sábado, outubro 20, 2007

Educação: Especialista norte-americano desaconselha Governo português a introduzir calculadoras na primária

20 de Outubro de 2007, 19:13
Lisboa, 20 Out (Lusa) - O norte-americano que criou o conceito dos ginásios de Matemática desaconselhou hoje o Governo português a introduzir o uso de calculadoras desde o primeiro ciclo, como está previsto na proposta de alteração ao programa da disciplina.
Em entrevista à agência Lusa, Larry Martinek, fundador da Mathnasium, uma rede de centros especializados no ensino da Matemática frequentada por quase 14 mil crianças e jovens em mais de 70 países, considerou que o uso de calculadoras nos primeiros anos de escolaridade "ameaça a destreza mental e a capacidade de cálculo dos alunos".
"Muitos estados norte-americanos adoptaram o uso de calculadoras logo na primária e, passado uns anos, acabaram por abandonar essa ideia porque descobriram que as crianças deixaram de ter a percepção dos números. Infelizmente, se adoptarem essa medida em Portugal vão chegar à mesma conclusão e perceber que é um erro", alertou o especialista, um dos participantes no programa federal norte-americano para a reforma do ensino secundário.
Em Portugal, a proposta para o reajustamento do programa da disciplina, cuja fase de discussão pública terminou no início do mês, estipula que, "ao longo de todos os ciclos, os alunos devem usar calculadoras e computadores na realização de cálculos, na representação de informação e na representação de objectos geométricos".
"A longo-prazo, isso levará a resultados que o Governo português não está à espera", assegurou Larry Martinek, que hoje se encontra em Lisboa para participar numa conferência sobre "O Segredo da Matemática".
Para o especialista, há um problema internacionalmente generalizado com o ensino da disciplina, sendo necessário "voltar ao básico" e insistir sobretudo na compreensão e interiorização das operações mais simples.
Por isso, nos milhares de centros Mathnasium em todo o mundo e nos quase 50 existentes só em Portugal a ideia não é explicar aos alunos a matéria curricular relativa ao ano de escolaridade que frequentam, mas trabalhar com eles "a partir do ponto em que perderam o comboio".
O conceito passa por mostrar que por trás das operações mais complexas, há sempre muitas outras até chegar aos raciocínios mais simples. A ideia é "descomplicar".
Os jogos de tabuleiro que estimulam o raciocínio como o xadrez ou as damas, jogos com figuras geométricas como o Tangram (constituído por sete polígonos a partir dos quais é possível formar diversas figuras) ou outros à base de números são alguns dos instrumentos utilizados nestes centros criados pelo especialista, onde computadores e calculadoras não entram.
"É preciso parar o mundo durante umas semanas e voltar ao básico. À adição, à subtracção, à multiplicação. É fundamental que os alunos comecem a pensar numericamente, que ganhem o sentido do número", defendeu Martinek.
JPB
Lusa/Fim

Reviver

- Viarco

Imagens da marca de lápis da nossa infância

sexta-feira, outubro 19, 2007

Regedora: Pais protestam a favor de professora com cancro

Solidários com a professora que tem sido vítima de vários casos de cancro e que, mesmo assim, continua a ver recusados os seus pedidos de aposentação, os pais dos alunos do 1.º ciclo de Regedora vão manifestar-se, esta sexta-feira à tarde, em frente à escola, com o objectivo de deixar expresso o seu apoio à docente.
«Quando a escola começou nós nunca pensámos que era tão grave como está a ser, porque a professora de cinco em cinco minutos tem de parar de falar porque a língua começa a inchar e provoca dores», afirmou, em declarações à TSF, uma das encarregadas de educação.
Para Sandra Costa, «é desumano o que o ministério está a fazer com a professora Conceição porque há muita gente que está no desemprego e o lugar da professora é em casa».
De resto, caso a situação continue a arrastar-se, os pais prometem fechar a escola e manifestar a sua indignação junto à porta do Ministério da Educação.
Conceição Marques, que continua a trabalhar apesar de já lhe terem diagnosticados três cancros na língua, já apelou, inclusivamente, ao Presidente da República, com o objectivo de ver resolvido o seu problema. Já o Chefe de Estado, prometeu uma resposta para breve.
19-10-2007 13:55:06

Pais solidários com docente manifestam-se


Em solidariedade para com a professora com recorrentes casos de cancro a quem as juntas médicas continuam a recusar a aposentação, os pais dos alunos da escola do 1º ciclo de Regedora vão manifestar-se esta tarde, às 17:30, em frente à escola.
( 13:20 / 19 de Outubro 07 )

Conceição Marques continua a trabalhar apesar de sofrer sequelas de três cancros, o último dos quais a obrigou a realizar uma intervenção para retirar parte da língua. Os pais estão indignados e consideram que o que estão a fazer à professora é desumano. «Quando a escola começou nós nunca pensámos que era tão grave como está a ser, porque a professora de cinco em cinco minutos tem de parar de falar porque a língua começa a inchar e provoca dores», explica uma das encarregadas de educação.«É desumano o que o ministério está a fazer com a professora Conceição porque há muita gente que está no desemprego e o lugar da professora é em casa», salienta Sandra Costa. Caso a situação se prolongue, os pais prometem fechar a escola e ir para a porta do Ministério da Educação. A professora já fez um apelo ao Presidente da República que prometeu para breve uma resposta.

Professores pedem reunião urgente com Sócrates


Os sindicatos dos professores ameaçam recorrer ao Presidente da República se o primeiro-ministro não os receber. A plataforma sindical quer debater com José Sócrates as ameaças à liberdade sindical.
( 16:59 / 16 de Outubro 07 )
Os sindicatos dos professores ameaçam recorrer ao Presidente da República se o primeiro-ministro não aceitar recebê-los A plataforma sindical quer discutir com José Sócrates as ameaças que dizem existir neste momento à liberdade sindicalEm causa está a visita que a PSP fez ao sindicato dos professores da zona centro na CovilhãMário Nogueira, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), considera que o primeiro-ministro não pode ignorar estes casos. «O primeiro-ministro tem responsabilidades políticas acrescidas e não pode ignorar este apelo dos professores que tem sido, dentro do movimento sindical, o que mais tem sofrido com estes ataques do Governo», salienta Mário Nogueira.Se José Sócrates não os receber os sindicatos ameaçam recorrer ao Presidente da República. «Não queremos fazer queixa do Governo mas sim que o PR tome alguma diligência para alterar a situação», explica o sindicalista.Os representantes dos professores consideram que o Governo está a assumir atitudes de intolerância e autoritarismo que contribuem para a imposição de um clima de medo.

Professores contestam concurso em Leiria


Bruno Colaço
Docentes criticam Câmara
Um grupo de professores acusa a Câmara de Leiria de não ter feito um concurso público de adjudicação das Actividades Extracurriculares (AEC) e de não ter obedecido aos critérios recomendados pelo Ministério da Educação no que respeita à selecção das entidades e ao pagamento aos docentes.
Os professores acusam ainda a autarquia de seleccionar as entidades promotoras das AEC “dando preferência ao menor preço em vez da qualidade”, o que leva a que os docentes recebam em média oito euros por hora lectiva. “São na grande maioria professores licenciados profissionalizados desempregados que, para sobreviver, se sujeitam ao regime de prestação de serviços”, dizem, considerando que se encontram numa “situação ridícula”, embora trabalhem para escolas públicas.O município de Leiria diz que a adjudicação das AEC “respeitou o regime de aquisição de bens e serviços” e que, em simultâneo, “foram estabelecidos acordos de colaboração com associações culturais e desportivas”. A autarquia assegura ainda que “a qualidade do ensino é garantida, localmente, em cada agrupamento, por quem detém a tutela pedagógica”.

