quinta-feira, julho 12, 2007

Quase 90% passaram no exame de Língua Portuguesa

Resultados nas provas do 9º ano foram significativamente melhores que no ano passado

Quase nove em cada dez alunos do 9º ano obtiveram nota positiva no exame nacional de Língua Portuguesa, um desempenho consideravelmente melhor que o de 2006, altura em que apenas 54,5 por cento dos estudantes tiveram positiva.
Segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Ministério da Educação, entre os cerca de 96 mil alunos que realizaram a prova a 19 de Junho, apenas 0,2 por cento obtiveram nível um, o mais baixo de uma escala de cinco valores, enquanto 2,5 por cento alcançaram o nível máximo.
Nos resultados obtidos no ano passado, 45,5 por cento dos alunos obtiveram nota negativa no exame nacional de Língua Portuguesa, registando-se assim uma melhoria significativa este ano.
No dia da realização do exame, a Associação de Professores de Português disse que a parte da prova destinada às respostas de desenvolvimento foi demasiado facilitada e lamentou que o exame não tivesse testado conhecimentos a nenhuma das obras literárias obrigatórias no final do terceiro ciclo.
Professores satisfeitos
A Associação de Professores de Português (APP) congratulou-se com estes resultados, justificando os quase 90 por cento de positivas com o «equilíbrio» da prova, mais adequada ao perfil dos alunos.
«Foi uma prova muito mais equilibrada do que a do ano passado, que tinha incorrecções e incoerências. Este ano, o exame adequava-se perfeitamente ao perfil desejável do aluno do 9º ano», afirmou Edviges Antunes Ferreira, vice-presidente da APP, em declarações à Agência Lusa.
Para a responsável, a ausência das obras literárias obrigatórias no exame «de forma alguma» ajudou para a subida significativa dos resultados, defendendo a reformulação do programa da disciplina no que diz respeito ao tempo dispendido pelos docentes na abordagem dos autores Luís de Camões e Gil Vicente.
«O programa deve ser reformulado de forma a que os professores não dediquem dois terços do ano lectivo a esses autores, quando seria muito mais importante atribuir um maior peso ao texto não literário», exemplificou.

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