segunda-feira, novembro 20, 2006

Prof's entregam 65 mil assinaturas....


O maior abaixo-assinado de professores de sempre, com 65 mil subscritores, foi ontem entregue no Ministério da Educação (ME) pelos sindicatos do sector, perante mais de 2.500 docentes que nas ruas voltaram a pedir a demissão da ministra. Arrumado em sete caixas de cartão, o documento contra a proposta da tutela de revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD) foi entregue por uma delegação da plataforma reivindicativa ao secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, no final de um cordão humano de protesto, que cercou com três voltas as instalações do ME. "Mais de 65 mil professores expressaram o seu desacordo com uma proposta de estatuto que representa a liquidação da profissão docente e a degradação das condições de trabalho e da dignidade dos professores. Esperamos que contribua para que o Ministério altere as suas posições", afirmou Mário Nogueira, porta-voz da plataforma sindical. O processo de negociação suplementar relativo à revisão do ECD começou quinta-feira, tendo a tutela apresentado uma nova versão da sua proposta, tal como JN adiantou ontem, com alterações que os sindicatos classificaram como "passos importantes que abrangem directamente milhares de professores e que só foram possíveis graças à luta persistente" dos docentes. Apesar de se congratularem com estas mudanças, as organizações sindicais garantiram ontem que "não há qualquer possibilidade de acordo" com o ME, uma vez que se mantêm os aspectos mais contestados como a divisão da carreira em duas categorias, a introdução de quotas para aceder à mais elevada e a avaliação de desempenho dependente de critérios como os resultados escolares e as taxas de abandono dos alunos. O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, admitiu ontem introduzir novas alterações à proposta de revisão do ECD na última ronda negocial com sindicatos, segunda-feira, ressalvando tratar-se de "matérias de pormenor". "É possível que na segunda-feira haja mais alguns acertos. Há várias matérias sobre as quais estamos ainda a estudar a possibilidade de fazer um esforço de aproximação [aos sindicatos], embora em matérias já de pormenor", afirmou Jorge Pedreira.


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