quarta-feira, outubro 11, 2006

Greve - 17 e 18 de Outubro

Um quinto dos docentes portugueses desfilou em Lisboa, em defesa da dignidade profissional
"Categoria há só uma: Professor e mais nenhuma!" e "Pela negociação, contra a imposição" - estas foram duas das palavras de ordem que marcaram o ritmo da Marcha Nacional de educadores e professores realizada na tarde do dia 5 de Outubro, entre o Marquês de Pombal e o Rossio, em Lisboa.Cerca de 30 000 docentes nas ruas da capital - à volta de um quinto do total destes profissionais em serviço no País - responderam, com entusiasmo e determinação, ao apelo das 14 organizações de docentes e deram vida à maior manifestação de educadores e professores até hoje realizada em Portugal, como sublinharam os jornalistas (TV, Rádio e Imprensa) que acompanharam a Marcha.No Dia Mundial do Professor e no feriado evocativo de uma data gloriosa da nossa História, os docentes, em unidade, protestaram contra a tentativa de imposição de um novo Estatuto da Carreira Docente, que retira ou reduz direitos, salários, tempo de serviço, condições de trabalho e de exercício profissional.Como afirmou Paulo Sucena no gigantesco Plenário do Rossio, "ou o senhor secretário de Estado, no dia 12 de Outubro, modifica a sua atitude e admite um verdadeiro e real processo de negociação com as organizações sindicais, ou haverá greve nacional nos próximos dias 17 e 18 de Outubro, cujo pré-aviso será amanhã (6 Out.) entregue".E esse é o sentido da moção "Por um ECD que dignifique a profissão docente e reforce o seu prestígio social" aprovada por unanimidade e aclamação. Além da greve, os milhares de educadores e professores presentes manifestam "a sua disponibilidade para prosseguir a luta, sob a forma que, a cada momento, se mostrar mais adequada, com vista a impedir que o ME imponha autocraticamente o seu ECD".Ao plenário de encerramento da Marcha chegaram dezenas de mensagens de solidariedade enviadas por organizações sindicais nacionais e estrangeiras. Duas vozes solidárias (de Espanha e de Itália) apresentaram as suas saudações na tribuna do Rossio. / JPO

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