quinta-feira, maio 24, 2007

«Não vão servir para avaliar professores»


O secretário de Estado Adjunto da Educação garantiu esta terça-feira que as provas de aferição no 4º e 6º anos não são um mecanismo para responsabilizar e avaliar os docentes, negando uma acusação da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), escreve a Lusa.
Na terça-feira, a Fenprof criticou a realização destas provas, considerando que a intenção do Ministério da Educação é avaliar e responsabilizar escolas e professores caso as classificações do alunos venham a ser baixas.
Em conferência de imprensa, Jorge Pedreira garantiu que o objectivo destes testes, que hoje se realizaram a Língua Portuguesa e quinta-feira se farão a Matemática, «não é o de imediatamente avaliar os professores».
«Se assim fosse o ministério teria assumido plenamente esse objectivo. Aquilo que está em causa é avaliar os alunos, as escolas e o sistema e permitir a auto-avaliação dos professores, uma vez que os resultados são devolvidos aos estabelecimentos de ensino e aos docentes», afirmou Jorge Pedreira.
«Cada professor deve usar este instrumentos na sua auto-avaliação e na correcção daquilo que entenderem que nas suas práticas está menos correcto», defendeu o governante.
No entanto, sobre a avaliação de desempenho dos professores no âmbito do Estatuto da Carreira Docente, Jorge Pedreira garantiu que «não haverá uma tradução directa de uma avaliação de desempenho dos professores baseada nos níveis absolutos de resultados».
«Nunca esteve no horizonte do ME. Nunca foi intenção do ME», reiterou.
Sobre a substituição das provas de aferição por exames nacionais, como defendeu hoje a Sociedade Portuguesa de Matemática, como forma de detectar mais cedo eventuais deficiências, Jorge Pedreira remeteu para mais tarde eventuais decisões nesse sentido.
«Não é tempo de anunciar medidas. Faremos uma avaliação de todo este processo e só após a apresentação do relatório final tomaremos as decisões que houver a tomar», disse.
O secretário de Estado Adjunto e da Educação anunciou ainda que 118.730 alunos do 4º ano e 126.822 estudantes do 6º ano realizaram hoje a prova de Língua Portuguesa, distribuídos por um total de 7.904 escolas públicas e privadas, sendo as provas corrigidas e classificadas por mais de 4.000 docentes.

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