Sindicatos de professores pedem reunião urgente com Sócrates sobre caso da Covilhã

Os sindicatos de professores solicitaram hoje uma reunião com o primeiro-ministro, José Sócrates, com carácter de urgência, por considerarem que "o direito à liberdade de expressão e de representação nunca esteve tão ameaçado", numa referência à visita da PSP às instalações de uma delegação sindical na Covilhã, na véspera de uma manifestação contra a política educativa do Governo.
Há uma semana, dois polícias "à civil" entraram na sede do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) na Covilhã e levaram dois documentos de informação referentes à acção de protesto marcada para o dia seguinte, terça-feira, naquela cidade, onde esteve o primeiro-ministro, no âmbito de uma visita à Escola Secundária Frei Heitor Pinto. A visita policial provocou a indignação do SPRC, que pediu explicações à tutela, que ordenou uma investigação ao caso.Na sexta-feira, o ministro da Administração Interna considerou que, com base no relatório preliminar divulgado pelo inspector-geral da Administração Interna sobre a visita da PSP às instalações do SPRC, segundo o qual a polícia não cometeu qualquer infracção, “não há lugar à instrução de processo de inquérito ou processo disciplinar”.Numa carta aberta a enviar hoje a José Sócrates, a plataforma sindical afirma que o episódio representou uma "grave violentação dos direitos do exercício democrático de um sindicato de professores", inserindo-se num conjunto de "preocupantes atitudes de intolerância e autoritarismo" por parte do Governo e contribuindo para "a repressão e a imposição de um clima de medo"."A liberdade sindical deste sector está a ser coarctada dos seus legítimos direitos, silenciada nas suas opiniões, ignorada nos seus contributos para melhorar a qualidade educativa e ameaçada de extinção por via de uma política de desinformação, onde se pretende colocar os próprios trabalhadores contra as suas organizações de classe", refere a missiva, assinada por todos os sindicatos e federações sindicais da Educação.Em conferência de imprensa, os responsáveis da plataforma deixaram ainda um aviso ao primeiro-ministro, afirmando que terão a "obrigação de explanar ao Presidente da República a situação actual dos sindicatos do sector", caso José Sócrates não aceite o pedido de reunião e o Governo "continuar a não assumir as regras da democracia".No encontro com os jornalistas, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, Mário Nogueira, afirmou que "existe, de facto, uma tentativa de intimidação dos sindicatos" e considerou que qualquer pessoa que tenha lido o relatório da Inspecção-Geral da Administração Interna sobre os acontecimentos da Covilhã "só pode ficar estupefacto ao saber que [o caso] foi arquivado".

GREVE DOS PROFESSORES - Cerca de 50 por cento de adesão nos Açores

O primeiro dia de paralisação no arquipélago, terça-feira, teve igualmente uma adesão de 50 por cento, enquanto no Continente a greve dos docentes foi, segundo os sindicatos, de 85 por cento.Os sindicatos anunciaram ontem que a nível nacional o segundo dia de gre ve registou uma adesão ao protesto acima dos 80 por cento, enquanto o Ministério da Educação falou em 32 por cento.Segundo o presidente do Sindicato dos Professores da Região Açores, à semelhança do que ocorreu no primeiro dia de paralisação, a greve levou ontem ao encerramento de cerca de duas dezenas de escolas do Ensino Básico na ilha de São Miguel.O presidente do Sindicato dos Professores da Região Açores considerou, no entanto, à Agência Lusa que a adesão nas ilhas à paralisação "foi significativa", uma vez que "muitos dos professores" optaram por não fazer greve nos dois dias por questões financeiras."Dois dias eram demasiado penalizadores para o orçamento dos professores", sublinhou Armando Dutra, admitindo ter existido "alguma desmobilização" dos docentes perante "a abertura manifestada" recentemente pelo secretário regional da Educação para encontrar um estatuto de carreira "diferenciado do Continente e menos penalizador".Recentemente, num plenário de docentes, o secretário regional da Educação admitiu a aplicação nas ilhas de um sistema de avaliação dos professores sem quotas e mostrou-se disponível para negociar com os sindicatos uma solução diferente da proposta pelo ministério no Continente."Agora aguardamos que sejam apresentadas propostas concretas", advogou o dirigente sindical, alegando que a proposta do Ministério da Educação de revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD) "atenta contra a dignidade dos docentes e divide-os".Críticas a ÁlamoEntretanto, o líder do PSD/Açores acusou ontem o secretário regional da Educação de mentir aos professores por dar a entender que o arquipélago tem capacidade para alterar o Estatuto da Careira Docente em negociação a nível nacional."O senhor secretário regional da Educação tem mentido quer aos açoriano s, quer aos professores, ao fazer sentir que a região tem capacidade para alterar o Estatuto da Carreira Decente, quando não tem", salientou Costa Neves, depois de um encontro com a delegação açoriana da central sindical UGT.Segundo o dirigente social-democrata açoriano, o que está a ser discuti do a nível nacional entre o Ministério da Educação e os sindicatos, com "alguns aspectos muito penalizantes, é também aplicável aos Açores".O líder do PSD/Açores alertou, ainda, que não se faz alterações às condições do ensino "contra os professores".Relativamente à greve nacional dos professores, Costa Neves criticou a "diabolização sistemática" dos professores, que acaba por pôr em causa "algo essencial para a sua tarefa, que é o seu prestígio".Na última semana, o secretário da Educação açoriano admitiu a aplicação nas ilhas de um sistema de avaliação dos professores sem quotas e mostrou-se disponível para negociar com os sindicatos na região uma solução diferente da proposta pelo Ministério no Continente.O modelo de avaliação no arquipélago "não terá de ter a mesma estrutura do que no Continente", o que poderá passar por um sistema "sem quotas baseado num conjunto de provas que demonstrem a qualidade dos docentes para progressão na carreira", adiantou Álamo Meneses, na ocasião.O secretário regional da Educação falava aos jornalistas à entrada de um plenário promovido pelo Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA), que juntou cerca de 400 associados em Ponta Delgada."Podemos partir para um sistema de avaliação sem quotas", disse o secretário regional do sector, ao adiantar que neste momento existe, apenas, "vontade de dialogar" com as estruturas representativas dos professores.A direcção regional da Educação adiantou à agência Lusa que a adesão média dos dois dias à greve atingiu nos Açores 20 por cento.

