar e como especialista das matérias que ensina. Por outras palavras o avaliador avalia o professor em vertentes tão diferenciadas quanto o são o seu ser, o seu saber e o seu saber fazer.Logo, o avaliador tem que estar atento a um grande número de variáveis que intervêm na função docente: variáveis de produto, de processo, de presságio, de carácter pessoal e profissional... O avaliador recolhe elementos que permitam avaliar, e depois classificar, o professor enquanto tenta responder às seguintes questões: Onde ensina? O que é que ele ensina? Como é que ensina? O que aprendem os seus alunos? Como se auto avalia? Que capacidade tem para reformular a sua actuação? Com que profundidade domina as> matérias que pretende ensinar?O avaliador não trabalha com o professor apenas na sala de aula. Ele tem que apreender o modo como o professor se envolve com os seus alunos numa situação de classe, mas também como este se implica junto da comunidade escolar e na sociedade que envolve a escola. Porque trabalha com ele como profissional, mas também enquanto pessoa. Formar um avaliador leva tempo, elevadas doses de paciência, muito treino e conhecimento especializado. A escolha de um avaliador não pode ser casual e, sobretudo, não pode depender de critérios político administrativos.> Porquê? Porque o avaliador tem que saber verificar não só o que os professores fazem, mas também como o fazem e, simultaneamente, garantir a melhoria da qualidade da sua intervenção na sala de aula, bem como a qualidade do produto, isto é, da aprendizagem dos alunos. Por isso mesmo a avaliação de um professor não pode ser uma actividade episódica, pontual e descontinuada. A avaliação de um professor requer uma actividade continuada, porque importam mais as actividades de reformulação que venham a ser consideradas do que o simples diagnóstico da sua actual situação. A avaliação de um professor é> então uma actividade projectada no futuro.Avaliar um professor é, pois, dizíamos, uma tarefa muito, mesmo muito complexa. Simples, muito simples mesmo, é avaliar um ministro que pensa ser possível reduzir a avaliação dum professor a uma mera empreitada administrativa, compilada em duas páginas de panegíricos ou de recriminações.

Colegas: obrigatório ler!

PORQUE HÁ AQUELES QUE, FIRMES NAS SUAS CONVICÇÕES E CORAJOSOS NAS SUAS ACÇÕES, CONTINUAM UMA LUTA QUE A TODOS DIZ RESPEITO…

Tomada de Decisão no Agrupamento Vertical de Escolas Luísa Todi - Setúbal


1º. Doc. aprovado com 10 abstenções em Reunião Geral do Agrupamento Vertical de Escolas Luísa Todi - Setúbal, realizado hoje dia 13 pelas 18,30 e que contou com a presença de 166 Professores. Este Documento vai agora ser subscrito e enviado para a Ministra da Educação.

2º. Doc. aprovado por unanimidade dos presentes em reunião sindical na Escola EB 2,3 de Luísa Todi, integrada na Jornada Nacional de Reflexão e Luta de 13 de Janeiro de 2009. Nesta Jornada participaram mais de 56 Professores da Escola.
Exma. Senhora Ministra da Educação
Exmo. Senhor Secretário de Estado Adjunto da Educação
Exmo. Senhor Secretário De Estado da Educação


Os professores do Agrupamento Vertical de Escolas Luísa Todi, reunidos no dia 13 de Janeiro, entendem que as condições objectivas para a aplicação do modelo, mesmo que simplificado, de avaliação do desempenho não se alteraram, tendo em conta os seguintes aspectos:
1. Os/as docentes exigem que o modelo de avaliação da actividade docente constitua um instrumento fundamental de valorização da escola pública e do desempenho dos/as professores/ as e educadores/as;
2. Entendem que qualquer alternativa ao actual modelo de avaliação do desempenho só pode passar pelo fim da divisão artificial da carreira em professores e titulares, uma fractura que descredibiliza o próprio estatuto profissional e a função docente;
3. Consideram também que a simplificação agora publicada em Diário da República (Decreto-Regulamentar 1-A/2009, de 1 de Janeiro) despreza a componente científica e pedagógica do trabalho docente, ao mesmo tempo que, não mexendo no essencial do modelo e apresentando-se, apenas, como uma solução transitória, visa ganhar tempo aproveitando-se, cinicamente, do próprio calendário eleitoral para fazer valer, no futuro, medidas por todos rejeitadas;
4. Entendem ser lamentável, contudo, que o Ministério da Educação e o Governo recorram à ameaça e à chantagem para forçarem os docentes a abdicarem da sua luta.

As declarações recentes do Secretário de Estado Adjunto e da Educação são condenáveis num quadro em que se iniciaram negociações entre Sindicatos e Ministério, visando, designadamente, rever a estrutura da carreira e o modelo de avaliação do desempenho.

