sábado, março 07, 2009

tudo sobre o magalhães




06.03.2009 - 15h57 Graça Barbosa Ribeiro
Depois de apresentar um requerimento em que questionava a alegada discriminação das crianças institucionalizadas devido ao regulamento do programa e-escolinhas, o Grupo Parlamentar do PSD apresentou hoje um segundo pedido de esclarecimentos, idêntico ao primeiro, mas relativo às condições impostas pelo programa e-escolas, destinado a crianças do 5º ao 12º ano de escolaridade. Isto porque, segundo a instituição que esteve na origem da iniciativa dos sociais-democratas, é este segundo grupo que, “na prática”, “não tem acesso aos computadores”.A decisão de fazer um segundo requerimento foi tomada depois de direcção do Centro Paroquial de Promoção Social Rainha Santa Mafalda, de Arouca, ter anunciado, ontem, que, ao contrário do que o PSD alegava no primeiro (e que o PÚBLICO reproduziu), as crianças do 1º ciclo do ensino Básico da instituição já dispõem do computador Magalhães, entregue no âmbito do programa e-escolinha. Em comunicado, o responsável pelo Centro, o padre João Pedro Bizarro, sublinha que “o principal motivo da exposição enviada” ao primeiro-ministro e ao deputado social-democrata André Almeida “está relacionado com o programa e-escola”, no qual a instituição gostaria de inscrever 32 crianças e jovens. Não o pode fazer, explica, porque “os encargos económicos que daí advém são incomportáveis” para a sua e “para qualquer outra Instituição Particular de Solidariedade Social”.“Enquanto o Magalhães é gratuito para as crianças abrangidas pelo escalão A da Acção Social Escolar, a aquisição do computador com acesso à banda larga através do e-escola obriga, no mínimo, ao pagamento de uma mensalidade de cinco euros durante 36 meses. Basta multiplicar cinco euros por 32 jovens durante esse período de tempo para perceber que, na prática, estas crianças não têm um verdadeiro acesso ao programa”, criticou Fausto Portugal, outro elemento da direcção do centro, em declarações ao PÚBLICO. Na sua opinião, aquela situação “é especialmente grave pelo facto de as jovens institucionalizadas naquele centro já estarem sujeitas “a outros factores de exclusão”. “Com isto, sentem o peso de mais uma discriminação, dado que, nas suas turmas, são as únicas a não terem acesso ao programa”, enfatizou.Nos dois requerimentos apresentados pelo Grupo Parlamentar do PSD não é abordada a questão da mensalidade exigida, mas a lacuna regulamento dos programas que impede que pessoas colectivas, neste caso as instituições que têm a guarda legal das crianças, as inscrevam no e-escolas e no e-escolinha. “Esse problema existe de facto, mas, no caso do e-escolinha, que não implica qualquer pagamento, foi resolvido graças à generosidade de elementos da instituição, que, enquanto pessoas singulares, fizeram a inscrição das crianças”, explicou Fausto Portugal.







Erros de português no Magalhães foram «surpresa»
12h40m
O secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, disse este sábado, em Alcobaça, que os erros de português detectados no computador Magalhães foram "uma surpresa".
"Foi para mim uma surpresa. Naturalmente, não me parece que devesse ter acontecido e que, portanto, quem teve responsabilidade por verificar isso, deveria ter detectado esses dados", afirmou Jorge Pedreira à margem do IV Seminário para a Educação.
Reagindo a uma notícia do semanário Expresso, que relata a existência de um conjunto de erros de português nos jogos educativos do computador, Jorge Pedreira sublinhou que, "agora, o que é importante é corrigir".
"Uma coisa é certa: não é pelo facto de um programa de jogo didáctico ter erros, que isso diminui, em alguma coisa, a utilidade e a importância do projecto do computador Magalhães", declarou o secretário de Estado.
Jorge Pedreira rejeitou ainda que o problema descredibilize este projecto do Governo.
"No momento em que os computadores estiverem com as crianças e os professores começarem a utilizá-los na escola, todos veremos a vantagem que o computador Magalhães tem para as crianças", defendeu.
Confrontado com a possibilidade de o Governo vir a pedir responsabilidades sobre esta situação, Jorge Pedreira acrescentou primeiro há que ver "exactamente aquilo que aconteceu", acrescentando ser prematuro pronunciar-se sobre esta questão.


