sexta-feira, outubro 26, 2007

Novas regras para avaliação dos professores

O Governo aprovou esta quarta-feira o decreto que regulamenta o processo de desempenho dos docentes do pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, regras que o Executivo pretende implementar ainda este ano. A ministra da educação, Maria de Lurdes Rodrigues, mencionou que a avaliação será realizada de dois em dois anos, e que terá,três momentos distintos, como informa hoje a Lusa, citada pelo Diário Digital. A primeira fase do processo centra-se numa ficha de auto avaliação criada por cada docente em exercício, e posteriormente, o processo é desenvolvido pelo professor titular coordenador do departamento disciplinar, que vai avaliar o desenvolvimento das aulas, os materiais pedagógicos usados e ainda a relação do docente com os alunos.Assim, a avaliação passa ainda pelos conselhos executivos, que vão analisar a participação dos professores na vida escolar, e ainda na responsabilidade e na assiduidade.

Matemática desilude


Nas 1.292 escolas do ensino básico onde se realizaram exames nacionais do 9º ano, apenas 179 tiveram este ano uma nota média igual ou superior a três, numa escala de um a cinco, com quatro em cada cinco escolas com média negativa a Matemática.
( 18:24 / 25 de Outubro 07 )
Segundo dados do Ministério da Educação (ME), quase três em cada quatro estabelecimentos de ensino (73,9 por cento) conseguiram ter positiva nos exames, mas apenas por arredondamento, com médias iguais ou superiores a 2,5. Na lista das dez escolas com melhores resultados nos exames nacionais de Língua Portuguesa e Matemática do 9º ano, nove são privadas e apenas uma é pública, sendo a maioria dos distritos de Lisboa e Porto. Na Matemática, mais de oitenta por cento das escolas (quatro em cada cinco) tiveram média negativa no exame. Dos 1.292 estabelecimentos de ensino onde decorreram provas, só 222 (17 por cento) alcançaram uma média igual ou superior a 2,5, numa escala de um a cinco. A prova de Matemática revelou-se um «desastre», uma vez que três em cada quatro alunos tiveram nota negativa, um desempenho ainda mais negro do que o registado no ano passado. As negativas acentuaram-se significativamente, passando de 63 por cento em 2006 para 72,8 por cento este ano. No Português, só duas escolas do ensino básico tiveram média negativa no exame nacional de Língua Portuguesa do 9º ano. Em todos os estabelecimentos de ensino onde a 19 de Junho decorreu esta prova, 99,9 por cento alcançaram uma média igual ou superior a 2,5. Quase nove em cada dez alunos «passaram» no exame de Língua Portuguesa, uma prestação muito acima do registado no ano passado, quando apenas 54,5 por cento dos estudantes tiveram positiva. Entre os cerca de 96 mil alunos que realizaram a prova, apenas 0,2 por cento (156) obtiveram nível 01, o mais baixo da escala, e 13,5 por cento (12.953) não foram além do nível 02, ainda negativo.

BE vai apresentar programa para o combate ao insucesso escolar

25 de Outubro de 2007, 19:46
Lisboa, 25 Out (Lusa) - O Bloco de Esquerda vai apresentar um projecto de combate ao insucesso e abandono escolar, durante o II fórum dedicado ao sector da Educação, promovido pelos bloquistas sexta-feira e sábado em Lisboa.
"Um novo compromisso pela escola pública" é o tema do II Fórum da Educação promovido pelo Bloco de Esquerda, em Lisboa, entre sexta-feira e sábado em Lisboa, anunciou hoje o BE.
O Bloco apresentará no decorrer dos trabalhos iniciativas legislativas na área da Educação, entre as quais um "programa para o combate ao insucesso escolar e abandono escolar", refere o comunicado do BE.
O sistema de rankings escolares será igualmente discutido no Fórum, no painel "selecção social na era dos rankings", pelo sociólogo Pedro Abrantes, Benedita Portugal e António Castela, da Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais.
O encontro, que será encerrado sábado pelo coordenador da comissão política, Francisco Louçã, abordará ainda as "perspectivas sobre o ensino especial", "os desafios da imigração" e a "exclusão social", e a "democracia na sala de aula".
SF.

E-tour - viagem do conhecimento chega a todo o país



Durante cerca de seis meses, as escolas de todos os distritos do país terão oportunidade de conhecer o serviço Escola Virtual, através de um road-show que irá percorrer todo o país.
A iniciativa "E-Tour, a viagem do conhecimento" arrancou hoje na Praça do Metro, junto à Casa da Música, no Porto. Trata-se de um road-show organizado pela Porto Editora que levará a todo o país a Escola Virtual, o único projecto de e-learning nacional para utilização nas escolas básicas e secundárias.
As escola EB 1 Augusto Leça, a EB 2,3 de Paranhos, a EB 2,3 da Maia e as escolas secundárias de Senhora da Hora e de Valongo são os primeiros estabelecimentos de ensino a visitarem o E-Tour e a acompanharem as aulas na sala de aula tecnológica montada no interior do camião, que irá estar até a próxima sexta-feira na cidade do Porto. Durante os próximos seis meses, as 18 capitais de distrito receberão a visita do E-Tour e estarão envolvidos mais de 500 estabelecimentos de ensino, 1000 professores e 20 mil alunos. Em cada uma dessas cidades, o camião da Porto Editora estará de segunda-feira a sexta-feira, a funcionar das 10h00 às 22h00, período durante o qual as escolas desse distrito terão acesso a uma sala de aula tecnológica, montada no interior do veículo e devidamente equipada com computador, data-show e quadro interactivo.O E-Tour permite que professores e alunos possam experimentar e antecipar o ambiente de aulas preconizado no Plano Tecnológico apresentado pelo Governo. As turmas que visitarem o camião E-Tour poderão ter aulas reais dentro deste espaço, com acesso aos conteúdos disciplinares da Escola Virtual. A iniciativa E-Tour destina-se também a dar a conhecer o serviço Saber Mais, um projecto de e-learning de educação e formação de adultos. O Saber Mais disponibiliza recursos interactivos que abrangem todas as unidades de competência definidas nos referenciais de Competências-Chave para os níveis B3 e Secundário, constituindo um apoio a cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) ou a processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC).


Mais informações:etour.portoeditora.pt

Um ano de leituras


Joana Silva Santos 2007-10-22
Lançado há um ano o Plano Nacional de Leitura está em análise na Fundação Calouste Gulbenkian. No futuro pretende-se consolidar o trabalho e concretizar novos projectos.
"Para nós, Plano Nacional de Leitura, o balanço é muito positivo." É assim que Isabel Alçada, Comissária do Plano Nacional de Leitura (PNL), faz o balanço de um ano de trabalho em nome da promoção da leitura. "Houve uma grande adesão de escolas, bibliotecas, da sociedade civil em geral e tivemos diversos apoios", justifica. Os elementos divulgados no relatório no primeiro ano do PNL parecem confirmar o balanço feito por Isabel Alçada. Um milhão de crianças, entre o pré-escolar e o 2.º ciclo, foram abrangidas por actividades diárias de leitura orientada. Quase 9000 escolas e jardins-de-infância registaram-se no PNL. Cerca de 1300 escolas participaram na "Semana da Leitura". Foram recomendados pelo PNL 643 títulos para leitura nas salas de aula e para leitura autónoma. Mais de 7000 escolas e 20 000 crianças e jovens dos vários níveis de escolaridade participaram em diversos concursos e passatempos de leitura. Foram registados mais de 130 projectos de promoção da leitura.Ainda assim, Isabel Alçada reconhece que, quando se está envolvido num projecto, "somos tentados a avaliar de acordo com as nossas expectativas positivas a adesão dos participantes". Por isso mesmo salienta que uma coisa é o balanço de quem está envolvido na execução do plano e outra é o balanço exterior. Mas este também foi feito e será apresentado no final da primeira conferência do PNL que começa hoje na Fundação Calouste Gulbenkian e tem como tema "A leitura em Portugal: desenvolvimento e avaliação".Isabel Alçada prefere não avançar com resultados desta avaliação mas adianta que para o PNL este estudo "é uma segurança". "Desde o início que consideramos essencial que o plano tivesse um estudo de avaliação. Ao longo deste período a equipa que faz as avaliações acompanhou o trabalho, fez estudos de caso e vai fazer um balanço a partir de dados objectivos e inquéritos sobre a adesão e desenvolvimento do PNL", explica.A complementar esta avaliação estão também estudos sobre os hábitos de leitura dos portugueses em geral e da população escolar; os instrumentos de avaliação da leitura e a promoção da leitura nos países da OCDE, que Isabel Alçada considera essenciais. "São importantes porque estamos a estabelecer pontos de partida. São plataformas a partir das quais o PNL se pode desenvolver. Dizemos como está o país no momento em que se lança o PNL, explica. Além disso, salienta, "a partir do "retrato" que estes estudos vão traçar podemos ter mais segurança na acção que estamos a desenvolver". E para quem pensa que estes estudos deveriam ter surgido antes do lançamento do PNL, Isabel Alçada tem uma justificação simples. "Achámos que não devíamos esperar por estes estudos para começar porque já perdemos muito tempo", argumenta a comissária.Quanto a expectativas, Isabel Alçada garante que para o futuro é essencial consolidar o trabalho. "Temos de procurar integrar o que se revela como boas práticas e rejeitar o que não tem dado resultados. É preciso consolidar as orientações que temos e não sermos tentados a descansar sobre os resultados. Temos que ter um trabalho de continuidade pela consistência e sustentabilidade do projecto", afirma.Ampliar o programa é outro dos objectivos e surgem também diversas hipóteses de lançar outras iniciativas o que, para Isabel Alçada, "é uma tentação enorme". Para o ano já está programado trabalhar também com o 3.º ciclo sendo que algumas escolas serão financiadas para leituras orientadas na sala de aula. Está ainda previsto o lançamento de um outro projecto com centros de saúde. "A proposta partiu de médicos de clínica geral que gostariam de ter à sua disposição material para poderem recomendar aos jovens casais para lerem às crianças desde que nascem", adianta Isabel Alçada, salientando que, "quanto mais cedo começar a promoção da leitura, maiores são as perspectivas da continuação da leitura".Para a comissária do PNL, todos os projectos de promoção de leitura são bem-vindos e importantes. "Quantos mais surgirem melhor. O PNL definiu linhas de orientação e pode agora ser articulado com uma série de projectos e tornar-se mais rico", conclui.Lançado no dia 1 de Junho de 2006, por iniciativa dos ministérios da Educação e da Cultura e do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, o Plano Nacional de Leitura recebeu o alto patrocínio do Presidente da República e de Maria Cavaco Silva. Para participar na I Conferência do PNL, que decorre entre hoje e amanhã, foram convidados especialistas de várias universidades estrangeiras. Wendy Griswold, da Northwestern University, EUA, Scott Murray, da Universidade de New Brunswick, Canadá, Helena Bomey, da Escola de Ciências Sociais do Brasil, e José Morais, da Universidade Livre de Bruxelas, são alguns dos conferencistas convidados a reflectir sobre o tema num contexto internacional.Personalidades como Roberto Carneiro, Júlio Pedrosa, António Nóvoa, Manuel Villaverde Cabral, David Justino e Carlos Reis irão animar os debates, assim como vários membros do Conselho Científico do Plano Nacional de Leitura.

