quinta-feira, outubro 15, 2009

Alterações climáticas irreversíveis

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quarta-feira, outubro 07, 2009

blog action day 2009 alerta para alterações climatéricas


sexta-feira, setembro 18, 2009

Relatório da OCDE arrasa Decreto Regulamentar 2/2008.

Foi divulgado o Relatório da OCDE sobre a avaliação de desempenho docente. As conclusões deixam mal a ministra da educação. O relatório da OCDE critica a associação entre os resultados dos alunos e a avaliação de desempenho dos docentes bem como a avaliação feita por pares com consequências na progressão da carreira. Ora, essas são as duas características centrais do modelo imposto pelo decreto regulamentar 2/2008 e que mais contestação provocaram entre os professores. O decreto regulamentar 1-A/2009, que impôs o versão simplex, também não sai incólume do estudo da OCDE, uma vez que o relatório manifesta uma clara oposição a que a avaliação de desempenho de tipo quantitativo e com consequências para a progressão na carreira seja feita pelos directores e colegas a quem foram atribuídas funções de avaliação. Nas recomendações, o Relatório da OCDE aponta parta a necessidade de haver uma avaliação de tipo qualitativo e meramente formativa, feita pelos directores, e uma avaliação com incidência na progressão na carreira docente, feita por elementos exteriores à escola e sem qualquer relação funcional com os docentes avaliados. A OCDE aconselha que os avaliadores externos sejam especialistas certificados em avaliação de desempenho e que adoptem critérios uniformes para todas as escolas do país. A FNE reagiu ao Relatório da OCDE pela voz de João Dias da Silva, que afirmou o total isolamento da ministra da educação e a necessidade de construir um novo modelo que não padeça dos males apontados no estudo da OCDE. João Dias da Silva acrescentou que, em matéria de avaliação de desempenho, foram dois anos completamente perdidos graças à teimosia da ministra da educação. Interrogada pelos jornalistas à saída da sessão de apresentação do Relatório da OCDE, a ministra limitou-se a afirmar que não era tempo de tomar decisões. >

Professores em protesto amanhã em três pontos da cidade de Lisboa - PUBLICO.PT


Professores em protesto amanhã em três pontos da cidade de Lisboa - PUBLICO.PT: "Professores em protesto amanhã em três pontos da cidade de Lisboa"

18.09.2009 - 11h08 Lusa
Ministério da Educação, Assembleia da República e Palácio de Belém são os três locais escolhidos para uma manifestação de professores amanhã, convocada pelos movimentos independentes contra uma legislatura de medidas que consideram "negativas e prejudiciais" para a escola pública.A partir das 15h00, caberá a cada professor escolher o local onde se quer manifestar, tendo a organização apelado à utilização de vestuário negro. Ao contrário do que é habitual nos protestos dos docentes, não haverá lugar a discursos públicos. "A ideia é dar importância às mensagens que serão colocadas em cada um dos três locais e à voz dos professores anónimos para que possam dar o seu testemunho sobre o que passaram nos últimos quatro anos", disse à Lusa Ricardo Silva, coordenador da Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APEDE), um dos três movimentos que convocaram o protesto. Em relação ao Presidente da República, os professores pretendem mostrar o seu "claro descontentamento" com a forma como Cavaco Silva tem conduzido a sua intervenção no campo da educação: "Teve intervenções em relação a outras classes e sobre os professores nem uma palavra". "Isso não esquecemos. A principal figura do país tem de ter uma palavra e devia ter usado a sua influência para que este conflito tivesse sido ultrapassado", acusa o coordenador da APEDE. Na Avenida 5 de Outubro, a mensagem será naturalmente destinada à ministra Maria de Lurdes Rodrigues e aos secretários de Estado Valter Lemos e Jorge Pedreira, mas também ao primeiro-ministro, José Sócrates, "responsável máximo pela política educativa seguida nos últimos quatro anos". "O rosto do que é negativo na Educação deve ser responsabilizado. Esse responsável chama-se José Sócrates e não vamos permitir, de forma alguma, que seja esquecido. Nas basta chegar ao fim da legislatura e dizer que as coisas correram mal", afirmou. Para o docente, não basta anunciar que se vai mudar os ministros: "Isso é oportunismo político em plena campanha eleitoral. É preciso mudar de política", reclama.Quanto à Assembleia da República, serão colocadas duas mensagens, uma relativa "ao presente e outra ao futuro". "Será um protesto contra as políticas educativas, negativas e prejudiciais para a escola pública", resume Ricardo Silva. Para o coordenador da APEDE, a conflitualidade gerada nas escolas pela avaliação de desempenho e a divisão da carreira em duas categorias hierarquizadas, o fim da gestão democrática nos estabelecimentos de ensino, a precariedade e a "febre" do Governo com a melhoria das estatísticas, são matéria suficiente para considerar que "a legislatura não trouxe nada de bom ao sector". Quanto à adesão dos professores ao protesto, Ricardo Silva prefere não fazer prognósticos. "Estamos à espera de uma participação à medida das possibilidades dos professores. Entendemos que é um período difícil, com o arranque do ano lectivo, e que muitos estão à espera do dia 27 [data das eleições legislativas], dia que poderá ser decisivo para a classe", explica. O Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP) e o Movimento PROmova são as outras duas organizações que agendaram este protesto. Ao longo da legislatura, sindicatos e movimentos independentes convocaram diversas manifestações de rua. Duas das agendadas pelas estruturas sindicais reuniram em Lisboa mais de cem mil pessoas.

terça-feira, março 31, 2009

Confap satisfeita com diminuição das faltas defende revisão do Estatuto do Aluno


30.03.2009 - 20h11 Lusa
A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) manifestou-se hoje "satisfeita" com a diminuição do número de faltas dos estudantes, mas defendeu alterações ao Estatuto do Aluno, de forma a dar ao diploma um carácter mais pedagógico e educativo."Ficamos satisfeitos por se verificar uma diminuição. Com o Estatuto do Aluno acabou o facilitismo que existia anteriormente, em que qualquer coisa servia para justificar uma falta", afirmou o vice-presidente da Confap, António Amaral.Segundo dados do Ministério da Educação revelados hoje, o número de faltas justificadas e injustificadas caiu 22,5 e 22,4 por cento no terceiro ciclo do ensino básico e secundário, respectivamente, entre o primeiro período lectivo de 2007/08 e 2008/09.Apesar de reconhecer que esta redução "tem uma ligação directa" ao novo Estatuto do Aluno, a Confap defende que o diploma precisa "brevemente" de ser revisto, já que alguns aspectos "são mais disciplinares do que pedagógicos ou educativos, com um espírito mais repressivo".“Punir por punir não é educativo”"Este Estatuto precisa brevemente de ser revisto, para lhe dar um conteúdo mais pedagógico. Para os alunos não dizerem, com alguma razão, que é mais punitivo do que educativo", defendeu o responsável. "Temos visto algum exagero nas medidas disciplinares. Punir por punir não é educativo", reiterou.A Agência Lusa tentou obter um comentário junto da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), mas tal não foi possível em tempo útil.De acordo com a tutela, ao nível do terceiro ciclo, o número de faltas justificadas passou de 2.094.873 no primeiro período de 2007/08 para 1.545.490 no mesmo período de 2008/09 (menos 26 por cento). Quanto às ausências não justificadas, passaram de 1.757.455 para 1.437.316 (menos 18,2 por cento).No ensino secundário, no primeiro período de 2007/08 tinham-se registado 864.838 faltas justificadas, enquanto este ano este valor situou-se nas 590.647 (menos 31 por cento). Nas faltas injustificadas a diminuição é de 15,1 por cento, já que passaram de 1.104.331 para 936.961."Esta evolução é muito positiva para os diversos agentes e actores, designadamente os próprios alunos, os professores e o pessoal não docente, e para o conjunto do sistema educativo, com ganhos a reflectirem-se em campos tão diferentes como o pedagógico, o disciplinar ou o financeiro", congratulou-se o Governo, em comunicado.A ministra da Educação anunciou na semana passada, durante uma audição na Assembleia da República, uma diminuição do número de faltas dos estudantes daqueles dois níveis de ensino, sem, no entanto, adiantar números. Maria de Lurdes Rodrigues atribuiu a descida ao Estatuto do Aluno, aprovado pela maioria socialista em Novembro de 2007 e em vigor desde Janeiro do ano seguinte.

Conselho das Escolas espera que diminuição de faltas corresponda a mais aprendizagem

31.03.2009 - 10h30 Lusa

O presidente do Conselho das Escolas disse hoje que considera um desafio saber se a redução do número de faltas dos alunos do 3º ciclo e ensino secundário, anunciado ontem, vai corresponder a uma "melhoria dos resultados".O número de faltas justificadas e injustificadas dos alunos do 3º ciclo e ensino secundário caiu mais de 22 por cento no primeiro período do actual ano lectivo, quando comparado com o período homólogo, segundo dados do Ministério da Educação. "O desafio que importa superar é o de saber até que ponto estas presenças correspondem a uma melhoria de aprendizagens. Essa é a questão fundamental neste momento", disse Álvaro Almeida dos Santos. O presidente do Conselho das Escolas entende igualmente que "os números reflectem o trabalho que tem sido desenvolvido dentro das escolas", bem como o da aplicação de "medidas correctivas" para os alunos faltosos, nomeadamente com a obrigação de apresentação de trabalhos. Álvaro Almeida dos Santos é da opinião de que "começa a emergir uma maior consciencialização da importância da formação e da escolarização dos indivíduos". Por outro lado, entende que a diminuição do número de faltas corresponde a uma "maior diversificação curricular", capaz de motivar mais alunos. Há "uma maior diversificação curricular que as escolas vieram a introduzir crescentemente. Essa diversificação curricular vem dar uma resposta a expectativas, interesses em áreas de formação mais motivadoras para os alunos e que têm como consequência uma maior frequência" das aulas, referiu também.