Com esta atitude, o Ministério da Educação revela a sua intenção de manter este Estatuto da Carreira Docente, mesmo que, para isso, tenha de passar a ideia de que faz pretensas e irrelevantes cedências, a troco do abandono da luta pelos/as professores/as e educadores/as.

A mesma postura profissional que nos levou a colocar um conjunto de questões até hoje não respondidas, leva-nos a reiterar a posição assumida anteriormente. Assim, voltamos, de novo, a colocar as mesmas questões esperando a mesma postura profissional da parte do Ministério da Educação.
1 – Como garantir que o modelo agora em vigor, obrigando de forma incontornável ao preenchimento de um excessivo número de fichas com base em um sem número de indicadores, não se transforme num monstro burocrático que vai ensombrando já a dinâmica do Agrupamento Vertical de Escolas Luísa Todi?
2 – Qual a legitimidade de implementação de um modelo que, obrigando os professores a desdobrar-se em múltiplas tarefas, lhes retira tempo precioso para o necessário desenvolvimento do trabalho pedagógico e acompanhamento dos alunos, subvertendo, assim, a essência do seu trabalho, que é ensinar?
3 – Dada a incongruência do diploma, fundamento de muita contestação, quem pode garantir que o modelo não se constitui como mais uma “reforma” entre tantas outras que, de uma forma ou de outra, contribuíram para a instabilidade da acção das escolas e, consequentemente, para o que agora alguns pretendem identificar como o insucesso que caracteriza a oferta pública educativa?4 – Como explicar as quotas de progressão na carreira definidas à margem de cada escola, claramente estranguladoras do trabalho cooperativo, quiçá ofendendo a própria letra do Estatuto da Carreira Docente, num modelo que se anuncia como uma mais-valia pessoal e profissional promotora da construção de uma oferta educativa de excelência?
5 – Como legitimar a subordinação, agora adiada, da avaliação do desempenho do docente ao sucesso e ao abandono escolar quando se reconhece o quão determinante assume ser neste processo a realidade social, económica e cultural dos alunos e quando estas escapam ao controlo da responsabilidade e vontade dos professores?
6 – Por que razão estando envolvidas no processo educativo entidades do poder local e nacional, supostamente parceiras das entidades escolares, pais e encarregados de educação, alunos e professores só aos últimos são exigidos deveres e se cobram resultados?
7 – Como assegurar uma avaliação equitativa face às desigualdades resultantes da heterogeneidade que a acção docente determina: professores que têm alunos de apoio educativo e professores que os não têm; professores que só trabalham com alunos de apoio educativo; professores de disciplinas sujeitas a avaliação externa e de outras que o não são; professores de disciplinas que pela suas especificidades, têm mais ou menos probabilidades de sucesso dos alunos; professores cuja possibilidade de desempenhar certas funções lhes trará eventuais benefícios e outros impossibilitados de as desempenhar por razões que lhes são alheias?

