sábado, junho 09, 2007

SPRC: “O nosso poder é a força dos professores”


Duas centenas de professores, associados e dirigentes sindicais juntaram-se na última sexta-feira, na Quinta do Outeiro, em Tentúgal, para dar os parabéns ao Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) pelos seus 25 anos de luta pelos direitos dos professores e dos trabalhadores em geral.
Entre os vários dirigentes sindicais presentes neste momento de festa, o secretário geral da CGTP-IN, Manuel Carvalho da Silva, fez questão de dar os parabéns ao SPRC sobretudo “por aquilo que significa o projecto em defesa e afirmação constante dos direitos dos professores da região mas também pelo que significa este projecto na sua dimensão de solidariedade e intervenção, sempre com o conjunto do movimento sindical, de forma activa e muito construtiva”. Consciente da importância do SPRC em termos de trabalho sindical a nível regional mas também a nível nacional, no âmbito da Fenprof, Manuel Carvalho da Silva considerou que os trabalhadores portugueses têm para com o SPRC e os seus dirigentes “uma dívida de gratidão”.
Com um apelo à adesão maciça à greve de ontem, o secretário geral da CGTP-IN aproveitou para transmitir a Mário Nogueira, coordenador do SPRC e recém eleito secretário geral da Fenprof, “um abraço de responsabilização, uma saudação para o deixar ainda mais consciente do sentido de responsabilidade das suas funções, de felicidade profunda, mas também para que tome consciência das lutas que se avizinham”.
“A Fenprof é um grande projecto sindical neste país, é um movimento de dimensão fortíssima e um actor social determinante, e os portugueses todos precisam de uma Fenprof activa e dinâmica”, reiterou Carvalho da Silva aludindo à dupla condição de dirigente sindical de Mário Nogueira, enquanto secretário geral da Fenprof e coordenador do SPRC.
Aumento da precariedade e do desemprego e a relação entre estas duas realidades; salário baixos; exploração, aumento do horário laboral e das horas extraordinárias; e os atentados ao estatuto da carreira docente são apenas algumas das preocupações expressadas pelo dirigente da Intersindical, partilhadas aliás por Mário Nogueira. Para o coordenador do SPRC e secretário geral da Fenprof “vive-se um momento difícil para os professores e para as escolas, para a função pública, trabalhadores e para o trabalho sindical”. Neste contexto, o dirigente sindical aproveitou para dar os parabéns ao SPRC pelo “exemplo de trabalho sindical e luta pela defesa dos trabalhadores” ao longo dos seus 25 anos, desafiando os professores a fazer da adesão maciça à greve de ontem o culminar da festa de aniversário.
“A um Governo de um partido que ainda tem na sua designação o nome ‘socialista’ mas que se comporta como a principal ponta de lança do neo-liberalismo” e que, segundo Mário Nogueira, tem tornado o país “mais pobre, socialmente mais injusto e mais difícil para se viver”, o dirigente sindical apelou a um exame de consciência e sobretudo, que relembre as promessas feitas em período eleitoral, nomeadamente, aquelas que dizem respeito à diminuição do desemprego, a maior justiça social, à diminuição dos impostos e aos direitos que os trabalhadores adquiriram ao longo de muitos anos de luta sindical, onde o SPRC tem, claramente, um lugar de destaque.

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