Ministério manda retirar software de computador Magalhães com erros de português
07.03.2009 - 15h21 Lusa, com PÚBLICO
O Ministério da Educação solicitou a remoção de software associado a uma aplicação de um jogo instalada nos computadores Magalhães após a detecção de graves erros de português, segundo uma nota hoje divulgada. O assunto, noticiado hoje pelo semanário "Expresso", foi denunciado pelo deputado José Paulo de Carvalho, antigo deputado do PP, actualmente não inscrito.Os erros mais de 80 erros, entre os quais "gravar-lo", "puxando-las", "acabas-te", "básicamente", "fês", "caêm", e ainda textos inteiros sem sentido, que teriam como objectivo ensinar as instruções dos jogos, aparecem em vários ecrãs desses mesmos jogos didáticos do portátil dedicado aos mais novos. O Ministério da Educação terá dado ontem ordem para as escolas retirarem dos computadores Magalhães o software de jogos didácticos depois de o "Expresso" ter confrontado o Governo com os erros de ortografia, gramática e sintaxe nas instruções dos jogos incluídos no ambiente de trabalho Linux. Em nota hoje divulgada, a Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) refere que já solicitou à empresa JP Sá Couto a remoção do software associado a uma aplicação de um jogo instalada nos computadores Magalhães, depois de detectados erros ortográficos que o Ministério da Educação considera "intoleráveis". "Em relação aos computadores já distribuídos, a DGIDC produziu um manual de instruções que permitirá que os professores, nas escolas, ou os pais, em casa, possam realizar a desinstalação de imediato", adianta o texto. "Em todo o caso, o Ministério da Educação salienta que o computador Magalhães é, e será cada vez mais, um instrumento de trabalho inovador, seguro e indispensável nas salas de aula do 1.º ciclo", refere a nota do gabinete de comunicação do Ministério da Educação. O secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, disse hoje, em Alcobaça, que os erros de português detectados no computador Magalhães foram "uma surpresa". "Foi para mim uma surpresa", disse Jorge Pereira à margem do IV Seminário para a Educação. "Naturalmente, não me parece que devesse ter acontecido", adiantou, frisando que o responsável pela verificação de erros os deveria ter detectado. "Uma coisa é certa: não é pelo facto de um programa de jogo didáctico ter erros, que isso diminui, em alguma coisa, a utilidade e a importância do projecto do computador Magalhães", declarou o secretário de Estado. No requerimento onde denunciava a situação, enviado ao presidente da Assembleia da República ontem, mas com data de dia 4 e tendo como destinatário o Ministério da Educação, José Paulo de Carvalho afirmava que os computadores Magalhães não estavam "a ensinar a jogar os seus jogos em português, mas sim no novo idioma oficioso do Ministério da Educação: o 'magalhanês'". Entre as 8 questões que levantava e sobre as quais exigia uma resposta da tutela de Maria de Lurdes Rodrigues, o deputado perguntava: "que classificação, de 0 a 20, mereceria, por parte do Ministério da Educação e do ponto de vista da correcção linguística, o texto usado nas referidas instruções?".José Paulo de Carvalho exigia ainda que fossem apuradas responsabilidades sobre este episódio.


Magalhães: Empresa responsável reconhece "falha humana"
21h54m
A empresa responsável pelo software associado à aplicação de um jogo instalada nos computadores Magalhães atribuiu este sábado "a falha humana" os erros de português detectados, adiantando que as correcções já estão disponíveis na Internet.
"O processo de tradução/localização de software envolve um passo de tradução automática, sendo esse passo seguido de verificação manual. No caso do software Gcompis, por falha humana, parte da tradução desta aplicação não foi validada", esclareceu hoje a empresa Caixa Mágica em comunicado enviado à agência Lusa.
O Ministério da Educação deu sexta-feira ordem para as escolas retirarem dos computadores Magalhães o software de jogos didácticos depois de o jornal Expresso ter confrontado o Executivo com os erros de ortografia, gramática e sintaxe nas instruções dos jogos incluídos no ambiente de trabalho Linux.
"Gravar-lo", "puxando-las", "acabas-te", "básicamente", "fês", "caêm", foram alguns dos erros detectados e que fizeram a capa do semanário Expresso.
No comunicado, a Caixa Mágica refere ainda que os erros foram sendo corrigidos em actualizações disponibilizadas em Outubro do ano passado e Janeiro deste ano "sendo estas automaticamente instaladas em todos os Magalhães que acedem à Internet".
A empresa sublinha ainda que entre as "1.136 aplicações presentes no Linux Caixa Mágica no Magalhães, foram detectados erros apenas numa aplicação".

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