terça-feira, fevereiro 13, 2007

Professores faltam menos




Os professores dos ensinos Básico e Secundário têm faltado menos desde que entrou em vigor a nova Lei de Bases do Sistema Educativo, que contempla o ínicio das aulas de substituição. O absentismo dos professores desceu para quase metade, noticia hoje o Jornal de Notícias, citando fonte do Ministério da Educação.
O Jornal de Notícias (JN) revela hoje que a taxa de absentismo dos professores dos ensinos Básico e Secundário baixou para 6 por cento. Aquando da implementação das aulas de substituição no ano lectivo 2005/2006, eram dez por cento os educadores que faltavam.
De acordo com fonte do Ministério da Educação, não é possível fazer uma relação directa entre a diminuição das faltas e a obrigatoriedade de as escolas preencherem os famosos "furos". Acredita-se, no entanto, que as aulas de substituição deram “um poderoso contributo” para a diminuição das faltas dos docentes. A "pressão inter-pares" será um dos principais motores desta mudança.
Para além disso, com a última Revisão do Estatuto da Carreira Docente as faltas e atestados passam também a ser mais controlados, diminuindo o facilitismo com que alguns profissionais recorriam a estes meios. Deste modo, o Ministério da Educação faz no momento um balanço “francamente positivo” sobre o modo como tem decorrido a substituição de docentes em falta.
Professores e alunos insatisfeitos
“Após um período de reflexão, adaptação e preparação das escolas para esta nova necessidade, cada uma soube, a seu modo, organizar o serviço docente e os recursos humanos de modo a que, em caso de ausência do professor titular de turma ou disciplina, os alunos tivessem outro tipo de resposta educativa”, sublinha fonte do ministério, admitindo, contudo, que possam ainda “existir falhas numa ou outra escola”.
Entendimento diferente em relação a esta situação continuam a ter professores e alunos. Se nalgumas escolas o preenchimento destes "furos" tem decorrido com alguma normalidade, noutras tem-se revelado numa grande "dor de cabeça".
Os professores mantêm a revolta de quem de um momento para o outro se viu confinado ao papel de "ama-seca" de um grupo de estudantes que algum seu colega deixou sem aulas por falta de comparência. Os alunos reclamam o tempo livre de que dispunham para trabalhar em grupo ou mesmo jogar à bola e criticam a falta de organização das aulas de substituição que impera em algumas escolas.

Cristina Silva11-02-2007 16:13

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