sábado, março 07, 2009

Sindicatos apelam aos partidos para assumirem compromissos que resolvam problemas do sector

19h00m
Lisboa, 07 Mar (Lusa) - Os sindicatos de professores desafiaram hoje os partidos políticos a assumirem compromissos e a apresentarem propostas para resolver os problemas do sector, sublinhando que isso poderá ajudar os docentes a decidir o seu voto nas próximas legislativas.
"Se conseguirmos que os partidos políticos, em vésperas eleitorais, se comprometam com propostas para resolver os problemas da educação talvez isso até ajude os professores a decidirem a sua opção de voto", afirmou o porta-voz da Plataforma Sindical de Professores, Mário Nogueira, no final do cordão humano de docentes, que se realizou hoje à tarde em Lisboa.
Segundo o dirigente sindical, que estimou "em cerca de dez mil" a adesão dos professores ao protesto, os docentes vão voltar à rua e às greves ainda durante o terceiro período, depois do Ministério da Educação "não ter aproveitado" as negociações de revisão do Estatuto da Carreira Docente.
"Se o Ministério da Educação não alterar a postura que teve até agora, de não abrir mão de rigorosamente nada, o terceiro período lectivo marcará o regresso dos professores às grandes acções de luta", afirmou, responsabilizando desde já o Governo caso os alunos venham a ser prejudicados.
No período que decorre entre 20 e 24 de Abril está já prevista a realização de uma semana de consulta aos professores, para estes se pronunciarem concretamente sobre as acções a desenvolver no futuro.
"Tudo está em cima da mesa e tudo significa fazer um abaixo-assinado ou fazer greves coincidentes com períodos de avaliaçáo [dos alunos]. Aquilo que os professores decidirem, os sindicatos levarão por diante", garantiu o também seretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
O cordão humano, que deveria ligar o Ministério da Educação, a Assembleia da República e a residência oficial do primeiro-minsitros, os responsáveis pelo intranquilidade que se vive no sector, segundo os sindicatos, acabou por não chegar à residência de José Sócrates.
"Ao contrário do Ministério da Educação e de todos os grupos parlamentares, o gabinete do primeiro-ministro disse-nos que não estava disponível para receber uma delegação dos sindicatos" mas que "a portaria estaria aberta até às 17:00 para receber a resolução. Quem não dá confiança aos professores também não merece que os professores dêem confiança", justificou.
MLS.
Lusa/Fim

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