Estatuto do aluno aprovado


Lusa 2007-10-25
O novo estatuto do aluno foi ontem aprovado na Comissão Parlamentar de Educação, apenas com os votos do Partido Socialista.
A Comissão Parlamentar de Educação aprovou ontem, apenas com o voto favorável do Partido Socialista, a realização de uma prova de recuperação para os alunos que ultrapassem o limite de faltas, independentemente de serem injustificadas ou não.Todos os partidos da Oposição rejeitaram a prova de recuperação para alunos com excesso de faltas proposta pelo PS, argumentando que esta medida não promove a assiduidade, nem uma maior exigência e qualidade do ensino, já que o estudante transitará de ano lectivo, mesmo que não obtenha aproveitamento.A Comissão Parlamentar de Educação está a discutir e a votar na especialidade as alterações ao Estatuto do Aluno do Ensino Básico e Secundário aprovadas pelo Governo em Abril passado.As alterações ao diploma aprovadas pelo Governo já previam a realização de uma prova pelos alunos que ultrapassassem o limite de faltas injustificadas, mas definia que o estudante chumbava caso não aprovasse no exame.No debate de ontem, o PS insistiu que o objectivo não passa por premiar os alunos faltosos e que esta é antes uma forma de os integrar na escola, funcionando como um mecanismo de diagnóstico, para dar uma resposta pedagógica adequada. Os argumentos do partido socialista não convenceram a oposição e em especial o CDS-PP.Desta forma "não existe consequência para quem falta indiscriminadamente, nem nada impede que um aluno faltoso continue a realizar provas sucessivas", considerou o deputado José Paulo Carvalho, do CDS-PP. "Até se define aqui um princípio interessante, mas estamos a aprovar normas que o vão destruir", afirmou.No final do debate, em declarações à Lusa, José Paulo Carvalho reiterou a posição do CDS-PP e garantiu que enquanto o Partido Socialista continuar a insistir na realização da prova de recuperação, sem alterar o modelo de faltas injustificadas, o CDS-PP continuará a votar contra.Já o PSD preferia que, em vez de uma prova de recuperação, aos alunos que excedam o limite de faltas lhes fosse proposto um plano de acompanhamento especial, que lhes permitisse recuperar a matéria perdida."Acho positivo que seja dada outra oportunidade a um aluno aplicado que tenha um percalço, mas continuo a achar fundamental que exista um plano especial de acompanhamento para os alunos que excedam o limite de faltas", argumentou Emídio Guerreiro, deputado do PSD.Ana Drago, deputada do Bloco de Esquerda, considerou que "a assiduidade não pode ser um valor vazio", adiantando ainda que "este mecanismo proporciona a desigualdade na escola", pois quem tem meios para contratar explicadores para os filhos ficará em vantagem face aos alunos oriundos de famílias carenciadas.Para o PCP, "este é um mecanismo que visa camuflar o insucesso escolar, onde se aceita resignadamente que não se pode fazer nada".Desde a sua aprovação em Conselho de Ministros que o novo estatuto do aluno gerou polémica, com a direita a pretender medidas mais rígidas e punitivas e a esquerda a acusar o Governo de "deriva autoritária.O novo estatuto do aluno começou a ser votado na terça-feira, mas devido à complexidade do tema e à divergência de opiniões entre o PS e os partidos da Oposição, a votação só deverá ser concluída no próximo dia 30.
Esta é a mensagem que o pessoal docente da Escola Secundária de Pacific Palisades (Califórnia) aprovou unanimemente que deveria ser gravada no atendedor de chamadas da escola. Foi o resultado de a escola ter implementado medidas que exigiam aos alunos e aos pais que fossem responsáveis pelas faltas dos estudantes e pelas faltas de trabalho de casa.
*A escola e os professores estão a ser processados por pais que querem que as notas que levam ao chumbo dos seus filhos sejam alteradas para notas que os passem - ainda que esses miúdos tenham faltado 15 a 30 vezes num semestre e não tenho realizado trabalhos escolares suficientes para poderem ter positiva.
*AQUI VAI A MENSAGEM GRAVADA:
Olá! Foi direccionado para o atendedor automático da escola. De forma a podermos ajudá-lo a falar com a pessoa certa, por favor ouça todas as opções antes de fazer a sua selecção:
- Para mentir sobre a justificação das faltas do seu filho, pressione a tecla 1
- Para inventar uma desculpa sobre porque é que o seu filho não fez o seu trabalho, tecla 2
- Para se queixar sobre o que nós fazemos, tecla 3
- Para insultar os professores, tecla 4
-Para saber por que razão não recebeu determinada informação que já estava referida no boletim informativo ou em diversos documentos que lhe enviámos,tecla 5
- Se quiser que lhe criemos a sua criança, tecla 6
- Se quiser agarrar, tocar, esbofetear ou agredir alguém, tecla 7
- Para pedir um professor novo, pela terceira vez este ano, tecla 8
- Para se queixar dos transportes escolares, tecla 9
- Para se queixar dos almoços fornecidos pela escola, tecla 0
- Se já compreendeu que este é o mundo real e que a sua criança deve ser responsabilizada e responsável pelo seu comportamento, pelo seu trabalho na aula, pelos seus tpcs, e que a culpa da falta de esforço do seu filho não é culpa do professor, desligue e tenha um bom dia! **

Concurso exclusivo para coordenação

Coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolares fala do futuro do programa
No concurso de colocação de 2009, os professores poderão concorrer exclusivamente ao lugar de coordenador de biblioteca, segundo a responsável pela Rede de Bibliotecas Escolares, que em 2008 integrará todas as escolas de 2º e 3º ciclo.“No concurso de professores de 2009 será possível concorrer exclusivamente para coordenador de biblioteca, mas os termos em que esse concurso irá decorrer estão ainda por definir”, explicou a coordenadora do gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, Teresa Calçada, em declarações à Lusa a propósito do Dia Internacional das Bibliotecas Escolares (RBE), que se assinala hoje.De acordo com a coordenadora da RBE, existem actualmente 107 professores de 2º e 3º ciclo e cerca de 130 do 1º ciclo que trabalham a tempo inteiro nas bibliotecas dos agrupamentos a que pertencem. Professores ou formados na área da educação com competências ao nível das tecnologias de informação e das ciências de documentação, com um enorme sentido de organização, entusiasmados, competentes e conscientes do papel que as escolas desempenham ao nível da inclusão social: é este o retrato-tipo dos coordenadores das Bibliotecas Escolares traçado por Teresa Calçada. A trabalhar com o coordenador existe uma equipa formada também por professores, escolhidos por competências que podem ser aproveitadas pelos serviços da biblioteca. Teresa Calçada assegurou que até ao final de 2008 “todas as escolas de 2º e 3º ciclo do país ficam integradas na Rede”.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Professores escrevem a Sócrates

Dois anos depois da última reunião com a ministra da Educação que, desde essa data, tem-se recusado a dialogar com as organizações sindicais e nem responde aos pedidos de reunião, os sindicatos dos professores apresentaram, dia 16, uma carta aberta ao primeiro-ministro, onde lembram que «os sindicatos são a essência da democracia». Os sindicatos (FENPROF, FNE, FENEI, ASPL, Pró-Ordem, SEPLEU, SINAPE, SIPE, SIPPEB e SPLU) consideram que nunca sentiram «o direito à liberdade de expressão e de representação tão ameaçado como hoje. No documento salienta-se que «a repressão que este Governo exerce sobre os sindicatos está particularmente exacerbada para com os sindicatos dos professores e tem sido, desde a sua posse, direccionada para a decapitação das suas organizações».Na carta ao chefe de Governo avisa-se que vão ter de aceitar os protestos e levá-los em muita consideração, pois estes, ao contrário das palmas, espelham, não só o direito à liberdade de expressão, como são a voz de todos os actores que estão a ser lesados neste sector». A carta termina com um pedido urgente de reunião com José Sócrates.

Maior parte das escolas com média negativa no exame nacional de 9º ano

Só 13 por cento das escolas do ensino básico onde se realizaram exames nacionais do 9º ano tiveram uma nota média igual ou superior a três, numa escala de um a cinco, o que significa apenas 179 das 1.292
Segundo dados do Ministério da Educação (ME), quase três em cada quatro estabelecimentos de ensino (73,9 por cento) conseguiram, ainda assim, ter positiva nos exames, mas apenas por arredondamento, com médias iguais ou superiores a 2,5.
Na lista das dez escolas com melhores resultados nos exames nacionais de Língua Portuguesa e Matemática do 9º ano, nove são privadas e apenas uma é pública, sendo a maioria dos distritos de Lisboa e Porto.
A prestação das públicas não melhora substancialmente se a análise for alargada aos 50 estabelecimentos de ensino com média mais elevada.
Nesta lista passam a constar apenas cinco escolas sob alçada do ME, um número que sobe para 23 se tivermos em conta as 100 com melhor desempenho. Em primeiro lugar da ordenação geral surge o Externato As Descobertas, em Lisboa, com uma média de 4,04 nas provas às duas disciplinas.
Na segunda posição figura a Escola Secundária Artística do Conservatório de Música de Calouste Gulbenkian, em Braga, com média de 3,98, o único estabelecimento público entre os dez com melhor classificação.
Se entre as dez escolas com notas mais altas aparece apenas uma pública, já todas são do Estado nas dez com piores resultados.
Entre as 50 com média mais baixa surge apenas uma privada, a Escola Portuguesa da Guiné-Bissau, com 2,11 de média, enquanto nas 100 com pior prestação figuram apenas quatro privadas.
A nível nacional, a média das escolas públicas e privadas nas duas provas não chega aos três valores, situando-se nos 2,69, quase meio ponto abaixo da classificação média atribuída internamente aos alunos no final do ano lectivo.
Em 51 dos 1.292 estabelecimentos de ensino os estudantes alcançaram melhor nota no exame do que aquela que tiveram na avaliação contínua dada pelos seus professores.
Já em 1.237 escolas sucedeu o contrário, com a nota dos alunos a baixar no exame.
Nas restantes quatro houve coincidência entre as duas classificações.
Por distritos, Coimbra apresenta a melhor média, com 2,88, seguido de Lisboa (2,81) e de Viana do Castelo (2,79).
Curiosamente, as cinco escolas portuguesas no estrangeiro alcançaram, em conjunto, uma melhor prestação do que os estabelecimentos dos restantes distritos de Portugal Continental e duas Regiões Autónomas.
O arquipélago da Madeira foi a região portuguesa com pior resultado nos exames do 9º ano, com uma média negativa que não foi além dos 2,46.
Por sexos, as raparigas tiveram notas ligeiramente melhores do que os rapazes, com médias de 2,73 e 2,69, respectivamente.
A primeira fase dos exames nacionais do 9º ano decorreu a 19 e 21 de Junho, tendo sido realizadas um total de 181.492 provas.

