domingo, janeiro 21, 2007

Substituição de professores alvo de críticas


FNE e FENPROF alegam que o processo conduzido pelas escolas nos concursos para substituição de professores é burocrático e demorado e querem que seja restabelecido o recurso à lista nacional de graduação.
«O Ministério da Educação está a provocar uma grande confusão nas escolas e angústia nos professores». A afirmação é feita num comunicado divulgado pela Federação Nacional de Professores (FENPROF) e justifica-se pelo fim das colocações cíclicas no final do 1.º período.Até aqui todo o processo era conduzido pelo Ministério da Educação. Um professor de baixa ou licença de maternidade, por exemplo, era substituído pelo docente desempregado com a graduação mais elevada, recorrendo à lista nacional de graduação. Desde o início deste mês, são as próprias escolas que têm que assegurar estas substituições através da contratação directa, com anúncios na imprensa e na Internet.A alteração está já a provocar dificuldades em diversas escolas do País. A FENPROF aponta como exemplos os casos da EB 2,3 da Mealhada, em que surgiram mais de 700 candidatos para um horário, ou do Agrupamento de Escolas de Taveiro, em Coimbra, onde surgiram mais de 300 candidaturas para uma substituição num jardim de infância.A análise das centenas de candidaturas obriga os estabelecimentos de ensino a uma sobrecarga de trabalho que, defende a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), seria "dispensável se pudessem continuar a recorrer ao processo das colocações cíclicas".Mas este não será o único problema. De acordo com a FNE, este procedimento está a decorrer sem qualquer uniformidade de actuação entre as escolas, nomeadamente no que respeita aos documentos a apresentar para a candidatura e ainda à sua forma de apresentação. Algumas escolas estarão a exigir que a candidatura seja apresentada em impressos que apenas se obtêm na secretaria da própria escola, enquanto que outros estabelecimentos de ensino exigem o envio de currículos dos candidatos apenas em suporte de papel. A FENPROF garante que esta decisão "está a consumir recursos humanos, recursos materiais e recursos financeiros das escolas sem que tal se justificasse", salientando que são os alunos os principais prejudicados pela morosidade do processo. Os sindicatos exigem que seja restabelecido, por parte do Ministério da Educação, o recurso à lista nacional de graduação como referencial para as colocações para que o recrutamento de docentes volte a respeitar a ordem existente e para que se possa voltar a simplificar todo o processo.

Sem comentários: