sexta-feira, outubro 13, 2006

Estará a Srª Ministra com medo da greve de 17 e 18?


A ministra da Educação apelou esta segunda-feira aos professores para que leiam «por si próprios» a proposta de revisão do Estatuto Carreira Docente (ECD), recordando que até ao final do mês será apresentada uma quarta versão do documento, noticia a agência Lusa.
«Apelo aos professores para que leiam e conheçam por si próprios as propostas do Ministério da Educação que estão em cima da mesa. São propostas razoáveis com as quais pretendemos melhorar a qualidade de ensino», afirmou Maria de Lurdes Rodrigues.
A titular da pasta da Educação falava aos jornalistas à saída de uma sessão de apresentação dos resultados da fase piloto de avaliação externa das escolas, que decorreu no Conselho Nacional de Educação, em Lisboa.
«O estatuto é para os professores muito importante, mas do ponto de vista da escola é um instrumento de gestão que tem de ser melhorado. As coisas não podem ficar como estão», acrescentou a ministra.
Maria de Lurdes Rodrigues relembrou que, até ao final do mês, será apresentada uma quarta versão do ECD, pelo que durante o período de negociações, a tutela «está sempre a tempo de melhorar e incorporar as sugestões dos sindicatos».
Questionada pelos jornalistas sobre a manifestação de professores na quinta-feira, que reuniu em Lisboa mais de 20 mil docentes, Maria de Lurdes Rodrigues considerou que alguns professores desconhecem a proposta de revisão.
«Não vi a manifestação. Vi apenas reportagens curtas e pareceu- me que os professores inquiridos não conheciam de facto as propostas em cima da mesa», afirmou.
A Marcha Nacional contra a revisão do Estatuto da Carreira Docente foi o maior protesto de sempre de professores, segundo os sindicatos com cerca de 25 mil docentes, que aprovaram ainda a realização de uma greve nacional a 17 e 18 de Outubro.
A greve, cujo pré-aviso foi entregue na sexta-feira, será realizada caso «o Ministério da Educação não dê provas inequívocas de estar disposto a abrir um processo negocial em que as posições sindicais sejam democraticamente tidas em conta».

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