8 – Como justificar que não se trata de um erro grosseiro o facto de docentes serem avaliados com base nos resultados dos seus alunos assumindo-se, tanto quanto parece deduzir-se da leitura do Código do Procedimento Administrativo (e segundo parecer da Provedoria de Justiça), como parte interessada no seu próprio acto avaliativo? E já agora como garantir o mesmo em relação ao acto avaliativo do professor avaliador? Será que não estamos perante situações de claro conflito de interesses?
Admitindo que, porventura, se possa entender as questões anteriores merecedoras de resposta em fóruns de âmbito mais específico, não queremos perder a oportunidade para também apresentar algumas questões que, indubitavelmente, se podem considerar de carácter mais técnico:9 – Como ultrapassar a falta de regulamentação relacionada com a avaliação de docentes em situações excepcionais não contempladas no Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro?
10 – O período de avaliação dos professores é de 2 anos civis; o mandato das Comissões Coordenadoras da Avaliação Docente é de 2 anos lectivos. Significa isto que uma Comissão Coordenadora da Avaliação Docente acompanha o desenvolvimento do trabalho dos professores durante 20 meses passando o mandato para uma nova Comissão Coordenadora da Avaliação Docente em Agosto, tendo esta última a responsabilidade de avaliar o trabalho dos professores que apenas acompanhará durante 4 meses. Como resolver esta incongruência?
11 – Para quando a regulamentação de questões relacionadas com a avaliação de docentes em situações excepcionais não contempladas no Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro? Como proceder nas situações de docentes em ausência por doença, por um período prolongado (por exemplo, situações de gravidez de risco)? Como proceder nas situações de licença de parto, quando o tempo de licença coincide com o período de definição de objectivos e de observação de aulas? Como proceder no âmbito das funções de avaliador, principalmente no caso do 1º Ciclo do Ensino Básico quando existe incompatibilidade de horários entre avaliadores e avaliados, não sendo de todo possível compatibilizar o calendário de observações de aulas sem prejuízo da componente lectiva do docente avaliador?
12 – Se um dos factores de avaliação é o esforço feito para não faltar, onde se garante que os referidos docentes não serão penalizados?
13 – Como exercer funções de avaliação, no caso das delegações de competências, sem os docentes avaliadores terem passado por qualquer processo de formação no âmbito da supervisão em avaliação?
14 – Quem custeia as deslocações dos docentes avaliadores a outras escolas do Agrupamento, algumas fora da cidade, no cumprimento das suas funções de observação, no âmbito da avaliação docente?
15 – Quando se processa a transição de escalão dum docente que perfaz o tempo de permanência no escalão numa fase intermédia do processo de avaliação docente?
16 – Como pôr em prática, nomeadamente no caso do 1º Ciclo do Ensino Básico, o enunciado dos pontos 6 e 7, do artigo 29º, do Capítulo III, do Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro, “Pode ser considerada na avaliação do coordenador do departamento curricular a avaliação realizada pelos docentes do correspondente departamento quanto às respectivas funções de coordenação, em termos a definir no Regulamento Interno”, quando a maioria dos docentes não conhece directamente o trabalho desenvolvido pelo Coordenador, no desenvolvimento das suas funções?
17 – Como pode a Comissão Coordenadora da Avaliação Docente exercer as competências que lhe são atribuídas no âmbito da validação das classificações de Excelente, Muito Bom ou Insuficiente se, no quadro da calendarização definida de acordo com o artigo 22º, do Secção III, Capítulo II, este se desenvolve já no decurso do ano lectivo 2009/2010, tendo todos os seus elementos cessado funções como Coordenadores de Departamento com assento no Conselho Pedagógico? A sua coordenadora, nomeadamente, já não será, à data, Presidente do Conselho Pedagógico, cargo que será então, de acordo com o Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de Abril, por inerência, ocupado pelo Director do Agrupamento.
18 – Também a avaliação efectuada pela direcção executiva fica comprometida a meio do processo, pela implementação do novo modelo de gestão segundo o qual, os avaliadores, neste contexto, poderão já não exercer funções de gestão. Como desenvolver uma função inerente a um cargo que já não desempenham?19 – Com a implementação do novo modelo de gestão, vão existir alterações às estruturas intermédias, nomeadamente aos Departamentos Curriculares, perdendo algumas delegações de competências a sua validade, no meio do processo de avaliação. Como proceder então?
20 – Como proceder, ainda, quando um docente avaliador ou avaliado muda de estabelecimento de ensino, por concurso nacional, no decurso do calendário de avaliação?21 – No caso da adaptação do calendário de avaliação aos docentes contratados por período superior a 6 meses, como assegurar as mesmas garantias de reclamação e recurso, sem prejuízo da adequação da etapa da auto-avaliação, obedecendo ao imperativo de conclusão do seu processo de avaliação até 20 dias antes do final do contrato, assegurando a eventual renovação deste? (pontos 1 e 3, do artigo 28º, do Capítulo III, do Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro).
22 – Como pode ser tão importante a avaliação para a contratação no ano lectivo se a mesma só é oficializada de acordo com calendário em Dezembro, enquanto que os contratos cessam a 31 de Agosto?


Assim, os/as professores/as abaixo-assinados decidem:

• Manter a luta contra a viabilização deste modelo de avaliação do desempenho o qual não é bom para o processo de ensino, para as aprendizagens e para a supressão das dificuldades inerentes ao próprio processo educativo, sobre os quais a avaliação do desempenho deve, também incidir;

• Manter a disponibilidade para continuar a luta por um ECD que dignifique e valorize a profissão docente.
• Manifestar ainda a sua solidariedade e apoio à iniciativa levada a cabo no dia 10 de Janeiro pelos Presidentes dos Conselhos Executivos, reunidos em Santarém, apelando desde já para a realização de uma manifestação alargada, junto do local onde irá decorrer a próxima .

Face ao exposto, interessa informar V. Exa. de que, até ao cabal esclarecimento das questões agora identificadas, os subscritores consideraram adequada a suspensão dos procedimentos relativos ao processo de avaliação no seio deste Agrupamento.



Certos da melhor atenção, apresentam os melhores cumprimentos.