A Ordem dos Professores, o Partido Socialista e os sindicatos

Mais que nunca, me convenço da imperiosa necessidade de uma Ordem dos Professores para que aos professores não seja assacada ainda que em fatia pequena a responsabilização pelo estado dramático do actual ensino nas garras ávidas de uma acção sindical proletarizada na sua forma de luta em manifestações de rua à portas das escolas e na presença dos respectivos alunos sem quaisquer preocupações na formação dos professores e seu comportamento ético. A não ser no intuito claro ou encapotado dessa formação servir as respectivas clientelas políticas ou menos qualificadas. Em Dezembro de 2005, o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados preocupado com o nível de iliteracia dos escolares nacionais e a fraca formação de professores, apresentou na Assembleia da República uma petição subscrita por 7587 assinaturas para a criação de uma Ordem dos Professores que não chegou a ser votada por se encontrar em fase de estudo uma lei-quadro regulamentadora da criação de novas ordens profissionais. Curiosamente, na altura vivia-se, um tanto na penumbra, o período em que a Ordem dos Engenheiros não reconhecia as licenciaturas outorgadas pela Universidade Independente. E com razão como se veio a verificar pouco tempo depois!Chega agora a conhecimento público ter atravessado fronteiras o mau rendimento escolar dos alunos portugueses, através de um estudo demolidor feito no Reino Unido, incidindo sobre 62.200 emigrantes portugueses e citado em artigo com o sugestivo título “ Há por aí alguém que nos possa educar, por favor?”, da autoria de Miguel Castro Coelho, economista e “research fellow” no “Institute for Policy Research”, Londres (“Diário Económico”, 9.Out.2007). Refere o articulista que ficaram “os autores do estudo com ar perplexo pelo facto de Portugal nestas matérias [de ensino] se desviar sistematicamente do comportamento dos restantes países europeus e alinhar com os níveis de países tipo Bangladesh, Paquistão, Gana, Somália ou Uganda”.Diz-nos agora Vital Moreira, com um certa dose de candura , que, de futuro, [as ordens] “o que não podem é fazer exames à entrada na ordem sobre os conhecimentos académicos dos candidatos, porque sobre isso eles já estão oficialmente certificados pelo diploma que obtiveram nas universidades”(“Diário Económico”,10.Out.2007). Fácil se torna deduzir que as ordens profissionais passam a estar tuteladas ou, no mínimo, condicionadas na atribuição de acesso à profissão como garante da certificação da qualidade profissional de quem está incumbido de uma missão social de alto relevo e elevada qualidade. Com a lei-quadro que se anuncia é exigido que as ordens profissionais se adaptem aos futuros associados e não que os futuros associados se adaptem às ordens profissionais.Não aceitar esta auto-regulação a cargo exclusivo das ordens profissionais é mutilá-las da exclusividade em certificarem a competência dos seus associados junto da população alvo. No caso dos professores tudo tem sido permitido na respectiva formação e sua desvalorização social progressiva sendo, assim, tidos como uma espécie de párias relativamente a brâmanes de outras profissões de idêntica exigência académica ou menor até. Refiro-me, como é óbvio, à possibilidade de os professores, sem qualquer impedimento arbitrário e, por isso, de duvidosa intenção, criarem uma associação pública, ou seja uma Ordem dos Professores, “com o fim de, por devolução de deveres do Estado, regular e disciplinar o exercício da respectiva actividade profissional” (“Curso de Direito Administrativo”, Diogo Freitas do Amaral).E esta medida é tanto mais estranha por se seguir a anos a fio de má consciência em que conheceram a luz do dia escolas superiores privadas (e até estatais) havidas, no dizer de alguém, como meros liceus superiores autorizados a vender (sim, a vender!), em frequência escolar de fins-de-semana, complementos de habilitação a bacharéis ou equiparados a nível de licenciatura de nenhuma credibilidade e sem qualquer interesse para a melhoria do ensino que passou a ver-se privado de bacharéis para o ensino das primeiras letras. De uma penada, transformou-se o ensino num palco de feirantes de venda de diplomas de refugo e os professores em marionetas de um espectáculo de mediocridade. Enfatizo este “statu quo” por ter tido a cobertura de uns tantos sindicatos que pactuaram, ou mesmo tudo fizeram, para que não fosse posto cobro a uma espécie de docência de escravo grego ao serviço dos filhos dos senhores da Roma Antiga.
Rui Baptista
*Ex-docente da Universidade de Coimbra

Docentes de português na Suíça querem concurso extraordinário de acesso professor titular

18 de Outubro de 2007, 17:15

Lisboa, 18 Out (Lusa) - Professores a leccionarem português na Suíça pediram hoje ao Ministério da Educação para que realize um concurso extraordinário de acesso ao lugar de professor titular destinado aos docentes no estrangeiro.
Na primeira fase de candidaturas, em Maio, os docentes de português no estrangeiro não podiam candidatar-se ao lugar de professor titular, a mais alta categoria da nova carreira.
De acordo com José Coelho, professor de português na Suíça, os docentes que se candidatassem a esse lugar teriam de abandonar o ensino do português no estrangeiro e regressar a Portugal.
"Como a maioria dos professores já lecciona há anos no estrangeiro, optou por não concorrer ao lugar de professor titular", disse à Agência Lusa aquele docente, adiantando que passados dois meses as regras do concurso "foram alteradas", quando este já tinha terminado e os candidatos estavam seleccionados.
José Coelho sublinhou que no fim de Agosto, através de uma nota da Direcção-Geral dos Recursos Humanos, os professores no estrangeiro foram informados que "podem aceitar o lugar de professor titular sem que tenham que regressar a Portugal".
"As regras foram alteradas cerca de dois meses depois do concurso ter terminado", disse, considerando a situação "ilegítima e injusta".
Numa petição entregue no Ministério da Educação, os docentes de português na Suíça exigem que seja aberto um concurso extraordinário para o lugar de professor titular.
Segundo a petição, o concurso extraordinário deveria ser aberto aos professores a leccionar na Europa, África do Sul, Macau, Angola e Moçambique.
José Coelho estima em cerca de 200 os docentes a trabalhar no estrangeiro que não se candidataram ao concurso para professor titular.
O professor adiantou que idênticas petições estão a circular em vários países da Europa.
CMP.
Lusa/Fim

Provas de Química de 2006 podem ditar indemnizações

Os acórdãos do Supremo Tribunal Administrativo que, em Setembro, declararam ilegais normas que permitiram a repetição de exames a alunos do 12.º ano em 2005/06, poderão fundamentar pedidos de indemnização ao Estado, disse à Lusa o advogado de dois alunos que recentemente viram transitar em julgado sentenças favoráveis nas acções que moveram ao Ministério da Educação."Ao não ter tido um comportamento lúcido, o Estado arriscou ser vítima de pesadas acções indemnizatórias", disse José Pais do Amaral. O advogado recordou um caso similar ocorrido em Inglaterra, em que estava envolvido um número muito elevado de pessoas e que obrigou a uma alteração orçamental para que o Estado pudesse pagar as indemnizações decretadas pelo Tribunal.As decisões do supremo, com datas de 14 e 19 de Setembro, foram o epílogo de um processo motivado por normas de excepção adoptadas pelo Ministério, que permitiu aos alunos que tinham feito as provas da 1.ºfase em 2006 a repetição dos exames na 2.ª fase, concorrendo às vagas da 1.ª fase de acesso ao superior.As queixas baseavam-se no facto de os alunos que tinham anteriormente decidido fazer a prova apenas na segunda fase - mais de 10 mil, dos quais uma dezana processou o Estado -não terem sido beneficiados com a mesma oportunidade adicional, pelo que a decisão da tutela terá significado uma desigualdade no tratamento dos estudantes.Vários processos decorrem ainda nas fases intermédias, existindo decisões de primeira instância favoráveis aos alunos e à tutela.O DN tentou, sem sucesso, ouvir a tutela sobre a possibilidade do pagamento de indemnizações.

