quinta-feira, novembro 22, 2007

Educação: Causas do insucesso em debate na Gulbenkian

O contributo das neurociências para o processo de aprendizagem e a relação entre os recursos económicos investidos na Educação e os resultados dos alunos são alguns dos temas da conferência sobre insucesso escolar, que começa hoje na Gulbenkian.
Intitulada «Sucesso e Insucesso: Escola, Economia e Sociedade», a conferência promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian reúne hoje e terça-feira em Lisboa especialistas nacionais e estrangeiros que irão analisar alguns dos principais factores que influenciam e determinam os resultados escolares.
Na iniciativa, cuja abertura será presidida pela ministra da Educação, serão apresentados seis projectos de investigação sobre o insucesso escolar, apoiados pela Gulbenkian, que estão ainda por concluir.
Analisar os factores subjacentes ao insucesso no ensino básico a partir da comparação de escolas com bons e maus resultados em contextos com diferentes níveis de desenvolvimento socioeconómico é o objectivo do estudo conduzido por Madalena Matos, do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), uma das investigações que será apresentada na conferência.
No encontro será ainda analisada a experiência pedagógica TurmaMais, um projecto iniciado há cinco anos na secundária de Estremoz e, entretanto, alargado a outras três escolas alentejanas, que passa pela criação de uma turma sem alunos fixos, onde vão sendo integrados estudantes de várias turmas, com ritmos de aprendizagem semelhantes.
A experiência, que tem sido acompanhada pela Universidade de Évora, visa melhorar o desempenho escolar e promover uma plena integração dos estudantes com maiores dificuldades, através de um apoio mais individualizado.
Segundo o investigador Manuel Vilaverde Cabral, comissário da conferência, o debate pretende analisar «o que pode estar antes do sistema educativo e para além dele na sociedade em geral para ajudar a compreender o relativo insucesso do grande esforço que o país fez nas últimas décadas» em matéria de Educação.
No ano passado, a Gulbenkian dedicou a conferência anual sobre Educação ao papel do sistema educativo no crescimento económico e no desenvolvimento sustentável dos países.
Diário Digital / Lusa
19-11-2007 6:50:00

Sernancelhe: Alunos contra aulas de substituição

Alunos da escola básica 2/3 de Sernancelhe manifestaram-se hoje contra as aulas de substituição mas, segundo a presidente do agrupamento, elas nem sequer existem neste estabelecimento de ensino.
Os alunos permaneceram ao início da manhã junto ao portão da escola, que ainda foi momentaneamente fechado a cadeado.
No entanto, depois de a presidente do agrupamento de escolas, Lucinda Pinto, lhes explicar a situação, desmobilizaram e foram normalmente para as aulas.
«Fui falar com eles e disseram-me que estavam a fazer greve às aulas de substituição. Expliquei-lhes que cá na escola nem sequer existem aulas de substituição, mas sim permutas, eles entenderam e entraram comigo», contou Lucinda Pinto à Agência Lusa.
Segundo a responsável, a prática habitual na escola é se, por exemplo, um professor de Português pretender faltar, pedir ao professor de Matemática para ocupar a sua hora.
«Só temos muito pontualmente faltas de professores», garantiu.
Lucinda Pinto considera que esta atitude dos alunos se deveu à influência de colegas das escolas secundárias de Moimenta da Beira e de Vila Nova de Paiva, que fizeram greve às aulas extraordinárias.
«Hoje vai haver reunião de delegados de turma e vou pedir que expliquem isto tudo aos alunos», acrescentou.
A Lusa não conseguiu falar com qualquer dos alunos envolvidos nesta curta acção de protesto.
Fonte da GNR, que enviou uma patrulha ao local, confirmou que «os alunos estiveram fora da escola, junto ao portão, a manifestar-se, mas não houve qualquer problema e a escola está a funcionar normalmente».
Diário Digital / Lusa
21-11-2007 11:47:14

Caldas da Rainha: Escola fechada por causa de más condições

A degradação dos edifícios da escola 2,3 D. João II das Caldas da Rainha, onde chove dentro das salas de aula, levou hoje os alunos a efectuarem um protesto encerrando o estabelecimento com cadeados.
A manifestação dos alunos surge dois dias depois das fortes chuvas que obrigaram, nesse dia, ao encerramento do refeitório da escola e levaram a direcção a chamar os bombeiros para ajudarem no escoamento da água acumulada no recinto exterior do estabelecimento.
Um dos alunos da escola, Cristiano Miguel, contou hoje à agência Lusa que já teve que «mudar de sala de aula devido à chuva» acrescentando que «os candeeiros caem com o peso da água e os tectos estão frágeis podendo ruir».
O aluno, que frequenta o 9º ano, disse ainda que o pavilhão polivalente está «cheio de água».
Os responsáveis da escola, que desde 1999 alertam a Direcção Regional de Educação de Lisboa para a necessidade de obras, informaram que falta apenas o visto do Tribunal de Contas para o início dos trabalhos.
Gil Pacheco, presidente do conselho executivo adiantou que já existe projecto, orçado em 3,5 milhões de contos, e que a obra vai ser realizada por fases.
A Lusa contactou segunda-feira a direcção regional de Educação de Lisboa para saber quando se iniciam as obras e até ao momento ainda não recebeu resposta.
Os 900 alunos da escola, devido ao protesto, ainda não tiveram aulas hoje.
Diário Digital / Lusa
21-11-2007 11:49:35

PGR acusa ministra de minimizar violência nas escolas

O Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, acusa a ministra da Educação de «minimizar a dimensão da violência nas escolas», numa entrevista à revista Visão que será publicada quinta-feira.
Na entrevista, o responsável afirma ter seleccionado a violência escolar como uma das suas prioridades, no âmbito da nova Lei de Política Criminal.
«Sei que há várias pessoas, até a senhora ministra da Educação, que minimizam a dimensão da violência nas escolas, mas ela existe», refere Pinto Monteiro.
O PGR garante mesmo que vai preocupar-se com «cada caso de um miúdo que dê um pontapé num professor ou lhe risque o carro», por não querer que haja «um sentimento de impunidade» nas escolas, nem que «esse miúdo se torne um ídolo para os colegas».
«Quanto à escola, ao nível penal, deve existir tolerância zero. Mesmo que seja um miúdo de 13 anos, há medidas de admoestação a tomar. Se soubessem a quantidade de faxes que eu recebo de professores a relatarem agressões...», adianta Pinto Monteiro.
Segundo dados do Observatório da Segurança Escolar divulgados em Março no Parlamento, no passado ano lectivo foram contabilizadas 390 agressões a professores nas escolas e arredores, o que dá uma média diária superior a dois casos, tendo em conta que há 180 dias de aulas por ano.
No final de Outubro, a Procuradoria-Geral da República anunciou que iria emitir uma directiva ao Ministério Público para fazer a recolha de dados sobre violência escolar, «começando pela participação de todos os ilícitos que ocorram nas escolas».
No início deste mês, em entrevista à RTP1, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considerou «exageradas» as preocupações do Procurador-Geral da República sobre violência nos estabelecimentos de ensino.
«O PGR fez eco da sua preocupação, mas não há motivos para isso porque a violência escolar é uma situação rara e não está impune. O que existem é situações de indisciplina e incivilidade», sustentou, na altura, a ministra da Educação, adiantando que não queria que fossem criminalizados «actos que têm características específicas porque acontecem no meio escolar».
Contactado pela Lusa, o Ministério da Educação não quis comentar as declarações de Pinto Monteiro.
Diário Digital / Lusa
21-11-2007 19:29:00