Quase todas as escolas passam a Português
Só duas escolas do ensino básico tiveram média negativa no exame nacional de Língua Portuguesa do 9º ano, de acordo com dados do Ministério da Educação (ME).
Dos 1.292 estabelecimentos de ensino onde a 19 de Junho decorreu esta prova, 99,9 por cento alcançaram uma média igual ou superior a 2,5 numa escala de um a cinco.
Quase nove em cada dez alunos passaram no exame de Língua Portuguesa, uma prestação muito acima do registado no ano passado, quando apenas 54,5 por cento dos estudantes tiveram positiva.
Entre os cerca de 96 mil alunos que realizaram a prova, apenas 0,2 por cento (156) obtiveram nível 01, o mais baixo da escala, e 13,5 por cento (12.953) não foram além do nível 02, ainda negativo.
Assim, 86,4 por cento dos estudantes conseguiram positiva no exame da disciplina, sendo que destes 2,5 por cento (2.419) alcançaram mesmo o nível máximo (05) e 29,8 por cento (28.617) o nível 04.
Atingiram o nível três 54,1 por cento dos alunos. A Escola Básica Integrada da Apelação e a Secundária com 3º Ciclo de Fonseca Benevides, ambas no distrito de Lisboa, foram os únicos estabelecimentos a registar este ano uma média negativa, com 2,40 e 2,41, respectivamente.
Por oposição, a Escola Inglesa de São Julião, também no distrito de Lisboa, foi a que alcançou o melhor resultado, com uma média de 4,29, ex-aequo com o Externato As Descobertas, que lidera a tabela geral das melhores classificações no conjunto dos exames nacionais a Português e Matemática.
Entre as dez com melhor média figura apenas um estabelecimento do Estado, a Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, Braga, com uma classificação de 4,24, que a coloca na terceira posição.
No extremo oposto da tabela, com as médias mais baixas, as públicas dominam, ocupando as 20 últimas posições.
No geral, as escolas alcançaram nesta prova uma média de 3,23, enquanto a classificação atribuída internamente pelos professores no final do ano lectivo foi praticamente igual, situando-se nos 3,21.

Matemática afunda contam de 80 por cento das escolas
Mais de oitenta por cento das escolas do ensino básico tiveram média negativa no exame nacional de Matemática do 9º ano, de acordo com dados do Ministério da Educação.
Dos 1.292 estabelecimentos de ensino onde decorreram provas, só 222 (17 por cento) alcançaram uma média igual ou superior a 2,5, numa escala de um a cinco.
A prova de Matemática revelou-se um "desastre", uma vez que três em cada quatro alunos tiveram nota negativa, um desempenho ainda mais negro do que o registado no ano passado.
As negativas acentuaram-se significativamente, passando de 63 por cento em 2006 para 72,8 por cento este ano.
Entre os cerca de 96 mil alunos que realizaram a prova a 21 de Junho, 25 por cento (24.656) obtiveram nível 01, o mais baixo da escala, e 47,2 por cento (45.471) não foram além do nível 02, ainda negativo.
Assim, só 27,2 por cento dos estudantes conseguiram positiva no exame da disciplina mais temida, sendo que destes apenas 1,4 por cento (1.326 alunos) alcançaram o nível máximo.
Na lista das dez escolas com melhores resultados a Matemática, nove são privadas, sendo o primeiro lugar ocupado pelo Externato As Descobertas, em Lisboa, que é simultaneamente o estabelecimento de ensino com a média mais elevada no conjunto das provas de Língua Portuguesa e Matemática.
Esta escola privada alcançou uma média de 3,79 a Matemática, seguida do Externato das Escravas do Sagrado Coração de Jesus, com 3,74, e do Externato dos Cedros, com 3,68, ambos no distrito do Porto.
A única pública nesta lista é a Escola Artística do Conservatório de Música de Calouste Gulbenkian, em Braga, que surge na quarta posição, com uma média de 3,68.
Já entre as dez com piores resultados surgem apenas estabelecimentos de ensino do Estado, sendo a média mais baixa registada na secundária com 3º ciclo de Marquês de Pombal, em Lisboa, que não foi além dos 1,15 valores.
A nível nacional, as escolas públicas e privadas não foram além de uma média de 2,16 nos exames nacionais de Matemática do 9º ano, um valor quase um ponto abaixo da classificação média atribuída aos alunos na avaliação contínua do final do ano lectivo (3,06).
Lusa / SOL

SIC Online - Ranking dos exames de 9º ano

Nos 50 primeiros lugares só há cinco escolas públicasA SIC divulga hoje pela primeira vez o ranking dos exames de 9º ano. O estudo revela elementos preocupantes para o ensino público: nos 50 primeiros lugares só há cinco escolas públicas.
SIC

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Ministra da educação reage ao Raking
Maria de Lurdes lembra que o ensino público não selecciona alunos

Os dados foram fornecidos pelo Ministério da Educação e respeitam duas disciplinas: Língua Portuguesa e Matemática. Terça-feira foi revelado o ranking para os exames do ensino secundário. No total há 1.070 escolas com média inferior a 3,0 e apenas 223 com média igual ou superior a 3,0. Só duas escolas têm média de 4,0.

SIC Online - Ranking dos exames de 9º ano
Só o primeiro lugar é repartido entre público e privado. O Externato As Descobertas, em Lisboa e a pública Escola Secundária Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Braga, dividem a liderança e são as únicas escolas que chegaram à média de 4,0 valores a Língua Portuguesa e a Matemática. Depois, surge uma colecção de privados. O externato das Escravas do Sagrado Coração Jesus fica em terceiro e a Escola Inglesa de São Julião, o St Julien's, em quarto, ambos com 3,9 nas médias de exame a Língua Portuguesa e a Matemática. O Externato Marista de Lisboa tem 3,8 em média nos Exames de Língua Portuguesa e Matemática, valor apenas alcançada também pelo Colégio Luso - Francês do Porto.

Tempo para quase nada

Filinto Lima*
O ano lectivo já há mais de um mês que teve o seu início e muitos professores queixam-se da falta de tempo para preparar aquilo para que foram formados, ou seja, as aulas. A burocracia no nosso país é um dado adquirido devido à imposição de um enorme centralismo estatal nas diversas áreas em que está inserido, desde a Saúde à Justiça, da Economia à Educação passando por outros sectores em que os respectivos profissionais se queixam do tempo que perdem em situações de menor importância, mas que não lhes dá tempo para se ocuparem do que na verdade interessa e é importante. A Educação não foge à regra! Nas escolas, nas salas dos professores é audível a insatisfação dos profissionais do ensino em relação à papelada que têm de preencher e entregar, fazendo parte de uma burocracia a que urge pôr cobro. Muitos não tiveram tempo de preparar as suas aulas devidamente como gostariam, pois os afazeres burocráticos muitas vezes com prazos “para ontem”, não lhes permitiu.O saber dos nossos professores deve ser dirigido e destinado ao ensino dos alunos nas matérias que leccionam, dedicando-se assim à parte substantiva da Educação deixando a parte burocrática e adjectiva para outros profissionais, ou minimizando-a.Existem documentos que devem ser desburocratizados e tornados mais operacionais, referindo-me ao Projecto Educativo de Escola/Agrupamento, Projecto Curricular de Escola/Agrupamento, Projecto Curricular de Turma e Regulamento Interno do Agrupamento. Outros documentos provenientes do Ministério da tutela também tiram tempo precioso que os professores gastariam na preparação das suas aulas. Por vezes é a própria escola que complica e burocratiza ainda mais o sistema, inventando mais papelada que coloca os profissionais da Educação quase à beira de um ataque de nervos.Creio que um dos próximos passos a dar é mesmo a descodificação da burocracia reinante nas instituições de ensino, julgando que os contratos de autonomia que começam a ser celebrados podem ser o motor de arranque de uma situação mais agradável para todos e rentabilizadora da acção dos professores, enquanto pedagogos.Seguramente que todos lucrariam com esta situação de desburocratização, sobretudo os nossos professores que precisam de ter tempo para as suas aulas e, quantas vezes, para reflectirem na Educação e Ensino, tendo voz activa no que se produz ao nível da pedagogia e da legislação, muitas vezes desenhadas nos gabinetes e por pessoas que desconhecem o terreno, a escola enquanto espaço físico.Faço votos para que a vida dos docentes seja descomplicada julgando que seria um bom auxílio a simplificação de muitos actos que todos os dias uma escola pratica, quase sempre com recurso a muita papelada que só serve para complicar em vez de ajudar.
*Professor do ensino secundário

CDS considera novo estatuto do aluno um «erro histórico»


líder do CDS-PP, Paulo Portas, classificou o novo estatuto do aluno, aprovado esta quarta-feira na especialidade, como «um erro histórico» e deixou um apelo implícito ao Presidente da República para que trave este diploma.
( 21:31 / 24 de Outubro 07 )
«O CDS-PP fará o que estiver ao seu alcance para que este diploma não seja aprovado e promulgado (...) Não apenas votaremos contra, como tentaremos explicar o que está em causa e acreditamos que alguém possa travar este estatuto se vier a ser aprovado tal como está», afirmou Paulo Portas, em conferência de imprensa no Parlamento. Questionado se se referia ao Presidente da República, Paulo Portas acenou afirmativamente e, sem nunca mencionar o chefe de Estado, fez um comentário lacónico em francês, alegando ser desnecessário referir o nome do Presidente: 'cela va sans se dire'. «Não acredito que uma pessoa responsável que saiba que um sistema de ensino tem de promover o mérito e o esforço (...) possa aprovar uma disposição como esta», frisou. O novo estatuto do aluno do ensino básico e secundário foi hoje aprovado na especialidade na Comissão de Educação, apenas com os votos favoráveis da maioria socialista. A principal objecção do CDS-PP ao diploma prende-se com o regime de faltas, com Paulo Portas a lamentar que «deixe de existir diferença entre faltas justificadas e injustificadas» e que os alunos deixem de poder ser retidos, como acontece actualmente quando excedem o limite de faltas não justificadas. «O PS considera igual, dá igual tratamento a um aluno que falta porque está doente e um aluno que falta porque faz gazeta», criticou. «É completamente incompreensível que o primeiro-ministro ande todos os dias na televisão a dizer que o principal problema do país é a produtividade e depois o sinal que o seu Governo dê na escola é que a produtividade não interessa e a assiduidade não é relevante», sublinhou. No actual regime de faltas, explicou Portas, quando um aluno dá metade das faltas injustificadas os encarregados de educação são chamados à escola e quando excede esse limite de faltas injustificadas «ou é retido ou fica excluído». A proposta do PS hoje aprovada prevê que os pais sejam avisados logo à primeira falta injustificada, e a escola aplique uma medida correctiva ao aluno. Quando o aluno atinge um número de faltas (justificadas e injustificadas) correspondente a duas semanas, no 1.º ciclo do ensino básico, ou ao dobro do número de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos restantes ciclos ou níveis de ensino, os pais ou encarregados de educação são convocados à escola. Finalmente, de acordo com a proposta socialista, quando o aluno atinge um número de faltas (justificadas e injustificadas) correspondente a três semanas, no 1.º ciclo do ensino básico, ou ao triplo do número de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos restantes ciclos ou níveis de ensino, o aluno realiza uma prova de recuperação organizada pela escola. «Se este regime vier a vigorar, transforma-se o professor num funcionário de recuperação e o aluno numa pessoa sobre a qual não recai o dever de ir às aulas», disse.