Educação: sindicatos acusam tutela de potenciar desemprego com novo concurso

13.03.2009 - 15h38 Romana Borja-Santos

“É por isso que aqui estamos: em defesa do emprego e em defesa da qualidade educativa das escolas públicas”. Foi desta forma que o porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, Mário Nogueira, resumiu o objectivo do abaixo-assinado contra as regras do novo concurso de professores que entregou esta manhã no Ministério da Educação.De acordo com os sindicatos, a legislação que regula o concurso – que arranca hoje e que se prolonga até dia 9 de Abril – foi imposta de forma unilateral pela tutela, que acusam de não ter considerado “nada do que de essencial as organizações sindicais propuseram” durante as negociações.As principais críticas dos docentes centram-se na fusão dos quadros de escola (QE) e de zona pedagógica (QZP) nos quadros de agrupamento (QA), na transferência automática de professores para este último, no facto da avaliação docente contar para a progressão na carreira (tendo da sido pedida junto da Procuradoria-Geral da República a fiscalização desta norma), na substituição das colocações cíclicas por uma bolsa de recrutamento, no impedimento da mobilidade de professores titulares e na periodicidade do concurso.Hoje, o secretário de Estado adjunto da Educação, Jorge Pedreira, negou pretender despedir docentes ao alterar as regras do concurso de professores e acusou a Fenprof de "jogar com a insegurança das pessoas de uma forma completamente irresponsável". Numa breve conferência de imprensa realizada no ministério, Jorge Pedreira explicou que “todos os professores dos QZP que não tenham colocação nos quadros de escola e de agrupamento mantêm exactamente a mesma situação que têm hoje. Portanto não há nenhuma ameaça à segurança no emprego destes professores".O Ministério da Educação também voltou a desmentir ontem ao final do dia, em comunicado, “a existência de qualquer despedimento de professores, ao contrário do que a Fenprof propalou”. A tutela afirma também que a Fenprof tem denunciado “despedimentos, dispensas ou abates” ao longo dos últimos anos mas que “nunca verificaram”, o que “diz bem da credibilidade de tais proclamações”.InstabilidadeApesar da justificação, os sindicatos lamentaram hoje novamente a “maior instabilidade para todos os docentes”, já que, insistem, milhares dos docentes que eram dos QZP “ficarão sem colocação no novo quadro” e os que eram de QE “agora passam a pertencer a diversas e não apenas a uma escola” e serão transferidos automaticamente.Mário Nogueira, também secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), teme, ainda, os efeitos negativos da divisão da carreira em duas categorias hierarquizadas e a revogação da “possibilidade de docentes portadores de deficiência poderem ser deslocados para escolas que se encontrem adaptadas à sua situações específica”. Por último criticam a revogação da contagem do tempo de serviço no ensino superior.No que diz respeito ao número de vagas disponível, Mário Nogueira considera “natural” que seja elevado. Ainda assim, garante que não é o número prometido pelo ministério de Maria de Lurdes Rodrigues, o que se justifica com as medidas “economicistas” que levam, por exemplo, à fusão dos QE com os QZP.Esta novidade, segundo os sindicatos, traduz-se no aumento do número de horas lectivas dos professores, na passagem de actividades que até agora eram de componente lectiva para a componente não lectiva, no encerramento de muitas escolas do 1º ciclo, nas penalizações para quem se reforme e no facto da formação técnica e tecnológica estar a ser satisfeita com contratos a prazo.Cerca de 20.000 afectados"Dos mais de 30.000 docentes dos QZP, mais de metade não tem, neste concurso, vaga para ser colocado, passando a exercer as funções que deveriam ser exercidas por professores contratados", disse Mário Nogueira aos jornalistas. "Se até este ano, professores contratados têm exercido funções que visam satisfazer necessidades permanentes das escolas, com as medidas que o ME tomou serão os professores dos quadros que passarão a exercer funções que visam apenas satisfazer necessidades residuais e transitórias das escolas. Isso terá um impacto muito grande no desemprego dos docentes”, acrescentou, falando em 20.000 afectados.“O problema é de emprego, obviamente, mas não apenas. Desta redução, num momento em que à escola se exige cada vez mais, resultará a degradação das suas condições de trabalho, a degradação das condições de exercício profissional daqueles que ficam, em suma, a degradação da qualidade do ensino”, sintetizou

Sindicatos entregam abaixo-assinado contra regras do concurso de professores

12.03.2009 - 19h03 Romana Borja-Santos
A Plataforma Sindical dos Professores entrega amanhã de manhã no Ministério da Educação, no mesmo dia em que começa o concurso de professores, um abaixo-assinado de protesto contra as regras do mesmo. Os docentes garantem que a legislação foi “uma vez mais imposta unilateralmente” pela tutela depois de “nada do que de essencial as organizações sindicais propuseram” durante as negociações ter sido considerado.Num comunicado hoje emitido, disponível no site da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), lê-se que o concurso reflecte “de forma inequívoca as medidas economicistas que o Ministério da Educação foi tomando ao longo dos últimos anos, de tal ordem que cerca de 15.000 docentes dos Quadros de Zona Pedagógica (QZP) não serão colocados nos novos Quadros de Agrupamento (QA)”.Por outro lado, os professores estão preocupados com o facto de terem sido retiradas do concurso os agrupamentos e escolas de intervenção prioritária, o que estava previsto mas ainda não tinha sido negociado com os sindicatos.As principais críticas dos docentes centram-se na fusão dos quadros de escola (QE) e de zona pedagógica nos quadros de agrupamento, na transferência automática de professores para este último, no facto da avaliação docente contar para a progressão na carreira (tendo da sido pedida junto da Procuradoria-Geral da República a fiscalização desta norma), na substituição das colocações cíclicas por uma bolsa de recrutamento, no impedimento da mobilidade de professores titulares e na periodicidade do concurso.O próximo concurso nacional disponibilizará 20.603 vagas nos quadros das escolas e dos agrupamentos das escolas, segundo as previsões do Ministério da Educação. Contudo, apenas 2600 estão destinadas a professores contratados. As restantes serão sobretudo para os QZP: 18 mil para os que passarem para QE, sete mil para colocados em necessidades residuais e transitórias e mais cinco mil que ficarão à espera de colocação ao longo do ano lectivo na chamada bolsa de recrutamento, deixando de existir colocações cíclicas. A bolsa permite que substituição de um professor passe a ser feita directamente pela escola através de uma lista onde se incluem os professores sem horário e os candidatos à contratação. Zonas de intervenção prioriáriaEntre as novidades do concurso está também a possibilidade de as escolas em zonas de intervenção prioritária poderem a partir deste ano contratar directamente os seus docentes, apesar de as condições ainda não estarem totalmente definidas. De momento, apenas 59 terão essa possibilidade e definirão as suas regras, ficando a tutela – que já fez saber que quer alagar a medida – responsável por acompanhar o processo.Uma outra novidade deste ano é que os professores serão colocados por um período de quatro anos, contra os actuais três, o que já estava previsto desde 2006, e deixarão de pertencer a um quadro de zona pedagógica, passando para os quadros de uma escola ou agrupamento – o que segundo o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, dará estabilidade aos profissionais e seus alunos já que todos estarão ligados a um agrupamento. Deste modo, se não houver necessidade do seu trabalho na escola onde estava inicialmente colocado, o docente terá de trabalhar onde os seus serviços são necessários, dentro do mesmo agrupamento.As polémicas regras, publicadas recentemente em Diário da República, contemplam ainda a introdução da avaliação de desempenho na graduação dos docentes, sendo que as classificações de “Excelente” e “Muito Bom” só afectarão a maioria dos professores no próximo concurso, em 2013. Mesmo assim este ponto foi muito contestado pelos sindicatos, pela existência de quotas para estas notas. Em 2010 serão apenas afectados os docentes sujeitos a concursos anuais (contratados, pertencentes a quadros de zona pedagógica, sem horário ou que pediram transferência). O tempo de serviço só contará para quem obtiver uma nota superior a “Bom”.

Escola deve estimular pensamento crítico dos alunos, diz ex-ministro da Justiça


10.03.2009 - 20h40 Lusa
A escola actual deveria educar para a "desobediência" no sentido em que deve estimular nos alunos o desenvolvimento de pensamento crítico, defendeu hoje Álvaro Laborinho Lúcio.O ex-ministro da Justiça e membro eleito da Academia Internacional da Cultura Portuguesa falava em Faro, durante a sessão comemorativa do Ano Europeu da Criatividade e Inovação, que se assinala em 2009. "Numa sociedade em que se pretenda que seja um instrumento de criatividade, a escola deve ser também um instrumento para o desenvolvimento económico, cidadania e democracia", afirmou. Durante a palestra "Pelos caminhos da criatividade - entre a razão e a emoção", Laborinho Lúcio falou ainda do conceito de "rebeldes competentes" e do facto de não haver "nada melhor" para formar a desobediência que a arte e a criatividade. "A escola de hoje deve ensinar a pensar, escolher e agir", resumiu, sublinhando que as escolas devem educar para o fomento do pensamento crítico dos alunos, formando assim "rebeldes competentes". O Ano Europeu da Criatividade e Inovação tem como principal missão estimular a inovação, apoiando os esforços dos Estados-membros da União Europeia na promoção da criatividade. Neste âmbito, está previsto em Portugal um programa com cerca de 120 iniciativas nas áreas da educação, formação, cultura, artes, inovação social e empreendedorismo.

Professores obrigados a concorrer a agrupamentos específicos

10.03.2009 - 19h11 Bárbara Wong

O concurso nacional de professores começa sexta-feira. O objectivo do Ministério da Educação é ajustar os docentes às necessidades das escolas, por isso, os quadros de escola (QE) serão convertidos em quadros de agrupamento e os quadros de zona pedagógica (QZP) serão obrigados a concorrer para quadros de agrupamento ou de escola não agrupada.Em última instância todos os professores estarão ligados a um agrupamento. Deste modo, se não houver necessidade do seu trabalho na escola onde estava inicialmente colocado, o docente terá de trabalhar onde os seus serviços são necessários, dentro do mesmo agrupamento.As vagas que a tutela prevê disponibilizar são 20.603, mas apenas 2600 estão destinadas a professores contratados; as restantes serão sobretudo para os QZP: 18 mil para os que passarem para QE, sete mil para colocados em necessidades residuais e transitórias e mais cinco mil que ficarão à espera de colocação ao longo do ano lectivo na chamada bolsa de recrutamento, deixando de existir colocações cíclicas. Todos os professores colocados ficarão na mesma escola nos próximos quatro anos.Só depois de dado início a este concurso é que as 59 escolas integradas nos Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP), vão poder contratar directamente os docentes. Para as escolas problemáticas, “o ministério deixa de recrutar”, congratula-se Valter Lemos, secretário de Estado da Educação, que classifica como um avanço deixar de haver listas graduadas para as escolas TEIP, abrindo-lhes a responsabilidade de fixarem os critérios de selecção dos professores. Para Valter Lemos, não há autonomia enquanto as escolas estiverem privadas de recrutar os docentes. E, já no próximo ano lectivo, os agrupamentos serão responsáveis pelo recrutamento directo dos professores, apenas para as necessidades que surjam depois de 31 de Agosto.No que diz respeito aos QZP, se não forem colocados em nenhuma das circunstâncias previstas, deverão concorrer para as escolas da sua zona pedagógica ou para outras zonas. Para isso, a tutela identificou, por grupo de recrutamento, as zonas para as quais os QZP poderão manifestar as suas preferências para colocação em necessidades transitórias. Por exemplo, nas zonas pedagógicas do Porto, Coimbra e Lisboa Ocidental existem “eventuais necessidades” em quase todos os grupos, aponta Valter Lemos. Este quadro estará disponível no site do ministério.A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação critica a avaliação de desempenho contar para efeito neste concurso.NovidadesEstão previstas 1162 vagas para o ensino pré-escolar e 9859 para professores do 1.º ciclo, nestas, e pela primeira vez, estão contempladas as necessidades de docentes para Apoio Educativo, anuncia o secretário de Estado Valter Lemos. “No futuro ainda haverá necessidade de mais educadores, quanto aos professores de 1.º ciclo não estamos em fase de expansão”, admite o governante. Na Educação Especial há 937 lugares a concurso. Outros grupos em crescimento são o Espanhol (220 vagas) e Informática (645 lugares). Para o Espanhol podem concorrer docentes de línguas com variante de Espanhol ou diploma de nível C do Instituto Cervantes.

