sexta-feira, março 18, 2011

Sindicato critica ministério por obrigar professores do Algarve a terem formação longe de casa

O Sindicato dos Professores da Zona Sul criticou hoje o Ministério da Educação por obrigar os docentes do Algarve seleccionados para classificadores das provas de exame a deslocarem-se a Beja, Évora, Setúbal ou Lisboa para terem formação.
"Os professores do ensino secundário que o Ministério da Educação 'seleccionou' como classificadores de provas de exame vão ser obrigados a percorrerem centenas de quilómetros para frequentarem acções de formação sobre esta tarefa para que foram 'seleccionados'", denunciou o sindicato num comunicado.

A estrutura sindical da Federação Nacional de Professores (Fenprof) não compreende como, "apesar de, em Faro, haver uma Direcção Regional de Educação que deveria ter organizado tais acções no distrito, os docentes tenham de se deslocar, pelo menos, a Beja, Setúbal ou Lisboa para, numa sexta-feira e num sábado, frequentarem tais acções".
O Sindicato, que já pediu esclarecimentos sobre esta questão à Direcção Regional de Educação do Algarve, considera que a situação é "absurda" e quer saber quem vai suportar as despesas com alojamento, deslocações, refeições e o trabalho em dia complementar, por a formação se realizar num sábado.
"O Sindicato dos Professores da Zona Sul/Faro denuncia esta falta de organização do Ministério da Educação, bem como os elevados custos deste tipo de estratégia de formação, numa época em que, quase diariamente, são anunciados cortes que afectam a vida dos professores e das escolas", refere a estrutura sindical num comunicado.
O texto considera ainda que, se a formação fosse no Algarve, não haveria necessidade de cobrir este tipo de despesas e a ministra da Educação, Isabel Alçada, não perguntava "onde poderá poupar os 43 milhões de euros que o chumbo das alterações curriculares lhe custarão".

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