quinta-feira, novembro 22, 2007

Escola básica de Lisboa encerra após queda de tecto


Vai para 48 horas que as crianças da Escola Básica Natália Correia, em Sapadores, estão sem aulas. Uma parte do tecto, apesar de ser novo, caiu e provocou uma inundação.
Carolina Reis e Miguel Martins
17:39 Quarta-feira, 21 de Nov de 2007

A escola do ensino básico número 69 Natália Correia, em Sapadores, não abriu as portas ontem de manhã e não há previsão de quando voltará a funcionar. Tudo porque caiu parte de um tecto novo na segunda-feira e, embora a derrocada não tenha ferido ninguém - deu-se de noite -, provocou uma inundação em algumas salas de aula.
Contactada pelo Expresso, a professora coordenadora da escola recusou-se a prestar qualquer esclarecimento e até mesmo a identificar-se, acabando por desligar o telefone abruptamente. Já na segunda tentativa, uma funcionária da escola acabou por remeter o assunto para o agrupamento de escolas Nuno Gonçalves.
Obras no telhado não evitaram queda do tecto
O estabelecimento de ensino teve obras de remodelação que terminaram à boca da abertura do ano lectivo e que incidiram no telhado. Exactamente por isso, foi "considerada uma escola com condições para o ensino pelas autoridades competentes", escuda-se Laurinda Pereira, presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas Nuno Gonçalves, que é responsável pela escola Natália Correia.
Já no Verão, durante a campanha eleitoral para as eleições intercalares para a Câmara Municipal, António Costa tinha visitado a escola Natália Correia, dando-a como exemplo de estabelecimentos degradados. No entanto, a queda do tecto acontece mesmo após as obras de recuperação, que por sinal foram da responsabilidade da própria Câmara de Lisboa.
Fechada até a câmara se pronunciar
Laurinda Pereira desvaloriza a queda do tecto e não especula sobre a qualidade da intervenção no telhado do edifício. A responsável prefere referir um relatório da autarquia onde se afirma que "a queda do tecto se ficou a dever à sujidade acumulada no algeroz, que rebentou com a intensidade da chuva dos últimos dias". A presidente explicou ao Expresso que "a água passou para as salas contíguas do gabinete onde se deu a queda do tecto, o que provou alguns danos materiais".
A escola aguarda agora um segundo relatório da Câmara Municipal de Lisboa, no sentido de saber quando estão reunidas as condições de segurança para a reabertura.
O Expresso tentou em vão contactar a Câmara de Lisboa, já que o gabinete de António Costa informou que o assessor do presidente da autarquia se encontrava em reuniões que demorariam várias horas.

Sem comentários: