sexta-feira, março 02, 2007

Agressões e violência nas escolas


O PDiário lançou alerta. Leitores contam casos insólitos. Damos voz a situações de assaltos e pânico entre alunos ou professores. Há medo nos estabelecimentos de ensino



Desde que o PortugalDiário lançou o alerta, temos recebido inúmeros casos insólitos de agressões, roubos e violência nas escolas. Casos que não chegaram às páginas dos jornais, mas que merecem chegar ao público.
É o caso, por exemplo, da escola EB1 dos Quatro Caminhos, na Senhora da Hora. A primária de Matosinhos foi assaltada ontem de madrugada, segundo o PortugalDiário confirmou junto de fonte policial, e os processos dos alunos desapareceram. As crianças têm medo, mas mais receio sentem os pais que não conseguem descortinar a razão dos larápios: «para que querem a informação dos alunos, telefones de casa, dos emprego dos pais?», questiona uma mãe.
Quando informação confidencial passa para as mãos erradas, é normal que o medo se instale. Afinal, os dados relativos a pais e alunos podem ser usados das mais variadas formas. E é disso mesmo que uma das mães da escola dos Quatro Caminhos teme.
Os casos sucedem-se e não se ficam só pelas agressões vividas pelos professores. Há alunos que se sentem indefesos perante outros estudantes. Num colégio que o leitor pediu para não identificarmos, alguns alunos seguraram na vítima e espancaram-no, enquanto outro filmava. Tudo dentro das instalações do colégio.
Pancadaria dentro da sala de aula ainda é mais grave: um leitor contou ao PortugalDiário que o seu filho ficou a «escorrer sangue» e a professora nada fez com receio dos alunos.
O leitor identifica a escola secundária Gomes Teixeira no Porto e apresenta-se como «um pai desesperado perante um filho com dez anos, que não consegue defender-se». A escola não o protege, a polícia nada pode fazer porque se tratam de menores.
Outra denúncia chegou ao PortugalDiário sem a identificação do estabelecimento de ensino. Como referiu Arminda Bragança, da Federação Nacional de Educação, «nunca gostamos que digam mal das nossas escolas». Mas a situação é relatada ao pormenor: as «histórias» passam-se numa EB 2/3 e o primeiro caso no início do ano lectivo foi um aluno de 12 anos que esfaqueou outro.
Já no início do segundo período, um professor esbofeteou um aluno na sala de aula por este estar a brincar. A escola foi assaltada e os roubos de carteiras e telemóveis sucedem-se.
Ndr: O PortugalDiário agradece a todos os leitores que nos enviaram comentários ou e-mails desabafando situações com as quais têm de lidar diariamente.


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