quarta-feira, maio 16, 2007

35 professores concorrem ao Prémio Nacional


Dos mais de 150 mil docentes portugueses, apenas 35 são candidatos ao Prémio Nacional do Professor, lançado pelo Governo para distinguir os profissionais que se distinguem de forma excepcional no ensino.
Segundo o regulamento do Prémio Nacional do Professor, lançado em Janeiro, cabia aos conselhos executivos e às associações profissionais de professores propor os candidatos ao galardão, que podiam igualmente ser indicados por, pelo menos, 50 docentes do mesmo agrupamento de escola ou do mesmo grupo disciplinar.Os professores, individualmente, não podiam concorrer, impedimento que poderá justificar o reduzido número de candidaturas, inferior a 0,1% do universo de docentes em Portugal.O desenvolvimento do ensino experimental e da criatividade, a diminuição do insucesso e abandono escolares, a colaboração com os pais para a inclusão de alunos que se encontrem numa situação social problemática e a contribuição para a melhoria de funcionamento da escola são alguns dos critérios para a atribuição do prémio, no valor de 25 mil euros, cuja primeira edição deverá ocorrer em Dezembro deste ano.Além deste galardão, foram lançadas outras quatro distinções de mérito, nomeadamente o prémio "Carreira", "Integração" (destinado a docentes que dêem particular atenção às necessidades de alunos de diferentes culturas e com diferentes ritmos de aprendizagem), "Inovação" (dirigido a professores que introduzam métodos inovadores), e "Liderança" (que pretende reconhecer o trabalho a nível da coordenação e gestão da escola).A estas quatro distinções, que não estão associadas a qualquer valor económico, mas à atribuição de diplomas e oferta de visitas de estudo a escolas no estrangeiro, foram apresentadas 30 candidaturas.O júri presidido pelo psiquiatra Daniel Sampaio e composto por outras seis personalidades, entre as quais o reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa, e o ex-ministro da Educação Roberto Carneiro, irá analisar um total de 65 candidaturas até ao final de Outubro.De acordo com o Ministério da Educação, 53 das 65 propostas foram subscritas por conselhos executivos, enquanto 11 candidatos foram apresentados por um conjunto de 50 ou mais colegas de escola e um promovido por uma associação profissional de docentes.Os candidatos são, maioritariamente, professores do 3.º ciclo do Ensino Básico e do Secundário, existindo ainda 12 candidaturas referentes a docentes do 2.º ciclo, cinco ao 1.º ciclo e apenas três ao ensino pré-escolar e à educação especial.Entre as 65 candidaturas aos cinco prémios, só duas são de professores do ensino privado.A criação do Prémio Nacional dos Professores foi anunciada em Setembro do ano passado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, que classificou a iniciativa como "um sinal claro de que o Governo deseja fazer um apelo a toda a comunidade educativa para que melhore e evolua, para assim servir melhor os alunos".

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