Educação: PSD critica novo regime de faltas que "só irá resolver problema estatatístico"

24 de Outubro de 2007, 20:43
Lisboa, 24 Out (Lusa) - O deputado do PSD Emídio Guerreiro criticou hoje o regime de faltas previsto no novo estatuto do aluno, considerando que "só resolverá o problema estatístico", permitindo aos estudantes "transitar de ano sem rigor, nem avaliação".
"No regime de faltas que o PS impôs o que conta é meramente o facilitismo", acusou Emídio Guerreiro, em declarações aos jornalistas no Parlamento.
A proposta do PS hoje aprovada na especialidade na comissão parlamentar de Educação, que está a debater e a votar as alterações ao Estatuto do Aluno do Ensino Básico e Secundário introduzidas pelo Governo em Abril passado, prevê que os pais sejam avisados logo à primeira falta injustificada e a escola aplique uma medida correctiva ao aluno.
Quando o aluno atinge um número de faltas (justificadas e injustificadas) correspondente a duas semanas, no 1.º ciclo do ensino básico, ou ao dobro do número de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos restantes ciclos ou níveis de ensino, os pais ou encarregados de educação são convocados à escola.
Finalmente, de acordo com a proposta socialista, quando o aluno atinge um número de faltas (justificadas e injustificadas) correspondente a três semanas, no 1.º ciclo do ensino básico, ou ao triplo do número de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos restantes ciclos ou níveis de ensino, o aluno realiza uma prova de recuperação organizada pela escola.
Numa reacção a esta proposta, Emídio Guerreiro considerou que apenas resolve "o problema estatístico", já que permitirá aos alunos transitarem de ano "sem rigor e sem avaliação".
"Os estudantes não vão ter melhor ensino, nem aproveitamento", lamentou o deputado social-democrata, insistindo que o novo regime de faltas apenas "resolve o plano estatístico e não o plano de fundo".
Também o líder do CDS-PP, Paulo Portas, já criticou o novo estatuto do aluno, que está a ser votado na especialidade, classificando-o como "um erro histórico" e deixando um apelo implícito ao Presidente da República para que trave o diploma.
VAM/SMA.
Lusa/fim

Exames Nacionais: Secundária de Santiago do Cacém é a única escola fora dos grandes centros entre as melhores

24 de Outubro de 2007, 19:34
Santiago do Cacém, Setúbal, 24 Out (Lusa) - A Secundária Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, foi a única escola "periférica" a posicionar-se ao lado das dos grandes centros nos bons resultados nos exames nacionais e já subiu a "fasquia" para 2008.
Orgulhoso com os resultados obtidos este ano na primeira fase dos exames nacionais, que colocam a secundária de Santiago, no Litoral Alentejano, no 9º lugar das escolas públicas com melhores médias, Filipe Fino, do conselho executivo, diz que este foi um "feito ímpar".
"Conseguirmos este lugar, ao lado de escolas de Lisboa, Porto e Coimbra foi um feito ímpar e que vai ser difícil de repetir, mas estamos cá", observou, em declarações à Lusa.
A escola alentejana, com uma média de 11,91 valores nos exames nacionais de 2006/2007, é a única fora dos distritos de Lisboa, Porto e Coimbra a entrar no grupo das 30 escolas públicas e privadas com melhores resultados.
Filipe Fino garante que a direcção da escola tudo fará para igualar ou superar estes resultados no próximo ano, partindo do "incentivo" das médias agora conseguidas.
"Isto é um incentivo para toda a comunidade escolar, até porque agora a fasquia está a aumentar e nós temos de melhorar", afirmou.
A escola de Santiago do Cacém, que tem 265 alunos do ensino secundário, não beneficia dos "privilégios" de quem vive nos grandes centros, notou, mas conseguiu bons resultados devido a uma "aposta contínua nos apoios educativos, bem definidos, específicos".
As boas médias foram, contudo, atingidas quer por alunos que vivem na sede do concelho, quer por outros, oriundos das freguesias limítrofes de Cercal do Alentejo e Alvalade-Sado, apesar de estes terem de percorrer vários quilómetros até à escola.
"Regra geral, o aluno que vive num meio mais urbano consegue mais facilmente melhores resultados, até porque não precisa de deslocar-se e tem mais horas de estudo. Mas aqui no concelho, não temos um comportamento sociológico muito diferente e existem excelentes alunos de Alvalade e do Cercal", frisou.
No tratamento que fez dos resultados dos exames nacionais nas escolas secundárias, divulgados terça-feira pelo ministério da Educação, a Lusa considerou as 20 disciplinas em que se realizaram mais provas e apenas os alunos internos.
A Manuel da Fonseca ocupa agora o 29º lugar na lista das escolas públicas e privadas com melhores notas nos exames, 187 posições acima do ano passado.
Filipe Fino considera que o salto qualitativo destes resultados se deve a "boas levas de alunos, que têm vindo a ser preparados com apoios educativos específicos, com a diversificação pedagógica e o espírito inclusivo da escola".
Os alunos desta secundária obtiveram resultados mais positivos nas disciplinas tidas como "mais difíceis", Matemática e Física, um facto que Filipe Fino atribui a uma maior aplicação nestas matérias.
"São disciplinas tradicionalmente difíceis, mas onde o aluno sabe que tem de trabalhar mais e teve aqui os apoios de que precisou", justificou.
De resto, o responsável afiança que a aposta na "diversificação da oferta formativa" é o grande trunfo da escola, também a outros níveis.
"Tanto trabalhamos para o aluno que quer aceder a Medicina e que precisa de uma média de 18, como para o aluno que quer terminar o 9º ano e ser integrado no mercado de trabalho", vincou.
Para "não perder tempo" em relação à chegada dos alunos de "fora" à escola, as aulas na Manuel da Fonseca também começam mais cedo, às 08:15.
RE.
Lusa/Fim

PS aprova sozinho prova de recuperação por excesso de faltas na discussão na especialidade do estatuto do aluno

Lisboa, 24 Out (Lusa) - A Comissão Parlamentar de Educação aprovou hoje apenas com o voto favorável do Partido Socialista a realização de uma prova de recuperação para os alunos que ultrapassem o limite de faltas, independentemente de serem injustificadas ou não.
Todos os partidos da oposição rejeitaram a prova de recuperação para alunos com excesso de faltas proposta pelo PS, argumentando que esta medida não promove a assiduidade, nem uma maior exigência e qualidade do ensino, já que o estudante transitará de ano lectivo, mesmo que não obtenha aproveitamento.
A Comissão parlamentar de Educação está a discutir e a votar na especialidade as alterações ao Estatuto do Aluno do Ensino Básico e Secundário aprovadas pelo Governo em Abril passado.
As alterações ao diploma aprovadas pelo Governo já previam a realização de uma prova pelos alunos que ultrapassassem o limite de faltas injustificadas, mas definia que o estudante chumbava caso não aprovasse no exame.
O PS insistiu, no debate de hoje, em que o objectivo não passa por premiar os alunos faltosos e que esta é antes uma forma de os integrar na escola, funcionando como um mecanismo de diagnóstico, para dar uma resposta pedagógica adequada.
Contudo, os argumentos do partido socialista não convenceram a oposição e em especial o CDS-PP.
Desta forma "não existe consequência para quem falta indiscriminadamente, nem nada impede que um aluno faltoso continue a realizar provas sucessivas", considerou o deputado José Paulo Carvalho, do CDS-PP.
"Até se define aqui um princípio interessante, mas estamos a aprovar normas que o vão destruir", afirmou.
Na opinião do deputado "há aqui a introdução de um princípio de lascismo", uma vez que não há a distinção entre quem falta por algum percalço e quem falta por vontade própria.
No final do debate, em declarações à Lusa, José Paulo Carvalho reiterou a posição do CDS-PP e garantiu que enquanto o Partido Socialista continuar a insistir na realização da prova de recuperação, sem alterar o modelo de faltas injustificadas, o CDS-PP continuará a votar contra.
Já o PSD preferia que, em vez de uma prova de recuperação, aos alunos que excedam o limite de faltas lhes fosse proposto um plano de acompanhamento especial, que lhes permitisse recuperar a matéria perdida.
"Acho positivo que seja dada outra oportunidade a um aluno aplicado que tenha um percalço, mas continuo a achar fundamental que exista um plano especial de acompanhamento para os alunos que excedam o limite de faltas", argumentou Emídio Guerreiro, deputado do PSD.
Ana Drago, deputada do Bloco de Esquerda, considerou que "a assiduidade não pode ser um valor vazio", adiantando ainda que "este mecanismo proporciona a desigualdade na escola", pois quem tem meios para contratar explicadores para os filhos ficará em vantagem face aos alunos oriundos de famílias carenciadas.
"Sem um plano de acompanhamento, este parece-me um mero instrumento estatístico", considerou a deputada bloquista, para quem a proposta do PS é "uma fantochada", pois "chuta para a escola o problema e descarta a responsabilidade".
Para o PCP, "este é um mecanismo que visa camuflar o insucesso escolar, onde se aceita resignadamente que não se pode fazer nada".
Desde a sua aprovação em Conselho de Ministros que o novo estatuto do aluno gerou polémica, com a direita a pretender medidas mais rígidas e punitivas e a esquerda a acusar o Governo de "deriva autoritária.
O novo estatuto do aluno começou terça-feira a ser votado, mas devido à complexidade do tema e à divergência de opiniões entre o PS e os partidos da oposição, a votação arrastou-se e só deverá ser totalmente concluída no próximo dia 30.
IZM.
Lusa/Fim

Professores: cúmplices ou reféns?