Professores dizem estar a virar técnicos informáticos

PEDRO SOUSA TAVARES
15 Março 2009

Os professores do 1.º ciclo começam a revelar impaciência com as solicitações diárias a que têm de responder devido aos registos, actualizações e rectificações do computador Magalhães. As queixas têm sido muitas, e cresceram após o anúncio de que serão enviadas às escolas pen drives para corrigir os erros de Português detectados num programa.
Uma professora do agrupamento de escolas Comandante Conceição e Silva, na Cova da Piedade, contou ao DN que, no seu estabelecimento, "há 1200 alunos, dos quais 900 terão o Magalhães", e "todos os dias aparecem pais a depositar os computadores" à guarda dos docentes.
A presidente deste agrupamento, Maria José Sabrino, confirmou as solicitações, informando que a situação está "sob controlo". Pelo menos para já: "Sobre os erros ainda não nos disseram nada, mas estamos a fazer actualizações de software", contou. "Recorremos a professores das TIC [Tecnologias de Informação], porque os do 1.º ciclo não podem deixar de dar aulas. Vai-se dando conta do recado. Desde que os pais não venham todos ao mesmo tempo..."
Muitas queixas nos sindicatos
Mas segundo Manuel Micaelo, do Sindicato de Professores da Grande Lisboa, já há quem não aguente a situação: "Temos recebido muitas queixas de professores que dizem que lhes está a ser pedido que façam actualizações aos computadores". Aliás, disse, "há queixas desde o início" do projecto 'emblema' do Governo.
"Antes de lhes pedirem que fossem técnicos de informática, algumas direcções regionais fizeram dos professores uma espécie de delegados de propaganda. Encarregaram-nos de recolher dados dos alunos e dos pais e até de usarem os seus próprios números de contribuinte para registarem as encomendas", acusou, lembrando que esta última situação motivou "uma queixa à Comissão Nacional de Protecção de Dados que ainda não teve resposta".
Em Dezembro, houve uma reunião na Direcção Regional de Educação de Lisboa onde os sindicatos receberam garantias de que os professores não eram obrigados a estas tarefas. Mas, na prática, disse Manuel Micaelo, "em 90% dos casos" acabaram por assumi-las.
Oficialmente, o motivo para os Magalhães serem registados nas escolas e não em casa é a prevenção de fraudes. Mas esta mesma lógica não foi seguida com os portáteis do programa "e-escolas", destinados a estudantes do 3.º ciclo ao secundário.
O facto de o famoso portátil azul abranger populações menos familiarizadas com as novas tecnologias - custa entre zero e 50 euros, dependendo do escalão da acção social -, explicará melhor a situação.
Contactado pelo DN, Albino Almeida, da Confederação Nacional das Associações de Pais, defendeu que "se o Magalhães trouxe mais trabalho aos professores, também ajudou a eliminar algumas tarefas, como tirar fotocópias" de documentos que podem agora ser transferidos para os portáteis. Porém, reconheceu que "falta preparação" para lidar com este equipamento. Não só aos professores como a muitas famílias: "Em Abril e Maio vão decorrer formações sobre o Magalhães. E nós temos defendido que elas deveriam também abranger os pais".
Fonte do ministério disse não ter conhecimento de queixas.

quinta-feira, março 26, 2009


domingo, março 08, 2009

'Sócrates,o ditador'


Magistralmente escrito por António Barreto e publicado no Jornal Público


A saída de António Costa para a Câmara de Lisboa pode ser interpretada de muitas maneiras. Mas, se as intenções podem ser interessantes, os resultados é que contam. Entre estes, está o facto de o candidato à Autarquia se ter afastado do Governo e do Partido, o que deixa Sócrates praticamente sozinho à frente de um e de outro. Único senhor a bordo tem um mestre e uma inspiração. Com Guterres, o primeiro-ministro aprendeu a ambição pessoal, mas, contra ele, percebeu que a indecisão pode ser fatal, ao ponto de, com zelo, se exceder: Prefere decidir mal, mas rapidamente, do que adiar para estudar. Em Cavaco, colheu o desdém pelo seu partido. Com os dois e com a sua própria intuição autoritária, compreendeu que se pode governar sem políticos. Onde estão os políticos socialistas? Aqueles que conhecemos, cujas ideias pesaram alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado? Uns saneados, outros afastados. Uns reformaram-se da política, outros foram encostados. Uns foram promovidos ao céu, outros mudaram de profissão. Uns foram viajar, outros ganhar dinheiro. Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas empresas que dependem do Governo. Manuel Alegre resiste, mas já não conta. Medeiros Ferreira ensina e escreve. Jaime Gama preside sem poderes. João Cravinho emigrou. Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe. António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão. Almeida Santos justifica tudo. Freitas do Amaral reformou-se. Alberto Martins apagou-se. Mário Soares ocupa-se da globalização. Carlos César limitou-se definitivamente aos Açores. João Soares espera. Helena Roseta foi à sua vida independente. Os grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância. O Grupo Parlamentar parece um jardim-escola sedado. Os sindicalistas quase não existem. O actual pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice. O ideário contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação budista. Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos. Sem hesitar, apanhou a onda. Desengane-se quem pensa que as gafes dos ministros incomodam Sócrates. Não mais do que picadas de mosquito. As gafes entretêm a opinião, mobilizam a imprensa, distraem a oposição e ocupam o Parlamento. Mas nada de essencial está em causa. Os disparates de Manuel Pinho fazem rir toda a gente. As tontarias e a prestidigitação estatística de Mário Lino é pura diversão. Não se pense que a irrelevância da maior parte dos ministros, que nada têm a dizer para além dos seus assuntos técnicos, perturba o primeiro-ministro. É assim que ele os quer, como se fossem directores-gerais. «Só o problema da Universidade Independente e dos seus diplomas o incomodou realmente. Mas tratava-se, politicamente, de uma questão menor. Percebeu que as suas fragilidades podiam ser expostas e que nem tudo estava sob controlo. Mas nada de semelhante se repetirá. O estilo de Sócrates consolida-se. Autoritário, Crispado, Despótico, Irritado, Enervado, Detestando ser contrariado. Não admite perguntas que não estavam previstas ou antes combinadas. Pretende saber, sobre as pessoas, o que há para saber. Tem os seus sermões preparados todos os dias. Só ele faz política, ajudado por uma máquina poderosa de recolha de informações, de manipulação da imprensa, de propaganda e de encenação. O verdadeiro Sócrates está presente nos novos bilhetes de identidade, nas tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na teimosia descabelada de Mário Lino, na concentração das polícias sob seu mando e no processo que o Ministério da Educação abriu contra um funcionário que se exprimiu em privado. O estilo de Sócrates está vivo, por inteiro, no ambiente que se vive, feito já de medo e apreensão. A austeridade administrativa e orçamental ameaça a tranquilidade de cidadãos que sentem que a sua liberdade de expressão pode ser onerosa. A imprensa sabe o que tem de pagar para aceder à informação. As empresas conhecem as iras do Governo e fazem as contas ao que têm de fazer para ter acesso aos fundos e às autorizações. Sem partido que o incomode, sem ministros politicamente competentes e sem oposição à altura, Sócrates trata de si. Rodeado de adjuntos dispostos a tudo e com a benevolência de alguns interesses económicos, Sócrates governa. Com uma maioria dócil, uma oposição desorientada e um rol de secretários de Estado zelosos, ocupa eficientemente, como nunca nas últimas décadas, a Administração Pública e os cargos dirigentes do Estado. Nomeia e saneia a bel-prazer. Há quem diga que o vamos ter durante mais uns anos. É possível. Mas não é boa notícia. É sinal da impotência da oposição. De incompetência da sociedade. De fraqueza das organizações. E da falta de carinho dos portugueses pela liberdade.

sábado, março 07, 2009

Melhorar sistema educativo não é desafio só do Governo

secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, disse este sábado, em Alcobaça, que "o desafio de melhorar o sistema educativo não é só do Governo" e apelou à participação de todos.
"Por melhor que seja, que conceba, planeie e execute as suas políticas, o Governo, sozinho, não resolve os problemas. Não podemos ter essa ilusão", afirmou Jorge Pedreira no decurso do IV Seminário para a Educação, uma iniciativa do Centro de Estudos Superiores em Alcobaça da Universidade de Coimbra e da Federação Regional de Associações de Pais e Encarregados de Educação de Leiria.
Para o secretário de Estado "este desenvolvimento tem de mover todos", como autarquias, escolas, professores e famílias, pois só assim é possível combater o "abandono e o insucesso escolares", problemas que Jorge Pedreira reconheceu estarem "enraizados" em alguns sectores da sociedade.
"Não é uma questão de meios", mas de "organização" e de Portugal "assumir este desafio", sublinhou ainda o responsável.
Ao discursar sobre "Novas competências das autarquias na educação" perante uma plateia constituída sobretudo por professores, o secretário de Estado admitiu ser "uma verdade inquestionável" de que na área da educação "existe um forte centralismo", apesar "de caminhos que foram feitos recentemente".
Jorge Pedreira confessou, por outro lado, que "existe na Administração Central, nos governantes, uma resistência a prescindir de competências", situação que no caso da educação de deveu a situações "díspares" na concretização dessas mesmas competências.
A este propósito, lembrou que alguns municípios estabeleceram "como prioridade e serviço fundamental à comunidade" a educação, mas outros "deixaram pura e simplesmente este serviço ao abandono".
"Penso que era necessário ultrapassar estas desconfianças, bloqueios, porque há um conjunto de áreas de intervenção que se não forem geridas com proximidade não podem ter o melhor resultado", advogou o governante.
Apontando o trabalho das autarquias no cumprimento da reorganização da rede escolar ou nas actividades de enriquecimento curricular, Jorge Pedreira reconheceu "uma mudança qualitativa" na escola do 1º ciclo.
"Uma gestão de proximidade é fundamental", reiterou, destacando, também, o trabalho assumido por municípios nas escolas com 2º e 3º ciclos no âmbito dos equipamentos e do pessoal não docente.
Para Jorge Pedreira, "maior proximidade, maior autonomia das escolas, maior intervenção da comunidade, era algo que se afigurava há muito tempo como necessário".
O responsável destacou, por outro lado, o alargamento da educação pré-escolar.
"Quanto menos as famílias podem cuidar da sua aprendizagem (das crianças), quanto menos recursos têm em casa, mais importante se torna o acesso precoce à educação", salientou Jorge Pedreira, para quem esta medida "tem um papel importante no combate à desigualdade de oportunidades".
Jorge Pedreira defendeu ainda que a "escola tem de ser um elemento fundamental da rede de apoio social", pois é a "primeira instância de detecção de problemas sociais de crianças".

Professores preocupados com agravamento de clima no 3º período escolar

15h39m
Os sindicatos de professores, que hoje promovem um cordão humano, em Lisboa, exigem ao Governo uma posição aberta à negociação, e manifestam-se preocupados com o clima de instabilidade no sector que, alertam, poderá agravar-se no terceiro período escolar.
Numa resolução que será entregue no Ministério da Educação e aos grupos parlamentares da Assembleia da República, as estruturas sindicais lembram que após a greve de 19 de Janeiro "deram uma nova oportunidade à solução do conflito, abrindo uma nova porta ao diálogo e à negociação" mas o Governo "limitou-se a apresentar documentos contendo possibilidades e princípios gerais".
"O cordão humano hoje realizado em Lisboa, é de protesto por esta situação (...) mas ainda de preocupação face ao clima de instabilidade que continua a afectar nefastamente a organização e funcionamento das escolas, com tendência para se agravar, num momento que é o mais importante do ano lectivo: o seu final", lê-se no documento.
Os docentes regressaram, este sábado, aos protestos de rua para a realização do cordão humano que vai ligar em Lisboa "os responsáveis pela crise que se vive no sector da educação", designadamente o ministério da educação, Assembleia da República e governo, representado simbolicamente pela residência oficial do primeiro-ministro, sendo esperados cerca de 10.000.
A poucos minutos da hora da concentração (15:00), algumas centenas de professores, já se encontram na avenida 05 de Outubro para, dentro de momentos, irem ao encontro dos colegas que se encontram no Marquês de Pombal e no Largo do Rato.
"Discordo completamente do modelo de avaliação imposto pelo governo e não aceito que me continuem a desrespeitar", disse à Lusa José Carlos Castro, professor numa escola básica de Gondomar.
Já Graça Monteiro, docente em Armamar (Viseu), com 28 anos de serviço, diz-se envergonhada e arrependida por ter votado Partido Socialista, em 2005, e garante que este ano não voltará a fazê-lo.
"Este governo não tem nada de democrático. As suas características são o fascismo e o totalitarismo", disse.