Os docentes do Agrupamento Vertical de Escolas Luísa Todi
Setúbal, 13 de Janeiro de 2009



Moção

Os professores da Escola EB 2,3 de Luísa Todi, reunidos no dia 13 de Janeiro, em reunião sindical, entendem que as condições objectivas para a aplicação do modelo, mesmo que simplificado, de avaliação do desempenho não se alteraram, tendo em conta os seguintes aspectos:
1. Os/as docentes exigem que o modelo de avaliação da actividade docente constitua um instrumento fundamental de valorização da escola pública e do desempenho dos/as professores/ as e educadores/as;
2. Entendem que qualquer alternativa ao actual modelo de avaliação do desempenho só pode passar pelo fim da divisão artificial da carreira em professores e titulares, uma fractura que descredibiliza o próprio estatuto profissional e a função docente;
3. Consideram também que a simplificação agora publicada em Diário da República (Decreto-Regulamentar 1-A/2009, de 1 de Janeiro) despreza a componente científica e pedagógica do trabalho docente, ao mesmo tempo que, não mexendo no essencial do modelo e apresentando-se, apenas, como uma solução transitória, visa ganhar tempo aproveitando-se, cinicamente, do próprio calendário eleitoral para fazer valer, no futuro, medidas por todos rejeitadas;
4. Entendem ser lamentável, contudo, que o ministério da Educação e o Governo recorram à ameaça e à chantagem para forçarem os docentes a abdicarem da sua luta.
As declarações recentes do Secretário de Estado Adjunto e da Educação são condenáveis num quadro em que se iniciaram negociações entre Sindicatos e Ministério, visando, designadamente, rever a estrutura da carreira e o modelo de avaliação do desempenho.
Com esta atitude, o Ministério da Educação revela a sua intenção de manter este Estatuto da Carreira Docente, mesmo que, para isso, tenha de passar a ideia de que faz pretensas e irrelevantes cedências, a troco do abandono da luta pelos/as professores/as e educadores/as.
Assim, os/as professores/as e educadores/as presentes na reunião (ou abaixo-assinados) decidem:
• Manter a luta contra a viabilização deste modelo de avaliação do desempenho o qual não é bom para o processo de ensino, para as aprendizagens e para a supressão das dificuldades inerentes ao próprio processo educativo, sobre os quais a avaliação do desempenho deve, também incidir;
• Manter a disponibilidade para continuar a luta por um ECD que dignifique e valorize a profissão docente.
Manifestam ainda a sua solidariedade e apoio à iniciativa levada a cabo no dia 10 de Janeiro pelos Presidentes dos Conselhos Executivos, reunidos em Santarém, apelando desde já para a realização de uma manifestação alargada, junto do local onde irá decorrer a próxima reunião, no dia 7 de Fevereiro. Neste sentido, solicitam à Plataforma Sindical que divulgue e mobilize os docentes para esta iniciativa de solidariedade.

Escola EB 2,3 de Luísa Todi
Setúbal, 13 de Janeiro de 2009

GREVE A 19 !!! Não falhes...

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL
PROFESSORES EM GREVE EXIGEM RESPEITO, CONSIDERAÇÃO
E UMA PROFUNDA ALTERAÇÃO NA POLÍTICA EDUCATIVA


Na segunda-feira, dia 19 de Janeiro, o Secretário-Geral da FENPROF, Mário Nogueira, estará, às 8 horas na Escola Secundária Jaime Cortesão e às 9.30 horas na EB 2,3 Alice Gouveia, ambas em Coimbra, onde acompanhará os primeiros momentos da Greve.
Os professores e educadores portugueses voltarão a fazer uma Grande Greve na próxima segunda-feira, dia 19 de Janeiro. Nesta data, em que se completam 2 anos sobre a publicação do Estatuto da Carreira Docente, os professores e educadores em Greve exigirão:
– a suspensão do actual modelo de avaliação que está a perturbar profundamente o funcionamento das escolas, o desempenho dos professores e as aprendizagens dos alunos;
– uma revisão positiva do Estatuto da Carreira Docente de que resulte a eliminação da divisão da carreira, a substituição do modelo de avaliação, incluindo as quotas, ou a revogação da prova de ingresso na profissão.

Para a FENPROF, este será um importantíssimo momento de protesto e exigência! Um protesto também dirigido contra o clima de ameaça e intimidação que o ME procura instaurar nas escolas adoptando uma postura absolutamente inaceitável e antidemocrática; de exigência, não apenas pelas razões antes expostas, mas, igualmente, por uma verdadeira mudança das actuais políticas educativas que têm desvalorizado a Escola Pública e atentado contra a dignidade dos profissionais docentes e as condições em que exercem a sua profissão.

Na segunda-feira, dia 19 de Janeiro, o Secretário-Geral da FENPROF, Mário Nogueira, estará, às 8 horas, na Escola Secundária Jaime Cortesão e às 9.30 horas na EB 2,3 Alice Gouveia, ambas em Coimbra, onde acompanhará os primeiros momentos da Greve. Pelas 15 horas, já em Lisboa, integrará a delegação da Plataforma Sindical dos Professores que entregará no Ministério da Educação o abaixo-assinado exigindo a revogação do “ECD do ME” e a sua substituição por outro que respeite, valorize e dignifique os docentes e o seu exercício profissional.