Consumos analisados em contexto escolar


Sara R. Oliveira 2007-10-17

Publicação do Ministério da Educação dá sugestões de actividades para abordar temas relacionados com o álcool, o tabaco e as drogas.
Informações actualizadas sobre o álcool, o tabaco e as drogas. Assuntos relacionados com essas substâncias psicoactivas, desde a história, aos componentes químicos, passando pelos efeitos para a saúde. Bibliografia para consultar e sugestões de actividades para que a comunidade educativa possa trabalhar esses temas, numa perspectiva preventiva. O volume "Consumo de substâncias psicoactivas e prevenção em meio escolar", da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação (ME), elaborado com o apoio do Grupo de Trabalho de Educação para a Saúde, reúne um conjunto de textos "a partir dos quais os professores podem dinamizar momentos de reflexão e de trabalho de grupos com os alunos, através de metodologias activas, com avaliação dos conhecimentos adquiridos". A publicação conta com a colaboração do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) e da Direcção-Geral de Saúde. "A escola é um local privilegiado para uma intervenção preventiva", destaca Daniel Sampaio, um dos autores e revisor científico da publicação. O responsável defende que as temáticas devem ser trabalhadas nas diversas disciplinas, a partir da revitalização dos currículos existentes, bem como nas áreas curriculares não disciplinares de forma sistematizada. Um dos objectivos é, explica, "possibilitar o ponto de partida para trabalhos de pesquisa e de reflexão elaborados pelos alunos, com o apoio dos professores e sob a coordenação do professor-coordenador da área de Educação para a Saúde". Daniel Sampaio deixa algumas sugestões aos professores: "Falarem pouco, ouvirem muito, trabalharem em parceria com a Saúde, quando não souberem a resposta pesquisarem com os jovens a solução e, sobretudo, estudarem com os estudantes. O livro tem bibliografia e sugestões de actividades, bem como informação actualizada". O responsável considera que a comunidade educativa está preparada para abordar os assuntos. "Os alunos têm um enorme interesse por estes temas, que surgem no seu quotidiano escolar pelas mais diversas formas, a começar pelos programas oficiais de diversas disciplinas". "Propomos que os alunos elaborem projectos sobre estes temas e os trabalhem com apoio dos professores e dos centros de saúde e IDT. A solução está, como sempre, nos alunos, não em aulas expositivas por parte de docentes", realça.As escolas estão satisfeitas por terem mais um instrumento de trabalho ao dispor. Ilda Serrano, vice-presidente da Secundária Gabriel Pereira de Évora, adianta que essas questões são já abordadas na escola - inclusive através da realização de inquéritos sobre o consumo de substâncias psicoactivas, dentro e fora do estabelecimento de ensino. De qualquer forma, os responsáveis pelo gabinete de Educação para a Saúde, baptizado de gabinete de Afectos e Sexualidade, têm já o manual nas mãos e que servirá de apoio para a definição de actividades ao longo do ano lectivo. Para a docente, o guia "poderá dar um contributo válido" para a concretização de iniciativas mais sistemáticas. A publicação ainda não chegou às mãos do Agrupamento de Escolas do Cerco do Porto, mas a sua importância é, desde já, sublinhada. "É extremamente importante tratar destes temas desde a base até cá cima", comenta Manuel António Oliveira, um dos vice-presidentes da estrutura. Desde o 1.º ciclo ao secundário. Na sua opinião, o manual será um bom instrumento de trabalho, um complemento para as iniciativas que têm vindo a ser desenvolvidas, como a prevenção do tabagismo, sobretudo numa "área carenciada social e economicamente"."A melhor maneira de saber qual a relação que os jovens têm com os consumos é através das suas próprias palavras, analisando as narrativas sobre o fenómeno." No caso do consumo de drogas, a publicação sugere que na abordagem deste assunto é necessário "ajudar os alunos a questionarem-se, estimulando a sua capacidade de pensar e fomentando a consciência crítica face aos seus actos, ao invés de apresentar respostas de acordo com as experiências e vivências do adulto". Nesse sentido, defende-se que os projectos nesta área, em contexto escolar, devem abranger prioritariamente a faixa etária entre os 11 e os 14 anos, envolver a família e a comunidade, utilizar estratégias interactivas, entre outros aspectos. "Convém desfazer equívocos: como pode ver-se nos estudos reproduzidos nesta publicação, a maioria dos jovens não utiliza (nem experimenta) o haxixe. Muitos usam-no, é verdade, mas o consumo não está tão generalizado como muitos adolescentes argumentam, nem é correcto afirmar-se que quem experimenta vai passar para outras drogas mais perigosas e tornar-se toxicodependente", salienta Daniel Sampaio.Cinco sugestões de actividades para abordar o tema tabaco. Realizar um exercício de role-play, em que um jovem não fumador é pressionado pelos colegas a fumar; elaborar um questionário anónimo sobre conhecimentos e atitudes associados ao consumo e à exposição ao fumo do tabaco; recolher recortes de revistas e jornais para debater o que leva as pessoas a fumar; pesquisar os efeitos do consumo do tabaco no ambiente e a poluição provocada; e discutir na turma o direito à saúde e à liberdade individual."As escolas, enquanto espaços educativos e de trabalho, devem assumir uma política de prevenção e controlo do tabagismo clara e explícita, assente em princípios educativos e preventivos globais e integrada no currículo, nas áreas disciplinares e não disciplinares", lê-se. O manual recorda que, em 2003, cerca de 30% dos alunos de 13 anos e de 70% dos alunos de 18 anos já tinham experimentado fumar tabaco, pelo menos uma vez ao longo da vida. As percentagens de rapazes e raparigas que já o tinham feito eram bastante próximas.O álcool é também abordado em várias perspectivas. Lembram-se os falsos conceitos, salientam-se os efeitos sociais na família e no trabalho. "Constata-se pois que os jovens, sobretudo a partir dos 15, 16 anos, bebem essencialmente em contextos recreativos da noite, em que a diversão está muito associada ao álcool." "O consumo de bebidas alcoólicas pelos jovens não pode ser desenquadrado do consumo efectuado pela família e pela sociedade em geral, nomeadamente pelos adultos", refere-se.
Mais informações:sitio.dgidc.min-edu.pt

Exames: Tutela ainda não decidiu matéria a testar nas disciplinas trienais a partir de 2008

18 de Outubro de 2007, 17:52

Lisboa, 18 Out (Lusa) - O Ministério da Educação ainda não tomou uma decisão definitiva sobre se os exames nacionais das disciplinas trienais vão abranger matéria do 12º ano ou dos três anos do secundário.
Este ano lectivo, à semelhança do que aconteceu em 2006/07, as provas de Português, Matemática, História, Língua Estrangeira e Desenho vão incidir apenas sobre os conteúdos leccionados no 12º ano, mas o secretário de Estado da Educação garantiu à Lusa que a tutela ainda não decidiu se será este o modelo a adoptar no futuro.
"Até ao início do próximo ano lectivo decidimos se mantemos este modelo ou se introduzimos a mudança prevista na reforma de 2004", explicou Valter Lemos.
A reforma curricular de 2004 prevê que os exames nacionais das disciplinas trienais do secundário incidam sobre as aprendizagens correspondentes à totalidade dos anos em que a disciplina é leccionada, mas a tutela abriu no ano passado um regime de excepção, invocando a necessidade de colocar os alunos da antiga e nova reforma em igualdade de circunstâncias.
Em portaria publicada a 04 de Outubro último, o Ministério da Educação decidiu que este regime vai manter-se nas provas que irão realizar-se no final deste ano lectivo.
"Este ano decidimos manter essa situação, mas não é uma decisão final", disse à Lusa o responsável, alegando que "não há nenhuma alteração ao que tem sido feito, já que desde 1995, os exames do 12º ano das disciplinas trienais só incidem sobre a matéria do último ano".
"Não há nenhuma modificação. Se aplicássemos o que estava previsto no decreto de 2004 é que havia uma mudança", reiterou.
Segundo Valter Lemos, a decisão definitiva sobre esta matéria só será tomada depois de concluída a avaliação dos últimos exames nacionais por parte do grupo constituído para acompanhar a reforma curricular do secundário.
"O grupo de trabalho ainda não deu uma orientação [sobre se os exames devem incidir sobre matéria do 12º ou dos três anos do secundário]. Por outro lado, ainda estamos numa fase de transição", explicou.
MLS/JPB.
Lusa/Fim

