sábado, março 07, 2009

Fenprof avisa que cordão humano marca regresso dos professores aos protestos de rua


07.03.2009 - 08h51 Natália Faria
O cordão humano que os professores promovem hoje em Lisboa não podia ter um significado mais claro: "Os professores estão unidos e vão regressar em força à luta no terceiro período lectivo", legendou Mário Nogueira, da Federação Nacional de Professores (Fenprof), promotora deste cordão que, a partir das 15h00, vai unir o edifício do Ministério da Educação ao da Assembleia da República e à residência oficial de José Sócrates.Depois das manifestações que levaram milhares de professores à rua, os sindicatos decidiram, neste segundo período lectivo, dar uma "oportunidade" ao Ministério da Educação, segundo Nogueira. "A ministra, porém, desperdiçou esta oportunidade, porque continuou, prepotente e inflexível, a não abrir mão nem da divisão da carreira em categorias, nem das quotas na avaliação nem da prova de ingresso". Com esta reagudização dos protestos, os sindicatos estão a jogar com o calendário eleitoral - que aponta para a realização de legislativas em Setembro. "Os partidos vão ter que assumir alguns compromissos sobre estes problemas", precisou Nogueira. Por causa disso, o final do ano lectivo promete ser agitado. "Estamos preocupados porque, mesmo sem os protestos, os momentos mais conflituosos da avaliação coincidem com o momento em que os professores deveriam estar mais disponíveis para os alunos". A Fenprof marcou, para a semana de 20 a 24 de Abril, várias consultas aos professores, para que estes se possam pronunciar sobre os protestos a realizar no terceiro período lectivo: de manifestações à greve à avaliação dos alunos, "nenhuma forma de luta está descartada", avisou Nogueira. A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), que se tem mantido mais próximo da tutela, aliou-se ao protesto. "Sempre privilegiámos as negociações, mas a não suspensão da avaliação e a divisão da carreira são questões intransponíveis", justificou Arminda Bragança, daquele sindicato, acrescentando que a FNE vai continuar a "tentar minorar alguns dos aspectos mais perversos do estatuto da carreira docente".

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