sexta-feira, março 06, 2009

Professores queixam-se da falta de formação específica para usar o Magalhães


Ontem às 23:18

Numa altura em que o Magalhães já chegou às mãos de largos milhares de alunos do primeiro ciclo do ensino básico, a maioria dos professores não teve qualquer formação específica para usar aquele computador na sala de aula



Em declarações à TSF, o presidente da Associação Nacional de Professores considerou que as potencialidades do pequeno computador mereciam outro tipo de enquadramento.
«Para sustentar a aplicação pedagógica de uma ferramenta com este impacto ao nível das crianças e daquilo que se pretende», seria necessário não só uma formação a nível de informática, mas também sobre «aquela ferramenta concreta com o software didáctico concreto, para que possa ser aplicado de uma forma sustentada», disse.
João Grancho sublinhou que até ao momento, numa altura em que milhares de alunos já receberam o pequeno computador, existe apenas uma «formação dispersa».
A meio do ano lectivo, «qualquer formação que possa vir a existir será sempre muito diminuta face àquilo que é o universo previsível da distribuição dos equipamentos», reforçou.
Por seu lado, Manuel Grilo, responsável pelo primeiro ciclo no Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, disse à TSF que os docentes desconhecem a existência de acções de formação dedicadas ao Magalhães.
Manuel Grilo acrescentou que os professores apenas conhecem uma plataforma em linha na Internet onde podem tirar «algumas dúvidas», apesar de ser um serviço de difícil consulta.
Na opinião do responsável pelo primeiro ciclo no Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, o facto de os próprios professores não terem «nenhum Magalhães» também não ajuda nesse conhecimento do computador.
A TSF tem tentado, há alguns dias, uma reacção do Ministério da Educação a estes atrasos na formação específica para o uso do Magalhães em sala de aula, mas até ao momento tal não foi possível.

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