quarta-feira, novembro 22, 2006


Docentes de todo o País explicam à população as razões do seu descontentamento

Luta dos professores continuaMilhares de professores mobilizam-se hoje em todas as sedes de concelho para dar a conhecer aos portugueses os motivos do seu descontentamento face à revisão do Estatuto da Carreira Docente. Querem “explicar o que se passa” e por que não será possível o acordo com a tutela. Carla TeixeiraO programa de acções previsto pela plataforma sindical de professores no contexto da jornada de luta contra o modo como tem decorrido o processo de negociação da revisão do Estatuto da Carreira Docente conhece novos desenvolvimentos ao longo do dia de hoje, em que milhares de professores de todo o País deverão marcar presença em diversos pontos estratégicos de todas as sedes de concelho, com o objectivo de distribuir à população um documento que “explica o que se passa” com a Educação em Portugal e explana as razões do tão propalado descontentamento da classe face à actuação do Ministério de Maria de Lurdes Rodrigues em relação a esta matéria. De acordo com Arminda Bragança, que na cidade do Porto coordena a participação da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação e do Sindicato dos Professores da Zona Norte na acção, de âmbito nacional, “não estão previstas ainda novas acções de protesto” contra o novo ECD, mas as 14 estruturas sindicais que compõem a plataforma reúnem-se amanhã, para analisar essa possibilidade, já que, terminada a ronda suplementar de negociações com a tutela, não foi possível chegar a acordo.Acusando o Governo de se ter mostrado “inflexível”, e de ter “imposto” um Estatuto que “não agrada aos professores nem serve o interesse das escolas e dos alunos”, a plataforma sindical pretende agora explicar à generalidade dos portugueses o que está realmente em causa com a aprovação do diploma na versão defendida pelo Executivo. Considerando já infrutífera a luta levada a cabo pelos docentes, Arminda Bragança refere que “todos os esforços estão agora apontados para minimizar os aspectos mais lesivos do diploma, durante a sua regulamentação”, que terá de ser feita nos próximos três meses, porque, avisa, “a pressa de publicar a lei é enorme”. Assim, das 8h30 às 15 horas, os docentes saem à rua para distribuir um documento em que atestam o seu interesse na criação de condições para a dignificação da sua carreira e para um ensino de qualidade. No Porto os professores vão reunir-se junto às estações de caminho-de-ferro de São Bento e da Trindade, na Casa da Música e perto da estação do metro que dá acesso ao El Corte Inglés de Vila Nova de Gaia.

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