terça-feira, outubro 16, 2007

Abordagem inovadora de avaliação


Sara R. Oliveira 2007-10-15

A Escola Superior de Educação de Beja coordena projecto que sugere modelo descentralizado de avaliação do desempenho de professores.
O professor como actor principal da avaliação do seu próprio desempenho profissional. A sugestão é apresentada no Manual de Implementação do Modelo de Avaliação de Competências para Professores e Educadores, ferramenta que surge no âmbito do projecto TEVAL - Modelo de Avaliação das Competências Práticas de Professores e Formadores, coordenado pela Escola Superior de Educação/Instituto Politécnico de Beja, numa iniciativa que envolveu vários especialistas na área e docentes de Portugal, França, Grécia, Alemanha, Estónia e Reino Unido, entre 2005 e 2007. Este modelo sistemático para a identificação de competências profissionais, e que lança bases para um processo inovador, enquadra-se no projecto Leonardo da Vinci. "É uma proposta inovadora para avaliação de competências de professores e educadores", avança Clara Rodrigues, investigadora do projecto TEVAL. "O professor tem de ser o principal agente da sua avaliação, o principal actor deste processo", concretiza. Para que assim se possa responder a dois objectivos considerados importantes: "à aprendizagem do próprio professor no seu desenvolvimento profissional" e à regulação do sistema "providenciando informações relevantes", que sustentem decisões importantes no percurso profissional do educador.O manual não quer ser formal ou restritivo de procedimentos, mas sim sugerir e propor caminhos para que a avaliação do desempenho dos professores seja feita o mais próximo possível das necessidades e actividades da organização onde se inserem. "É uma abordagem diferente do que actualmente é implementado". Uma abordagem que se quer descentralizada. O manual foi já apresentado ao Ministério da Educação que, eventualmente, poderá recolher algumas das ideias propostas. "A intenção do Ministério da Educação centra-se na observação do desenvolvimento profissional dos professores. No entanto, o Ministério tem muitas limitações ao implementar isso porque parte de uma análise feita à distância", repara Clara Rodrigues.Todo o trabalho de avaliação proposto pelo novo manual é feito em "colaboração com uma equipa de avaliação formativa que trabalhe na organização". "O professor é integrado na organização - escola ou centro de formação - dentro de um grupo de área formativa que acompanhe constantemente o seu trabalho". Esta equipa deverá ser constituída por um representante dos órgãos de gestão; dois ou três colegas, se possível do mesmo departamento disciplinar do docente; um avaliador externo; um aluno que represente uma turma do professor; e ainda alguém que represente a comunidade em que a organização está implementada. Isto porque, realça a investigadora, "o estatuto do professor trespassa a organização e tem algum impacto nas famílias". O manual sugere ainda a realização de dois cursos de formação tanto para os responsáveis pelo processo de avaliação, bem como para os professores avaliados."Uma vez constituído o grupo de avaliação, o professor cria o seu próprio perfil profissional para as diferentes áreas de intervenção." Ou seja, "descreve as suas capacidades actuais e as que prevê que sejam atingidas". É assim que é construído o portefólio de avaliação pessoal que integrará um conjunto de material demonstrativo do trabalho efectuado. O portefólio pode incluir a planificação de aulas, relatórios de projectos educativos desenvolvidos, filmes ou apresentações multimédia, inquéritos feitos aos alunos ou às famílias sobre a satisfação em relação ao desempenho, entre outros documentos.O grupo reúne-se sempre que se justifique para que o professor seja avaliado por si próprio e pelos membros da equipa. A avaliação é qualitativa, mas o manual do projecto TEVAL deixa a análise quantitativa em aberto, ou seja, à consideração dos responsáveis pelos espaços escolares e de formação. "O manual pode ser consultado e utilizado como uma ferramenta e instrumento de avaliação do próprio desempenho dos professores e formadores, funciona como uma auto-avaliação", reforça Clara Rodrigues. "Nos sistemas de avaliação actualmente utilizados há certas lacunas. Nos países anglo-saxónicos, esses sistemas são feitos por objectivos, por competências. Nos países latinos, há uma cultura para o desenvolvimento profissional que, no fundo, é baseada em instrumentos de reflexão, mas não muito operacionalizados".A segunda fase do projecto TEVAL passa por aplicar o modelo proposto em diversas instituições portuguesas e nos países que aderiram à iniciativa, abrangendo ainda a Polónia e a Itália. "Para verificar se funciona na prática", explica Clara Rodrigues. Esta fase inclui ainda a formação dos professores que irão para o terreno. Para isso, foi já apresentada uma candidatura à Comissão Europeia. Mais informações: www.teval.eu/

Conferência de eLearning em Lisboa


A eLearningLisboa 2007 decorre entre hoje e manhã e conta com mais de 1800 participantes.
Mais de 1800 participantes já se inscreveram na conferência sobre eLearning, que começou hoje, em Lisboa, no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia (UE).A conferência eLearningLisboa 2007, que reunirá vários especialistas europeus, é promovida pela Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação (FTDI) e é presidida pelo coordenador nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho.O evento pretende ser um momento de reflexão e intercâmbio de ideias sobre a importância do eLearning para o crescimento económico e para o emprego, prioridades da Estratégia de Lisboa, salienta uma nota da FTDI.Com 1800 inscrições, a conferência é a maior em número de participantes a realizar no âmbito da Agenda de Lisboa, lê-se na mesma nota.Porto Editora apresenta novo projecto Saber Mais Durante este evento, a Porto Editora aproveita para dar a conhecer, pela primeira vez, o projecto de e-learning para a educação e formação de adultos: Saber Mais. O projecto Saber Mais disponibiliza recursos interactivos que abrangem todas as unidades de competência definidas nos referenciais de Competências-Chave para os níveis B3 e Secundário, constituindo o melhor apoio a cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) ou a processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC).Também a Escola Virtual, agora com oferta do 1.º ao 12.º ano de escolaridade, está em demonstração no mesmo espaço. A Escola Virtual, em funcionamento desde Janeiro de 2005, é um projecto de e-learning que disponibiliza conteúdos curriculares em formato multimédia para os ensinos Básico e Secundário. Actualmente conta com cerca de 50 mil utilizadores e é utilizada em salas de aula de dezenas de estabelecimentos de ensino do país.Mais informações:www.elearninglisboa.com/index.php

segunda-feira, outubro 15, 2007

Alerta para a preservação do ambiente

PRESERVAR O AMBIENTE É UMA MISSÃO DE TODOS NÓS

Despesa com a Educação mantém-se praticamente inalterada


A despesa do Ministério da Educação para 2008 mantém-se praticamente inalterada em relação à estimativa de execução para 2007, com um aumento de 700 mil euros, que não chega a 0,1 por cento do orçamento do ano passado.
De acordo com a proposta de Orçamento do Estado (OE), entregue hoje no Parlamento, a despesa total consolidada para a Educação é de 5.984 milhões de euros, o que corresponde a 3,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), menos 0,2 pontos do que no ano passado.
O peso desta área nas despesas da Administração Central mantém-se nos 10,7 por cento, o mesmo valor de 2007.
Segundo o documento do Governo, este ligeiro aumento de 700 mil euros "resulta do efeito conjugado de um decréscimo nas despesas de funcionamento cobertas com receitas gerais com incidência relevante no ensino básico e secundário e de um acréscimo nas despesas com a educação pré-escolar".
Além do aumento das despesas com o pré-escolar, que sobem 2,2 por cento, também a Acção Social Escolar tem um saldo positivo em relação a 2007, com mais 5,1 por cento.
Dentro desta área, a fatia que diz respeito ao ensino particular e cooperativo aumenta 6,5 por cento, mas já a do ensino de português no estrangeiro perde 1,6 por cento.
O Ensino Básico e Secundário perde 0,8 por cento, passando de 5.149 para 5.109 milhões de euros.
O financiamento da Educação aumenta 7,6 por cento, quando em 2007 tinha caído 18 pontos percentuais, uma subida que agora se deve sobretudo ao aumento do investimento nacional, que passa de 48,6 milhões de euros em 2007 para 58 milhões em 2008.
Por oposição, o financiamento comunitário cai 12,1 por cento, passando de 29,1 para 25,6 por cento.
Nos Serviços e Fundos Autónomos, o Gabinete de Gestão Financeira do ME vê o seu orçamento subir 21,7 por cento, estando agora dotado com fundos comunitários e nacionais para a Parque Escolar, empresa responsável pelo programa de requalificação das escolas secundárias, bem como com as verbas destinadas às transferências da componente social do ensino pré-escolar.
Em sentido contrário, o decréscimo verificado na dotação da Agência Nacional para a Qualificação (menos 51,4 por cento) justifica-se com a passagem do financiamento do ensino profissional para as Direcções Regionais de Educação.
As despesas com pessoal sofrem um ligeiro corte, passando de 4.667 para 4.613 milhões de euros. Apesar disso, as despesas com pessoal representam ainda 77 por cento do orçamento total do Ministério da Educação, quando em 2007 representavam 80 por cento.
Em 2008, o ME promete reafirmar "os objectivos do combate ao insucesso e abandono escolares, da colocação das escolas ao serviço da aprendizagem dos alunos, do alargamento das oportunidades de aprendizagem ao longo da vida e do enraizamento da cultura prática de avaliação".
No ensino secundário, o combate ao abandono escolar será mantido através do reforço da Acção Social Escolar, com o alargamento dos critérios de atribuição das bolsas de mérito e com a atribuição de subsídios de transporte aos alunos dos cursos profissionais, medidas já anunciadas pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues.
© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.2007-10-12 18:10:01