Sindicatos apelam aos partidos para assumirem compromissos que resolvam problemas do sector

19h00m
Lisboa, 07 Mar (Lusa) - Os sindicatos de professores desafiaram hoje os partidos políticos a assumirem compromissos e a apresentarem propostas para resolver os problemas do sector, sublinhando que isso poderá ajudar os docentes a decidir o seu voto nas próximas legislativas.
"Se conseguirmos que os partidos políticos, em vésperas eleitorais, se comprometam com propostas para resolver os problemas da educação talvez isso até ajude os professores a decidirem a sua opção de voto", afirmou o porta-voz da Plataforma Sindical de Professores, Mário Nogueira, no final do cordão humano de docentes, que se realizou hoje à tarde em Lisboa.
Segundo o dirigente sindical, que estimou "em cerca de dez mil" a adesão dos professores ao protesto, os docentes vão voltar à rua e às greves ainda durante o terceiro período, depois do Ministério da Educação "não ter aproveitado" as negociações de revisão do Estatuto da Carreira Docente.
"Se o Ministério da Educação não alterar a postura que teve até agora, de não abrir mão de rigorosamente nada, o terceiro período lectivo marcará o regresso dos professores às grandes acções de luta", afirmou, responsabilizando desde já o Governo caso os alunos venham a ser prejudicados.
No período que decorre entre 20 e 24 de Abril está já prevista a realização de uma semana de consulta aos professores, para estes se pronunciarem concretamente sobre as acções a desenvolver no futuro.
"Tudo está em cima da mesa e tudo significa fazer um abaixo-assinado ou fazer greves coincidentes com períodos de avaliaçáo [dos alunos]. Aquilo que os professores decidirem, os sindicatos levarão por diante", garantiu o também seretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
O cordão humano, que deveria ligar o Ministério da Educação, a Assembleia da República e a residência oficial do primeiro-minsitros, os responsáveis pelo intranquilidade que se vive no sector, segundo os sindicatos, acabou por não chegar à residência de José Sócrates.
"Ao contrário do Ministério da Educação e de todos os grupos parlamentares, o gabinete do primeiro-ministro disse-nos que não estava disponível para receber uma delegação dos sindicatos" mas que "a portaria estaria aberta até às 17:00 para receber a resolução. Quem não dá confiança aos professores também não merece que os professores dêem confiança", justificou.
MLS.
Lusa/Fim

Paulo Portas acusa directora regional de Educação do Norte de não saber escrever

O presidente do CDS/PP acusou hoje a directora regional de Educação do Norte de não saber escrever, tendo em conta um e-mail que ela enviou, acrescentando que é mais um caso a juntar-se aos erros de português do Magalhães
«Ainda bem que foram denunciados [os erros de português do Magalhães] e só podem ser rapidamente corrigidos mas já se vai tornando prática habitual, eu chamo a vossa atenção para um e-mail da senhora directora regional da Educação (Margarida Moreira), de 17 Fevereiro, recomendo-vos a leitura e digam-me se tem alguma coisa a ver com a língua de Luís de Camões» , afirmou hoje Paulo Portas.
«Quando uma directora regional que tem a obrigação de se relacionar com milhares de escolas, que tem a tutela de dezenas de milhares de professores não sabe escrever português, como se pode pedir depois aos jovens que saibam escrever, ler e entender correctamente a língua de Camões» , perguntou o líder do CDS/PP.
Paulo Portas referia-se a um e-mail enviado pela directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, à presidente do conselho executivo agrupamento de escolas Território Educativo de Coura.
No e-mail a que a Lusa teve acesso lê-se: «Sendo certo que muitos docentes não se aceitam o uso dos alunos nesta atitude inaceitável, acompanharemos de muito perto a defesa do bom nome da escola, dos professores, dos alunos e de toda uma população que muito tem orgulhado o nosso país pela valorização que à escola tem dado».
Contactada pela Lusa, Margarida Moreira respondeu apenas: «Não me pronuncio sobre essas coisas. Acho ridículo».
As declarações de Paulo Portas aos jornalistas foram efectuadas hoje em Rio Maior onde se deslocou para visitar as Tasquinhas.
Lusa / SOL

Grupo parlamentar PS admite que algumas medidas «não correram muito bem»

O Grupo Parlamentar do PS admitiu hoje que algumas medidas da actual política educativa «não correram muito bem», apelando aos sindicatos para que respondam ao «esforço de revisão de decisões» do Governo com uma maior «maleabilidade»
«Verificou-se que em alguns aspectos não houve entendimento e o Governo fez algumas alterações, mas não é preciso fazer nenhum acto de inteligência superior para perceber que há, de facto, coisas que não correram bem» , disse aos jornalistas o deputado Luiz Fagundes Duarte, da Comissão de Educação do partido, depois de uma reunião com representantes da plataforma sindical, na sequência do cordão humano concretizado hoje por docentes no centro de Lisboa.
Sem «deixar de parte os princípios programáticos» do PS, Luíz Duarte apontou o modelo de avaliação de professores como um exemplo, devido ao «mal-estar» e às manifestações que têm ocorrido em torno da questão, justificando as suas afirmações com os contactos estabelecidos com a comunidade escolar.
Apesar de admitir a alguma «crispação» e a necessidade de os responsáveis políticos serem «humildes» para reconhecer as lacunas, o representante defendeu que tem de haver «bom-senso» de ambas as partes, em defesa do interesse da escola pública e, em particular, dos alunos.
Aos sindicatos, Luiz Duarte pediu que sejam «um pouco mais versáteis», como resposta aos sinais, dados «desde sempre» pelo executivo central, de adaptação e revisão da política educativa.
«Se o Governo tem feito um esforço de revisão das suas decisões para ir ao encontro das exigências dos professores, esse gesto deve ser entendido como devendo ter contrapartida» , defendeu.
O deputado socialista negou ainda qualquer relação entre os avanços e recuos do processo de negociação com os professores e a proximidade de eleições legislativas, alegando que se o PS tivesse objectivos eleitoralistas eles teriam sido tomados há três anos, já que o debate em questão envolve decisões com consequências a médio e longo prazo.
Lusa / SOL

Secretário de Estado acusa sindicatos de «inflexibilidade» e «hipocrisia»

O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, acusou hoje o sindicatos de «inflexibilidade» e «hipocrisia», garantindo que o Ministério não cederá mais sob pena de pôr em causa a reforma da carreira docente
«Já demos passos significativos e, inclusivamente, prescindimos daquele que era um ponto fundamental - as vagas para a categoria de professor titular. Os sindicatos é que não fizeram o caminho fundamental para essa aproximação» , disse Jorge Pedreira à agência Lusa no dia em que centenas de professores promoveram um cordão humano em Lisboa.
Os sindicatos de professores exigem ao Governo uma posição aberta à negociação, e mostram-se preocupados com o clima de instabilidade que, alertam, poderá agravar-se no terceiro período escolar.
«Quem não se moveu um milímetro das posições iniciais que tinha foi a Fenprof. Houve sindicatos que fizeram aproximações, mas mesmo assim não foi possível o entendimento porque continuam a exigir a supressão das duas categorias e a retirada das quotas. Nesses pontos o ministério não está disposto a ceder porque poria em causa toda a reforma» , sublinhou.
«Se há inflexibilidade, ela está do lado dos sindicatos» , acrescentou.
O secretário de Estado classificou ainda como «hipocrisia» as preocupações manifestadas pelos sindicatos com o agudizar da instabilidade nas escolas.
«Essa posição é da maior hipocrisia. Os sindicatos, que estão a agitar permanentemente o clima, a fomentar a instabilidade nas escolas e, de uma forma completamente irresponsável, a apelar aos professores que não cumpram a lei, virem depois mostrar-se preocupados com a instabilidade nas escolas é o cumulo da hipocrisia» , disse.
Sobre o protesto que, segundo os sindicatos juntou hoje em Lisboa cerca de 10 mil professores, Jorge Pedreira considerou que falhou.
«O objectivo que tinham de ligar o ministério da Educação à residência do Primeiro- Ministro não foi conseguido. Não houve cordão humano» , disse.
Lusa / SOL

Educação: Secretário de Estado adjunto rejeita ideia que protestos sejam "imagem de marca" da tutela

07.03.2009 - 13h35 Lusa
O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, rejeitou a ideia de que os protestos dos professores, que hoje regressam à rua, sejam uma "imagem de marca" do Ministério da Educação esta legislatura."Não é uma questão de imagem de marca. Naturalmente, há uma política reformista que implicava mudanças profundas na escola, na cultura profissional dos professores e essas mudanças, muitas vezes, suscitam resistências", afirmou Jorge Pedreira à margem do IV Seminário para a Educação, que decorre em Alcobaça. O governante reiterou que tais mudanças "eram absolutamente fundamentais para melhorar a escola pública". Jorge Pedreira afirmou que no processo de negociação que está em curso sobre o Estatuto da Carreira Docente (ECD) "o Governo apresentou propostas no sentido de aproximação efectiva aos professores, designadamente aceitando prescindir de uma questão que era bastante importante: as vagas para os professores titulares". Nas outras duas questões relacionadas com aquele estatuto - a existência de duas categorias e a existência de quotas para a avaliação - "os sindicatos não deram nenhum passo relativamente a nenhuma das outras questões", acusou o secretário de Estado Adjunto e da Educação. "Portanto, se alguém se mantém absolutamente inflexível são os sindicatos nesta matéria e portanto é isso que os portugueses devem perceber", declarou Jorge Pedreira, acrescentando, por outro lado, que os protestos têm de ser encarados "com naturalidade".Professores regressam à ruaOs professores regressam hoje aos protestos de rua, desta vez para a realização de um cordão humano que irá ligar em Lisboa "os responsáveis pela crise que se vive no sector da Educação", no qual são esperados cerca de 10 mil docentes. "A grande luta dos professores neste momento é a que se está a travar nas escolas e também nos tribunais. Este cordão surge porque entendemos que era altura de voltar a dar visibilidade pública à luta dos professores", afirmou o porta-voz da Plataforma Sindical de Professores, em declarações à Agência Lusa. Segundo Mário Nogueira, a ideia é "unir e apontar os responsáveis pela crise que se vive no sector da Educação", portanto o Ministério da Educação, a maioria socialista na Assembleia da República e o Governo, simbolizado pela residência oficial do primeiro-ministro. A organização estima a presença de cerca de "10 mil professores" e justifica-se ainda mais o protesto pelo facto de a tutela, durante a revisão do ECD, não estar a dar resposta às reinvindicações dos docentes: "O ministério reafirma a divisão da carreira, a avaliação de desempenho, as quotas e tudo o que é negativo no ECD". Por outro lado, Mário Nogueira sublinhou que "as grandes acções de luta de rua dos professores" deverão ficar reservadas para o final do terceiro período, coincidindo com os procedimentos finais da avaliação de desempenho.

