terça-feira, dezembro 05, 2006

UE: Portugal é «campeão» no corte da despesa pública


A redução da despesa pública com pessoal que o Governo se propõe fazer entre 2006 e 2007 é a maior desde 2000 nos doze países da Zona Euro, com excepção da Áustria, que num ano cortou 1,2 pontos percentuais, refere o Diário de Notícias na edição.
Segundo propõe o jornal, se a análise for feita desde 2002, Portugal é mesmo o país que mais corta a fundo nos salários do Estado.
O Governo prevê reduzir os gastos com pessoal em 0,6 pontos percentuais neste ano e no próximo, num total de 1,2 pontos. Uma «terapia de choque» que compara com uma média de redução de 0,2 pontos na Zona Euro, prevista para o mesmo período.
Embora a tendência geral dos Doze aponte, segundo as previsões de Outono da Comissão Europeia, para uma diminuição daquela despesa em todos os países (salvo a Irlanda, que estagna), só há um país que se aproxima dos valores fixados por Portugal. A Finlândia prevê uma redução de 0,4 pontos percentuais em 2006, mas esse esforço de contenção abranda no ano seguinte para 0,2 pontos percentuais, enquanto se mantém em Portugal.
Este travão a fundo acontece após um período em que os gastos com salários do Estado cresceram acima da média da Zona Euro. Como se pode constatar no quadro, entre o ano 2000 e 2005 a factura cresceu sempre, à excepção de 2003 e de 2004, ano em que se verificou uma estagnação.
Em causa, refere o DN, está uma poupança estimada entre 400 a 318 milhões de euros, consoante se trate das previsões de Bruxelas ou do Governo, para 2006 e 2007.
E ela deriva essencialmente da redução do número de funcionários (através da não substituição integral dos novos aposentados e menor contratação de professores), congelamento dos escalões e dos suplementos, contenção salarial e diminuição das estruturas do Estado, ao que acresce, ainda, o corte das comparticipações no custo dos medicamentos e outros actos médicos, refere o DN.
05-12-2006 7:31:46

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