OE 2008: Fenpof lembra valor da inflação e lamenta corte real na Educação

Lisboa, 12 Out (Lusa) - A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) criticou hoje a proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2008 para a Educação, sublinhando que em termos reais há uma diminuição de verbas tendo em conta o valor previsto da inflação.
De acordo com a proposta de OE entregue hoje no Parlamento, a despesa do Ministério da Educação para 2008 mantém-se praticamente inalterada em relação à estimativa de execução para 2007, com um aumento de 700 mil euros, que não chega a 0,1 por cento do orçamento do ano passado.
A despesa total consolidada para a Educação é de 5.984 milhões de euros, o que corresponde a 3,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), menos 0,2 pontos do que no ano passado.
"O ano passado já tinha havido um corte significativo. Este ano, apesar da variação ser de 0,0 por cento o valor real do orçamento da Educação tem um corte tendo em conta o valor da inflação", disse à Lusa o secretário-geral da Fenprof, lembrando os 2,1 por cento previstos da inflação.
Salientando que ainda não analisou em profundidade o documento, Mário Nogueira afirmou depois que este orçamento é "pior que insuficiente", classificando-o como "péssimo".
"É um orçamento preocupante que vai continuar a pôr em causa a qualidade da educação em Portugal, sendo incapaz de atenuar a grave crise que afecta o sector", acrescentou.
O dirigente sindical lembrou ainda que recomendações internacionais aconselham os orçamentos deste sector a representar seis por cento do Produto Interno Bruto.
"Vamos ter mais um ano com condições de trabalho abaixo do exigido. A qualidade das respostas educativas e sociais vai continuar a ser baixa", afirmou.
Segundo a proposta, o financiamento da Educação aumenta 7,6 por cento, quando em 2007 tinha caído 18 pontos percentuais, uma subida que agora se deve sobretudo ao aumento do investimento nacional, que passa de 48,6 milhões de euros em 2007 para 58 milhões em 2008.
Por oposição, o financiamento comunitário cai 12,1 por cento, passando de 29,1 para 25,6 por cento.
Além do aumento das despesas com o pré-escolar, que sobem 2,2 por cento, também a Acção Social Escolar tem um saldo positivo em relação a 2007, com mais 5,1 por cento.
Dentro desta área, a fatia que diz respeito ao ensino particular e cooperativo aumenta 6,5 por cento, mas já a do ensino de português no estrangeiro perde 1,6 por cento.
O Ensino Básico e Secundário perde 0,8 por cento, passando de 5.149 para 5.109 milhões de euros.
MLS.
Lusa/Fim

Ministério da Educação anuncia mais exames


O Ministério da Educação anunciou que vai permitir já este ano lectivo a realização de testes nacionais intermédios a Matemática no ensino básico e a Física e Química A e Biologia e Geologia no secundário, informa a agência Lusa.
«Os testes intermédios são instrumentos de avaliação disponibilizados às escolas e que os professores podem utilizar, quer para avaliação dos seus alunos quer como elementos de apoio ao ensino e aprendizagem», lê-se num despacho assinado hoje pelo secretário de Estado da Educação, Valter Lemos.
No ano lectivo 2006/07 já se realizavam testes intermédios na disciplina de Matemática A no ensino secundário. Agora, estas provas estarão também disponíveis a esta cadeira no 8º e 9º anos, a Física e Química A no 10º e 11º anos, bem como a Biologia e Geologia nos 10º e 11º anos.
De acordo com o despacho, a tutela pretende ainda «disponibilizar, a professores e alunos, um conjunto de instrumentos que assegurem, não apenas a avaliação sumativa externa, mas igualmente a orientação e a preparação para os exames nacionais, proporcionando elementos de estudo e de aprendizagem adequados aos vários níveis de ensino».
Assim, integram ainda este pacote de medidas uma base de dados de itens, constituída por questões elaboradas durante a última década e utilizadas em provas de aferição e de exame nacional, em testes intermédios e em outros elementos de avaliação.
O Ministério da Educação pretende ainda disponibilizar na Internet um conjunto de «orientações-exame» para cada disciplina, no qual são elaboradas provas e exames nacionais, com informações sobre a estrutura e características das provas, bem como as correspondentes matrizes e critérios gerais de classificação.

Orçamento para ensino de português no estrangeiro perde 1,6 por cento
Publicada em 13/10/2007


Segundo a proposta de Orçamento de Estado entregue hoje no Parlamento, a despesa com o ensino de português no estrangeiro no próximo ano vai ser de 37,5 milhões de euros.Em 2006, a verba atribuída para o ensino de português no estrangeiro foi de 38,1 milhões de euros.