Defendo a necessidade de uma afirmação pública dos professores como "comunidade profissional". No passado eles tiveram voz activa nos debates educativos e grande parte de sua formação fez-se no interior de projectos e de movimentos pedagógicos. Hoje há silêncio. Os professores estão numa atitude excessivamente defensiva. E, adaptando uma frase da escritora portuguesa Irene Lisboa, podemos dizer que os professores têm uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.Este texto é uma parte da intervenção de António Nóvoa realizada numa conferência no Rio de Janeiro.
Para responder à questão acima, uso um belíssimo texto de Severo de Melo, escrito há cerca de 30 anos, sobre situações de indisciplina na escola. Diz ele:
"É vulgar o regozijo de colegas pelos alunos angelicais. Os anos passam e nunca teriam problemas nas relações humanas escolares. As suas seriam o paraíso. (Os alunos ‘são uns amores!') O clima letivo seria um permanente êxtase místico. A realidade é bem mais dura e, por isso mesmo, mais aliciante. No outro extremo há os mal-humorados, desfiando cronicamente o rosário das suas amarguras pedagógicas, esse destino ingrato de ‘aturar os filhos dos outros', crianças rebeldes que os pais não sabem educar. A escola seria, nesse caso, a própria imagem do inferno. Nem uma coisa nem outra. Os alunos não são anjos nem demónios. São apenas pessoas (e já não é pouco!)."O mesmo se pode dizer dos professores. Nem cúmplices nem reféns. Apenas pessoas. E profissionais. Dimensões que, no caso dos professores, estão irremediavelmente juntas. Só assim estaremos em condições de compreender com lucidez o seu lugar!Todos conhecemos a utopia inscrita por Ivan Illich no imaginário pedagógico, com sua obra Sociedades sem Escolas. Hoje deparamos com o oposto, isto é, a existência de escolas sem sociedade. Estamos diante de uma ruptura do pacto histórico que permitiu a consolidação e a expansão dos sistemas educativos. Esse pacto, uma das grandes marcas civilizacionais do século 20, fundou-se numa lógica pública, de integração de todas as crianças na escola e de construção de uma cidadania nacional. A sua contestação actual deriva da nossa incapacidade para responder à multiplicidade de presenças (raciais, étnicas, culturais) que nela habitam. É preciso reconhecer que, hoje, há muitos alunos para os quais a escola não tem sentido, que são provenientes de "comunidades" que não se vêem no projecto escolar e que são indiferentes ao percurso escolar dos seus filhos. Estamos perante uma realidade nova, sem paralelo na história.
Não conseguiremos ir longe nas nossas reflexões se não compreendermos as consequências dessa ausência da sociedade. Paradoxalmente, essa ausência projecta sobre os professores um excesso de expectativas e missões. Eles são criticados pelas mais diversas (e contraditórias) razões. Mas, ao mesmo tempo, a sociedade exige que resolvam todos os problemas das crianças e dos jovens. Para além do conhecimento e da cultura, espera-se que ajudem a restaurar os valores, a impor aos jovens as regras da vida social, a combater a violência, a evitar as drogas, a resolver as questões de sexualidade etc. Os professores podem muito. Mas não podem tudo.
É verdade que os professores foram co-responsáveis por esse "discurso do excesso". Com a sua conivência alimentou-se um mito que lhes concedia o papel de salvadores e redentores da humanidade. Hoje essas imagens viram-se contra eles e são usadas para responsabilizá-los pela crise da escola.
Que fazer? A minha resposta é simples: mudar de posição e mudar de perspectiva. Mudar de posição: em vez de chamar para nós a responsabilidade, colocarmo-nos num espaço de redes (culturais, familiares, sociais) que construa novos compromissos em torno da educação. É preciso responsabilizar a sociedade pela escola. Mudar de perspectiva: em vez da escola fechada, baseada num modelo arcaico, imaginar a nossa acção como elemento de um novo espaço público de educação. É tempo de pôr a "sociedade a serviço da escola" em vez da "escola a serviço da sociedade" (Albert Jacquard).
Defendo a necessidade de uma afirmação pública dos professores como "comunidade profissional". No passado eles tiveram voz activa nos debates educativos e grande parte de sua formação fez-se no interior de projectos e de movimentos pedagógicos. Hoje há silêncio. Os professores estão numa atitude excessivamente defensiva. E, adaptando uma frase da escritora portuguesa Irene Lisboa, podemos dizer que os professores têm uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
Os professores não são anjos nem demónios. São apenas pessoas (e já não é pouco!). Mas pessoas que trabalham para o crescimento e a formação de outras pessoas. O que é muito. São profissionais que não devem renunciar à palavra, porque só ela pode libertá-los de cumplicidades e aprisionamentos. É duro e difícil, mas só assim cada um pode reconciliar-se com sua profissão e dormir em paz consigo mesmo.

Exames: Ministra espera melhores resultados em dois anos

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, manifestou esta quarta-feira esperança na melhoria «no prazo de dois anos» dos resultados dos exames nacionais do Ensino Secundário.
«Estou convencida que no prazo de dois anos mudará o panorama destas escolas e dos resultados escolares», afirmou Maria de Lurdes Rodrigues em Santo Tirso, à margem da sessão comemorativa do terceiro aniversário do Centro Novas Oportunidades do concelho.
A ministra reconheceu que «há muito trabalho a fazer» para reduzir as desigualdades que existem entre as escolas, mas salientou que, já este ano, «mesmo as piores escolas melhoraram os resultados dos exames».
«O fácil é fazer uma lista. Até podíamos produzir 30 listas diferentes. O difícil é encontrar o caminho para se encontrar níveis de qualidade», afirmou.
Maria de Lurdes Rodrigues realçou que as listas publicadas pelos órgãos de comunicação social com base nos resultados dos exames nacionais divulgados terça-feira pelo Ministério da Educação têm em conta «apenas um indicador» (os resultados dos exames), que não é suficiente para aferir a qualidade de uma escola.
«Há muita vida nas escolas que não se traduz nos resultados dos exames», disse Maria de Lurdes Rodrigues, afirmando que o Ministério da Educação está a fazer um «esforço de avaliação» das escolas que inclua parâmetros não mensuráveis.
Essa avaliação visa «fornecer às famílias uma informação detalhada sobre quais são de facto as capacidades das escolas», referiu.
A ministra salientou que ambiciona «ter apenas escolas boas», o que passa por, necessariamente, «elevar a qualidade das escolas piores, não só no espaço físico, mas também nos recursos», que actualmente são «muito desiguais».
Maria de Lurdes Rodrigues defendeu «tolerância zero com as más escolas e as más práticas», enquadrando nas iniciativas do Governo para melhorar a qualidade do ensino medidas como o fecho de escolas isoladas no interior, o aumento da autonomia escolar e o envolvimento das autarquias.
«As escolas fazem um esforço todos os dias para melhorar», elogiou a ministra, reconhecendo que continua a haver estabelecimentos sobrelotados e muito degradados.
Dois terços das escolas registaram média positiva na primeira fase dos exames nacionais do Ensino Secundário, um resultado ligeiramente abaixo do registado em 2006, quando 70% dos estabelecimentos de ensino ultrapassaram os 9,5 valores.
O Colégio Mira Rio, em Lisboa, registou a melhor média (14,75 valores) e o Externato Rainha Santa, em Fronteira, Portalegre, a pior (5,60).
As nove escolas com melhores médias são todas privadas e dos distritos de Lisboa (sete) e Porto (duas), surgindo em décimo a primeira pública, a Secundária Infanta D. Maria, de Coimbra.
No tratamento que fez dos resultados dos exames nacionais nas escolas secundárias, a Lusa considerou as 20 disciplinas em que se realizaram mais provas e apenas os alunos internos.

Diário Digital / Lusa
24-10-2007 21:05:14

quarta-feira, outubro 24, 2007

Formação para educadores e professores


Joana Silva Santos 2007-10-24

O Oceanário de Lisboa promove dois workshops dirigidos a docentes do pré-escolar ao ensino secundário. A formação aborda temas actuais de interesse pedagógico global e local.
Com o objectivo de consciencializar professores e alunos para uma urgente mudança de atitudes face ao ambiente, o Programa Educativo do Oceanário está a promover uma formação destinada exclusivamente a educadores e professores do pré-escolar ao ensino secundário. Intituladas "Ondas de Calor" e "SOS Oceano", as propostas do Oceanário de Lisboa visam salientar a dependência do Homem face aos recursos naturais e a necessidade da sua utilização de modo sustentável.O primeiro workshop realiza-se já amanhã e o segundo está marcado para o dia 21 de Novembro. Na formação "Ondas de Calor" são abordadas as alterações climáticas e o aquecimento global enquanto que a acção "SOS Oceano" se centra no estado dos oceanos e no uso sustentável dos recursos marinhos, nomeadamente no consumo sustentável de peixes e mariscos da costa portuguesa. As acções de formação contemplam uma série de actividades práticas que "transportam" os oceanos e os seus habitantes para dentro da sala de aula, procurando, desta forma, estimular o interesse, a descoberta e a exploração de conteúdos relacionados com a natureza e com os oceanos. O Oceanário promove, todos os meses, acções de formação, no âmbito da sua missão de promover o conhecimento dos oceanos, sensibilizando os cidadãos em geral para o dever da conservação do património natural, através da alteração dos seus comportamentos. Os educadores e professores são os principais parceiros do Oceanário para a educação ambiental das crianças e dos jovens, cumprindo assim o principal objectivo do Programa Educativo do Oceanário: a consciencialização de todos, professores e alunos, para uma urgente mudança de atitudes face ao ambiente.
Mais informações:
Telefone: 21 891 70 02/06 E-mail: reservas@oceanario.pt

Faltas injustificadas devem fazer reprovar

Fernando BastoO s alunos do Ensino Básico que ultrapassem o limite de faltas injustificadas permitidas a cada uma das disciplinas deverão ficar retidos. Esta é uma das ideias que o CDS irá defender, na Assembleia da República, amanhã, durante a apreciação e votação na especialidade da proposta do Governo para alteração do Estatuto do Aluno do Ensino Básico e Superior.Recorde-se que, amanhã à tarde, a Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República irá apreciar e votar a proposta de alteração ao referido estatuto aprovada em Conselho de Ministros, em Abril último.De acordo com o texto aprovado, os alunos da escolaridade obrigatória que ultrapassem o limite de faltas injustificadas devem ser sujeitos a uma prova de equivalência à frequência. A não aprovação na prova não implica a retenção, já que, de acordo com o articulado, o aluno poderá ficar aprovado caso os conselhos de turma e pedagógico assim o entendam.Diogo Feio, deputado do CSD e membro da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, revelou, ontem, em conferência de imprensa, que a proposta do Governo é "irresponsável, porque confunde faltas justificadas com injustificadas e alunos impedidos de ir às aulas com alunos faltosos".O deputado defende que os alunos que atinjam o limite de faltas injustificadas devem reprovar e ameaçou votar contra a totalidade do estatuto caso o partido do Governo mantenha a referida proposta.Diogo Feio destacou, ainda, entre as 11 propostas de alteração que o CDS já apresentou, uma em que é defendido o estabelecimento de contratos entre os encarregados de educação e as escolas, em que os primeiros se comprometam a zelar pela assiduidade dos educandos. O não cumprimento do contrato implica a atribuição de sanções, que deverão ser definidas pelas escolas no seu regulamento interno.Por último, Diogo Feio defendeu o regime de empréstimo de manuais escolares na escolas, as quais, para tanto, deverão contar com formas de financiamento.

