quinta-feira, fevereiro 01, 2007



O recém-criado Departamento do Instituto Confúcio na Universidade de Lisboa destina-se a promover a língua e cultura chinesas em Portugal.
O protocolo foi assinado na China pelo reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa, e pela directora-geral do Conselho Internacional do Ensino Chinês, Xu Lin. O Instituto Confúcio pretende desenvolver o intercâmbio e o diálogo entre Portugal e a China nos domínios da educação, cultura, política e negócios.Esta oportunidade surge de um convite e interesse formal por parte da China em estabelecer uma parceria com a Universidade de Lisboa. Para Amélia Loução, vice-reitora da Universidade, receber o Instituto Confúcio é motivo «de um grande orgulho porque foram eles que nos convidaram e desafiaram» para este projecto. Além disso, acrescenta, «ter um pólo com estas características é extremamente importante, porque permite abrir parcerias entre os dois países» não só ao nível da educação, mas também da cultura e dos negócios.Com este protocolo, o Instituto Confúcio compromete-se a promover e leccionar chinês, desenvolver programas de formação para professores da língua chinesa e actuar como um centro de serviços para instrutores que leccionem chinês em escolas secundárias públicas e privadas. Outro dos objectivos é estabelecer laços entre empresários portugueses e chineses e promover o conhecimento e a compreensão da cultura chinesa. Está ainda previsto, a atribuição de bolsas de estudo e o desenvolvimento de programas de investigação. O alargamento de actividades a outras universidades e instituições do Ensino Superior em Lisboa, nomeadamente a Universidade Técnica, a Universidade Nova e o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, não vai ser esquecido, mas estudantes, professores e investigadores destas instituições terão desde logo acesso às actividades do Instituto Confúcio da Universidade de Lisboa.O Gabinete do Conselho Internacional do Ensino do Chinês irá atribuir cerca de 77 mil euros para o arranque do Instituto Confúcio, bem como livros e material de ensino audiovisual para a biblioteca do Instituto, programas de ensino e material de aulas e com o financiamento de projectos especiais recomendados.À Universidade de Lisboa cabe a responsabilidade de proporcionar estruturas de funcionamento, como espaços para gabinetes, biblioteca e salas de aula. Para já, Amélia Loução adianta que não há ainda uma data prevista para o inicío das actividades sendo necessário tratar de alguns detalhes.O Instituto Confúcio terá um conselho consultivo, que será responsável por definir e acordar a estratégia, o planeamento e o orçamento anual.O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e José Sócrates assistiram à assinatura do acordo entre o Conselho Internacional do Ensino do Chinês e a Universidade de Lisboa para a constituição daquele que será o segundo Instituto Confúcio para o ensino da língua chinesa em Portugal - o primeiro está instalado na Universidade do Minho.Segundo estimativas do Ministério da Educação chinês, cerca de 40 milhões de pessoas em todo o mundo estão a aprender chinês e este número deverá aumentar para 100 milhões em 2010. O Instituto Confúcio assegura a difusão da língua e cultura chinesas além-fronteiras, tendo já cerca de 100 centros espalhados por diferentes países e regiões. No final da década espera chegar aos 500 centros.

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