domingo, janeiro 28, 2007

Fenprof mantém reivindicação de novo concurso de professores

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) insiste na realização de um novo concurso de colocação de docentes, apesar de a ministra da Educação ter afastado essa hipótese, e acusa Maria de Lurdes Rodrigues de manter uma atitude de «posso, quero e mando».
«Aquilo que a ministra está a dizer é: eu dirijo pelas regras do quero, posso e mando. Não tenho nada a ver com as 15 mil assinaturas e digo já que não quero saber delas para nada», criticou o secretário-geral da Fenprof, Paulo Sucena, ressalvando que se trata de uma posição pessoal, à entrada do Ministério da Educação para entregar uma petição contra o que os sindicatos consideram ser irregularidades no último concurso de professores.
Maria de Lurdes Rodrigues garantiu hoje, em declarações à margem da apresentação do Prémio Nacional de Professores, não estar disposta a ponderar um novo concurso de colocação de professores e acrescentou não ter havido quaisquer irregularidades.
«Eu não faria isso. Teria respeito por 15 mil professores, receberia primeiro e falaria alguma coisa aos jornalistas. A senhora ministra resolve proceder com o sentido de quem tem o poder absoluto nas suas mãos e é exactamente essa concepção de política que, do nosso ponto de vista vai prejudicar grandemente o sistema educativo, a educação e as escolas em Portugal», acrescentou Paulo Sucena.
O dirigente sindical fez também questão de sublinhar que esta petição nada tem a ver com a validação dos concursos de colocação de professores para três anos, mas com as irregularidades e as ilegalidades que a Federação terá detectado no último concurso.
O abaixo-assinado entregue pela Fenprof, subscrito por 15 mil docentes, reivindica a realização de um novo concurso de colocação nas escolas em 2007.
«Como os professores e os educadores de infância vão ser colocados durante três anos e como está provado que houve irregularidades e, principalmente, 1.500 vagas que desapareceram do concurso, nós achamos que seria sensato que o Ministério da Educação, de uma maneira excepcional, abrisse um novo concurso para suprimir esses erros e essas irregularidades», explicou.
Com as novas regras introduzidas pela tutela o ano passado, os resultados do concurso de professores são válidos por três anos e não por um como acontecia anteriormente, pelo que novo processo de colocação só deverá realizar-se em 2009.
Entretanto, Mário Nogueira, também dirigente da Fenprof, acrescentou que há uma acção em Tribunal contra as colocações com «ilegalidades».


Diário Digital / Lusa
24-01-2007 18:40:36

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