Escola básica de Lisboa encerra após queda de tecto


Vai para 48 horas que as crianças da Escola Básica Natália Correia, em Sapadores, estão sem aulas. Uma parte do tecto, apesar de ser novo, caiu e provocou uma inundação.
Carolina Reis e Miguel Martins
17:39 Quarta-feira, 21 de Nov de 2007

A escola do ensino básico número 69 Natália Correia, em Sapadores, não abriu as portas ontem de manhã e não há previsão de quando voltará a funcionar. Tudo porque caiu parte de um tecto novo na segunda-feira e, embora a derrocada não tenha ferido ninguém - deu-se de noite -, provocou uma inundação em algumas salas de aula.
Contactada pelo Expresso, a professora coordenadora da escola recusou-se a prestar qualquer esclarecimento e até mesmo a identificar-se, acabando por desligar o telefone abruptamente. Já na segunda tentativa, uma funcionária da escola acabou por remeter o assunto para o agrupamento de escolas Nuno Gonçalves.
Obras no telhado não evitaram queda do tecto
O estabelecimento de ensino teve obras de remodelação que terminaram à boca da abertura do ano lectivo e que incidiram no telhado. Exactamente por isso, foi "considerada uma escola com condições para o ensino pelas autoridades competentes", escuda-se Laurinda Pereira, presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas Nuno Gonçalves, que é responsável pela escola Natália Correia.
Já no Verão, durante a campanha eleitoral para as eleições intercalares para a Câmara Municipal, António Costa tinha visitado a escola Natália Correia, dando-a como exemplo de estabelecimentos degradados. No entanto, a queda do tecto acontece mesmo após as obras de recuperação, que por sinal foram da responsabilidade da própria Câmara de Lisboa.
Fechada até a câmara se pronunciar
Laurinda Pereira desvaloriza a queda do tecto e não especula sobre a qualidade da intervenção no telhado do edifício. A responsável prefere referir um relatório da autarquia onde se afirma que "a queda do tecto se ficou a dever à sujidade acumulada no algeroz, que rebentou com a intensidade da chuva dos últimos dias". A presidente explicou ao Expresso que "a água passou para as salas contíguas do gabinete onde se deu a queda do tecto, o que provou alguns danos materiais".
A escola aguarda agora um segundo relatório da Câmara Municipal de Lisboa, no sentido de saber quando estão reunidas as condições de segurança para a reabertura.
O Expresso tentou em vão contactar a Câmara de Lisboa, já que o gabinete de António Costa informou que o assessor do presidente da autarquia se encontrava em reuniões que demorariam várias horas.

Sabe o que é tautologia?
É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como poderá ver na lista a seguir:
- elo de ligação - acabamento final - certeza absoluta - quantia exacta - nos dias 8, 9 e 10, inclusive - juntamente com - expressamente proibido - em duas metades iguais - sintomas indicativos - há anos atrás - vereador da cidade - outra alternativa - detalhes minuciosos - a razão é porque - anexo junto à carta - de sua livre escolha - superavit positivo - todos foram unânimes - conviver junto - facto real - encarar de frente - multidão de pessoas - amanhecer o dia - criação nova - retornar de novo - empréstimo temporário - surpresa inesperada - escolha opcional - planear antecipadamente - abertura inaugural - continua a permanecer - a última versão definitiva - possivelmente poderá ocorrer - comparecer em pessoa - gritar bem alto - propriedade característica - demasiadamente excessivo - a seu critério pessoal - exceder em muito . Note que todas essas repetições são dispensáveis. Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não. Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia. Verifique se não está a cair nesta armadilha.

Professores recorrerão ao Parlamento se primeiro-ministro não agendar reunião urgente

A Plataforma Sindical dos Professores, que reúne todas as estruturas representativas da classe, anunciou hoje que vai recorrer à Assembleia da República se, até final do mês, não for agendada uma reunião urgente com o primeiro-ministro, José Sócrates, já solicitada no mês passado.Em conferência de imprensa organizada pela plataforma, a Federação Nacional do Ensino e Investigação (FENEI) disse que foi pedida em Outubro uma reunião ao primeiro-ministro e que a única coisa que obtiveram, na passada sexta-feira, foi um encontro com o assessor para os assuntos sociais e trabalho.Para os sindicalistas, esta situação "revela uma menorização de tratamento em relação a estes dirigentes", mas manifestaram-se ainda na disposição de aguardar a marcação da reunião pretendida, até ao final do corrente mês, dada a natureza política e a gravidade das situações denunciadas na carta aberta."As organizações sindicais estão na disposição de agendar a marcação da reunião pretendida até final do mês de Novembro. Na ausência de resposta, recorreremos a outros órgãos de soberania, nomeadamente a Assembleia da República, para analisar as consequências futuras do incumprimento da lei da República", referiu também a FENEI, sublinhando que os professores estão "na disposição de tudo fazer para que a democracia seja cumprida".Reunião pedida após incidente na CovilhãA decisão de pedir uma reunião urgente ao primeiro-ministro surgiu na sequência de uma situação ocorrida no início do mês passado na Covilhã, quando dois polícias à civil foram às instalações do Sindicato dos Professores da Região Centro para obter informações sobre um protesto marcado para o dia da visita de José Sócrates à cidade.Além deste incidente, a carta aberta entregue a 16 de Outubro ao primeiro-ministro, solicitando a reunião urgente, relata outras situações consideradas de "enorme gravidade", que põem "em causa os direitos, liberdades e garantias" dos docentes, disse Mário Nogueira, dirigente da Federação Nacional de Professores (Fenprof).A este propósito, aquele responsável referiu a "sistemática tentativa de identificação de professores à porta do Ministério da Educação, a última das quais durante a entrega de um abaixo-assinado, para a qual havia uma reunião marcada, por ter sido considerada uma manifestação não autorizada".Outros pontos abordados na conferência de imprensa de hoje foram o Estatuto da Carreira Docente e o consequente Dia Nacional de Luto instituído pelos professores, bem como a greve da Administração Pública marcada para o próximo dia 30.
21.11.2007 - 15h42 Lusa

Autarquia de Elvas realizou recepção aos professores do concelho das diversas áreas

