sexta-feira, junho 29, 2007

Ministra da Educação desvaloriza polémica sobre prova de Física e Química A

A ministra assegurou que "a qualidade dos exames melhorou substancialmente este ano







A ministra da Educação desvalorizou hoje as críticas de cinco federações regionais de associações de pais, que acusaram a tutela de "ligeireza" no caso da pergunta anulada no exame nacional de Física e Química A.
"São apenas cinco federações regionais e existem centenas. Essas federações regionais não são representativas. Infelizmente a Confederação das Associações de Pais vive um período de grande turbulência, mas já se pronunciou noutro sentido", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues, à margem do debate parlamentar sobre as alterações ao estatuto do aluno.Na passada sexta-feira, o Ministério da Educação decidiu anular uma questão daquela prova, realizada nesse dia por 28.070 alunos, alegando que uma incorrecção na formulação da pergunta "inviabilizava a concretização de uma resposta correcta".Para não prejudicar os alunos na classificação final da prova, a tutela decidiu que a nota de cada um dos estudantes que realizou o exame será multiplicada por 1,0417, uma solução contestada pelos encarregados de educação de Leiria, Beja, Lisboa, Viseu e Guarda, que consideram que a decisão vai gerar uma "enorme injustiça e desigualdade".Numa carta dirigida à ministra e divulgada ontem, os pais alegam que aquela majoração da nota não irá beneficiar igualmente todos os alunos e exigem a atribuição da cotação máxima relativa à pergunta anulada (oito pontos) a todos os estudantes.O erro detectado no exame nacional de Física e Química A esteve no centro da discussão durante o debate parlamentar sobre as alterações ao estatuto do aluno, tendo o líder do CDS-PP, Paulo Portas, desafiado o Ministério da Educação a abrir um processo de averiguações para apurar responsabilidades. "Vai abrir um processo de averiguações sobre as responsabilidades por estes erros nos exames ou no seu ministério os processo são apenas reservados a quem diz piadas sobre o primeiro-ministro?", questionou, referindo-se ao caso da suspensão de funções na Direcção Regional de Educação do Norte do professor Fernando Charrua.A este propósito, a ministra assegurou que "a qualidade dos exames melhorou substancialmente este ano", garantindo que o sucesso no planeamento e elaboração das provas por parte da tutela é de 99,9 por cento."Realizaram-se 44 exames num total de mil perguntas. O único erro objectivo registou-se numa questão e foi prontamente identificado e corrigido pelo Ministério da Educação. Não aceito críticas nesta matéria", afirmou

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