ESCOLAS RESISTEM E, UMAS APÓS OUTRAS,
REITERAM DECISÃO DE SUSPENDER AVALIAÇÃO

A grande luta dos professores é a que estes travam, escola a escola, suspendendo a avaliação imposta pelo ME. Como a FENPROF sempre afirmou, à teimosia do ME e do Governo os professores respondem com determinação e firmeza e mantêm suspensa a avaliação que o ME tarda em suspender e recusando entregar os objectivos individuais de avaliação. É, pois, nas escolas que o ME está a ser derrotado pelos professores e educadores portugueses!

Todos os dias cresce o número de escolas que, após a publicação do Decreto Regulamentar nº 1-A/2009, de 5 de Janeiro, reafirmam as decisões já antes tomadas de suspender a avaliação. Mas mesmo em escolas em que essa decisão não foi tomada, são milhares os professores que decidem não entregar os objectivos individuais de avaliação.
Estas decisões dos professores e das escolas merecem todo o apoio da FENPROF que os exorta a manterem esta postura e a derrotarem as intenções da actual equipa ministerial e o Governo que, obstinadamente, insistem em levar por diante um modelo de avaliação que cria graves perturbações ao funcionamento e organização das escolas, que não contribui para a melhoria do desempenho dos docentes e que prejudica as aprendizagens dos alunos.
O ME seria responsável se decidisse suspender a avaliação, mas, perante a sua irresponsabilidade, os professores e educadores não hesitam e assumem eles a atitude mais responsável!
Nota: Consultar em http://www.fenprof.pt/ ou em http://www.sprc.pt/ (textos de posições aprovados) a lista das escolas que suspenderam a avaliação.

GREVE A 19

Colegas, peço desculpa por invadir a vossa privacidade, mas o momento que atravessamos assim o exige. O dia 19, data de publicação do ECD, é o dia da reabilitação da dignidade dos professores. Esta equipa ministerial que nos brindou com mimos do tipo: "perdi os professores, mas ganhei os pais", "os professores não interpretaram correctamente o estatuto do aluno". Tem representantes que levantam processos ao prof. Charrua e sobre um incidente com "pistolas" afirma - " foi numa brincadeira de mau gosto". Se não estão de acordo com as trapalhadas deste ME e com o ECD, PARTICIPEM NA GREVE de segunda feira que não é um prolongamento do fim de semana. Concentração, no dia 19, na 5 de Outubro às 15 horas.
NA ERA "PÓS-SIMPLEX DA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO"ESCOLAS SUSPENDEM E RECUSAM-SE A ENTREGAR OBJECTIVOS INDIVIDUAIS
Na região centro, a Jornada Nacional de Reflexão e de Luta, de 13 de Janeiro, e proximidade da Greve de 2.ª feira – 19 de Janeiro – ampliaram a nova onda de protesto com sucessivas tomadas de posição de muitas escolas. Por toda a região multiplicam-se as reuniões gerais de... [ler mais...]
2.ª FEIRA – GREVE NACIONAL
UMA GREVE IMPORTANTÍSSIMA QUE ANTECEDE


- Debate e votação na Assembleia da República (a 23 de Janeiro) de novo Projecto de Lei, agora do PP, que suspende a Avaliação do Desempenho.
- Abertura de negociações para a revisão do ECD (a 28 de Janeiro) com as mesas negociais dos Professores.

É DETERMINANTE QUE FECHEMOS MUITAS ESCOLAS. FORÇA!

Madeira: Sindicatos e Governo discutem amanhã avaliação

Os dois sindicatos dos professores da Madeira reúnem-se sexta-feira com o secretário regional da Educação, Francisco Fernandes, para debater a questão da avaliação do desempenho dos docentes.
«É uma primeira abordagem, vamos partir pedra no sentido de encontrarmos um modelo operacional que esperamos que não seja idêntico ao nacional», disse à agência Lusa a presidente do Sindicato dos Professores da Madeira (SPM), Marília Azevedo.
As duas categorias em que a carreira foi dividida - professores e professores titulares - e o excesso de burocracia e itens a cumprir que afastam o docente dos alunos são aspectos contestados pelos sindicatos.
«É muito prematuro falar no modelo de avaliação», acrescenta Marília Azevedo, que vaticina a sua entrada em vigor no terceiro período do presente ano lectivo.
O Sindicato Democrático dos Professores também participa nesta reunião, que é considerada a primeira de muitas a ocorrer este ano com vista a determinar um modelo de avaliação do desempenho dos professores em conformidade com o Estatuto da Carreira Docente da Região Autónoma da Madeira.
O Governo Regional, através da Secretaria Regional de Educação, publicou a 01 de Outubro de 2008 a Portaria 165 - A com o objectivo de evitar hiatos legislativos e de contemplar «em sede de avaliação de desempenho a situação dos docentes nos anos escolares 2007/2008 e 2008/2009».
«Para efeitos de avaliação do desempenho dos docentes contratados, de transição ao 6/o escalão e progressão na carreira dos docentes do quadro, o tempo de serviço prestado nos anos escolares 2007/2008 e 2008/2009, considera-se classificado com a menção qualitativa de Bom», estipula a Portaria 165 - A/2008.
Diário Digital / Lusa