Cerca de duas centenas de docentes participaram na noite de quarta-feira, dia 7, na Recepção ao Professor, uma iniciativa promovida anualmente pela autarquia de Elvas.Para esta edição foram convidados todos os professores que leccionam no concelho de Elvas, nos diferentes graus de ensino: pré-escolar e ensinos básico, secundário, profissional e superior.O município, para além do jantar acompanhado por animação musical, programou ainda a apresentação de um power point de boas-vindas à cidade, e entregou uma pequena lembrança aos presentes.O objectivo deste encontro que se “iniciou há dez anos”, de acordo com Rondão Almeida, presidente da Câmara Municipal de Elvas, é “criar, chamamos assim, condições para que todos aqueles docentes que vêm de fora poderem confraternizar com todos os seus colegas e ficarem a conhecer a terra. Todos temos a consciência que hoje, esta profissão de professor é bastante difícil, por várias razões. A primeira é porque vamos encontrar aqui pessoas que estão a trabalhar mas que estão a 200 e a 300 quilómetros do seu agregado familiar, para poderem vir ganhar o seu vencimento. Isto é um sacrifício tremendo”.Para além disso, como alguns dos docentes é a primeira vez que leccionam em Elvas, e as “vertentes sociais podem ser completamente diferentes das localidades onde a pessoa está habituado”, o município “tenta dizer-lhes aqui serão bem recebidos, aqui encontrarão sempre apoio por parte da autarquia, para tentar ajudar a desbloquear algum problema que tenham e com este encontro pensamos também poder criar uma jornada de intercâmbio entre os que vêm de novo e aqueles que já cá estão, de forma a sensibilizar os que cá estão que tenham uma preocupação em ajudar fazer o enquadramento daqueles que vêm de fora”, acrescentou.O programa contemplou ainda, para além do jantar, outras iniciativas, entre as quais “uns minutos de imagens da nossa cidade, para que se apercebam de tudo o que a cidade tem para lhe poder oferecer, porque uma das coisas que nós pensamos é que os docentes que vêm de novo e que podem daqui por um ano, ou dois, abalar deixar bem no coração dos seus alunos a sua imagem”.O objectivo desta projecção é também “que esses professores quando saírem de Elvas levem também no coração as excelentes imagens da população de Elvas e de todo o seu património, vamos dar-lhe oportunidade de amanhã (quinta-feira), se o entenderem, no comboio poderem visitar a cidade e vamos fazer alguns desafios aos docentes para poderem aproveitar todos os equipamentos que temos”.Tendo em conta os equipamentos que a cidade possui, em termos desportivos, o autarca quer que os docentes estejam “sensibilizados para motivar os seus alunos a tirar o máximo aproveitamento desses equipamentos. Por outro lado, surgiram dois equipamentos recentemente muito voltados para a área da educação, a Biblioteca e o Museu de Arte Contemporânea, além do Museu Militar e de Fotografia sensibilizar os docentes para que as visitas de estudo possam ser feitas de uma forma sistemática aos serviços educativos que esses novos equipamentos têm”, adiantou o edil elvense.O município elvense entregou ainda uma lembrança aos participantes nesta recepção, que de acordo com Rondão Almeida, “são coisas simples, possivelmente um pacote de Ameixas d’Elvas, qualquer coisa que tenha a ver com a promoção do concelho”.

O prazer da Matemática

Qual o dom dos professores de Matemática japoneses para cativar os alunos? O que os diferencia dos outros, como os portugueses? Para responder a esta questão - quem nunca associou os asiáticos aos números, como se associa os europeus às letras? - , o DN falou com um especialista internacional na matéria, Tad Watanabe, e com Arsélio Martins, que, há dias, ganhou o Prémio Nacional do Professor.Nascido no Japão, Watanabe, que dá aulas na Universidade Estatal de Penn, nos EUA, tem escrito, precisamente, sobre esta matéria. Learning from Japanese Lesson Study ("Aprendendo com o Ensino Japonês"). Considera que, a haver segredo, algum segredo da parte dos mestres nipónicos, este reside na focalização das aulas num único problema matemático. Sem dispersões. Um de cada vez. Além disso, as soluções a que os jovens chegam nunca são desprezadas, ainda que redundem em erro, antes analisadas em público, de forma crítica e construtiva. Sem humilhações. Com o professor ao mesmo ao lado, acessível a todas as dúvidas.Dando de barato as características anímicas dos japoneses, que tanto passam pela obediência como pela criatividade e pelo respeito geracional, esta acessibilidade é a grande diferença. Ou, como diz Watanabe, a capacidade dos docentes de, conhecendo-os, antecipar o pensamento dos seus educandos. Por miúdos: o que estarão eles a pensar? Que resposta irão dar?Outra diferença fundamental residirá na qualidade dos manuais logo nos primeiros anos de escolaridade, que, no caso japonês, lembra Watanabe, são encarados como importante coadjuvante do ensino e não, como muitas vezes acontece, um obstáculo para os professores e uma "seca" para os alunos. Há um cuidado acrescido da parte de quem define os currículos de Matemática.Ah, é verdade, e as aulas são muitíssimo bem preparadas, com sumários detalhados. E ninguém faz caixinha. A observação de trabalho dos outros, da forma como ensinam, é prática corrente - ninguém a critica, antes elogia. Partilha-se. E observa-se, passarinhando pela sala de aulas, espreitando o trabalho dos alunos e a forma como chegam a determinado resultado.No fundo, sintetiza, é dar o papel central na escola aos professores.Por alguma razão, nos EUA, onde foi publicado o relatório oficial Before is Too Late ("Antes que seja Tarde de Mais"), a Comissão Nacional sobre o Ensino da Matemática e das Ciências, já apostaram nestas soluções, "copiando-se" o modelo japonês.Razia em PortugalE em Portugal? Em Portugal é conforme. À razia dos resultados negativos ou menos positivos, escapam alguns. Os que têm sorte de encontrar pela frente mestres na arte de ensinar, como, por exemplo, Arsélio Martins, professor na Escola Secundária José Estevão, em Aveiro. "Temos de 'ganhar' os estudantes para algo, a Matemática, que não é um fardo. Eu utilizo tudo o que estiver ao meu alcance, com recurso a exemplos práticos do quotidiano, da história e da tecnologia, coisas relacionadas com as suas próprias vidas. O prazer é uma questão fundamental. Não é o prazer prazenteiro, mas sim o prazer que se obtém da resolução de problemas", salientou ao DN.Resta esperar pelo próximo relatório sobre os conhecimento em Matemática à escala internacional (Trends in International Mathematics and Science Study). O relatório é elaborado de quatro em quatro anos, tendo já sido publicadas as edições de 1995, 1999, 2003. O TIMSS ("Tendências Internacionais no Estudo da Matemática e da Ciência") relativo a 2007 só será publicado no dia 9 de Dezembro de 2008.

