segunda-feira, outubro 15, 2007

Polícias querem processo contra professores


O dirigente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP) na Covilhã, Leonel Silva, sugeriu hoje que a Direcção Nacional da PSP faça uma queixa-crime contra o Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC), noticia a Lusa.
Em declarações à agência Lusa, aquele dirigente sindical reagia ao relatório da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) que concluiu que os polícias que foram à delegação do SPRC na Covilhã não intimidaram ninguém para não se manifestar numa visita de José Sócrates à cidade.
O SPRC acusara dois elementos da PSP da Covilhã de se terem deslocado às instalações da estrutura sindical para obterem informações, numa visita «intimidatória», inédita e «deplorável», tendo anunciado que iria recorrer «às instituições».
«O relatório vem confirmar o que já tínhamos dito: tudo decorreu dentro da legalidade, esta recolha de informação é normal e houve uma intenção de tirar dividendos com este caso», afirmou Leonel Silva.
«Na nossa perspectiva, não só por causa dos dois elementos, mas também pela forma como foi afectada toda a corporação da Covilhã, acho que a Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) devia ponderar a hipótese de avançar com um processo-crime contra o sindicato», destacou Leonel Silva.
Questionado sobre se considera ser um caso de difamação, Leonel Silva admite que essa pode ser a situação, «mas o teor da queixa teria de ser avaliado pelos serviços jurídicos» da PSP. «Esta situação afectou o moral da corporação na Covilhã, sobretudo os elementos que foram alvo desta situação», realçou o dirigente sindical.

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