quinta-feira, julho 05, 2007

CDS exige fim da desumanidade para com os professores doentes




EVA CABRAL - PEDRO SARAIVA-ARQUIVO DN (imagem)

A bancada do CDS-PP considera ser necessário que se "acabe com as situações de desumanidade para com os professores doentes e obrigados a trabalhar", frisou ao DN Pedro Mota Soares, vice-presidente da bancada popular, que ontem enviou um requerimento parlamentar ao Ministério da Educação exigindo esclarecimentos urgentes.Depois da divulgação dos casos de professores com leucemia e cancro na traqueia - entretanto já falecidos - que foram obrigados a regressar ao trabalho depois de uma junta médica da Caixa Geral de Aposentações (CGA) os ter considerado aptos, o CDS-PP quer saber se o Ministério da Educação tem efectivo conhecimento destas decisões.Pedro Mota Soares exige ainda saber se neste momento "existem casos semelhantes, de professores que estão em funções, sem as devidas condições de saúde" e "que medidas pretende o Ministério da Educação tomar, de modo a que casos semelhantes não se repitam". Segundo frisa o deputado, o partido "aguarda que o gabinete de Maria de Lurdes Rodrigues responda com rapidez às questões levantadas" e recorda que "noutros casos semelhantes a tutela decidiu não validar os pareceres da Caixa Geral de Aposentações".O CDS-PP admite, contudo, que, caso se verifique da parte do Ministério da Educação "uma resposta não satisfatória, a sua bancada pode vir a avançar com uma iniciativa legislativa por forma a garantir que estas situações não se repitam.Questionado sobre se o requerimento não deveria ser dirigido ao Ministério das Finanças, que tutela a CGA, já que foi esta entidade que realizou as juntas médicas que consideraram os professores aptos para o exercício de funções, Mota Soares considerou "fundamental" que seja o Ministério da Educação a responder. "É essencial que o Ministério da Educação diga o que acha que deve ser feito em situações como esta", salientou, insistindo que se trata de uma "questão de humanidade para os alunos e os professores". Interrogado sobre as declarações da ministra da Educação há cerca de duas semanas sobre o caso da professora que sofria de leucemia, altura em que Maria de Lurdes Rodrigues recusou responsabilidades, alegando que "não há nenhum Governo que possa dar ordens às equipas médicas, o deputado do CDS-PP considerou o caso como "espantoso". Com LUSA

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