Os profs. nunca têm razão...Pobres professores.... Se é jovem, não tem experiência;Se é velho, está ultrapassado.· Se não tem carro, é um coitado; Se tem carro, chora de barriga cheia. Se fala em voz alta, grita;Se fala em tom normal, ninguém o ouve. Se nunca falta às aulas, é parvo;Se falta, é um 'turista'. Se conversa com outros professores, está a dizer mal do Sistema;Se não conversa, é um desligado. Se dá a matéria toda, não tem dó dos alunos;Se não dá, não prepara os alunos. Se brinca com a turma, é palhaço; Se não brinca, é um chato. Se chama a atenção, é um autoritário;Se não chama, não se sabe impor. Se o teste é longo, não dá tempo nenhum; Se o teste é curto, tira a oportunidade aos alunos bons Se escreve muito, não explica;Se explica muito, o caderno não tem nada. Se fala correctamente, ninguém entende patavina; Se usa a linguagem do aluno, não tem vocabulário. Se o aluno reprova, é perseguição; Se o aluno passa, o professor facilitou. É verdade, os profs. nunca têm razão... Mas se conseguiu ler tudo até aqui, agradeça-lhes a eles !!!

veja lá isto, srª ministra!!!!!


Aprender e partilhar


Joana Silva Santos 2007-11-20
Curso de formação da Associação para o Planeamento da Família pretende capacitar professores para o desenho e dinamização de projectos na área da educação para a saúde.
Destinado a professores-coordenadores do programa de Educação para a Saúde e outros professores e profissionais envolvidos ou interessados na promoção da saúde em meio escolar, o curso de formação Desenho de Projectos em Educação para a Saúde, promovido pela Associação para o Planeamento Familiar (APF), tem como objectivo "ajudar a estruturar projectos que pensem de forma global as questões da saúde e não só em aspectos específicos", explica Sónia Duarte Lopes, coordenadora da delegação de Lisboa da APF. Paula Sousa, professora de Português e Francês na Escola Secundária Alfredo Reis Silveira, no Seixal, está ligada desde há cinco anos ao projecto de educação sexual que existe na escola. Actual coordenadora do projecto Educação para a Saúde e uma das formandas, afirma que esta área sempre foi valorizada na sua escola e garante que a educação para a saúde "tem cada vez mais importância". Por isso mesmo, sublinha, "todas as áreas de projecto trabalham obrigatoriamente temas na área da educação para a saúde". São três as áreas prioritárias escolhidas: educação sexual, alimentação e prevenção de consumos. Os trabalhos são desenvolvidos com o centro de saúde da área e em parcerias com a Câmara Municipal do Seixal e inúmeras instituições como o Instituto Português de Cardiologia, a Abraço, a Associação de Luta Contra a Sida e a APF. A vinda para esta formação tem uma explicação: "Procurar ideias para desenvolver outras actividades e partilhar experiências". E esta partilha é uma constante. Entre as formandas - professoras, assistentes sociais, psicólogas - contam-se histórias, partilham-se projectos e conhecimentos, esclarecem-se dúvidas. Aprende-se. Por aqui descobre-se quando se deve ou não usar o medo na educação para a saúde, que a proximidade geográfica dos problemas garante uma maior atenção, que o humor é uma ferramenta importante para tirar o "ar soturno e chato" que muitas vezes se tem quando se fala em saúde e descobrem-se ideias e ferramentas para bordar os diferentes assuntos nesta área. Um exemplo é a apresentação de um conjunto de fotografias, ou parte delas, que reflectem a degradação de um toxicodependente e, a partir daí, pedir aos alunos para contarem a história daquela pessoa ou escreverem o que poderiam fazer para evitar aquela situação. Cartões com pequenas histórias e questões que nos conduzem num jogo onde a reflexão do grupo sobre as decisões a tomar são mais importantes que o resultado final são outra hipótese que os professores podem adaptar para abordarem temas como o álcool, a alimentação, a droga ou o sexo. O importante, percebe-se na formação, é descobrir como comunicar estes assuntos de forma mais atractiva para transmitir informação e captar a atenção dos alunos sem que estes achem que "é uma seca".Sobre os projectos na educação para a saúde, António Manuel Marques, especialista na área e um dos monitores nesta formação, esclarece que é importante manter a coerência e que os temas se devem interligar entre si. Apesar de existir uma pressão institucional para serem apresentados muitos resultados, o monitor garante que é preferível três ou quatro projectos bem feitos. Em relação aos resultados, António Manuel Marques deixa, contudo, um alerta. "É natural não haver frutos imediatos. É difícil mudar comportamentos."Mas esta não é a única dificuldade. Apesar da "vontade e carolice dos professores que fazem com que as coisas vão funcionando", Paula Sousa reconhece que é complicado trabalhar porque os cortes orçamentais se reflectem em menos recursos e menos meios. Exemplo disso é o gabinete de atendimento a adolescentes que existe na escola e que era muito procurado pelos alunos mas que neste momento "está parado porque não há recursos para pôr o gabinete a funcionar". Para colmatar esta falha, escola e professores procuram criar algumas acções para os alunos receberem informação e esclarecerem dúvidas e, ao mesmo tempo, encaminham-nos para o centro de saúde onde há uma consulta semanal para adolescentes. "Mas eles não vão lá por vergonha ou porque tem medo de encontrar alguém que os conhece", desabafa a docente.A participação e interacção com os pais também é importante mas não é fácil. Por isso mesmo, numa tentativa de estimular o diálogo com os pais e transmitir conhecimentos na área da saúde, a Escola Secundária Alfredo Reis Silveira já criou uma estratégia. Em cada tema que tratam os alunos levam agora algumas questões a que os pais têm de responder e, estimulados pelos filhos, lêem os folhetos, fazem pesquisa, procuram informação e dialogam.Por tudo isto, Paula Sousa nem hesita em afirmar que "falta fazer muitas coisas nesta área". São precisos mais recursos humanos e físicos. "Há escolas que lutam com falta de espaço para poderem formar um gabinete para poderem receber os alunos", argumenta. Além disso, diz, são precisos técnicos. "O Ministério tem de perceber que é preciso que as escolas tenham recursos. A maior parte dos professores não tem formação nesta área. Não somos técnicos", argumenta.Entre as formandas, a opinião parece ser unânime. "Um espaço de atendimento para jovens é importante para acompanhar e encaminhar os adolescentes." Eles procuram conselhos e é necessário haver alguém disponível para os ouvir, capaz de dar informação relacionada com o problema e encaminhá-los para o centro de saúde, para especialistas ou associações. "O atendimento é importante e complexo. Para os professores no atendimento é importante ter alguém na retaguarda que dê apoio e com quem possam esclarecer dúvidas e encaminhar os alunos", conclui o monitor.Depois de passar pelas delegações do Algarve e do Alentejo, esta formação está agora em Lisboa e até Dezembro passará ainda por São Mamede de Infesta e Coimbra. A APF é uma organização não-governamental, com o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social, criada em 1967, e tem desenvolvido desde 1984 uma actividade alargada de apoio às escolas e professores proporcionando-lhes competências para que possam desenvolver junto dos alunos um trabalho estruturado e contínuo de educação sexual nas escolas. Mais informações:www.apf.pt