Secretário de Estado da Educação acusa sindicatos de "inflexibilidade" e "hipocrisia"

07.03.2009 - 20h13 Lusa
O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, acusou hoje o sindicatos de "inflexibilidade" e "hipocrisia", garantindo que o Ministério não cederá mais sob pena de pôr em causa a reforma da carreira docente."Já demos passos significativos e, inclusivamente, prescindimos daquele que era um ponto fundamental - as vagas para a categoria de professor titular. Os sindicatos é que não fizeram o caminho fundamental para essa aproximação", disse Jorge Pedreira à agência Lusa no dia em que centenas de professores promoveram um cordão humano em Lisboa. Os sindicatos de professores exigem ao Governo uma posição aberta à negociação, e mostram-se preocupados com o clima de instabilidade que, alertam, poderá agravar-se no terceiro período escolar. "Quem não se moveu um milímetro das posições iniciais que tinha foi a Fenprof. Houve sindicatos que fizeram aproximações, mas mesmo assim não foi possível o entendimento porque continuam a exigir a supressão das duas categorias e a retirada das quotas. Nesses pontos o ministério não está disposto a ceder porque poria em causa toda a reforma", sublinhou. "Se há inflexibilidade, ela está do lado dos sindicatos", acrescentou. O secretário de Estado classificou ainda como "hipocrisia" as preocupações manifestadas pelos sindicatos com o agudizar da instabilidade nas escolas. "Essa posição é da maior hipocrisia. Os sindicatos, que estão a agitar permanentemente o clima, a fomentar a instabilidade nas escolas e, de uma forma completamente irresponsável, a apelar aos professores que não cumpram a lei, virem depois mostrar-se preocupados com a instabilidade nas escolas é o cumulo da hipocrisia", disse. Sobre o protesto que, segundo os sindicatos juntou hoje em Lisboa cerca de 10 mil professores, Jorge Pedreira considerou que falhou. "O objectivo que era ligar o ministério da Educação à residência do Primeiro- Ministro não foi conseguido. Não houve cordão humano", disse.

Mário Nogueira: “Está tudo em aberto, até a greve à avaliação dos alunos

07.03.2009 - 18h12 Andreia Sanches
O secretário-geral da Fenprof e porta-voz da plataforma sindical dos Professores, Mário Nogueira, afirmou hoje, no final da manifestação de professores que construiu um cordão humano entre o Ministério da Educação e a Assembleia da República, que os professores não vão desistir das suas reivindicações e que neste momento estão a avaliar todas as hipóteses de luta, incluindo a greve à avaliação no final do ano lectivo. Segundo o sindicalista, participaram 10 mil professores no protesto de hoje.“É apenas um sinal ao Ministério da Educação de que se não aproveitar esta oportunidade para negociar, os professores vão voltar à rua, ás greves e às grandes acções de luta no terceiro período”, disse Mário Nogueira.Segundo Mário Nogueira, está programada uma consulta aos professores na primeira semana do terceiro período escolar para decidir os próximos passos no sentido de satisfazer as reivindicações.“Está tudo em aberto, até fazer greve durante o período de avaliação dos alunos”, acrescentou Mário Nogueira à saída da Assembleia da república, onde os responsáveis sindicais foram recebidos pelos vários grupos parlamentares.

Cordão humano com milhares de professores acena lenços brancos à passagem pelo Largo do Rato

07.03.2009 - 16h45 Andreia Sanches, com Lusa
Ainda não foi adiantado quantos professores participaram no protesto de hoje, em Lisboa, que tinha como objectivo construir um cordão humano entre o Ministério da Educação, na Avenida 5 de Outubro, e a Assembleia da República, passando pela Rotunda do Marquês de Pombal, pela Avenida Braancamp, morada do primeiro-ministro, e pelo Largo do Rato, morada do partido Socialista.À passagem pela sede do partido socialista os professores gritaram palavras como “aldrabões” e “mentirosos”, acenando lenços brancos, antes de descerem a São Bento onde os vários grupos de delegados sindicais estão a ser recebidos por todos os grupos parlamentares. Inicialmente o PS não tinha confirmado se ia receber uma representação dos professores, mas acabou por também se prontificar a receber a classe.Às 17h00 está programado um grupo dirigir-se à residência oficial de José Sócrates para entregar um envelope gigante que guarda a carta com as reivindicações dos professores. Sócrates já avisou que não vai estar ninguém para receber a carta mas que a podem deixar com um funcionário.O cordão humano que os professores promovem hoje em Lisboa não podia ter um significado mais claro: "Os professores estão unidos e vão regressar em força à luta no terceiro período lectivo", legendou Mário Nogueira, da Federação Nacional de Professores (Fenprof), promotora deste cordão.Depois das manifestações que levaram milhares de professores à rua, os sindicatos decidiram, neste segundo período lectivo, dar uma "oportunidade" ao Ministério da Educação, segundo Mário Nogueira. "A ministra, porém, desperdiçou esta oportunidade, porque continuou, prepotente e inflexível, a não abrir mão nem da divisão da carreira em categorias, nem das quotas na avaliação nem da prova de ingresso".A Fenprof marcou, para a semana de 20 a 24 de Abril, várias consultas aos professores, para que estes se possam pronunciar sobre os protestos a realizar no terceiro período lectivo: de manifestações à greve à avaliação dos alunos, "nenhuma forma de luta está descartada", avisou Nogueira.

Fenprof avisa que cordão humano marca regresso dos professores aos protestos de rua


07.03.2009 - 08h51 Natália Faria
O cordão humano que os professores promovem hoje em Lisboa não podia ter um significado mais claro: "Os professores estão unidos e vão regressar em força à luta no terceiro período lectivo", legendou Mário Nogueira, da Federação Nacional de Professores (Fenprof), promotora deste cordão que, a partir das 15h00, vai unir o edifício do Ministério da Educação ao da Assembleia da República e à residência oficial de José Sócrates.Depois das manifestações que levaram milhares de professores à rua, os sindicatos decidiram, neste segundo período lectivo, dar uma "oportunidade" ao Ministério da Educação, segundo Nogueira. "A ministra, porém, desperdiçou esta oportunidade, porque continuou, prepotente e inflexível, a não abrir mão nem da divisão da carreira em categorias, nem das quotas na avaliação nem da prova de ingresso". Com esta reagudização dos protestos, os sindicatos estão a jogar com o calendário eleitoral - que aponta para a realização de legislativas em Setembro. "Os partidos vão ter que assumir alguns compromissos sobre estes problemas", precisou Nogueira. Por causa disso, o final do ano lectivo promete ser agitado. "Estamos preocupados porque, mesmo sem os protestos, os momentos mais conflituosos da avaliação coincidem com o momento em que os professores deveriam estar mais disponíveis para os alunos". A Fenprof marcou, para a semana de 20 a 24 de Abril, várias consultas aos professores, para que estes se possam pronunciar sobre os protestos a realizar no terceiro período lectivo: de manifestações à greve à avaliação dos alunos, "nenhuma forma de luta está descartada", avisou Nogueira. A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), que se tem mantido mais próximo da tutela, aliou-se ao protesto. "Sempre privilegiámos as negociações, mas a não suspensão da avaliação e a divisão da carreira são questões intransponíveis", justificou Arminda Bragança, daquele sindicato, acrescentando que a FNE vai continuar a "tentar minorar alguns dos aspectos mais perversos do estatuto da carreira docente".

Plataforma de Professores não está desunida

O porta-voz da Plataforma Sindical de Professores acusou hoje o Governo de tentar passar para a opinião pública a divisão desta estrutura e reafirmou o regresso dos docentes às greves e às grandes manifestações durante o terceiro período
«Esta acção representa uma grande unidade da Plataforma Sindical dos Professores. O Ministério tudo fez no sentido de tentar provar à opinião pública que estaria dividida, o que não é verdade» , afirmou Mário Nogueira aos jornalistas, à porta do Ministério da Educação.
O também secretário-geral da Federação Nacional dos Professores sublinhou que as organizações que constituem a Plataforma «têm autonomia e posições diferentes», mas que no que é essencial «estão todas de acordo».
«Aquilo que neste momento mais parece que vai acontecer no terceiro período é o regresso dos professores às grandes acções de rua e às greves» , acrescentou o dirigente sindical, sublinhando que as negociações para revisão do Estatuto da Carreira Docente foram uma «frustração».
Os sindicatos de professores promovem hoje em Lisboa um cordão humano para unir e apontar os responsáveis pela crise e o clima de conflito que se vive no sector, designadamente o Ministério da Educação, Assembleia da República e o Governo, simbolicamente representado pela residência oficial do Primeiro-Ministro.
A Agência Lusa fez o percurso entre o Ministério da Educação e o Marquês de Pombal e constatou grandes brechas entre os professores, que disfarçavam algumas ausências esticando bandeiras e usando cachecóis.
Entre o Marquês de Pombal e o Largo do Rato e depois até à Assembleia da República o cordão já apresenta um aspecto mais compacto.
«Mentirosos, Mentirosos» e «Está na hora está na hora da ministra ir embora» eram algumas das palavras de ordem que os professores iam gritando.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do sindicato dos professores da Grande Lisboa, António Avelãs, afirmou que já não é possivel reunir 100 mil docentes, como aconteceu em manifestações anteriores, mas garantiu que a iniciativa vai «dar nas vistas», porque a «consciência de que o actual modelo de avaliação destrói as escolas é a mesma».
«O modo como se combate é que provoca divisões, o que era de esperar. Mas quem entregou os objectivos não tem necessariamente de concordar com o modelo, aliás, a maioria continua a discordar» , disse Avelãs.
Lusa / SOL

Movimentos independentes de professores participam no cordão humano

Os movimentos independentes de professores vão hoje participar no cordão humano promovido pelos sindicatos, considerando que o protesto justifica-se ainda mais pela falta de avanços na negociação da revisão do Estatuto da Carreira Docente com o Governo

