domingo, junho 01, 2008

FNE rejeita proposta de quotas para classificações mais altas dos professores

29.05.2008 - 11h56 Lusa
A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) manifestou hoje a sua “completa rejeição” do despacho que estipula as quotas para as classificações mais elevadas no âmbito da avaliação dos professores, por não permitir uma “avaliação correcta” dos docentes.“Para nós, é essencial que se respeite a avaliação sem que esta esteja sujeita somente a um cariz administrativo e puramente económico que não permite uma avaliação correcta dos professores”, disse à Lusa o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva.Segundo a proposta de despacho conjunto do Ministério da Educação e das Finanças, a que a Lusa teve acesso ontem, as escolas vão poder atribuir um máximo de dez por cento de classificações de “Excelente” e 25 por cento de “Muito Bom”, mas só se tiverem nota máxima nos cinco domínios que compõem a avaliação externa.Na pior das hipóteses, com uma classificação de “Muito Bom” e quatro de “Bom” ou duas classificações de “Muito Bom”, duas de “Bom” e uma de “Suficiente”, as escolas poderão dar seis por cento de “Excelente” e 21 por cento de “Muito Bom” aos docentes avaliados.Ambiente negativo nas escolasAs escolas cujos resultados na avaliação externa sejam diferentes dos previstos no despacho, bem como as que não foram objecto de avaliação, poderão aplicar um máximo de cinco por cento de “Excelente” e 20 por cento de “Muito Bom”, as percentagens mais baixas que estão previstas.“Estamos em total desacordo com o despacho e vamo-nos opor por completo a esta proposta”, sublinhou João Dias da Silva.Segundo o secretário-geral da FNE, a aplicação destas quotas afecta o exercício da profissão dos docentes e resulta num ambiente negativo nas escolas.“Existe, por um lado, a nossa rejeição total desta proposta e, por outro lado, achamos que a aplicação deste mecanismo vai introduzir um mal-estar geral no local de trabalho dos professores”, afirmou.

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