Professores estão a ser pressionados para não dar negativas

20.11.2007 - 12h18 PUBLICO.PT
Os conselhos executivos de várias escolas estão a pressionar os professores do 2º e 3º ciclos (do sexto ao nono ano) para evitarem ao máximo dar notas negativas aos alunos já no primeiro período lectivo.Os professores começaram a sentir esta pressão no início do mês, devido às inspecções que vão decorrer nas escolas, adianta o diário “Correio da Manhã”, que avançou hoje com esta notícia.Muitas escolas vão ser visitadas por inspectores até final de Dezembro, no âmbito do seu processo de avaliação e, como um dos critérios que terá maior peso para a “nota” é o índice de aproveitamento escolar dos alunos, os conselhos executivos têm centrado as suas recomendações no sentido de que os professores evitem ao máximo dar negativas, explica ainda o jornal.Dos resultados da avaliação da escola depende a eventual concessão de contrato de autonomia.Sindicato fala em estratégia para melhorar estatísticasO Sindicato dos Professores do Norte considera que “a pressão sobre os professores para que os meninos passem todos já vem de há alguns meses” e “tem vindo a intensificar-se”, segundo Lurdes Salgueiro, citada pelo “Correio da Manhã”.Para o Sindicato, a pressão para evitar negativas no Natal radica numa estratégia do Ministério da Educação no sentido de melhorar as estatísticas do aproveitamento escolar em Portugal, com vista à comparação na UE.O inspector-geral da Educação, José Maia Azevedo, recusa no entanto que as avaliações externas “possam induzir qualquer falso sucesso”. E diz que “as notas do primeiro período não terão qualquer peso na avaliação das escolas”.“A progressão dos alunos é um dos pontos, não o único nem o mais importante. Mas isto tem a ver com as notas dos últimos anos e a evolução que se tem verificado e não propriamente as notas do Natal”, diz ainda Maia Azevedo.

Professores da RAM aderem à greve geral

O Sindicato dos Professores da Madeira vai aderir à greve geral na Administração Pública portuguesa, que se realiza a 30 de Novembro.A decisão foi tomada por unanimidade pelos associados do sindicato presentes na assembleia geral que decorreu ontem, na sede daquele organismo. Uma reunião que tinha como ponto único uma eventual adesão à manifestação pública de protesto contra as medidas do Governo da República.Marília Azevedo, presidente do Sindicato dos Professores da Madeira, sublinhou que os muitos professores presentes disseram sim à greve, aproveitando para sublinhar o facto desta ser a primeira greve conjunta na Adinistração Pública, mobilizando, ao mesmo tempo, sindicatos afectos à CGTP e à UGT.Um facto que, conforme destaca, é, de per si, significativo da posição da Função Pública, em geral, e dos professores, em particular, em relação às últimas medidas do Governo da República, que vêm prejudicando os trabalhadores portugueses.Marília Azevedo frisou ainda que, com o novo Estatuto, os professores são hoje funcionários públicos como os demais, não têm qualquer regime de excepção, pelo que não se podem abstrair dos problemas que afectam toda a Função Pública. E apela à participação de todos na greve.

FRENTE AO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - Professores iniciam vigília com promessa de novos protestos

Publicado na Quinta-Feira, dia 16 de Novembro de 2006, em Nacional
Ao som de bombos e acordeão, cerca de meia centena de professores e dirigentes das 14 organizações sindicais que formam a plataforma reivindicativa iniciaram a vigília de protesto, que irá prolongar-se por 49 horas, até às 12:00 de sexta-feira."Declaro formalmente aberta esta vigília que tem como objectivo fundamental transmitir um sinal forte de que os 14 sindicatos se mantêm unidos e que os professores estão dispostos a lutar até ao fim. Os professores não baixarão os braços e não sairão derrotados", assegurou Paulo Sucena, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e porta-voz da plataforma.Contra um Estatuto da Carreira Docente (ECD), que afirmam degradar a profissão e a função social dos professores, também Arminda Bragança, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), apelou à união de todos os docentes "para que a luta não acabe"."Como no passado, as nossas lutas vão continuar. No fim deste processo de não negociação, podemos afirmar com toda a certeza que esta ministra é totalmente incompatível com a qualidade da Educação que tanto apregoa", declarou.No início de mais uma jornada de protesto, os sindicatos de professores voltaram a acusar o ME de "intransigência, arrogância e autismo", críticas que marcaram todo o processo negocial em torno da revisão do estatuto da carreira."Os professores portugueses estão fartos de ser vilipendiados e têm sido mal tratados como nunca se viu em nenhum país democrático. Nunca houve um ME e um Governo tão medíocres e arrogantes como estes", criticou igualmente Manuel Rolo, dirigente do Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU).A polémica negociação relativa à revisão do ECD, que teve início em Maio, terminou no final de Outubro sem ter sido alcançado qualquer acordo entre a tutela e os sindicatos, que decidiram, por isso, accionar o mecanismo de negociação suplementar, um processo que arranca hoje e que poderá prolongar-se por 15 dias.A divisão da carreira em duas categorias (professor e professor titular ) e a introdução de quotas para aceder à segunda e mais elevada são os aspectos mais contestados pelos docentes, assim como a avaliação de desempenho dependente de critérios como os resultados escolares e as taxas de abandono dos alunos.Além da vigília, as estruturas sindicais vão ainda promover na sexta-feira um Plenário Nacional de Professores e Educadores no alto do Parque Eduardo VII, no qual são esperadas cerca de três mil pessoas para avaliar o processo de negociação suplementar.Um cordão humano de professores e educadores até ao Ministério, onde será entregue um abaixo-assinado com cerca de 60 mil assinaturas, encerra mais uma jornada de contestação.O novo ECD, que a tutela quer aplicar a partir de 01 de Janeiro, já motivou duas greves nacionais e duas manifestações, a última das quais a 05 de Outubro, Dia Mundial do Professor, que reuniu em Lisboa mais de 20 mil docentes.

