quarta-feira, novembro 19, 2008

Paulo Portas lança «derradeiro apelo» à ministra da Educação

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, lançou, esta quarta-feira, «um derradeiro apelo» à ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, para simplificar a avaliação dos professores e anunciou a apresentação, até ao final de 2008, de um projecto inspirado no modelo do Ensino Particular e Cooperativo.

Paulo Portas mostrou-se muito preocupado com o actual “braço de ferro” no ensino e pediu à ministra da Educação para que, com coragem, rectifique o actual modelo de avaliação, de forma a terminar com o confronto que está em curso.

Sem dizer se a ministra da Educação deve ou não permanecer no cargo, sem clarificar se a avaliação deve ou não avançar ainda este ano, Paulo Portas preferiu lançar um último apelo à Maria de Lurdes Rodrigues.

«Fiz-lhe um último e derradeiro apelo, porque estou muitíssimo preocupado com o ponto que a situação está a atingir», afirmou.

O líder do CDS-PP considerou que Maria de Lurdes Rodrigues é responsável pela actual situação de conflito com os professores e que o modelo defendido pela ministra precisa de correcções.

«Creio que se a Sr. ministra humildemente passasse uma semana numa escola, talvez percebesse - creio que perceberia - os efeitos perversos do modelo teórico que criou e, pelos vistos, ainda defende», considerou.

Em alternativa, o CDS defende um modelo não estatal, seguido por escolas privadas e cooperativas, que para Paulo Portas é um modelo «infinitamente mais simples, mais contratualizado, mais consensual».

Paulo Portas prometeu apresentar, até ao final de 2008, um projecto de avaliação de professores, com outras regras, alternativo ao actual, inspirado no modelo do Ensino Particular e Cooperativo.

O CDS-PP sugeriu ainda a anulação da ligação entre o desempenho do professor e a classificação e abandono escolar dos alunos e propôs o sistema adaptado aos calendários de avaliação das escolas, com menos burocracia, menos reuniões, evitando que docentes de escalões inferiores avaliem os seus colegas mais habilitados e dispensando de avaliação os professores que estão no topo da carreira, perto da reforma.

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