«Os movimentos independentes participarão em todas as acções que servirem para manifestar na rua e nas escolas a determinação e a razão dos professores nesta luta contra o ministério da Educação, sejam elas dinamizadas pelos sindicatos, por movimentos ou por pequenos grupos de professores» , afirmou o coordenador do Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP), em declarações à agência Lusa.
Segundo Ilídio Trindade, o protesto organizado pelos sindicatos do sector justifica-se nesta altura pela falta de progressos nas negociações de revisão do Estatuto da Carreira Docente, mas também porque o Governo «tentou desmobilizar a luta, com o regime simplificado da avaliação de desempenho e as pressões relativamente aos objectivos individuais».
«Uma coisa é o decurso do processo, outra coisa são os avanços que se têm conseguido. Parece-me que não têm sido grandes os avanços alcançados» , acrescentou.
Para o responsável, a luta dos professores vai acentuar-se ainda mais, tendo em conta a nova legislação dos concursos de colocação dos docentes, que, segundo afirma, «levanta graves problemas de injustiça».
Participam ainda no protesto o Movimento Escola Pública (MEP), o PROmova e a Associação de Professores em Defesa do Ensino (APEDE).
O cordão humano de professores pretende unir e apontar, segundo os sindicatos de professores, os principais responsáveis pela crise e pelo clima de conflito que se vive no sector, designadamente a ministra da Educação, a Assembleia da República e o primeiro-ministro.
Lusa / SOL

tudo sobre o magalhães




06.03.2009 - 15h57 Graça Barbosa Ribeiro
Depois de apresentar um requerimento em que questionava a alegada discriminação das crianças institucionalizadas devido ao regulamento do programa e-escolinhas, o Grupo Parlamentar do PSD apresentou hoje um segundo pedido de esclarecimentos, idêntico ao primeiro, mas relativo às condições impostas pelo programa e-escolas, destinado a crianças do 5º ao 12º ano de escolaridade. Isto porque, segundo a instituição que esteve na origem da iniciativa dos sociais-democratas, é este segundo grupo que, “na prática”, “não tem acesso aos computadores”.A decisão de fazer um segundo requerimento foi tomada depois de direcção do Centro Paroquial de Promoção Social Rainha Santa Mafalda, de Arouca, ter anunciado, ontem, que, ao contrário do que o PSD alegava no primeiro (e que o PÚBLICO reproduziu), as crianças do 1º ciclo do ensino Básico da instituição já dispõem do computador Magalhães, entregue no âmbito do programa e-escolinha. Em comunicado, o responsável pelo Centro, o padre João Pedro Bizarro, sublinha que “o principal motivo da exposição enviada” ao primeiro-ministro e ao deputado social-democrata André Almeida “está relacionado com o programa e-escola”, no qual a instituição gostaria de inscrever 32 crianças e jovens. Não o pode fazer, explica, porque “os encargos económicos que daí advém são incomportáveis” para a sua e “para qualquer outra Instituição Particular de Solidariedade Social”.“Enquanto o Magalhães é gratuito para as crianças abrangidas pelo escalão A da Acção Social Escolar, a aquisição do computador com acesso à banda larga através do e-escola obriga, no mínimo, ao pagamento de uma mensalidade de cinco euros durante 36 meses. Basta multiplicar cinco euros por 32 jovens durante esse período de tempo para perceber que, na prática, estas crianças não têm um verdadeiro acesso ao programa”, criticou Fausto Portugal, outro elemento da direcção do centro, em declarações ao PÚBLICO. Na sua opinião, aquela situação “é especialmente grave pelo facto de as jovens institucionalizadas naquele centro já estarem sujeitas “a outros factores de exclusão”. “Com isto, sentem o peso de mais uma discriminação, dado que, nas suas turmas, são as únicas a não terem acesso ao programa”, enfatizou.Nos dois requerimentos apresentados pelo Grupo Parlamentar do PSD não é abordada a questão da mensalidade exigida, mas a lacuna regulamento dos programas que impede que pessoas colectivas, neste caso as instituições que têm a guarda legal das crianças, as inscrevam no e-escolas e no e-escolinha. “Esse problema existe de facto, mas, no caso do e-escolinha, que não implica qualquer pagamento, foi resolvido graças à generosidade de elementos da instituição, que, enquanto pessoas singulares, fizeram a inscrição das crianças”, explicou Fausto Portugal.







Erros de português no Magalhães foram «surpresa»
12h40m
O secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, disse este sábado, em Alcobaça, que os erros de português detectados no computador Magalhães foram "uma surpresa".
"Foi para mim uma surpresa. Naturalmente, não me parece que devesse ter acontecido e que, portanto, quem teve responsabilidade por verificar isso, deveria ter detectado esses dados", afirmou Jorge Pedreira à margem do IV Seminário para a Educação.
Reagindo a uma notícia do semanário Expresso, que relata a existência de um conjunto de erros de português nos jogos educativos do computador, Jorge Pedreira sublinhou que, "agora, o que é importante é corrigir".
"Uma coisa é certa: não é pelo facto de um programa de jogo didáctico ter erros, que isso diminui, em alguma coisa, a utilidade e a importância do projecto do computador Magalhães", declarou o secretário de Estado.
Jorge Pedreira rejeitou ainda que o problema descredibilize este projecto do Governo.
"No momento em que os computadores estiverem com as crianças e os professores começarem a utilizá-los na escola, todos veremos a vantagem que o computador Magalhães tem para as crianças", defendeu.
Confrontado com a possibilidade de o Governo vir a pedir responsabilidades sobre esta situação, Jorge Pedreira acrescentou primeiro há que ver "exactamente aquilo que aconteceu", acrescentando ser prematuro pronunciar-se sobre esta questão.


Ministério manda retirar software de computador Magalhães com erros de português
07.03.2009 - 15h21 Lusa, com PÚBLICO
O Ministério da Educação solicitou a remoção de software associado a uma aplicação de um jogo instalada nos computadores Magalhães após a detecção de graves erros de português, segundo uma nota hoje divulgada. O assunto, noticiado hoje pelo semanário "Expresso", foi denunciado pelo deputado José Paulo de Carvalho, antigo deputado do PP, actualmente não inscrito.Os erros mais de 80 erros, entre os quais "gravar-lo", "puxando-las", "acabas-te", "básicamente", "fês", "caêm", e ainda textos inteiros sem sentido, que teriam como objectivo ensinar as instruções dos jogos, aparecem em vários ecrãs desses mesmos jogos didáticos do portátil dedicado aos mais novos. O Ministério da Educação terá dado ontem ordem para as escolas retirarem dos computadores Magalhães o software de jogos didácticos depois de o "Expresso" ter confrontado o Governo com os erros de ortografia, gramática e sintaxe nas instruções dos jogos incluídos no ambiente de trabalho Linux. Em nota hoje divulgada, a Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) refere que já solicitou à empresa JP Sá Couto a remoção do software associado a uma aplicação de um jogo instalada nos computadores Magalhães, depois de detectados erros ortográficos que o Ministério da Educação considera "intoleráveis". "Em relação aos computadores já distribuídos, a DGIDC produziu um manual de instruções que permitirá que os professores, nas escolas, ou os pais, em casa, possam realizar a desinstalação de imediato", adianta o texto. "Em todo o caso, o Ministério da Educação salienta que o computador Magalhães é, e será cada vez mais, um instrumento de trabalho inovador, seguro e indispensável nas salas de aula do 1.º ciclo", refere a nota do gabinete de comunicação do Ministério da Educação. O secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, disse hoje, em Alcobaça, que os erros de português detectados no computador Magalhães foram "uma surpresa". "Foi para mim uma surpresa", disse Jorge Pereira à margem do IV Seminário para a Educação. "Naturalmente, não me parece que devesse ter acontecido", adiantou, frisando que o responsável pela verificação de erros os deveria ter detectado. "Uma coisa é certa: não é pelo facto de um programa de jogo didáctico ter erros, que isso diminui, em alguma coisa, a utilidade e a importância do projecto do computador Magalhães", declarou o secretário de Estado. No requerimento onde denunciava a situação, enviado ao presidente da Assembleia da República ontem, mas com data de dia 4 e tendo como destinatário o Ministério da Educação, José Paulo de Carvalho afirmava que os computadores Magalhães não estavam "a ensinar a jogar os seus jogos em português, mas sim no novo idioma oficioso do Ministério da Educação: o 'magalhanês'". Entre as 8 questões que levantava e sobre as quais exigia uma resposta da tutela de Maria de Lurdes Rodrigues, o deputado perguntava: "que classificação, de 0 a 20, mereceria, por parte do Ministério da Educação e do ponto de vista da correcção linguística, o texto usado nas referidas instruções?".José Paulo de Carvalho exigia ainda que fossem apuradas responsabilidades sobre este episódio.


Magalhães: Empresa responsável reconhece "falha humana"
21h54m
A empresa responsável pelo software associado à aplicação de um jogo instalada nos computadores Magalhães atribuiu este sábado "a falha humana" os erros de português detectados, adiantando que as correcções já estão disponíveis na Internet.
"O processo de tradução/localização de software envolve um passo de tradução automática, sendo esse passo seguido de verificação manual. No caso do software Gcompis, por falha humana, parte da tradução desta aplicação não foi validada", esclareceu hoje a empresa Caixa Mágica em comunicado enviado à agência Lusa.
O Ministério da Educação deu sexta-feira ordem para as escolas retirarem dos computadores Magalhães o software de jogos didácticos depois de o jornal Expresso ter confrontado o Executivo com os erros de ortografia, gramática e sintaxe nas instruções dos jogos incluídos no ambiente de trabalho Linux.
"Gravar-lo", "puxando-las", "acabas-te", "básicamente", "fês", "caêm", foram alguns dos erros detectados e que fizeram a capa do semanário Expresso.
No comunicado, a Caixa Mágica refere ainda que os erros foram sendo corrigidos em actualizações disponibilizadas em Outubro do ano passado e Janeiro deste ano "sendo estas automaticamente instaladas em todos os Magalhães que acedem à Internet".
A empresa sublinha ainda que entre as "1.136 aplicações presentes no Linux Caixa Mágica no Magalhães, foram detectados erros apenas numa aplicação".

sexta-feira, março 06, 2009

Aluno exibe arma de fogo em recinto escolar

Um aluno de 15 anos da Escola EB 2,3 de Sernancelhe foi detectado, na tarde de quarta-feira, com uma arma de fogo em pleno recinto escolar, tendo-a exibido a vários colegas em horário lectivo, informou hoje a GNR
O aluno «não fez qualquer ameaça, apenas a exibiu aos colegas, durante a tarde de quarta-feira», disse fonte da GNR, acrescentando que, na sequência de uma denúncia, o Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Moimenta da Beira apreendeu a arma e o respectivo adaptador, que «já estava na posse do Conselho Executivo da escola».
De acordo com a mesma fonte, trata-se de «uma arma adaptada de calibre 6,35 mm, de marca Walter, sem número de série, que o aluno disse ter vindo de fora do país, através de familiares». «A arma não tinha munições», acrescentou.
Contactado pela Agência Lusa, o Conselho Executivo da Escola EB 2,3 de Sernancelhe referiu apenas que «o assunto foi encaminhado para quem de direito», escusando-se a mais comentários sobre o caso.
Lusa/SOL

Supremo Tribunal dá razão a Ministério no caso das faltas "injustificadas" de sindicalistas

06.03.2009 - 11h47 Lusa
O Supremo Tribunal Administrativo (STA) deu razão a um recurso do Ministério da Educação no caso relacionado com um grupo de professoras às quais foi recusada em 2006 a justificação de uma falta dada para participarem numa reunião sindical.Vítor Diogo, presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas da Caranguejeira (Leiria) emitiu, a 14 de Junho de 2006, um despacho em que não considerava justificadas as faltas dadas por três professoras, a 6 de Junho. Inconformadas, as professoras intentaram uma acção no Tribunal Administrativo de Leiria, considerando que tinha sido violado o disposto na Lei Sindical, mas a decisão desta instância, em Julho de 2007, foi desfavorável às docentes com o fundamento de que a reunião sindical se realizou fora do estabelecimento de ensino. Contudo, as professoras recorreram para o Tribunal Central Administrativo-Sul (TCA-SUL) que, em decisão divulgada em Abril de 2008, veio dar razão às professoras, considerando que as docentes podem participar em reuniões sindicais independentemente do local onde se realizam, desde que dentro do crédito de horas de que dispõem. Coube então ao Ministério da Educação recorrer desta segunda decisão, tendo agora o STA decidido revogar o acórdão do TCA-Sul e "fazer subsistir a decisão da primeira instância, que julgara improcedente a acção dos autos" intentada pelas professoras. De acordo com o STA, o despacho do presidente do Conselho Executivo "não pode ser havido como ilegal" face à legislação existente.Conselho executivo comenta que a escola se “limitou a cumprir a lei”Vítor Diogo, presidente do Agrupamento de Escolas da Caranguejeira, reagiu dizendo que a escola "se limitou a cumprir a lei"."Sempre achei que a escola tinha razão, porque se limitou a cumprir a Lei", afirmou, lembrando que as três professoras em causa - duas das quais já reformadas - foram informadas de que "não poderiam fazer reuniões sindicais fora da escola" e até mesmo "aconselhadas a não o fazerem". "Da minha parte, até me custou injustificar a falta das professoras, que são colegas", declarou o presidente do conselho executivo, que lembrou: "Até lhes foi dada oportunidade de justificarem a falta de outro modo, mas não quiseram". O presidente do conselho executivo do Agrupamento de Escolas da Caranguejeira sublinhou que o estabelecimento de ensino não moveu qualquer atitude de perseguição às professoras. "Sou sindicalista há 20 anos e delegado sindical", sublinhou Vítor Diogo.

