sábado, janeiro 17, 2009

Aimar e Rúben Amorim vestiram a pele de professores

Pablo Aimar e Rúben Amorim trocaram os relvados pela sala de aula. Os dois jogadores do Benfica encabeçaram a comitiva encarnada, que se deslocou esta quinta-feira ao Colégio Atlântico, em Pinhal de Frades, no âmbito do projecto «O Benfica Faz Bem». A iniciativa dos encarnados pretende promover o desporto, alimentação e saúde.
À sua espera estavam centenas de crianças vestidas a rigor, exibindo cachecóis e camisolas do Benfica, embora também se vislumbrassem adereços alusivos aos clubes rivais dos encarnados. Os responsáveis pelo colégio, «Tó» e «Tina», como são carinhosamente conhecidos entre os miúdos, foram os mentores de uma recepção condimentada com diversas supresas.
Para começar, o avançado argentino e o médio português tiveram direito a uma visita guiada e personalizada ao interior do colégio. Ao subirem as escadas de acesso ao edifício, Aimar e Amorim foram presenteados com a «hola» mexicana, simulada por dezenas de miúdos. Os maiores pediam autógrafos. «Olha a águia vitória», comentava-se entre os miúdos de idade mais tenra, deliciados com a presença do símbolo do clube encarnado.
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Foi ao som de «Sou Benfica», dos UHF, que um pavilhão lotado recebeu os ídolos encarnados. Bateu-se palmas, fez-se a festa e todos os olhos na sala se centraram nos três protagonistas da tarde: Rúben Amorim, Pablo Aimar e, a inesperada águia vitória. No palco pedia-se às crianças para fazerem o «jogo do silêncio», mas a felicidade de estarem perante os ídolos, que se habituaram a ver na TV, parecia ser incontrolável.
O jogo só resultou quando chegou a vez de Pablo Aimar e Rúben Amorim se apresentarem. O médio, ex-Belenenses, aproveitou a ocasião para lembrar que ainda está no início da carreira. «Só sou um pouco mais velho que vocês», recordou o jogador de 23 anos.
Crianças assumem papel de jornalistas
Enfrentar as perguntas complicadas das crianças nunca é fácil, mas Amorim e Aimar tiveram sempre a resposta na ponta da língua. Os temas quentes da actualidade foram também chamados à conversa. «Vale a pena fingir que é penálti?», perguntou um dos miúdos. Amorim assumiu as despesas e optou por jogo directo: «Não é bonito, mas às vezes na guerra vale tudo.»
E porque se falta tanto dos árbitros? «Como reagem perante os erros de arbitragem?», perguntou uma das crianças. «Os árbitros equivocam-se, mas não fazem de propósito. Faz parte do jogo», defendeu Aimar.
No entanto, o momento de maior exaltação na sala aconteceu quando Rúben Amorim revelou o motivo pelo qual gosta de jogar contra o Sporting. «Ganhamos sempre», afirmou, o que suscitou alguns assobios dos jovens sportinguistas.
Mas, porque a tarde era de «fair-play» e os temas em debate eram a Saúde, Desporto e Alimentação, os jogadores do Benfica deixaram alguns conselhos aos mais pequenos. «É muito importante ter uma boa alimentação. Comer muitos hidratos e verduras, para ter uma vida sã. Façam desporto porque vos aproxima das coisas boas, e vos afasta das más», apontou Aimar.
O clímax da festa foi impulsionado pela distribuição de dois mil bilhetes, três para cada criança, válidos para o desafio Benfica-Belenenses, a contar para a Taça da Liga, marcado para este sábado, dia 17.
Para os próximos meses estão previstas visitas a outras escolas, com a promessa de um dia diferente para muitas outras crianças.

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