Professores podem concorrer só a bibliotecas

No concurso de colocação de 2009, os professores poderão concorrer exclusivamente ao lugar de coordenador de biblioteca, segundo a responsável pela Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), que no próximo ano integrará todas as escolas de 2º e 3º ciclo. "Os termos em que esse concurso irá decorrer estão ainda por definir", explicou Teresa Calçada, a propósito do Dia Internacional das Bibliotecas Escolares, que se assinala hoje.De acordo com aquela responsável, existem actualmente 107 professores dos 2.º e 3.º ciclos e cerca de 130 do 1.º ciclo que trabalham a tempo inteiro nas bibliotecas dos agrupamentos a que pertencem. Professores ou formados na área da educação com competências ao nível das tecnologias de informação e das ciências de documentação, com um enorme sentido de organização, entusiasmados, competentes e conscientes do papel que as escolas desempenham ao nível da inclusão social: é este o retrato-tipo dos coordenadores das bibliotecas escolares traçado por Teresa Calçada. A trabalhar com o coordenador existe uma equipa formada também por professores, escolhidos por competências, que podem ser aproveitados pelos serviços da biblioteca.Teresa Calçada assegurou que até ao final de 2008 "todas as escolas dos 2.º e 3.º ciclos do País ficam integradas na Rede". A coordenadora explicou ainda que com a alteração do modelo de estruturação do sistema de ensino - que passou a considerar como unidade o agrupamento e não a escola - todas as escolas do 1.º ciclo vão ficar automaticamente integradas na rede, uma vez que estão associadas a escolas dos 2.º e 3.º ciclos sedes de agrupamento. "O importante é haver uma biblioteca por sede de agrupamento", disse. - LUSA

CDS-PP quer ver responsabilizados os pais dos alunos que faltem demasiado

21.10.2007 - 14h26 Lusa

O CDS-PP quer responsabilizar os pais dos alunos que faltam muito às aulas, disse hoje o líder parlamentar centrista, Diogo Feio, ao defender um conjunto de alterações de natureza disciplinar no estatuto do aluno.
Entre estas alterações, que Diogo Feio classificou como "de ruptura" com a situação actual, está uma que permite, desde que dentro do actual quadro jurídico-legal, responsabilizar os pais incumpridores, nomeadamente no acompanhamento da assiduidade dos seus filhos. Diogo Feio classificou como "uma medida errada" a proposta, já apresentada pelo PS, que defende que qualquer aluno que ultrapasse o limite de faltas, justificadas e injustificadas, seja sujeito a uma teste de avaliação que lhe permite transitar de ano, mesmo que a nota não seja positiva. "Isto denota falta de exigência nas escolas", acusou Diogo Feio, antes de referir que se o Partido Socialista mantiver esta proposta o CDS-PP votará contra. Pelo contrário, salientou, "o CDS defende que todos os alunos que ultrapassem, injustificadamente, o limite de faltas devem ficar no mesmo ano, ou seja, reprovar". O deputado defendeu ainda a celebração de um contrato entre os pais e as escolas, no início de cada ano lectivo, em que aqueles se comprometem a respeitar o regulamento do estabelecimento de ensino que "escolheram livremente", nomeadamente quanto à assiduidade dos seus filhos. Salientando tratar-se de um sistema que vigora em alguns países da Europa, nomeadamente no Reino Unido por iniciativa do então primeiro-ministro Tony Blair, Diogo Feio sustentou que esta nova proposta se enquadra numa cada vez maior autonomia das escolas. "Os pais seriam responsabilizados, mesmo financeiramente, se não respeitassem as medidas contratualizadas com a escola que escolheram para os seus filhos". Diogo Feio recordou que o seu partido já apresentou na Assembleia da República, na passada semana, um conjunto de onze alterações de artigos da lei escolar e destas relevou também o novo modelo de empréstimo de manuais escolares como uma das mais importantes. "O cabaz de manuais escolares tem um elevadíssimo preço, incomportável para a maioria das famílias", afirmou o deputado, defendendo, por isso, um novo projecto que preveja o seu empréstimo pelas escolas. Para isso, disse, são necessárias formas de financiamento específicas, que os pais paguem uma caução no início de cada ano escolar e que os preços praticados pelas editoras sejam regulados.

Uma escola pública nas dez primeiras com melhores médias


Só uma escola pública está entre as dez escolas do país com as melhores médias da primeira fase dos exames nacionais do secundário. Este ranking, divulgado na terça-feira pelo Ministério da Educação, continua a ser liderado pelo Colégio Mira Rio, em Lisboa.
( 08:39 / 24 de Outubro 07 )
A Escola Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, é a única escola pública entre as dez melhores no que toca às médias da primeira fase dos exames do ensino secundário.O ranking das escolas relativo às médias destes exames, construído a partir de elementos divulgados pelo Ministério da Educação, voltou a ser liderado pelo Colégio Mira Rio, em Lisboa, uma instituição apenas para raparigas.Na segunda posição, aparece o Colégio Cedros, de Vila Nova de Gaia, este exclusivamente para rapazes, aparecendo depois a primeira e única escola pública nas dez primeiras posições deste ranking.Na quarta posição, aparece o Colégio Horizonte, mais uma instituição apenas frequentada por jovens do sexo feminino.Os três colégios com melhores médias neste ranking pertencem todos à Cooperativa de Ensino Fomento, uma cooperativa fundada por pais e educadores há mais de 30 anos.Esta cooperativa defende que rapazes e raparigas devem ter um ensino separado, uma vez que a sua forma de pensar é diferente.No Colégio Mira Rio, as alunas são obrigadas a ter uma preceptora, que é uma docente que estabelece depois a relação com os pais da jovem, que pagam cerca de 4500 euros anuais.Para além da componente intelectual, técnica, desportiva, nos três colégios com melhores notas nos exames do 12º ano é também privilegiada a componente religiosa, já que nestas instituições a disciplina de Religião e Moral é obrigatória.Depois destas escolas, surgem outras duas instituições privadas, o Colégio São João de Brito e o Colégio Manuel Bernardes, ambos em Lisboa, onde a componente religiosa também é privilegiada.

Sucesso está no «acompanhamento individual»


directora do Colégio Mira Rio, que voltou a liderar o ranking das escolas do país com as melhores médias nos exames do secundário, explicou que o segredo do sucesso está no «acompanhamento individual» das raparigas.
( 12:02 / 24 de Outubro 07 )
O ranking das melhores escolas do país foi divulgado terça-feira pelo Ministério da Educação, que continua a ser liderado pelo Colégio Mira Rio, em Lisboa, uma instituição apenas para raparigas. Em declarações à TSF, Margarida Garcia dos Santos, directora do colégio, explicou que o segredo está no «acompanhamento individual» das alunas. «Os pais que, há quase trinta anos fundaram estes colégios, procuraram que estes fossem um prolongamento da sua acção educativa, ou seja, a matriz cristã e o ensino da religião fazem parte dos fundamentos destes colégios», afirmou.«Nestes colégios, um dos elementos mais diferenciador é o facto de haver preceptora que vai acompanhar cada aluna, no sentido de ajudá-la a estudar, desenvolver hábtitos de trabalho e seguir todo o seu crescimento humano», sublinhou. Directora da Infanta D. Maria destaca «atenção» dada aos alunosEm relação às escolas públicas, a Escola Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, foi a única entre as dez melhores no que toca às médias da primeira fase dos exames do ensino secundário.Ouvida pela TSF, Maria do Rosário Gama, directora do Conselho Executivo, disse estar satisfeita com este resultado, mas sublinhou que, tão importante como as notas dos exames, é a valorização da atenção que é dada aos estudantes desta secundária.«É evidente que a escola fica satisfeita com os resultados dos exames, mas considero muito importante relativizar esta posição porque a escola tem um bom corpo docente, alunos com expectativas muito elevadas e muitos apoios sempre que eles necessitam», afirmou, realçando que são estes factores que contribuem para que a escola esteja em primeiro lugar.

O ENSINO DA MATEMÁTICA por Vasco Graça Moura

O meu último contacto escolar com a matemática, hélas!, ocorreu nos idos de 1957, altura em que concluí o então denominado 5.º ano do liceu. Não tenho pois qualquer autoridade para me pronunciar sobre a matéria dos programas de Matemática em vigor nas nossas escolas.Mas acabo de ler o parecer da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) sobre o documento colocado à discussão pública para reajustamento do Programa de Matemática do Ensino Básico de 1 de Julho de 2007 (http/www.spm.pt /files/Microsoft%20Word%20-%20ParecerSPM %20ReajustBasicoOut2007_Imprensa%5b1%5 d.pdf). E dele extraio alguns pontos que parecem altamente preocupantes, com o único objectivo de chamar a atenção para esse conjunto de problemas.A SPM começa por estranhar o facto de não existir nenhum matemático entre os três principais responsáveis e autores do documento em discussão que são pessoas de Educação Matemática. E também observa que entre esses três autores nenhum foi crítico das orientações seguidas nos últimos anos.Aponta a fonte potencial de confusões que consistirá na existência de três documentos legais orientadores do Ensino Básico da Matemática: o Programa de 1991, o Currículo Nacional de 2001 e este Reajustamento, se vier a ser aprovado, com tudo o que esta sobreposição acarretará de confusões. Põe também em relevo que o documento proposto não clarifica confusões e não corrige os erros dos textos anteriores.Critica a ausência de coordenação com outras disciplinas: "Há problemas, por exemplo, com a Física, onde as equações literais são trabalhadas antes de serem abordadas com a Matemática."Afirma que o documento em discussão não corrige os erros que consistem: na subalternização dos conteúdos curriculares; no desprezo pela memorização e aquisição de rotinas; na consideração dessas rotinas e automatismos como obstáculos ao desenvolvimento do raciocínio e à compreensão dos conceitos; na consideração dogmática do ensino em contexto como processo único de aprendizagem, esquecendo a necessidade de treinos específicos, nomeadamente de algoritmos e regras algébricas. Estes erros são, até, prolongados, segundo a SPM.Mas há mais. Não se verifica uma reorientação do ensino para conteúdos explícitos e para capacidades verificáveis. Continua a sobrevalorizar-se a máquina de calcular, em termos que vêm desde 1991, sendo certo que a SPM entende "que a calculadora pode e deve desempenhar algum papel no ensino, embora apenas muito ocasionalmente nos primeiros anos do Ensino Básico", não devendo ser indiscriminadamente usada pelo aluno. A própria bibliografia indicada inclui "um número inusitado de referências orientadas por uma corrente dogmática de educação que é, em grande parte, responsável por muitos erros pedagógicos praticados em Portugal e noutros países". Para a SPM, "as finalidades, os objectivos centrais, as capacidades transversais e as orientações metodológicas que o documento apresenta não são claros, não estão claramente hierarquizados nem ajudam os professores a orientar-se na prática lectiva".Parecem ser equívocas as recomendações referentes a algoritmos e à prática do cálculo mental. Um exemplo dado, fala por si: recomenda-se que os alunos pratiquem a soma "3+4" em etapas: "3+4=3+3+1=7", quando seria mais fácil ensinar aos alunos que "3+4=7"..., tendo como resultado que, com esta insistência se prolongam as deficiências de cálculo e se prejudicam os automatismos.Insiste-se demasiado na chamada pedagogia não directiva. Fala-se em discutir com os alunos, ou em propor-lhes, noções como as de "variável", "constante", coeficiente", "raiz quadrada", em vez de se falar em indicar, mostrar ou ensinar.O programa não inclui objectivos exigentes e o documento do projecto de reajustamento em discussão é "pouco útil e eivado de erros de orientação pedagógica", não constituindo um progresso nem a melhoria necessária.Repito que não me assiste qualquer competência para entrar nestas matérias. Utilizo este meu espaço semanal no DN para chamar a atenção de um público mais alargado quanto a um conjunto de problemas muito sérios e de cuja solução satisfatória depende o êxito do ensino de uma disciplina em que o aproveitamento escolar tem andado pelas ruas da amargura.