Educação está a atrasar relatório de segurança

Balanço. PSP e GNR entregaram dados no início do anoMinistério de Lurdes Rodrigues está a reter dados da Escola SeguraO relatório anual de Segurança Interna (RASI) de 2008 ainda não foi concluído porque o Ministério da Educação não enviou ao secretário--geral de Segurança Interna, Mário Mendes, os resultados da Escola Segura no último ano lectivo, que terminou há mais de oito meses. Desde 2007, o Ministério da Educação assumiu a responsabilidade do tratamento estatístico das ocorrências no interior dos estabelecimentos de ensino, tendo sido criado, para esse efeito, um Observatório para a violência nas escolas. O registo dos crimes no exterior das escolas ficou com a PSP e a GNR, de acordo com as áreas de competência regional.Ao que o DN apurou, enquanto as forças de segurança entregaram as suas estatísticas no Gabinete Coordenador de Segurança logo no início do ano, o Ministério de Maria de Lurdes Rodrigues ainda não o fez. Isto apesar de os dados estarem na sua posse há vários meses.O DN pediu esclarecimentos ao porta-voz da ministra da Educação, mas este limitou-se a responder que "quando houver informação sobre o assunto será comunicado". Não adiantou quando seriam enviados dados ao gabinete do "superpolícia".Em 2007, quando foi anunciada a nova estratégia de registo das ocorrências nas escolas, na sequência de um ano em que a violência nos estabelecimentos de ensino marcou a agenda mediática e política, estas estatísticas passaram a ser anunciadas em conjunto pelos ministérios da Educação e da Administração Interna, e constituem, desde então, um capítulo do RASI. No final desse ano, Rui Pereira e Maria de Lurdes Rodrigues estiveram lado a lado a anunciar uma descida de 35% de casos no ano lectivo 2006/2007. Contra todas as expectativas, o mesmo não aconteceu no final de 2008. E, até agora, o suspense mantém-se.O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, apelou à denúncia dos casos de violência nas escolas e declarou a sua investigação como prioritária. Em 2008, a Procuradoria abriu 138 inquéritos-crime, a maior parte por agressão a professores.

Avaliação dos professores desagrada a alguns pais

Há pais que estão revoltados com o processo de avalia ção de professores e que vão transmitir o seu descontentamento ao Ministério da Educação.
Em causa está uma situação concreta, em que uma professora teve de deixar uma das turmas do primeiro ciclo para passar a avaliar os seus colegas do agrupamento vertical de escolas Belém–Restelo, em Lisboa. A docente teve de ser substituída por outra a meio do ano lectivo.Os pais receberam a notícia como um facto consumado e não se conformam que assuntos burocráticos e administrativos se sobreponham aos interesses dos alunos. Por isso, reúnem-se hoje para ultimar um documento que será enviado à tutela, sendo que também darão conta do seu protesto aos vários órgãos de gestão da escola EB 30 Moinhos do Restelo. Sem pôr em causa a necessidade da avaliação dos professores, a associação de pais quer alertar o Ministério da Educação para o eventual descuido que possa estar a haver na vertente pedagógica da escola.
MG/Fátima Casanova

A jornalista Fátima Casanova falou com um dos pais

Professores queixam-se da falta de formação específica para usar o Magalhães


Ontem às 23:18

Numa altura em que o Magalhães já chegou às mãos de largos milhares de alunos do primeiro ciclo do ensino básico, a maioria dos professores não teve qualquer formação específica para usar aquele computador na sala de aula



Em declarações à TSF, o presidente da Associação Nacional de Professores considerou que as potencialidades do pequeno computador mereciam outro tipo de enquadramento.
«Para sustentar a aplicação pedagógica de uma ferramenta com este impacto ao nível das crianças e daquilo que se pretende», seria necessário não só uma formação a nível de informática, mas também sobre «aquela ferramenta concreta com o software didáctico concreto, para que possa ser aplicado de uma forma sustentada», disse.
João Grancho sublinhou que até ao momento, numa altura em que milhares de alunos já receberam o pequeno computador, existe apenas uma «formação dispersa».
A meio do ano lectivo, «qualquer formação que possa vir a existir será sempre muito diminuta face àquilo que é o universo previsível da distribuição dos equipamentos», reforçou.
Por seu lado, Manuel Grilo, responsável pelo primeiro ciclo no Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, disse à TSF que os docentes desconhecem a existência de acções de formação dedicadas ao Magalhães.
Manuel Grilo acrescentou que os professores apenas conhecem uma plataforma em linha na Internet onde podem tirar «algumas dúvidas», apesar de ser um serviço de difícil consulta.
Na opinião do responsável pelo primeiro ciclo no Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, o facto de os próprios professores não terem «nenhum Magalhães» também não ajuda nesse conhecimento do computador.
A TSF tem tentado, há alguns dias, uma reacção do Ministério da Educação a estes atrasos na formação específica para o uso do Magalhães em sala de aula, mas até ao momento tal não foi possível.

Investigado arremesso de ovos à ministra

Inspecção da DREN ao episódio que envolveu Lurdes Rodrigues passapor inquirição a alunos e docentes
00h30m
CARLOS RUI ABREU
Três meses depois de a ministra da Educação ter sido recebida em Fafe com ovos, um inspector da tutela está a investigar quem esteve por trás da manifestação. Alunos e funcionários já foram ouvidos, mas o alvo são os docentes.
Um inspector do Ministério da Educação está há vários dias na Escola Secundária de Fafe a investigar os contornos da manifestação de Novembro em que um grupo de alunos e professores daquele estabelecimento de ensino recebeu a ministra da Educação com uma "chuva de ovos". Maria de Lurdes Rodrigues teve então de abandonar a cidade cancelando a presença numa cerimónia pública organizada pela Associação Empresarial local.
Volvidos três meses, a tutela parece não ter esquecido esse episódio e tenta agora apurar os responsáveis da recepção com especial enfoque nos docentes. "Eu fui ouvida por um inspector que, com ar intimidatório, fez uma série de perguntas e todas no sentido de incriminarmos os professores", afirmou ao JN uma das alunas da Secundária ouvidas no inquérito.
De entres as questões formuladas, o inspector terá insistido em saber "se os professores incentivaram a manifestação; se os alunos saíram a meio das aulas; se os portões foram abertos pelos funcionários e se os professores pagaram os ovos que os alunos arremessaram".
Segundo o JN apurou, até ao momento foram escutados alguns funcionários e alunos do 12º ano e provavelmente seguir-se-ão os inquéritos aos docentes, nomeadamente aos que naquele dia de Novembro apareceram nas fotos da imprensa e deram entrevistas às estações de televisão.
Os alunos abordados pelo JN e que foram ouvidos pelo inspector falam todos de um clima de intimidação que os orienta para denunciarem situações que possam por em causa a actuação dos docentes. "Nós só temos de dizer a verdade e a verdade é que a iniciativa da manifestação partiu de nós de forma espontânea", asseguram.
Os alunos têm sido chamados individualmente, durante o período lectivo, por um funcionário da escola que os encaminha para junto do inspector.
Pedro Leite, presidente da Associação de Estudantes considera "agressiva e intimidatória" esta inspecção, embora admita que "quem teve responsabilidade na manifestação deva ser identificado e responsabilizado".
Esta não é a primeira consequência directa da manifestação de Novembro já que após esse dia houve uma ordem para controlar a hora de entrada e saída dos professores, registando o nome de cada um. Este controlo foi momentâneo uma vez que os professores fizeram uma espécie de protesto e quiseram sair todos ao mesmo tempo o que "congestionou" o trabalho do funcionário.
Horas depois, os professores foram surpreendidos por um pedido de demissão do presidente do Conselho Executivo que, no entanto, uns dias mais tarde recuaria nessa posição. Até hoje, não foi possível apurar se a decisão de controlar os professores foi emanada pela DREN ou se pelo próprio executivo da escola.
O JN contactou o presidente do Executivo mas José Caetano recusou prestar declarações porque "o JN em tempos publicou uma notícia que não considerei boa!"

No que o país se transformou


Ser bom professor agora não interessa para nada... o que interessa é o visual... o bom professor deve ser capa de revista... deve ter um visual atraente e /ou estar inscrito no PS. Quem quer chegar ao excelente sabe o caminho que deve percorrer... vá lá... não custa nada... quem lida com o público tem que ser atraente, mostrar as pernas, implantar botok em todo o lado e fazer umas plásticas para pertencer ao novo modelo de ensino!!!




a história há-de julgar!!!




Professoras titulares em apuros




Duas professoras titulares, já velhas e doentes, mas ainda sem direito à reforma, obrigadas por uma Junta Médica a permanecerem na escola, reúnem-se. Devem preparar a avaliação dos seus colegas mais novos, tal como foi instituído pelo Governo .Uma delas olha para a outra e diz: -“Por favor, não me leves a mal. Nós somos amigas há tanto tempo e agora não consigo lembrar-me do teu nome, vê só a minha cabeça!... És a Celeste ou a Alzira?” A outra olha fixamente para a amiga durante uns dois minutos, coça a testa e diz: “Precisas dessa informação para quando?”

