quarta-feira, maio 23, 2007

OMinistro, o professor e as piadas


Se um ministro brinca com o primeiro-ministro, adormeço tranquilo. Gostei de escrever, há dias, uma crónica por Mário Lino gozar com José Sócrates sem os quartéis terem entrado em prevenção. Lembrei, então: nem sempre foi assim. Camões foi exilado para a Índia por ter brincado com o rei D. Manuel. Ora, agora, um professor foi castigado por ter dito uma piada sobre Sócrates. Disse um qualquer assessor: "Os funcionários têm o dever da lealdade institucional." Falemos de lealdades. Com Mário Lino, eu escrevi: agora já se pode brincar com os de cima. Passei por parvo. Sócrates tem um dever de lealdade para comigo. Que apareça com o professor a rir-se às gargalhadas de piadas sobre o primeiro-ministro. Eu, na crónica, defendi Sócrates com unhas e dentes: disse que ele era um primeiro-ministro normal num país normal. Lealmente, rindo-se como o professor, Sócrates não me deixará perder a face. Obrigado.

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