quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Bélgica e Canadá lideram bem-estar na educação



Estudo da UNICEF sobre a qualidade de vida de crianças e adolescentes de todo o Mundo é hoje dado a conhecer.
A Bélgica e o Canadá lideram a tabela de bem-estar relativamente à educação, vinte mil crianças morrem todos os anos devido a acidentes rodoviários e domésticos, 80% das crianças e jovens vivem com os pais e menos de 15% dos jovens afirmam ter ficado embriagados uma ou mais ocasiões. Estas são algumas das conclusões do relatório da UNICEF sobre a qualidade vida das crianças e adolescentes de 21 países da OCDE, que é divulgado hoje.O estudo vem demonstrar que os países europeus encabeçam os indicadores da qualidade de vida nas crianças e jovens até aos 15 anos, com a Holanda, a Suécia, a Dinamarca e a Finlândia nos quatro primeiros lugares. No entanto, tal não significa que estes países atinjam resultados cimeiros em todas as seis dimensões do estudo. De acordo com o relatório, também não parece haver uma relação directa entre a qualidade de vida nos jovens e o Produto Interno Bruto de cada país. Na verdade, a República Checa apresenta mesmo melhores indicadores do que França, Áustria, Estados Unidos e Reino Unido.Os dados mostram que, aproximadamente, 3500 crianças dos países da OCDE abaixo dos 15 anos morrem, anualmente, em resultado de maus tratos, abuso físico e negligência. Já os acidentes rodoviários e domésticos continuam a liderar as causas de mortalidade infantil nos países desenvolvidos.No que diz respeito à educação, a Bélgica e o Canadá surgem como os países com melhores indicadores, enquanto que Grécia, Portugal, Itália e Espanha aparecem nos últimos quatro lugares da lista. O relatório permitiu, também, concluir que a família é muito importante para o bem-estar presente e também para o desenvolvimento futuro das crianças e jovens. Perto de 80% dos inquiridos vivem com ambos os pais, ainda que este valor apresente algumas disparidades, consoante o país. Na Grécia e em Itália, por exemplo, 90% das crianças vivem com os pais, enquanto que no Reino Unido (70%) e nos Estados Unidos (60%) o valor é mais baixo.Quanto ao consumo de bebidas alcoólicas, o estudo vem revelar que menos de 15% dos jovens confessam ter bebido em excesso uma ou mais vezes. De novo, os números variam de país para país, a atingir um quarto de respostas positivas na Holanda e um terço no Reino Unido. Na análise às situações de conflito, chegou-se à conclusão que na Suécia e República Checa 15% dos inquiridos assumiram-se como vítimas de bullying, enquanto que em Portugal, Suíça e Áustria os números sobem para 40%. De uma forma geral, a percepção das crianças face à sua qualidade de vida é mais alta na Holanda, Espanha e Grécia e mais baixa na Polónia e Reino Unido. Ao mesmo tempo, a percentagem de adolescentes (11, 13 e 15 anos) que afirmam gostar muito da escola varia entre os 35% na Áustria e Noruega e menos de 15% na Finlândia, República Checa e Itália.O estudo também reflecte uma tendência geral de subvalorizar a qualidade de vida, especialmente nas raparigas, a partir dos 11 anos.Versão integral do Relatório (PDF - 2MB)

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