Ensino Primário - o Barreiro na Alvorada do Século XX

A Escola Adães Bermudas, no Lavradio, um edifício actualmente abandonado – “devia ser utilizada para a instalação de um Museu do Ensino, no concelho do Barreiro”“O Ensino Primário na 1ª República pouco diferiu da Monarquia, apesar da legislação”, dado que, “em muitas localidades não existiam escolas” – sublinhou Manuela Rodrigues, no decorrer da conferência “O Ensino Primário no Barreiro na Alvorada do Século XX”, na Cooperativa Cultural Popular Barreirense.No concelho do Barreiro, o número de pessoas que não sabia ler era elevado, abrangendo a grande maioria da população – referiu a investigadora.Manuela Rodrigues, recordou que o 1º edifício escolar construído no Barreiro foi no ano de 1870 – a Escola Conde Ferreira – inicialmente só destinada a alunos do sexo masculino. A ala destinada ao sexo feminino seria implementada no ano 1878.
Na Cooperativa Cultural Popular Barreirense realizou-se a Conferência “O Ensino Primário o Barreiro na Alvorada do Século XX”, tendo Manuela Rodrigues apresentado aspectos diversos da investigação que realizou sobre esta temática.Quando da implantação da República o analfabetismo era elevadoManuela Rodrigues recordou que em 1910, quando da implantação da República o “analfabetismo era elevado” sublinhando que cerca de 70% da população não sabia ler, no entanto, no ano 1916 esses valores mantinham-se nos 66%, salientando a investigadora que com a “República não mudou a situação em relação à Monarquia – “o analfabetismo era uma vergonha nacional”, disse, acrescentando que – “O Ensino Primário na 1ª República pouco diferiu da Monarquia, apesar da legislação”, dado que, “em muitas localidades não existiam escolas”.Elevado o número de pessoas que não sabia lerNo concelho do Barreiro, o número de pessoas que não sabia ler era elevado, abrangendo a grande maioria da população.Na freguesia do Lavradio – Santa Margarida do Lavradio – 763 residentes não sabiam ler; enquanto na freguesia de Palhais – Nª Srª da Graça – os analfabetos rondavam os 1163, por outro lado, na freguesia do Barreiro – Stª Cruz do Barreiro – eram na ordem dos 3600 os habitantes que não sabiam ler.Dos números referenciados de sublinhar que no ano 1900, no concelho do Barreiro, existiam mais de 5 mil habitantes analfabetos, esse número foi crescendo, atingindo mais de 8n mil no ano de 1911, enquanto em 1920 os valores aproximavam-se dos 10 mil e no ano 1930, os analfabetos no concelho do Barreiro rondavam mais de 11 mil habitantes.Criação da Universidade PopularO Ensino Primário começou a ser implementado no concelho do Barreiro no ano de 1879, com a criação de Escolas Nocturnas, no Lavradio e no Barreiro, neste caso na SIRB “Os Penicheiros” e na Associação dos Corticeiros.De referir, segundo Manuela Rodrigues, que no ano 1920, em plena República, a SIRB “Os Penicheiros” prtenedeu implementar um Curso Nocturno, tendo sido rejeitado, pelos poderes da época.Entretanto, em 1927 foi criado o Instituto dos Ferroviários para apoiar as crianças com carências e abrir as portas à sua formação. No ano de 1926, era muito grave a situação de carência de salas de aula no concelho do Barreiro.Uma vertente que contribuiu para dinamizar a formação e instrução da população foi a implementação da Universidade Popular, no ano de 1921. Conde Ferreira a 1ª escola do BarreiroManuela Rodrigues, recordou que o 1º edifício escolar construído no Barreiro foi no ano de 1870 – a Escola Conde Ferreira – inicialmente só destinada a alunos do sexo masculino. A ala destinada ao sexo feminino seria implementada no ano 1878.No Lavradio a Escola começou a funcionar no ano de 1864, na casa da extinta Câmara.Na 1ª década do século XX foi construída a Escola Adães Bermudas, no Lavradio, um edifício actualmente abandonado e que Manuela Rodrigues, defendeu – “devia ser utilizada para a instalação de um Museu do Ensino no concelho do Barreiro”.Turmas atingiam os 150 alunos Referiu a investigadora que, no Barreiro, “não houve construção de edifícios escolares na 1ª República”.As turmas do Ensino Primário que funcionavam na Escola Conde Ferreira atingiam os 150 alunos, com dois professores, apesar da lei referir que cada turma não devia ter mais que 50 alunos.No ano de 1934 já funcionavam no concelho do Barreiro 26 salas de aula.A investigadora recordou alguns nomes de professores que marcaram gerações de barreirenses, nomeadamente, José Rita Seixas e Joaquim Vicente França.Manuela Rodrigues sublinhou que “o professor do Ensino Primário”, no Barreiro e em Portugal, “são figuras relevantes” que “dão corpo à história social de uma terra”.Por outro lado, referiu que o “Ensino Primário na 1ª República, no Barreiro, estava condicionado”, por diversos factores, instalações insuficientes e obstáculos de ordem social e política.
14.10.2007 - 14:36

Caçadores do abandono escolar 'atacam' escolas em risco


Programa começou em Paredes, o pior sítio em abandono escolar
A teoria contra o abandono escolar saiu dos relatórios e desceu ao terreno de todos os riscos e de todas as oportunidades: as escolas. Este mês, a associação EPIS (Empresários para a Inclusão Social) - que desenvolveu uma metodologia para atacar o insucesso escolar - começou a testá-la em Paredes, o concelho que apresenta os piores índices nacionais de abandono no terceiro ciclo.Neste município a taxa média de reprovações é de 24,9% , ou seja, só 75% dos alunos passam de ano no terceiro ciclo. Mais grave, quando os alunos transitam para o secundário, essa taxa sobe para valores em torno dos 80%.Essa foi a razão pela qual a EPIS escolheu Paredes como projecto-piloto, embora a sua missão seja nacional, prevendo alargar-se brevemente, a mais 14 outras zonas de risco como Matosinhos, Odivelas e Vila Franca de Xira -Matosinhos e Paredes fazem parte do distrito do Porto, Vila Franca e Odivelas pertencem a Lisboa."Já seleccionámos e demos formação aos psicólogos e desde o início de Outubro, eles estão nas escolas do concelho a fazer a sinalização dos alunos de risco, em articulação com os professores dessas escolas", disse ao DN o responsável de comunicação daquela associação, Diogo Simões Pereira.Por alunos em risco podem considerar-se não apenas os que apresentam piores resultados escolares e comportamentos preocupantes, mas também alunos que, apesar do bom aproveitamento, tenham um envolvimento socio-económico de risco, que possa colocar em causa a manutenção do seu percurso educativo.Tal como define a metodologia da EPIS, após o processo de sinalização dos alunos, os mediadores passam a contactar directamente os jovens - tentando perceber os seus problemas e trabalhando ao nível das suas motivações e também dos seus problemas de aprendizagem com a ajuda dos professores locais. Fazem com eles uma contratualização de objectivos. Neste "contrato" os mediadores tentam também envolver as famílias. "O objectivo é criar factores de protecção", resume Diogo Simões Pereira. "Porque é importante que os pais valorizem a educação e disponham de informação irrefutável de que só a educação pode garantir o futuro dos seus filhos. E têm de aproveitar a oportunidade, pois vivemos num país em que a educação é gratuita".O sistema da EPIS, que parte inteiramente da iniciativa privada, aposta ainda num forte envolvimento dos parceiros locais, com as autarquias à cabeça, mas também das empresas e dos centros de assistência social. Sem esta aliança, o projecto não seria, de resto possível.No caso concreto de Paredes, o município financia uma parte dos custos com as remunerações dos psicólogos e empenhou-se com a comunidade empresarial local, conseguindo o apoio financeiro de 49 empresas, que vão garantir a manutenção deste projecto durante, pelo menos três anos, disse ao DN o presidente da Câmara Municipal.

Hermano Saraiva propõe nova interpretação de «Os Lusíadas»

José Hermano Saraiva propõe um «visão absolutamente inovadora» de «Os Lusíadas» com base na investigação que fez da vida de Luís Camões, numa edição que será lançada segunda-feira, explicou o historiador à Lusa.
«Realizei há uns tempos uma investigação que revelou uma biografia camoniana totalmente diferente daquela em que até aqui se tem divulgado», disse José Hermano Saraivava.
Esta nova edição de «Os Lusíadas», com 900 páginas, assinala o 40º aniversário da presença das Selecções do Reader´s Digest em Portugal.
«Inventou-se um romance, do fidalgo de corte apaixonado por uma princesa, o que não corresponde à verdade. Do princípio ao fim tudo foi revisto«, disse o investigador.
José Hermano Saraiva referiu por exemplo os versos com que Camões iniciou a «Canção Décima»: «Foi minha ama uma fera». A interpretação tradicional tem-se referido a esta ama como quem toma conta de uma criança «quando na realidade era a mulher do seu amo por quem Camões se apaixonou».
Segundo o historiador, Luís de Camões não era fidalgo da corte mas escudeiro do conde de Linhares, comendador da Ordem de Cristo, e viveu no paço da Comenda de S. Martinho, frente a Coimbra.
Linhares (seu amo) foi enviado para Paris como embaixador, tendo Camões e a mulher do conde (sua ama) «se apaixonado».
«Tudo isto modifica a interpretação de ´Os Lusíadas` que muito reflecte a sua própria experiência», disse.
«Camões, diga-se, teve uma vida dramática e dolorosa, a vida mais dramática que se viveu», sublinhou.
Para Hermano Saraiva, Camões «revela-se não muito imaginativo, mas escreveu de uma forma artisticamente genial. Foi um grande criador da língua portuguesa e um dos maiores escritores da Europa do seu tempo».
«´Os Lusíadas` é um livro de protesto contra os excessos da nobreza e um pedido de emprego a D. Sebastião com a promessa de que o tornaria célebre em toda a Europa através dos seus versos», afirmou o historiador.
«Camões - sublinhou - tinha a plena consciência do seu valor, e prometeu a D. Sebastião que o tornaria mais célebre que o mítico herói grego Aquiles», rematou.
Esta edição de «Os Lusíadas» de Luís de Camões, comentada por José Hermano Saraiva, tem ilustrações de Pedro Proença.
Diário Digital / Lusa
14-10-2007 11:19:00