Escola Secundária de Santo André / Barreiro


Escola Secundária de Santo André / Barreiro
Professores manifestam direito a ser avaliados através de um modelo que seja justo
Professores manifestam direito a ser avaliados através de um modelo que seja justo" hspace=10 src="http://www.rostos.pt/paginas/imagens/semanal/7/71385.jpg" align=right vspace=5 border=2>“Decidem ainda manter a suspensão da sua participação em quaisquer procedimentos que digam respeito a este modelo de avaliação, até que estejam formalizados na nossa escola todos os instrumentos legais para o efeito (RI, PEE, PAA, instrumentos de registo, etc.) obrigatórios para que se inicie o processo de avaliação” – refere uma declaração dos professores do Departamento de Ciências Sociais e Humanas da Escola Secundária de Santo André/Barreiro.
Divulgamos o texto integral da Declaração dos professores da Escola Secundária de Santo André, aprovada por unanimidade.No próximo dia 20 de Janeiro realiza-se uma reunião Geral de Professores.
DECLARAÇÃO
Os professores do Departamento de Ciências Sociais e Humanas da Escola Secundária de Santo André/Barreiro, reunidos no dia 14 de Janeiro de 2009, fazendo valer o seu direito à avaliação, de acordo com o estipulado pelo artigo 11, nº 1, do Decreto Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro, comprometem-me a cumprir todas as funções que decorrem da sua actividade profissional, como sempre têm feito enquanto professores conscientes dos seus deveres para com os alunos e a comunidade educativa em geral. Consideram ainda que:
1. O modelo previsto no Decreto Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro nunca reuniu condições de exequibilidade, tendo sido um factor determinante na degradação do relacionamento interpessoal no seio da classe docente e profundamente perturbador do clima escolar, com reflexos negativos, directos e indirectos, no processo de ensino e aprendizagem.
2. Este modelo, ainda em vigor, encontra-se já completamente desvirtuado por força da introdução de diferentes despachos e emendas, nenhuma delas resultado de uma discussão aberta e participada com a classe docente, carecendo igualmente de uma avaliação científica objectiva.
3. É um modelo que estratifica a carreira artificialmente em professores titulares e professores não titulares, sem qualquer fundamento de ordem profissional, ética e pedagógica, não correspondendo a qualquer diferenciação funcional.
Pelo exposto, reiteram a sua intenção de ser avaliados, mas nunca por este modelo, mesmo numa versão que se limita a simplificar o acessório, mantendo os aspectos essenciais mais gravosos. Manifestam ainda o seu direito a ser avaliados através de um modelo que seja justo, testado, simples, formativo e que, efectivamente, promova o mérito pela competência científico-pedagógica, mas sem diferenciação de natureza administrativa.
Decidem ainda manter a suspensão da sua participação em quaisquer procedimentos que digam respeito a este modelo de avaliação, até que estejam formalizados na nossa escola todos os instrumentos legais para o efeito (RI, PEE, PAA, instrumentos de registo, etc.) obrigatórios para que se inicie o processo de avaliação.
15.1.2009 - 13:42

