sábado, junho 02, 2007

Mais de 800 escolas encerraram em todo o país


Segundo dados parciais divulgados pelo Governo, mais de 800 escolas encerraram hoje em todo o país devido à greve geral convocada pela CGTP.
Segundo o Ministério das Finanças, que está a centralizar os números de adesão ao protesto, dos 10 928 estabelecimentos de ensino públicos, 825 (7,5%) estavam de portas fechadas às 13h00.Relativamente aos trabalhadores do sector da Educação, o Executivo fez um levantamento, até às 13h00 de hoje, junto de 72 020 auxiliares e docentes, dos quais 10 123 (14%) faltaram ao serviço. No entanto, só o número total de professores ronda os 150 mil, pelo que os dados do levantamento são ainda parciais.Também cerca das 13h00, a Federação Nacional dos Professores (FENPROF), afecta à CGTP, divulgou dados igualmente parciais sobre o encerramento de escolas, tendo nessa altura admitido que o número de estabelecimentos fechados podia ascender a mil.Das 199 escolas fechadas que foram identificadas pela Fenprof, 60% são do pré-escolar e do 1.º ciclo, estabelecimentos que funcionam com menor número de funcionários e docentes, sendo, por isso, os mais afectados pelo protesto dos trabalhadores.Só na Grande Lisboa, encerraram 65 escolas, entre as quais as secundárias Gil Vicente, Padre António Vieira, Passos Manuel e Pedro Nunes, enquanto na região Centro a paralisação levou ao fecho de 60 estabelecimentos.A região Sul foi a terceira mais afectada, com 47 escolas sem aulas, seguida do Norte, com 17, e das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, ambas com cinco.Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral da federação, Mário Nogueira, ressalvou, contudo, que estes dados são ainda parciais, estando o levantamento a ser constantemente actualizado."A nível nacional, calculamos que o número de escolas encerradas seja superior a mil. Há milhares de alunos sem aulas e centenas de milhar com vários 'furos'", afirmou. De acordo com a FENPROF, "é praticamente impossível adiantar hoje as percentagens de adesão à greve", sobretudo nas escolas encerradas.A dificuldade no apuramento destes dados, segundo a Federação, deve-se ao facto de uma escola poder funcionar com uma percentagem muito elevada de grevistas entre os professores, desde que a maioria dos auxiliares se apresente ao serviço. Pelo contrário, um estabelecimento pode fechar portas se faltarem alguns funcionários, cuja ausência põe em causa as condições de segurança, mesmo que seja baixa a adesão entre os docentes.Já entre os estabelecimentos que se mantêm abertos, as percentagens de adesão que têm estado a ser recolhidas pela federação variam entre os 10% e os 90%.Contactada igualmente pela Lusa, a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), afecta à UGT, afirmou não estar a fazer qualquer levantamento sobre a paralisação de hoje por não estar envolvida no protesto.

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