ANP defende plano de recuperação para alunos absentistas

A Associação Nacional de Professores (ANP) defendeu hoje um Plano Educativo de Recuperação em vez dos testes de avaliação propostos pelo Governo para os alunos que ultrapassem o número de faltas.
Em comunicado hoje distribuído, aquela estrutura defende que a proposta do Governo, incluída no Estatuto do Aluno, presentemente em discussão, poderá vir a induzir (em vez de combater) o absentismo, assim como a desresponsabilização dos encarregados de educação.
A ANP defende que «o Estatuto do Aluno não deve precipitar-se num acolhimento da perspectiva punitiva» e advoga, em alternativa, a adopção de um Código de Conduta Escolar que defina os comportamentos tolerados e os que são passíveis de sanção.
Este código deverá ser apresentado aos pais e encarregados de educação e subscrito pelos mesmos logo no momento da matrícula, responsabilizando-os pela conduta do aluno.
Quanto à medida disciplinar de suspensão, a ANP defende que, consoante da gravidade do comportamento, deve haver dois níveis de aplicação, ao nível da turma (para casos menos graves) e da escola (para situações mais graves), sendo o aluno sempre obrigado a apresentar-se na escola à Comissão de Convivência Escolar.
Diário Digital / Lusa
22-10-2007 19:40:00

Alterações ao Estatuto do Aluno votadas hoje na AR

A Comissão Parlamentar de Educação debate e vota hoje na especialidade as alterações ao estatuto do aluno propostas pelo Governo para combater a indisciplina nas escolas.
O diploma que altera o Estatuto do Aluno do Ensino Básico e Secundário, foi aprovado em Abril em Conselho de Ministros e em Julho pelo plenário da Assembleia da República.
Entre outras coisas, o documento prevê um reforço da autoridade dos professores e das escolas, passando a ser da responsabilidade dos conselhos executivos a decisão sobre todas as medidas disciplinares, com excepção da transferência e expulsão.
A desburocratização dos procedimentos associados à aplicação das medidas é igualmente prevista no diploma, que contempla ainda um reforço do controlo da assiduidade dos alunos.
Durante a discussão em plenário do diploma, o PSD, único partido da oposição que acompanhou os socialistas no voto favorável, já tinha sublinhando o «contributo positivo» das alterações propostas, com o deputado social-democrata Emídio Guerreiro a defender o seu reforço na discussão na especialidade.
PCP, BE, CDS-PP e partido ecologista Os Verdes votaram contra as alterações ao estatuto do aluno propostas pelo Governo.
Para o PCP, o documento «mais não representa do que o agravamento das medidas de repressão e punição dos estudantes, culpabilizando-os por todas as incapacidades do sistema educativo».
Também o Bloco de Esquerda considerou que as propostas do Executivo «resvalam para o reforço, sem critério, das medidas sancionatórias, deixando desprotegidos os direitos dos alunos».
Já o CDS-PP, pelo contrário, defendeu que a escola precisa de mais autoridade e acusou o Ministério da Educação de «negligência» relativamente aos casos de agressões de professores por parte de alunos ou encarregados de educação.
O líder do partido, Paulo Portas, criticou ainda uma das alterações propostas pelo Governo, que prevê a realização de um exame por parte dos alunos que excederem o limite de faltas injustificadas, mas que permite, excepcionalmente, a possibilidade de estes transitarem de ano, mesmo que reprovando na prova.
Por outro lado, no passado fim-de-semana, o CDS/PP anunciou que vai propor mais alterações ao estatuto do aluno, entre elas, a responsabilização dos pais dos estudantes que faltam muito às aulas.
Na Assembleia da República, o Governo mostrou-se disponível para integrar no diploma propostas da oposição quando as alterações ao estatuto do aluno forem discutidas na especialidade, em sede de comissão parlamentar.
Diário Digital / Lusa
23-10-2007 9:43:22

Exames: 65% das escolas com média positiva a Matemática

Sessenta e cinco por cento das escolas públicas e privadas obtiveram média positiva na primeira fase do exame nacional de Matemática do 12º ano, um valor quase quatro vezes superior ao registado em 2006.
Segundo dados do Ministério da Educação, duas em cada três das 594 escolas com ensino secundário onde se realizaram provas nacionais à disciplina conseguiram ter média igual ou superior a 9,50 valores, numa escala de zero a 20 valores.
No ano passado, este número era apenas de 17,5%, com 105 estabelecimentos de ensino a alcançar uma média positiva no exame.
A melhoria das classificações registada em 2007 é ainda visível na média nacional alcançada nas 30.114 provas realizadas na primeira fase por alunos internos, que se fixou pela primeira vez na positiva, nos 10,6 valores.
Entre as dez escolas com melhor prestação no exame relativo ao programa novo de Matemática do 12º ano, as privadas dominam, com apenas três públicas a surgir na lista.
Com 17,8 valores, mas com apenas um exame realizado, a Escola Básica com Secundário de Mêda, no distrito da Guarda, ocupa a primeira posição, seguida do Externato Horizonte, Porto, com 17,8 valores de média em duas provas efectuadas.
Já o Colégio Valsassina, em Lisboa, que o ano passado liderava esta tabela, está este ano no terceiro posto, com 17,58 valores de média em 25 provas.
O Colégio São João de Brito, igualmente em Lisboa, alcançou o quarto lugar nesta disciplina, com uma média de 16,91 valores em 63 exames.
Entre as dez com melhores resultados, seis são do distrito de Lisboa.
Se as privadas dominam nos lugares cimeiros, já as públicas surgem em maioria no fim da tabela, ocupando seis das últimas dez posições.
Apesar disso, o colégio privado Maior Camilo Castelo Branco, no Porto, à semelhança do que sucedeu o ano passado, é o estabelecimento de ensino com resultado mais baixo, com apenas três valores de média.
Seguem-se a Escola Básica Integrada de Pampilhosa da Serra, em Coimbra, com 3,23 valores, e a Secundária do Alijó, em Vila Real, com 3,70.
Se alargarmos a análise ao exame nacional de Matemática às 30 melhores escolas, figura o equilíbrio, com 14 estabelecimentos públicos e 16 privados.
Em 2005, os colégios privados eram os únicos a figurar na lista das dez escolas com melhor resultado à disciplina, enquanto da tabela das dez piores constavam apenas escolas públicas.
Diário Digital / Lusa
23-10-2007 18:32:38

Discrepâncias entre notas internas e exame chegam a 7 valores

Todas as escolas públicas e privadas atribuíram aos seus alunos notas mais altas no final do ano lectivo do que estes conseguiram nos exames nacionais do secundário, chegando a existir discrepâncias de sete valores.
O caso mais evidente de disparidade regista-se na escola básica com secundário de Infias, em Vizela, em que a classificação interna de frequência (CIF) foi de 14,82 valores, enquanto a média dos alunos nos exames não foi além dos 7,62, uma diferença de 7,20 pontos.
Também no Colégio Rainha Santa (Portalegre), o segundo estabelecimento de ensino com a maior discrepância, os professores atribuíram aos seus alunos no final do ano lectivo uma média de 12,72 valores, mas a prestação destes nos exames ficou-se pelos 5,60 valores.
Entre as dez escolas que registam maiores diferenças entre as duas notas, cinco são públicas e as restantes privadas, um equilíbrio que não se verificava no ano passado, quando os colégios dominavam nesta lista.
Por oposição, é nas privadas que se verifica a maior semelhança entre a avaliação contínua e os resultados obtidos nas provas, com oito a figurar entre as dez em que as notas são mais aproximadas.
No Colégio de Nossa Senhora da Boavista, em Vila Real, a diferença entre as duas classificações é de apenas 0,53 valores, tendo os alunos obtido uma média de 12,41 na avaliação interna e 11,88 nos exames.
Na lista das menores discrepâncias figuram apenas duas públicas, a Secundária António Arroio, em Lisboa, e a Secundária Infanta Dona Maria, em Coimbra, que é simultaneamente a escola pública com melhores resultados na primeira fase dos exames nacionais.
Diário Digital / Lusa
23-10-2007 18:37:07

Santo Tirso: Ministra Educação no Centro Novas Oportunidades

ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, participa hoje na sessão comemorativa dos três anos do Centro Novas Oportunidades (CNO) de Santo Tirso, no Átrio da Câmara Municipal.
O CNO de Santo Tirso já certificou cerca de 850 adultos nos seus três anos de existência, disse à Lusa fonte da autarquia local.
O CNO de Santo Tirso, antigamente designado com Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC), tem actualmente com 2.500 alunos inscritos, dos quais 500 procuram equivalência ao 12º ano.
Ao longo dos seus três anos de existência, o CNO de Santo Tirso foi alargando as suas itinerâncias, dando agora serviço a 19 instituições, entre as quais 11 juntas de freguesia, duas das quais as quais duas pertencentes ao concelho de Guimarães, Lordelo e Moreira de Cónegos.
Roriz, S. Tomé de Negrelos, S. Salvador do Campo, S. Mamede de Negrelos, Areias, Reguenga e S. Miguel do Couto são as outras freguesias servidas pelo CNO de Santo Tirso.
Este organismo está ainda presente na EB 2,3 de Agrela, na Associação de Infantários de Vila das Aves e nas empresas Velpor e Mateace.
Os centros Novas Oportunidades têm por objectivo dar novas competências profissionais a maiores de 18 anos com ou sem actividade profissional que não tenham completado o nível básico de escolaridade.
Diário Digital / Lusa
24-10-2007 6:30:00