Já é vontade de dizer mal dos profs

Frio: Sindicato contesta criticas de autarca de Vinhais sobre faltas dos professores por causa do mau tempo
15 de Janeiro de 2009, 17:12
Bragança, 15 Jan (Lusa) - O Sindicato dos Professores do Norte (SPN) "convidou" hoje o autarca de Vinhais a disponibilizar o seu jipe pessoal ou um helicóptero para os docentes não terem de faltar às aulas quando neva.
O sindicalista José Domingues respondeu assim, de forma irónica, às críticas do autarca socialista que considerou hoje "uma autêntica vergonha" as faltas dos professores nos últimos dias, por causa da neve.
"O que o presidente da câmara pode fazer é ceder o jipe dele para os professores poderem transitar", disse.
O sindicalista garantiu à Lusa que "ainda hoje de manhã um grupo de 20 professores, que se deslocava de Bragança para Vinhais, não conseguiu sair da cidade por indicação da GNR".
"Os professores não têm autonomia para desrespeitar a GNR quando diz que não se pode passar", afirmou.
Segundo disse, outro grupo fez o percurso, mas acabou por ficar retido já depois de Vinhais, a caminho de Vilar de Lomba, na zona conhecida como Monte da Forca.
No entanto, o governador civil de Bragança, Jorge Gomes, deu hoje razão às críticas do autarca de Vinhais.
Enquanto responsável máximo pela Protecção Civil no distrito, garantiu à Lusa que "nunca se deu a estrada de Vinhais (EN 103) como intransitável por causa da neve".
O responsável considera, que o autarca "tem alguma razão, porque toda a gente, que se desloca de Bragança para Vinhais para trabalhar, compareceu hoje nos postos de trabalho, excepto a comunidade escolar".
"Não há justificação aparente para que não se desloquem", sustentou o governador.
Em situações como os nevões, quem não puder ir trabalhar por causa das estradas ficarem intransitáveis pode obter uma declaração junto da Protecção Civil para justificar a falta.
O governador realçou que a Protecção Civil pode apenas atestar as condições da estrada, mas não avaliar as condições psicológicas de quem tem que se deslocar.
Jorge Gomes rejeitou, no entanto as críticas do autarca à Protecção Civil, afirmando que "os alertas para as condições climatéricas adversas têm apenas como propósito proteger os cidadãos, chamando a atenção para que vão preparados para a estrada".
O presidente da Câmara de Vinhais, o socialista Américo Pereira, acusou hoje a Protecção Civil e as forças de segurança do distrito de, "em vez de colaborarem activamente na resolução dessas dificuldades, limitarem-se a utilizar a comunicação social para vaidosamente dar entrevistas por tudo e por nada, deturpando muitas vezes a situação que realmente existe no terreno e criando um clima de medo que contribui decisivamente para que as instituições não funcionem e oferecendo assim as justificações para que as pessoas faltem ao trabalho".
HFI.
Lusa/fim

Chega de humilhações!!!!!!!!




8 de Janeiro de 2009 por Ricardo Santos Pinto

Sei que muitos professores nos lêem. Ainda não temos os leitores do «Umbigo», mas lá chegaremos. É para eles este texto. Com todo o respeito, chegou a hora de «decapitar» a senhora ministra. «Jugulai-a» de vez! É agora ou nunca. Mesmo que hoje em dia já não seja ministra de nada, que simbolicamente tenha morrido há muito, a carcaça do simbólico cadáver, com o devido respeito, continua por aí. Envergonhada. Escondida. Inexistente. Fantasmagórica. Mas continua por aí.É preciso, pois, dar a estocada final. Chega de humilhações públicas. Chega de maus-tratos constantes. Chega de todo um programa que só visou partir a espinha da classe docente.Não partiu, reforçou-a. Conseguindo transformar pequenas reuniões de professores em mega-manifestações de 25 mil pessoas. De 100 mil. De 120 mil. Conseguindo adesões de 90% a greves habitualmente pouco concorridas. Conseguindo unir uma classe tradicionalmente pouco activa.Afinal, o que é que está em questão? Sinceramente, já não interessa. Foram anos a ouvir que «quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de leite!» (Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, 16/11/2008); que «vocês [deputados do PS] estão a dar ouvidos a esses professorzecos» (Valter Lemos, Assembleia da República, 24/01/2008); que «caso haja grande número de professores a abandonar o ensino, sempre se poderiam recrutar novos no Brasil» (Jorge Pedreira, Novembro/2008); que "admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública" (Maria de Lurdes Rodrigues, Junho/2006); que «[os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete (depois de esticados, partem), só são valentes quando estão em grupo!» (Margarida Moreira - DREN, Viana do Castelo, 28/11/2008).No que me diz respeito, estou completamente à vontade. Na blogosfera em geral, no meu blogue e no «5 Dias», já disse o que tinha a dizer sobre a senhora ministra, já fiz as críticas e já propus as alternativas. Percebo mais destas coisas do que a senhora ministra, que, à excepção dos anos em que fez o Curso do Magistério para poder ser professora primária com o 9.º ano, nunca entrou numa sala de aulas. Nunca teve trinta miúdos problemáticos à sua frente. Nunca se viu entregue à sua própria sorte. Nunca foi insultada olhos nos olhos.A senhora ministra não aguentava uma semana.Por isso é que digo que, chegados a este ponto, nada interessa. Mil propostas pode a senhora ministra fazer e mil propostas os professores recusarão. Pode a senhora ministra cobrir-se de ouro que os professores irão ver não mais do que latão.É a guerra. A guerra total. E, por mais que digam, não há maneira de salvar a face das duas partes. Não há. Ou os professores ou a senhora ministra.Quanto aos professores, nada têm a perder. Após uma campanha de intoxicação da opinião pública de quatro longos anos, os portugueses continuam a confiar muito mais nos professores (42%) do que nos políticos (7%). E os alunos confiam nos seus professores. É o que interessa. Podem ameaçar com processos disciplinares e com tudo o que quiserem - todos sabem que a lei nada prevê para quem não entregar os objectivos individuais.Mas se os professores não têm nada a perder, já os senhores da governação estão aflitos. Há eleições daqui a cinco meses e aquela gente, que nunca fez mais nada na vida, não sabe viver sem o poder. Adoece. Definha. Morre.O exemplo vem de cima e a melhor escola pública do país, a Infanta D. Maria, de Coimbra, voltou a reunir e voltou a decidir que o processo de avaliação vai continuar suspenso. As 458 escolas e agrupamentos que já tinham decidido a suspensão da avaliação irão certamente reafirmar a sua posição. Irão certamente manter a suspensão.E no Sábado, na reunião dos Presidentes dos Conselhos Executivos, estou em crer que vai sair uma nova posição de força. De muita força. A demissão em bloco se necessário for. E os professores, acredito, sairão em socorro dos seus Presidentes.Chegou a altura de acabar com isto de uma vez por todas. Antes que os alunos saiam prejudicados. Antes que isto se torne completamente ingovernável.Os próximos dez dias serão decisivos. Os professores vencerão se não se amedrontarem. Se continuarem unidos. «Há momentos em que a única solução é desobedecer», disse em Abril de 74 aquele que nunca quis cargos. Nem poder. Nem dinheiro. E que pagou por isso. Sigam o seu exemplo.