MUDANÇAS NA ORTOGRAFIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

A partir de Janeiro de 2008, Brasil, Portugal e os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - terão a ortografia unificada. O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros. Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado. No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada. Mas apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país. O que vai mudar na ortografia em 2008: - As paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de "abençôo", "enjôo" ou "vôo", os brasileiros (e os outros) terão que escrever "abençoo", "enjoo" e "voo"; - mudam-se as normas para o uso do hífen no meio das palavras; O hífen vai desaparecer do meio de palavras, com excepção daquelas em que o prefixo termina em `r?, casos de "hiper-", inter-" e "super-". Assim passaremos a ter "extraescolar", "aeroespascial" e "autoestrada". - Não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do substantivo dos verbo "crer","dar", "ler","ver" e seus decorrentes, ficando correta a grafia "creem", "deem", "leem" e "veem"; - Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação,como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como "louvámos" em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos"; - O trema (brasileiro) desaparece completamente. Estará correto escrever "linguiça", "sequência", "frequência" e "quinquênio" ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio; - O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação de "k", "w" e "y"; - O acento deixará de ser usado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição); - No Brasil, haverá eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia". O certo será assembleia, ideia, heroica e jiboia; - Em Portugal, desaparecem da língua escrita o "c" e o "p" nas palavras onde ele não é pronunciado, como em "acção", "acto", "adopção" e baptismo". O certo será ação, ato, adoção e batismo; - Também em Portugal elimina-se o "h" inicial de algumas palavras, como em "húmido", que passará a ser grafado como no Brasil: "úmido"; - Portugal mantém o acento agudo no e e no o tônicos que antecedem m ou n, enquanto o Brasil continua a usar circunflexo nessas palavras: académico/acadêmico, génio/gênio, fenómeno/fenômeno, bónus/bônus; Fontes: Banco de Dados da Língua Portuguesa - FFCLH USP (2007), Revista Isto É, Folha de São Paulo, Agência Lusa e, Semanário "SOL

PSP poderá apresentar queixa-crime contra sindicato dos professores

IGAI considera que os agentes não cometeram qualquer infracção ao pedir informações sobre a manifestação dos professores contra Sócrates.O dirigente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP) na Covilhã, Leonel Silva, sugeriu ontem que a Direcção Nacional da PSP faça uma queixa-crime contra o Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC), tendo em conta o relatório da Inspecção--Geral da Administração Interna (IGAI), que concluiu que os polícias que foram à delegação do SPRC na Covilhã não intimidaram ninguém para não se manifestar numa visita de José Sócrates à cidade.O Sindicato dos Professores da Região Centro acusara dois elementos da PSP da Covilhã de se terem deslocado às instalações da estrutura sindical para obterem informações, numa visita “intimidatória”, inédita e “deplorável”, tendo anunciado que iria recorrer “às instituições”.Face ao relatório, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, emitiu um despacho em que dá o caso como encerrado. “Não há indício de qualquer facto ilícito. Por conseguinte, não há lugar à instrução de processo de inquérito ou processo disciplinar”, escreve Rui Pereira.“O relatório vem confirmar o que já tínhamos dito: tudo decorreu dentro da legalidade, esta recolha de informação é normal e houve uma intenção de tirar dividendos com este caso”, afirmou Leonel Silva.PCP “indignado”O PCP reagiu “com estupefacção” às conclusões do inquérito preliminar da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI). “Recebemos a notícia com estupefacção, tendo em conta o facto de se considerar como um procedimento normal que as forças de segurança possam entrar e sair de um sindicato”, criticou o deputado comunista António Filipe, em declarações aos jornalistas, ontem, no Parlamento.“Este não só não é um procedimento normal como não tem cobertura constitucional ou legal. Não faz parte das atribuições das forças de segurança visitarem sindicatos”, salientou.Perante esta decisão, o PCP disse estar “muito preocupado” e promete questionar Rui Pereira na audição parlamentar marcada para terça-feira. “Vamos querer saber se o Governo considera que é normal que as forças de segurança sirvam para realizar acções de pressão e intimidação sobre sindicatos”, garantiu António Filipe.O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, afirmou, por seu turno, não entender que razões de segurança relativas à deslocação do primeiro-ministro à Covilhã levariam a PSP a visitar as instalações do sindicato dos professores da Covilhã.“Que o Corpo de Segurança Pessoal da PSP e o comando (de Castelo Branco) devam ter preocupações com a segurança estamos de acordo. Não percebemos é o porquê de visitar sindicatos para manter a segurança”, disse Mário Nogueira à agência Lusa, comentando as conclusões do inquérito realizado pela Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI).

Polícias querem processo contra professores


O dirigente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP) na Covilhã, Leonel Silva, sugeriu hoje que a Direcção Nacional da PSP faça uma queixa-crime contra o Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC), noticia a Lusa.
Em declarações à agência Lusa, aquele dirigente sindical reagia ao relatório da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) que concluiu que os polícias que foram à delegação do SPRC na Covilhã não intimidaram ninguém para não se manifestar numa visita de José Sócrates à cidade.
O SPRC acusara dois elementos da PSP da Covilhã de se terem deslocado às instalações da estrutura sindical para obterem informações, numa visita «intimidatória», inédita e «deplorável», tendo anunciado que iria recorrer «às instituições».
«O relatório vem confirmar o que já tínhamos dito: tudo decorreu dentro da legalidade, esta recolha de informação é normal e houve uma intenção de tirar dividendos com este caso», afirmou Leonel Silva.
«Na nossa perspectiva, não só por causa dos dois elementos, mas também pela forma como foi afectada toda a corporação da Covilhã, acho que a Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) devia ponderar a hipótese de avançar com um processo-crime contra o sindicato», destacou Leonel Silva.
Questionado sobre se considera ser um caso de difamação, Leonel Silva admite que essa pode ser a situação, «mas o teor da queixa teria de ser avaliado pelos serviços jurídicos» da PSP. «Esta situação afectou o moral da corporação na Covilhã, sobretudo os elementos que foram alvo desta situação», realçou o dirigente sindical.

Critical Software «recicla» professores no desemprego

Uma parceria entre a Universidade de Coimbra e a Critical Software vai iniciar até ao final do ano cursos tecnológicos dirigidos a licenciados desempregados que procuram reorientar a carreira, refere o semanário Expresso. Os principais destinatários do projecto são os 40 mil professores que não encontram colocação no sistema de ensino, adianta a mesma fonte.
«Há muitos professores excedentários com talento, mas estão desorientados do ponto de vista profissional», observa Gonçalo Quadros, CEO da Critical Software, referindo que esta é uma forma de «devolver à sociedade parte do valor gerado».
Este ano a Critical voltou a fazer parte do Top500 das empresas europeias com maior crescimento, nota o jornal na edição deste sábado.
13-10-2007 9:19:54

Acções de Formação


Orientação conjunta CCPFC/DGRHE sobre avaliação quantitativa das acções de formação

O Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua e a Direcção-Geral de Recursos Humanos da Educação decidiram emitir a presente orientação conjunta, esclarecendo que:

1. a todas as acções de formação a iniciar após o dia 1 de Outubro de 2007 deve ser atribuída uma classificação quantitativa na escala de 1 a 10;
2. o referencial da escala de avaliação é o previsto no n.º 2 do artigo 46.º do estatuto da Carreira Docente, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 15/2007, de 19 de Janeiro:

«Excelente – de 9 a 10 valores;
Muito Bom de 8 a 8,9 valores;
Bom – de 6,5 a 7,9 valores;
Regular – de 5 a 6,4 valores;
Insuficiente – de 1 a 4,9 valores.»

3. a classificação quantitativa, atribuída a cada formando, deverá constar dos respectivos certificados – Exemplo: Bom – 6,6 valores

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