terça-feira, outubro 24, 2006

o Ranking e a Ministra


Ministra considera 'pobre' classificação de escolas só pelas notas dos exames

A ministra da Educação considera que a classificação das escolas feita com base nos resultados dos exames nacionais é "pobre" e defendeu a realização de avaliações mais aprofundadas.
Confrontada com os “rankings” divulgados pela imprensa de hoje, com base nos resultados obtidos pelos alunos nos exames nacionais do 12º ano, Maria de Lurdes Rodrigues afirmou que as listagens apresentadas “dão uma visão muito pobre das escolas".
"As escolas são muito mais do que exames do secundário, têm uma enorme complexidade e riqueza e devem ser avaliadas sobretudo pela capacidade de liderança e de organização", afirmou a ministra, à margem do I Fórum Educativo "Como melhorar a qualidade de ensino?", em Lisboa.
"Um ‘ranking’ não é uma avaliação, é uma seriação de escolas que tem a validade que tem", insistiu.
Alegando que estes “rankings” efectuados pela comunicação social "tem tido sobre as escolas mais efeitos negativos que positivos", Maria de Lurdes Rodrigues anunciou a intenção de apostar numa avaliação mais exaustiva dos estabelecimentos de ensino.
"Aquilo de que nós precisamos para fazer a avaliação das escolas no próximo ano é de instrumentos mais ricos e não apenas dos exames" disse.
Aludindo aos diferentes critérios usados pela imprensa para elaborar os “rankings”, a ministra desafiou também os jornalistas a efectuarem “trabalhos mais profundos, que permitam uma avaliação mais completa” das escolas.
A ministra disse ainda ser importante perceber por que razão tantas escolas privadas surgem no topos das tabelas ou “porque é que há escolas tão boas e com resultados tão aceitáveis que não estão nos primeiros lugares”.
Segundo os resultados dos exames a 20 disciplinas (15 do 12º ano e cinco do 11º), divulgados pelo Ministério da Educação, sete 417 das 600 escolas portuguesas tiveram média positiva nas provas, o que representa 69,5 por cento.
Sete em cada dez escolas alcançaram média positiva na primeira fase dos exames nacionais do ensino secundário, um resultado muito acima do registado no ano passado, quando cerca de metade dos estabelecimentos ultrapassaram os 9,5 valores.
Lusa, PUBLICO.PT 21-10-06

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