Ministra exclui professores do quadro de mobilidade



Lurdes Rodrigues garante: "a nossa palavra foi sempre a mesma: não há quadro de mobilidade para os professores". Mas acrescenta que o quadro de excedentários vai ser uma realidade para "os professores que não são professores".
Rosa Pedroso Lima
19:01 Sexta-feira, 16 de Nov de 2007






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Ana Baião
Maria de Lurdes Rodrigues: "Entendemos que havia um espaço para a reconversão destes professores, que não são professores porque estão declaradamente incapacitados para a docência"
Com um orçamento de seis mil milhões de euros para explicar aos deputados da Comissão de Educação, Maria de Lurdes Rodrigues aproveitou a discussão parlamentar na especialidade para um registo das melhorias introduzidas pela sua equipa no sistema educativo. Dando realce ao aumento de 10 mil alunos no sistema - graças sobretudo ao reforço dos cursos técnico profissionais - contornou o facto de o crescimento do Orçamento para a Educação ser praticamente zero para alegar que houve "ganhos na gestão".
A oposição não poupou nas críticas, como é habitual, e retomou o pedido de esclarecimento sobre a passagem de professores para o quadro de excedentários, alegando que o Ministério alterou a sua posição. No ano passado, a ministra garantira na mesma sede que não haveria quadro de mobilidade no seu Ministério. Mais tarde, dois mil professores incapacitados para a docência viram apontado esse caminho em propostas saídas do Gabinete da Cinco de Outubro. "A nossa palavra foi sempre a mesma", disse Maria de Lurdes Rodrigues.
"Entendemos que havia um espaço para a reconversão destes professores, que não são professores porque estão declaradamente incapacitados para a docência", disse a ministra, acrescentando que "nesta medida não há nenhum professor nos quadros de mobilidade, nem expectativa de lá os colocar".
O travão da ministra ao reforço dos quadros de excedentes da Administração Pública é mais um golpe nas pretensões do seu colega Teixeira dos Santos. O Ministério das Finanças quer baixar significativamente o numero de funcionários públicos ao abrigo do PRACE - nomeadamente através do recurso aos excedentes nos Ministérios mais pesados - e, com esta medida, reduzir o défice das contas públicas através de cortes nas despesas. A Educação ocupa o primeiro lugar na lista dos Ministérios com mais funcionários: 150 mil no total.
O reforço do ensino técnico profissional e a aposta nas novas tecnologias foram dois dos temas mais defendidos pela equipa da Educação que se apresentou completa no encontro com os deputados.
O secretário de Estado Valter Lemos aproveitou a ocasião para divulgar o facto de estarem "a ser distribuídos por dia 1.500 computadores" a professores e aluno, ao abrigo do programa apresentado no arranque do ano lectivo pelo próprio primeiro-ministro. "O mercado não tem capacidade de resposta para mais", concluiu o secretário de Estado.

Alunos surdos no ensino regular


Sara R. Oliveira 2007-11-21
A criança surda "deverá estar num meio verdadeiramente bilingue" para desenvolver a primeira língua - a Língua Gestual Portuguesa.
Os números são conhecidos. Cerca de 800 alunos surdos distribuídos por vários estabelecimentos de ensino. Este ano lectivo, 65 formadores, mais 12 do que no ano passado, 58 intérpretes de Língua Gestual Portuguesa (LGP), mais 17, além de 146 terapeutas ocupacionais, da fala e fisioterapeutas. O Ministério da Educação (ME) sublinha, no seu site, as melhorias na área da educação especial, e anuncia que há 22 agrupamentos num total de 72 escolas para estudantes surdos profundos e severos. E adianta que em perspectiva está a elaboração de um Programa de Língua Gestual Portuguesa para os alunos surdos que frequentam a educação pré-escolar e os ensinos Básico e Secundário. "A criação de redes de escolas de referência permite uma melhor organização dos recursos humanos, materiais e didáctico-pedagógicos, essencial para responder, nas melhores condições, aos diversos tipos de necessidades", sublinha. Os alunos surdos estão verdadeiramente integrados no ensino regular? "Uma criança surda numa turma de crianças ouvintes está fisicamente na sala, mas o acesso à informação e a todas as aprendizagens que se fazem em sala de aula é muito limitado. Isto acontece porque toda a comunicação na sala, a transmissão dos conhecimentos, é em português oral. A criança não ouve, logo não tem acesso às aprendizagens como os colegas têm", observa Paula Estanqueiro, coordenadora da Unidade de Língua Gestual da Associação Portuguesa de Surdos. A responsável considera que é altura de se avaliar o acesso e sucesso escolares dos alunos surdos, uma vez que "a integração de crianças surdas isoladamente em turmas de crianças ouvintes é uma prática comum em Portugal"."O professor é colocado perante uma turma em que existe uma criança surda, sem nunca ter tido qualquer tipo de preparação que o capacite para trabalhar eficazmente com ela. Tenta dar o seu melhor, mas tem a turma toda para ensinar. A criança surda vai crescendo, passando de ano com poucos conhecimentos reais. Chega ao 9.º ano, ou ao 12.º ano, e apercebe-se de que não tem os conhecimentos que deveria ter, que o certificado escolar não corresponde aos seus conhecimentos reais, como se tivesse sempre sido ensinada numa língua estrangeira, que nunca conseguiu dominar, para apreender as matérias que lhe são passadas nessa língua", realça. Para Paula Estanqueiro, no pré-escolar e no Ensino Básico, a criança surda "deverá estar num meio verdadeiramente bilingue" para desenvolver a primeira língua, a LGP, e iniciar a aprendizagem do português. "O aluno surdo deverá ter acesso pleno a todos os conteúdos curriculares, com o mesmo grau de profundidade e de exigência que se proporciona aos alunos ouvintes." Conhecimentos que, em seu entender, devem ser transmitidos na primeira língua, "a que domina melhor e na qual pode questionar, raciocinar e apreender sentidos". A coordenadora admite, no entanto, a realização de actividades em conjunto, entre alunos surdos e ouvintes, "aprendendo desta forma a conhecer e respeitar as diferenças, conhecendo o outro como diferente mas seu igual, com as mesmas capacidades e direitos". "Para um verdadeiro acesso à língua, é necessário que se dê à LGP o mesmo número de horas que se dá para a aprendizagem do português como primeira língua aos alunos ouvintes", defende. Para Paula Estanqueiro, a intervenção começa bem cedo. "É preciso olhar para a criança surda e deixar de ver uma criança que não ouve, e antes ver que é uma criança surda, que pertence a uma comunidade linguística e cultural rica, a comunidade surda, que tem direito a adquirir uma língua que para ela é natural, a LGP." "A intervenção precoce, feita de forma adequada, incluindo profissionais surdos que poderão servir de modelo de língua e de identificação para a criança e a família, é essencial", reforça. Joana Rita Sousa, intérprete de Língua Gestual Portuguesa com quatro anos de experiência na Unidade de Apoio a Alunos Surdos de Leiria, considera que a integração dos alunos surdos no ensino regular acontece, mas há obstáculos que têm de ser contornados. "Essa integração existe, mas não em pleno porque há a barreira da comunicação." "Não é uma coisa imediata com os que falam a mesma língua, demoram-se dois a três anos a criar laços de amizade com os colegas de turma", afirma. A técnica conta que "os alunos estão em turmas de surdos" na unidade de Leiria. "Tudo o que sejam aulas mais teóricas, desde o 1.º ciclo ao Secundário, os alunos surdos estão à parte da turma, mas não estão isolados entre si". A separação entre alunos surdos e ouvintes prende-se com o ritmo, não com a capacidade de aprendizagem. "Os ritmos são diferentes para a língua portuguesa e para a língua gestual. Nas aulas mais práticas, os alunos são integrados", acrescenta. "Os resultados têm sido bons. Os alunos não ficam inibidos de fazer algumas questões, de tirar dúvidas." Joana Sousa lamenta, no entanto, a tardia colocação dos técnicos e formadores da área de língua gestual, que no início de Outubro, duas semanas depois do arranque do ano lectivo, ainda estavam a ser colocados. "A este nível ainda funciona muito mal. Os alunos ficam prejudicados e a integração não existe", remata.Na Unidade de Apoio a Alunos Surdos de Santa Catarina, Caldas da Rainha, os alunos surdos estão no mesmo espaço com os restantes colegas, tanto na parte mais teórica como na prática. Vanessa Lopes, terapeuta da fala dessa unidade, revela que é estabelecido um plano de acompanhamento individual, com objectivos definidos, para os alunos surdos. "Em termos sociais, a integração tem funcionado muito bem", sublinha. "São muito bem aceites pelos colegas, sentem-se iguais aos outros." Na opinião da técnica, nos anos em que há muitas disciplinas e uma carga horária "pesada", deveria "ser explorada uma determinada área e não querer abranger tudo". Vanessa Lopes também realça o atraso nas colocações e a mudança dos técnicos que poderá levar à alteração do projecto de trabalho. "Quando não é a mesma pessoa que vai continuar o trabalho, começa tudo do zero", aponta.