Ranking escolas: Privados dominam top ten

O Colégio Mira Rio, de Lisboa, ocupa o primeiro lugar no ranking de escolas secundárias elaborado pelo Jornal de Notícias com base nas classificações obtidas nos exames nacionais dos 11.º e 12.º anos, sendo que, da lista dos 10 estabelecimentos de ensino mais bem classificados, consta apenas um público - a Secundária Infanta D. Maria, de Coimbra.
Para elaborar a tabela, o diário portuense calculou a classificação média dos exames dos 11.º e 12.º anos às oito disciplinas com maior número de alunos inscritos Português (código 639), Matemática (635), Física e Química (715), Biologia e Geologia (702), Geografia (719), Economia (712), História (623) e Matemática aplicada às Ciências Sociais (835). Foram apenas consideradas as provas realizadas na primeira fase por alunos internos.
Com base nestes critérios, o ranking é encabeçado pelo Colégio Mira Rio, com uma classificação média de 147,92 pontos. Quase quatro pontos e meio abaixo, surge o Colégio dos Cedros (Vila Nova de Gaia) e, em terceiro lugar, o Externato Horizonte (Porto), com 141,8 pontos de média.
A primeira escola pública é a Secundária Infanta D. Maria, na oitava posição, que soma ainda outra particularidade entre as 20 primeiras: é a que registou mais exames (553).
De referir que os três colégios que ocupam os lugares cimeiros obtiveram as médias elevadas com base num número relativamente baixo de exames. Mira Rio, Cedros e Horizonte - com 48, 32 e 15 exames, respectivamente - são as escolas com menos exames entre as 20 mais bem quotadas.
Além de um claro domínio dos estabelecimentos privados, outra leitura possível deste ranking é a concentração das escolas mais bem posicionadas nas metrópoles de Lisboa e do Porto.
A Secundária Infanta Maria é única excepção a esta regra, no top 10. O Colégio Rainha Santa Isabel e a Secundária José Falcão, em Coimbra, assim como o Colégio Internacional de Vilamoura são as outras escolas, fora de Lisboa e Porto, situadas nos primeiros 25 lugares.
Analisando a classificação média de exame, por escola, verifica-se que as três primeiras conseguiram posicionar-se acima da fasquia dos 14 valores. O quarto classificado, o Colégio S. João de Brito (Lisboa), obteve uma média de 137,91 e, até ao 11.º lugar, todas as escolas obtiveram uma classificação média acima dos 13 valores.
24-10-2007 8:47:02

Só 6% das crianças brincam com pais todos os dias


Helena NorteApenas 6% das crianças portuguesas brincam diariamente com os pais, de acordo com um estudo europeu que pretende avaliar os hábitos de brincadeira das crianças e pais na Europa. Porque brincar é vital para o desenvolvimento harmonioso da criança, a todos os níveis, os especialistas alertam os pais devem despender algum tempo, todos os dias, para participar das brincadeiras."É a brincar que a criança desenvolve habilidades psicomotoras e exercita a imaginação. É fundamental para o desenvolvimento harmonioso", sublinha Pedro Monteiro, pedopsiquiatra do Hospital de Crianças Maria Pia (Porto). As actividades lúdicas são fundamentais também para reforçar os laços afectivos entre pais e filhos, suavizando as funções educativas que envolvem algum autoritarismo.Reservar diariamente um tempo, mesmo que não seja muito, mas que seja de qualidade é fundamental. "Não pode ser algo que seja feito por obrigação. Deve ser um tempo passado com alegria, para ambos", sublinha. Os dados do Duracell Toy Survey, estudo que se realiza há oito anos na Europa, referem que uma em cada cinco crianças europeias afirma ter momentos diários de brincadeira com os progenitores. De acordo com este inquérito, os miúdos portugueses são os que menos brincam com os pais.Contrariando a crença de que a televisão e os jogos de computador são as actividades preferidas dos mais novos, este estudo revela que os brinquedos ainda continuam a ser a principal escolha no que respeita à diversão. Ver televisão ocupa o segundo lugar nas preferências das crianças portuguesas e as actividades ao ar livre surgem logo a seguir, antes dos jogos de computador ou vídeo. A internet ainda não aparece entre as actividades predilectas.Este dado confirma a convicção de Pedro Monteiro de que as crianças continuam a gostar de brincar ao ar livre e praticar actividades físicas e devem ser realizadas em família. O pedopsiquiatra defende que os pais não devem abster-se de colocar limites, quer quanto ao tipo de brincadeiras permitidas às crianças, quer quanto à quantidade e natureza dos brinquedos."A competitividade entre os miúdos na escola leva a que os pais sintam que estão a privar os filhos de algo importante quando não lhes dão brinquedos caros, mas a verdade é que um brinquedo simples pode apela mais à imaginação e ao desenvolvimento de várias competências". Pais generosos A maioria das crianças portuguesas (87%) não recebe semanada e, quando recebe, é por volta dos 8 anos. No entanto, os pais que a dão são dos mais generosos da Europa 6,40 euros por semana, enquanto a média dos outros países é de 4,16 euros, segundo um estudo europeu promovido pela Duracell.Mesada gasta em doces Apenas um cada quatro crianças portuguesas que recebem semana tem hábitos de poupança, ao contrário do que acontece com 67% das crianças de outros países. Doces, bolos e bebidas são os produtos em que mais gastam dinheiro. A compra de CD e jogos regista uma tendência crescente e a roupa e os acessórios começam a fazer parte dos seus interesses.Menos gastos no NatalOs pais portugueses gastaram, no Natal passado, uma média de 128 euros, um valor que é significativamente mais baixo do que os espanhóis, por exemplo, que despenderam cerca de 232 euros.


Colégios privados de Lisboa e Porto dominam ranking

Helena NorteO Colégio Mira Rio, de Lisboa, ocupa o primeiro lugar no ranking de escolas secundárias elaborado pelo JN com base nas classificações obtidas nos exames nacionais dos 11.º e 12.º anos. Na lista dos 10 estabelecimentos de ensino mais bem classificados, consta apenas um público a Secundária Infanta D. Maria, de Coimbra.Para elaborar a tabela - que vai ser publicada, em breve, na íntegra e já está disponível AQUI -, o JN calculou a classificação média dos exames dos 11.º e 12.º anos às oito disciplinas com maior número de alunos inscritos Português (código 639), Matemática (635), Física e Química (715), Biologia e Geologia (702), Geografia (719), Economia (712), História (623) e Matemática aplicada às Ciências Sociais (835). Foram apenas considerados as provas realizadas na primeira fase por alunos internos.Com base nestes critérios, o ranking é encabeçado pelo Colégio Mira Rio, com uma classificação média de 147,92 pontos. Quase quatro pontos e meio abaixo, surge o Colégio dos Cedros (Vila Nova de Gaia) e, em terceiro lugar, o Externato Horizonte (Porto), com 141,8 pontos de média.A primeira escola pública é a Secundária Infanta D. Maria, na oitava posição, que soma ainda outra particularidade entre as 20 primeiras, é a que registou mais exames (553). De referir que os três colégios que ocupam os lugares cimeiros obtiveram as médias elevadas com base num número relativamente baixo de exames. Mira Rio, Cedros e Horizonte - com 48, 32 e 15 exames, respectivamente - são as escolas com menos exames entre as 20 mais bem quotadas.Além de um claro domínio dos estabelecimentos privados, outra leitura possível deste ranking é a concentração das escolas mais bem posicionadas nas metrópoles de Lisboa e do Porto. A Secundária Infanta Maria é única excepção no top 10. O Colégio Rainha Santa Isabel e a Secundária José Falcão, em Coimbra, e o Colégio Internacional de Vilamoura são as outras escolas, fora de Lisboa e Porto, situadas nos primeiros 25 lugares.Analisando a classificação média de exame, por escola, verifica-se que as três primeiras conseguiram posicionar-se acima da fasquia dos 14 valores. O quarto classificado, o Colégio S. João de Brito (Lisboa), obteve uma média de 137,91 e, até ao 11.º lugar, todas as escolas obtiveram uma classificação média acima dos 13 valores.

Pais serão avisados à primeira falta injustificada dos filhos


Alexandra InácioO Partido Socialista pretende diminuir o abandono e o insucesso escolares combatendo o absentismo. Por isso, ontem, na aprovação na especialidade do Estatuto do Aluno do Ensino Básico e Secundário, apresentou um novo regime de faltas mais apertado do que nunca à primeira ausência injustificada, o director de turma terá no máximo três dias para avisar pais e encarregados de educação e o aluno será sujeito a uma "medida correctiva", de acordo com os regulamentos internos de cada estabelecimento."Todas as faltas prejudicam o percurso do aluno. Quer sejam justificadas ou não", afirmou ao JN a deputada Odete João. O PS defende o conceito de escola inclusiva, no sentido de que os alunos não sejam tendencialmente retidos e a assiduidade conduza à motivação. Para essa "mudança de atitude", o envolvimento das famílias é fundamental desde a primeira falta. Se um aluno não for às aulas dez dias (mesmo que em acumulação), os pais serão chamados à escola. E se as ausências se prolongarem por três ou mais semanas, o aluno terá que realizar uma prova de recuperação. Para os casos graves de absentismo e em que os pais se mantenham totalmente alheados, é proposto às escolas que informem as comissões de protecção de menores. As propostas do PS apertam mais a malha aos alunos absentistas do que o diploma do Governo aprovado em Abril, já que o Executivo apenas propunha a comunicação aos pais, "pelo meio que a escola considerasse mais adequado", quando fosse atingido um terço do limite de faltas injustificadas.De igual modo, a prova que o Executivo nomeou de "equivalência" e que os socialistas agora designam de "recuperação" destinava-se apenas aos alunos que ultrapassassem o limite de faltas injustificadas. Por outro lado, o Governo, em caso de reprovação nessa avaliação, admitia as possibilidades de retenção ou exclusão do aluno enquanto a proposta de alteração do PS é omissa. Só para "casos-limites". Ao JN, Odete João insistiu que a exclusão não é compatível com o princípio de escola pública inclusiva, que nunca deverá desistir de encontrar respostas adequadas para cada estudante. Sendo que os casos mais graves de indisciplina e violência deverão ser tratados nos tribunais e não nas escolas, considera o PS. A Oposição duvida. Para o PSD, o novo regime empobrece o Estatuto; para o BE "não resolve nada"; e o CDS-PP considera inadmissível como o "dever de assiduidade caduca" a partir do momento em que faltas justificadas, por exemplo por doença do aluno, são equiparadas, sendo dadas as mesmas oportunidades a quem simplesmente não lhe apeteceu ir às aulas. PSD queria psicólogos nos agrupamentos O PSD pretendia estipular na lei a obrigatoriedade de todos os agrupamentos terem um gabinete de orientação e psicologia. O objectivo era a identificação, prevenção e acompanhamento, pelos psicólogos, de comportamentos disfuncionais através de planos individualizados de inclusão. O PS recusou a proposta por considerar que não deve constar do Estatuto do Aluno e acrescentou um item que sublinha o papel dos serviços de psicologia. Os sociais-democratas ainda retorquiram que a existência de equipas especializadas em todos os agrupamentos é um "direito dos alunos", mas o argumento caiu em saco roto.Telemóveis, game-boy's ou tamagochis proibidos Os professores desaprovavam mas agora fica definido no Estatuto. Os alunos não podem "transportar quaisquer materiais, equipamentos tecnológicos, instrumentos ou engenhos passíveis de objectivamente perturbarem o normal funcionamento das actividades lectivas". Ou seja, a proibição ao tecnológico inclui telemóveis, game-boy's ou tamagochis.