Professores regressam às ruas de Lisboa com cordão humano



Os professores regressam sábado aos protestos de rua, desta vez para a realização de um cordão humano que irá ligar em Lisboa «os responsáveis pela crise que se vive no sector da Educação»


«A grande luta dos professores neste momento é a que se está a travar nas escolas e também nos tribunais. Este cordão surge porque entendemos que neste momento era altura de voltar a dar visibilidade pública à luta dos professores», afirmou o porta-voz da Plataforma Sindical de Professores, Mário Nogueira, em declarações à agência Lusa.
Segundo o também secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), a ideia é «unir e apontar os responsáveis pela crise que se vive no sector da Educação», portanto o Ministério da Educação, a maioria socialista na Assembleia da República e o Governo, simbolizado pela residência oficial do primeiro-ministro.
Para Mário Nogueira, que estima a presença de «milhares de professsores», a realização deste protesto justifica-se ainda mais pelo facto de o Ministério da Educação, durante a revisão do Estatuto da Carreira Docente, não estar a dar resposta às reinvindicações dos professores.
«O ministério reafirma a divisão da carreira, a avaliação de desempenho, as quotas e tudo o que é negativo no Estatuto da Carreira Docente», criticou.
Este cordão humano foi lançado isoladamente pela Fenprof, mas acabou por ser estendido à Plataforma Sindical, recebendo o apoio das restantes estruturas sindicais.
A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) só decidiu quinta-feira participar na iniciativa, depois de analisar a última ronda negocial com o Governo sobre a revisão do Estatuto da Carreira Docente.
«Tem sido prática da FNE não entrar em determinado tipo de manifestações quando se está a realizar um período negocial. No entanto, nas questões principais, como as quotas e as categorias, não se transpuseram as barreiras», afirmou Arminda Bragança, dirigente da FNE.
Apesar disso, a FNE tem sido o sindicato que mais se tem aproximado da tutela durante as últimas semanas, nas rondas negociais. «Vamos continuar a reunir para tentar minorar alguns dos aspectos mais perversos do estatuto», acrescentou.
O protesto conta com três locais de concentração, todos às 15:00: Ministério da Educação, na Avenida 05 de Outubro, Marquês de Pombal e Largo do Rato, indo depois cada um dos pontos ao encontro dos restantes. No final haverá uma concentração frente à Assembleia da República, local onde serão feitas intervenções pelos dirigentes sindicais.
Os movimentos independentes de professores também aderiram ao protesto e apelaram esta semana à participação de todos os docentes.
Para o período que decorre entre 20 e 24 de Abril, está já agendada uma semana de consulta aos professores, para os docentes se pronunciarem sobre as acções e lutas a desenvolver durante e no final do 3.º período lectivo. Tudo está em cima da mesa, desde manifestações a greves às avaliações dos alunos.
Lusa/SOL

terça-feira, março 03, 2009

Rir é mesmo o melhor remédio

A1 – Empenho para a rentabilização do tempo de almoço.
Nível 1 O professor almoça em casa e/ou no restaurante, dedicando totalmente esse tempo ao lazer e à família.
Nível 2 O professor almoça no restaurante com os seus colegas, tratando pontualmente de algum assunto relacionado com a escola.
Nível 3 O professor almoça no refeitório da escola, rentabilizando esse tempo para discutir assuntos relacionados com as tarefas da escola e/ou reunir com os seus pares.
Nível 4 O professor petisca no bar, mandando reservar previamente um croquete, uma sandes de queijo fresco e uma água, aproveitando para realizar as tarefas da escola em simultâneo.
Nível 5 O professor não almoça, mantendo-se no seu local de trabalho e em cumprimento do seu dever profissional em total abstinência.

A2 – Empenho para a rentabilização do tempo de transição entre as actividades lectivas.
Nível 1
O professor usa as instalações sanitárias de acordo com as suas necessidades, procedendo de igual forma em relação a chamadas particulares do seu telemóvel e ao consumo de géneros alimentícios, utilizando a sala de professores para actividades de lazer.
Nível 2
O professor usa as instalações sanitárias não mais do que uma vez em cada turno, procedendo de igual forma em relação a chamadas particulares do seu telemóvel e ao consumo de géneros alimentícios. Não usa a sala de professores para qualquer actividade de lazer.
Nível 3
O professor utiliza as instalações sanitárias mas rentabiliza esse tempo para terminar o consumo dos géneros alimentícios adquiridos no bar. Raramente faz chamadas particulares do seu telemóvel e não usa a sala de professores para qualquer actividade de lazer.
Nível 4
O professor utiliza as instalações sanitárias muito ocasionalmente e de forma célere, raramente faz chamadas particulares do seu telemóvel, não usa a sala de professores para qualquer actividade de lazer, consumindo pontualmente um copo de água.
Nível 5
O professor não desperdiça tempo na satisfação de qualquer necessidade fisiológica, não utiliza o seu telemóvel para chamadas particulares, embora o possa disponibilizar para contactos profissionais; não usa a sala de professores para qualquer actividade de lazer ou consumo de géneros alimentícios.


B1 – Relacionamento com os alunos
Nível 1
O professor esconde-se atrás dos postes, caixotes do lixo, caixas de electricidade, dentro do lago, e afins de forma a evitar a todo o custo qualquer tipo de relacionamento com os alunos.
Nível 2
O professor circula de forma circunspecta pela escola, desmotivando qualquer aproximação por parte dos alunos.
Nível 3
O professor responde naturalmente às abordagens informais feitas pelos alunos, mantendo uma postura séria face aos assuntos tratados.
Nível 4
O professor demonstra uma preocupação para com os problemas pessoais dos alunos, levando-os a interagir e confidenciar os aspectos íntimos da sua vida pessoal. Apoia-os na resolução dos seus problemas, averiguando e procurando soluções junto de outros colegas, entidades e organismos especializados nas diversas problemáticas.
Nível 5
O professor corre atrás dos alunos, convivendo estreitamente com eles durante os tempos de transição entre as aulas, integrando-se perfeitamente nas suas actividades. Almoça com os alunos frequentemente no refeitório e/ou nos restaurantes das proximidades da escola. Convida-os para festas familiares e/ou frequenta com eles as discotecas nocturnas desfrutando da sua companhia.


B2 – Relacionamento com os encarregados de educação
Nível 1
O professor nunca está disponível para comunicar com os encarregados de educação fora do seu horário de atendimento.
Nível 2
O professor encontra-se disponível apenas durante o seu horário de atendimento, limitando o tempo destinado a cada encarregado de educação em quatro minutos e cinquenta e três s segundos.
Nível 3
O professor está disponível para comunicar com os encarregados de educação fora do seu horário de atendimento, em casos de comprovada urgência. Pontualmente, atende uma chamada telefónica de um encarregado de educação no intervalo entre aulas.
Nível 4
O professor estabelece uma relação estreita com os encarregados de educação. Elabora um mapa com vários percursos de forma a abranger todas as residências dos encarregados de educação da sua direcção de turma ao longo da semana. Cumpre o percurso estabelecido diariamente após a saída da escola e antes de se dirigir ao seu lar.
Nível 5
O professor estabelece uma relação de amizade com os encarregados de educação, relacionando-se com os mesmos diariamente, incluindo os fins-de-semana, e disponibilizando-se para adaptar as suas férias às necessidades daqueles.

B3 – Relacionamento com o órgão de gestão, vulgo o Director.
Nível 1
O professor não acolhe com agrado as sugestões de bases de dados propostas pelo órgão de gestão. Recolhe dados através de conversas com os intervenientes e procede ao registo de percentagens e elaboração de estatísticas utilizando a regra de três simples.
Nível 2
O professor acolhe pontualmente com agrado algumas bases de dados propostas pelo órgão de gestão da escola, utilizando-as com alguma dificuldade mas na tentativa de rentabilizar tempo, trabalho e recursos.
Nível 3
O professor acolhe com agrado as sugestões de bases de dados propostas pelo órgão de gestão.
Nível 4
O professor acolhe com bastante agrado as sugestões de bases de dados propostas pelo órgão de gestão, esforçando-se por não danificar as programações e tentando rentabilizar ao máximo os instrumentos postos ao seu dispor.
Nível 5
O professor trabalha alegremente com as bases de dados disponibilizadas pelo órgão de gestão, dando importantes contributos para melhorar as existentes e apresentando sugestões de novas bases, grelhas e outras operações em folha de cálculo para registo de todas as actividades escolares. Partilha com os seus pares o entusiasmo pelo registo digital sistemático de toda a informação da escola.

C1 – Utilização de equipamentos para o processo de ensino-aprendizagem
Nível 1
O professor recusa-se a usar qualquer equipamento que exceda o quadro preto já existente na sala de aula e um pau de giz.
Nível 2
O professor tenta utilizar o equipamento posto à sua disposição de forma adequada mas, devido á sua deficiente competência técnica, danifica com frequência o material, sentindo-se desencorajado para novas aventuras no mundo tecnológico.
Nível 3
O professor solicita o equipamento tecnológico das salas de aula de acordo com o ECD e a sua avaliação de desempenho. Conta sempre com um funcionamento, manutenção e actualização dos aparelhos adequado ao plano tecnológico, utilizando as TIC e o acesso à Internet em perfeitas condições e em todos os pavilhões escolares.
Nível 4
O professor utiliza os diversos equipamentos tecnológicos existentes na escola, envolvendo activamente os alunos no seu transporte para a sala de aula, bem como na sua montagem e arrumação. Utiliza os equipamentos de forma adequada promovendo a sua durabilidade e bom estado de funcionamento, tendo sempre em vista o próximo utilizador.
Nível 5
O professor transporta consigo todos os equipamentos necessários à sua prática lectiva diária: mala pessoal, pasta escolar, computador portátil, projector, leitor de CD/DVD, dicionários e/ou mapas e ficha tripla pessoal. Sempre que necessita de acesso à Internet, utiliza a sua banda larga pessoal. Durante os intervalos, coloca na sala que lhe foi atribuída o retroprojector e o respectivo ecrã, os quais repõe no final de cada aula. O professor anda angustiado ansiando a entrada em funcionamento dos quadros interactivos.

C2 – Apoio aos alunos
Nível 1
O Professor encontra-se em depressão precisando desesperadamente do apoio dos alunos.
Nível 2
O professor precisa do apoio dos alunos em momentos de crise, nomeadamente após a leitura dos mails institucionais.
Nível 3
O professor apoia os alunos dentro e fora da aula, isto é, na mediateca, bancos do jardim, no refeitório, sala de professores e /ou Dt, sala de alunos, bares, estando omnipresente e circulando na escola com um letreiro “Posso ajudar?”
Nível 4
O professor procede de forma idêntica ao anterior mas faz-se acompanhar de vários modelos de questões e respectivas respostas, sendo apenas necessário ao aluno escolher uma das opções.
Nível 5
O professor apoia total e completamente todos os alunos sem excepção e sem restrições de espaço ou tempo, quer através do telefone fixo como do móvel, e inclusive dando acesso à sua localização através de GPS. O professor não se recolhe no seu leito sem primeiramente consultar o mail, respondendo a todas as solicitações dos alunos. Eventualmente não terá oportunidade de sequer se recolher, para prevenir a hipótese de lhe escapar algum mail urgente.

C3- Realização de Actividades Extracurriculares
Nível 1
O professor não participa, não quer participar e tem raiva de quem participa em actividades curriculares e extracurriculares.
Nível 2
O professor participa compulsivamente numa actividade curricular ou extra-curricular, sempre com o nariz ao lado, ameaçando desistir a qualquer instante, abandonando os alunos à sua mercê.
Nível 3
O professor participa em algumas actividades curriculares ou extra-curriculares voluntariamente, sentando-se num lugar da primeira fila, e assistindo com muita atenção ao desenrolar da dita actividade, batendo palmas no final.
Nível 4
O professor participa e dinamiza mais de quinhentas actividades curriculares e extra-curriculares enquanto funcionário no activo, preenchendo entusiasticamente e atempadamente todos os formulários, grelhas, bases de dados e inquéritos relacionados com as mesmas.
Nível 5
O professar faz do seu projecto de vida a dinamização cultural, não só da escola mas de toda a comunidade e arredores, contribuindo assim para enriquecer PEE, PCE, PAA, PCT, CG, CP, CE, CT, CDT, DCSH, DL, DE, DMCE. Procede antecipadamente à reserva do seu lugar como professor voluntário, impedindo a escola de, após a sua aposentação, cair no marasmo cultural.