PASSA A PALAVRA!!!!!

Suspensão da avaliação

20 ESCOLAS JÁ SUSPENDERAM A ADD!

Vinte escolas suspenderam avaliação em dois dias

Só em dois dias, 20 escolas de todo o País aprovaram a suspensão da avaliação do desempenho. As moções foram decididas entre terça e quarta-feira , logo a seguir à publicação do decreto de simplificação da avaliação, que impõe prazos para a calendarização do processo.

Segundo os representantes dos professores, esta segunda vaga de suspensões vai engrossar nos próximos dias, o que mostra que os docentes não desarmam face às ameaças do Governo de abertura de processos disciplinares.

Para o secretário-geral do Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep), as duas dezenas de escolas de todo o País que decretaram a suspensão do processo, ao arrepio daquilo que são os prazos legais do Governo, são já muito significativas. "Estamos a falar de moções aprovadas em apenas dois dias, e que ainda assim representam só o começo da resistência, que vai tomar ainda maiores dimensões", garante ao DN Carlos Chagas.

"Os professores sentem que têm o direito à indignação através dos meios legais", diz João Dias da Silva, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação, que reconhece que a ameaça de processos disciplinares gerou "algum medo nas escolas, embora não existam razões para isso" (*ver caixa*).

Já José Grilo Santos, presidente do Agrupamento de Escola de Sequeira, na Guarda, o primeiro nesta fase a decretar a suspensão da avaliação, reconhece que os conselhos executivos pouco têm a fazer se os professores não quiserem aplicar o actual modelo. Mas "no caso das escolas do nosso agrupamento, todos os professores aprovaram a suspensão, mostrando uma enorme firmeza".

Apesar de já considerarem este números relevantes, os sindicatos esperam que a lista das escolas a pedir a suspensão aumente de forma significativa a partir de terça feira, dia de reflexão nas escolas. "Essa será uma data decisiva, porque os professores vão poder reunir nas escolas e votar novas moções", frisa o secretário-geral do Sindep. "Até final do mês, altura em que acaba o prazo para entregar os objectivos individuais, ainda temos tempo para informar os professores e organizar a luta", considera Carlos Chagas.

Já Mário Machaqueiro, da Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino, defende que "a dispersão geográfica das escolas que aprovaram a suspensão - lista que inclui a Infanta Dona Maria, em Coimbra, o Agrupamento de Sequeira, na Guarda, a Secundária D. Sancho, em Famalicão ou o Agrupamento de Escolas de Santo Onofre, nas Caldas da Rainha - é muito importante". Para o professor revela "que o movimento está em crescendo, depois da primeira vaga de suspensões, anterior à simplificação do modelo".

Ilídio Trindade, do Movimento Mobilização e Unidade dos Professores, confirma que o dia 13 será decisivo na luta contra a avaliação, mas defende que a partir de agora é preciso começar também a fazer a contabilização professor a professor, e não apenas das escolas que aprovam a suspensão: "É que, mesmo se tivéssemos o caso de todas as escolas apresentarem os objectivos individuais, haveria ainda assim muitos professores que não o fariam e continuavam a resistir. Poderiam até ser a maioria. E é preciso fazer essa contabilidade". Este número seria recolhido em conjunto com os sindicatos e através de informações dadas directamente por aqueles que se recusem a ser avaliados.

*PEDRO VILELA MARQUES* *in DN*