Os professores e os prémios de consolação

Quem esteve na sala onde foram entregues os prémios para os melhores professores do ano lectivo de 2006/ 07 pôde testemunhar um estranho cheiro a queimado. Tal não se deveu a uma experiência no âmbito da Físico-Química, mas sim ao lume pouco brando em que a ministra da educação tem vindo a sacrificar os docentes.
Na sua melhor toilete, a Sr.ª Maria de Lurdes Rodrigues levou a cabo mais um dos seus Autos-de-Fé. A ministra e o seu secretário de estado – Valter Lemos - pontificaram em mais um tribunal do Santo Ofício. Eles não estavam ali para condecorar professores, mas sim para amesquinhar a imensa maioria dos não condecorados. É inegável a capacidade pedagógica dos docentes que receberam os prémios, mas foi pena que no seu discurso não tenham dito à ministra onde é que podia tentar lavar as mãos, como Pilatos. O que a ministra fez foi dar os louros aos “generais” desta batalha do ensino em Portugal. Então e os soldados desconhecidos?
Na cerimónia, Daniel Sampaio soltou um discurso no qual alertava (quem?) para a fatiga e desmotivação dos docentes. Naquele contexto, mais parecia uma extrema-unção. O professor bem podia ter prestado um bom serviço aconselhando o irmão Jorge, que, enquanto Presidente da República, proferiu uns quantos dislates sobre o ensino, comparando (muito negativamente) os professores portugueses relativamente aos finlandeses; afinal, foi o mesmo que procurar as diferenças entre trabalhar no Parque Mayer e na Broadway.
Os galardões atribuídos na festinha da ministra tinham designações que colocaram o certame ao nível de uma cerimónia de eleição da “Miss Portugal”, ou dos “Globos de Ouro”. Para o ano que vem, a ministra podia atribuir os seguintes prémios: Prémio Tiro-ao-Alvo (para distinguir o professor que mais desaforos ouviu durante o ano); Prémio Papa-Kilómetros (para o que percorreu mais kilómetros em serviço); Prémio Saco de Pugilista (para premiar aquele que mais vezes foi agredido por alunos e encarregados de educação); Prémio Ansiolítico (para distinguir o docente que, de entre milhares, mais tem ajudado a indústria dos anti-depressivos a florescer); e, por fim, o mais aguardado de todos, o Prémio Junta Médica (destinado a condecorar o docente que “chumbou” em junta médica com o maior número de maleitas).
Já que a senhora ministra anda empenhadíssima em distribuir prémios, Maria de Lurdes Rodrigues bem podia instituir um outro, para galardoar o membro do seu séquito burrocrático e socretino que tenha mais experiência de leccionação no ensino básico ou secundário. Bem vistas as coisas, provavelmente o condecorado seria mesmo Valter Lemos, com os seus respeitosos anitos de (in)experiência docente no ensino não universitário. A ser atribuído a esse senhor, talvez pudesse designar-se Prémio Professor Meteorito, tal foi a pressa com que este prestimoso secretário de Estado abandonou o ensino secundário. O homem é “boy”, mas não é burro! Marrou os calhamaços Blá-Blá das Ciências (inexactas) da Educação e levantou voo. (Ala, que se faz tarde!).
Até à fogueira do ano que vem, Sr.ª ministra. (Aproveite, porque não vai presidir a muitos mais Autos-de-Fé).

Aprendam como deve ser feita a avaliação

UMA EXCELENTE FORMA PARA LUTAR CONTRA O ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE!


O ECD e os Generais
A plataforma negocial de 14 sindicatos não chegou a acordo com a ministra sobre o novo Estatuto da Carreira Docente. E muito bem. O que se pretende é aniquilar completamente o que resta da dignidade de ensinar.Já nem falo do dinheiro que se perde.A dignidade de 400 mil professores é que não se admite que uma qualquer ministra, que não o será mais do que 4 anos, destrua.Agora: há variadíssimas formas de luta.Desde já proponho uma monumental greve de "zelo", cumprindo apenas os serviços mínimos na sala de aula.Se os pais não se importam com a vida escolar dos seus alunos talvez seja a única forma de o começarem a fazer.Dá-se a matéria mínima, ao ritmo mínimo, tiram-se as dúvidas a quem estudou, não se repetem exposições.Ou seja: temos que fazer com os alunos aquilo que a ministra quer fazer connosco, a ver se os pais entendem a nossa luta e se gostam que o mesmo aconteça aos seus filhos.Estabeleceremos cotas em cada turma: Em 20 alunos, só daremos 10% de nota máxima, tal como a ministra faz connosco.Portanto, se houver mais do que 2 alunos que mereçam 5, paciência!Ficam com 5 os dois melhores.Mas se um deles faltou mais de 3 dias por doença, terá que ter paciência. Fica com 4 e sobe o seguinte a aluno-titular.Os outros cotam-se, proporcionalmente, por aí abaixo.10% de nível 5 e 20% de nível 4.O resto vai corrido a 3.Se uma turma for muito boa e tiver 10 alunos que merecessem 4 e 5, outra vez paciência.«Nem todos podem chegar a generais», não é?Dois ficam com 5, quatro com 4 e os restantes terão 3.Mesmo que, também esses merecessem 5.Faltaram?Quem os mandou adoecer a eles ou aos pais?Quem mandou o carro avariar e chegar tarde uma vez?Quem mandou o irmão mais novo apanhar sarampo?É cotas, é cotas!Não são os Pais que aprenderam com a ministra que «nem todos podem chegar a general»?Pois então? Os seus filhos também não!

