quinta-feira, novembro 22, 2007

Professores recorrerão ao Parlamento se primeiro-ministro não agendar reunião urgente

A Plataforma Sindical dos Professores, que reúne todas as estruturas representativas da classe, anunciou hoje que vai recorrer à Assembleia da República se, até final do mês, não for agendada uma reunião urgente com o primeiro-ministro, José Sócrates, já solicitada no mês passado.Em conferência de imprensa organizada pela plataforma, a Federação Nacional do Ensino e Investigação (FENEI) disse que foi pedida em Outubro uma reunião ao primeiro-ministro e que a única coisa que obtiveram, na passada sexta-feira, foi um encontro com o assessor para os assuntos sociais e trabalho.Para os sindicalistas, esta situação "revela uma menorização de tratamento em relação a estes dirigentes", mas manifestaram-se ainda na disposição de aguardar a marcação da reunião pretendida, até ao final do corrente mês, dada a natureza política e a gravidade das situações denunciadas na carta aberta."As organizações sindicais estão na disposição de agendar a marcação da reunião pretendida até final do mês de Novembro. Na ausência de resposta, recorreremos a outros órgãos de soberania, nomeadamente a Assembleia da República, para analisar as consequências futuras do incumprimento da lei da República", referiu também a FENEI, sublinhando que os professores estão "na disposição de tudo fazer para que a democracia seja cumprida".Reunião pedida após incidente na CovilhãA decisão de pedir uma reunião urgente ao primeiro-ministro surgiu na sequência de uma situação ocorrida no início do mês passado na Covilhã, quando dois polícias à civil foram às instalações do Sindicato dos Professores da Região Centro para obter informações sobre um protesto marcado para o dia da visita de José Sócrates à cidade.Além deste incidente, a carta aberta entregue a 16 de Outubro ao primeiro-ministro, solicitando a reunião urgente, relata outras situações consideradas de "enorme gravidade", que põem "em causa os direitos, liberdades e garantias" dos docentes, disse Mário Nogueira, dirigente da Federação Nacional de Professores (Fenprof).A este propósito, aquele responsável referiu a "sistemática tentativa de identificação de professores à porta do Ministério da Educação, a última das quais durante a entrega de um abaixo-assinado, para a qual havia uma reunião marcada, por ter sido considerada uma manifestação não autorizada".Outros pontos abordados na conferência de imprensa de hoje foram o Estatuto da Carreira Docente e o consequente Dia Nacional de Luto instituído pelos professores, bem como a greve da Administração Pública marcada para o próximo dia 30.
21.11.2007 - 15h42 Lusa

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