Publicado por JOÃO Tilly

Sabiam que a ministra da educação foi professora primária?


A ministra da educação que temos! Para ler…mesmo!

A sora ministra era professora primária e não queria que se soubesse!!!

Mas ela é cá duma koltura!!! A sério, Leiam este texto, que vale a pena!


Dizer mal da koltura da sora ministra? Nunca!!! A ministra abzentista , afinal … é professora primária e não só nunca o disse como também o omitiu do curriculum oficial…
Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz....
Então, a Prof. Doutora Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação do governo socialista , toda cheia de eduquês-sociológico cerrado para tentar demonstrar erudição, não sabe gramática básica?!... A ministra da Educação, que ocupa temporariamente, como todos, por mais que o esqueçam, um cargo de grande responsabilidade, já exercido por notáveis cultores da língua, passou a "Grande Entrevista" da RTP, a Judite de Sousa, a falar de "comportamento... ab zentista" - com o som [z] .
A ministra da Educação não sabe que no português de todos os sotaques nacionais, da Fajã Grande da ilha das Flores a Paradela de Miranda do Douro, ou internacionais, de Mâncio Lima no Acre brasileiro a Tutuala em Timor, a palavra "absentista" se pronuncia "absentista" (com "s", conforme se lêem os "s" entre duas consoantes) e não abzentista (com "z"), como disse várias vezes (tantas quantas pronunciou a palavra) para ilustração dos pais e alunos portugueses?!...
Para lá da responsabilidade do cargo, acresce outra circunstância ainda mais embaraçante para a ministra imortalizada pelo Antero do Anterozóide : a ministra, nascida em 1956, é alegadamente ex-professora do ensino primário, um facto que é omitido do seu curriculum oficial, onde não se regista a sua ocupação até 1986, antes de se tornar aos 30 anos docente do ISCTE - instituto que frequentou com muito bom aproveitamento o "Curso de Pós-Graduação em Gestão de Empresas, com a designação de MBA" o aluno José Sócrates. O alegado facto é omitido do curriculum oficial certamente por modéstia, pois não pode ser motivo de vergonha, mas de orgulho, ter sido professora do ensino primário, ainda para mais a formação e profissão de grande parte dos funcionários que tutela?!... Só se - e nesse caso já se compreenderia a omissão! -, apesar dessa eventual formação inicial e experiência no magistério primário for "abzentista" no respeito da língua...Lapso qualquer um tem, e não deve ser notado, mas quando é sistemático e ostensivo, já não decorre de distracção, mas de ignorância refinada. Está vingado o ex-secretário de Estado, agora deputado, Diogo Feyo .
Já não bastava à ministra a notoriedade do YouTube com o episódio inesquecível do despautério dos gritos de "buuuuuuuuuu!" com que (des)educou as crianças em Santa Maria da Feira no dia 10 de Março de 2007 ... Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz....


Artigo do Professor António Balbino Caldeira, autor do blog: http://doportugalprofundo.blogspot.com/

Novas tecnologias no Ministério da Educação

Sindicatos contestam prova de ingresso


Lusa 2007-11-09
As estruturas sindicais do sector da Educação consideram que a prova de ingresso na carreira docente, aprovada ontem pelo Governo, "não faz sentido" e reafirmam que ela põe em causa a acreditação das instituições do Ensino Superior.
O Governo aprovou quinta-feira em Conselho de Ministros um decreto que define as regras da prova de acesso à carreira de professor, prevendo-se a realização de dois exames para todos os candidatos a docentes.De acordo com o dirigente da Federação Nacional de Educação (FNE) João Dias da Silva, os cursos das instituições superiores já conferem aos seus titulares uma acreditação para poderem dar aulas, não se justificando a prova de ingresso."Esta prova perde todo o sentido. Põe em causa as instituições do ensino superior, que certificam os profissionais", referiu.João Dias da Silva disse que "se o Governo tem dúvidas que as instituições do ensino superior estão a acreditar mal os profissionais, então tem que pôr em causa os critérios de avaliação dessas instituições".O dirigente sindical justificou ainda que, de acordo com o novo estatuto da carreira docente, os professores têm de passar por um período probatório, com a duração de um ano, durante o qual são acompanhados por um professor mais experiente.Também o dirigente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) Mário Nogueira, entende que a "prova não faz sentido" e que só visa "criar a ilusão de que o desemprego nos professores não é aquilo que é". Mário Nogueira explicou que através da prova o Ministério da Educação "pretende reduzir a taxa do desemprego entre os professores"."Se os candidatos não passarem a prova de ingresso, então não são professores e não engrossam a lista dos desempregados", explicou. "Esta prova é um artifício que não tem como objectivo escolher os melhores. Trata-se de um novo requisito habilitacional ilegal e que visa limpar as taxas de desemprego", referiu.Mário Nogueira disse ainda que esta prova vem condicionar a mobilidade nacional, dado que nas carreiras docentes dos Açores e Madeira, a prova não é necessária. "Contudo, se um professor quiser vir dar aulas para o continente, terá de fazer a prova de ingresso", esclareceu. Segundo o dirigente , o Governo devia actuar nas instituições de ensino, por considerar que a "formação dos professores em Portugal está abaixo do desejado".

Estatuto do aluno

O estatuto de aluno concede-lhe o direito de não reprovar por faltas.Se faltar, o problema não é dele. A escola é que terá que resolver oproblema.Tendo singrado na vida e atingido o fim da escolaridade sem saber ler nem escrever e mesmo sem ter posto os pés nas aulas, o estatuto decidadão concede-lhe o direito de ter um emprego. Se faltar ao empregocomo faltava às aulas, o problema não é dele. O patrão é que terá queresolver o problema. Se, por um impensável absurdo, for despedido, o problema não é dele.O estatuto de desempregado concede-lhe o direito de ter um subsídio dedesemprego e o problema é do Estado.Se, na vigência do subsídio, faltar às entrevistas ou recusar novo emprego, o problema não é dele. As suas habilitações arduamenteconquistadas concedem-lhe o direito de escolher emprego compatível e oproblema é do Instituto do Emprego, obrigado a arranjar-lhe ocupação,para não aumentar as listas de desempregados. Se, por um novo improvável absurdo, ficar fora do esquema, o problemanão é dele, que o estatuto de cidadão com todos os direitosconcede-lhe o direito ao rendimento social de inserção.Que constituirá uma renda perpétua, pois o cidadão tem direito à existência!...Renda paga pelos portugueses e não, como devia ser, pelos autoresdesta celerada lei, fautora da indisciplina, do laxismo, do não terales, da irresponsabilidade mais absoluta, fomentadora da exclusão social!...Por uma vez, tenho direito à indignação, com todas as letras ...