segunda-feira, novembro 13, 2006

Na abertura oficial da «escola segura», polícias quiseram ser «modernos



Cerca de dez mil alunos estiveram esta quarta-feira, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, na abertura oficial do ano escolar, num evento preparado pelo Comando Metropolitano da PSP de Lisboa. À sua espera estava um espectáculo com demonstrações das actividades da polícia, cães da PSP e actores da série «Morangos com Açúcar».
À medida que os adolescentes, oriundos de várias escolas de Lisboa, entravam no Pavilhão, percebia-se o verdadeiro motivo da sua euforia: o espectáculo iria terminar com um concerto dos DZRT. «A polícia é fixe», diziam. Mas ainda tiveram direito a outra surpresa. O apresentador do evento era o actor João Leiria, que fez de agente da PSP na série «Morangos com Açúcar».
Apesar das dezenas de polícias, durante o concerto que fechou o evento, as fãs conseguiram furar a segurança e «atacar» um membro do grupo que acabou «agarrado» por 20 adolescentes.
Quem não teve uma boa recepção foi a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e o ministro da Administração Interna, António Costa. Assim que foram anunciados os seus nomes pelo comandante da PSP de Lisboa, Francisco Oliveira Pereira, ouviu-se uma imensa assobiadela. Tão grande, que o comandante se viu obrigado e pedir «palmas, palmas».
Na génese da organização deste evento estão subjacentes dois objectivos, disse o comandante da PSP/Lisboa. «Criar uma ligação entre a polícia e a escola e dar outra imagem da polícia, uma polícia moderna, eficaz e competente».
Espectáculo com demonstrações das actividades policiais
Antes da música, os polícias deram um verdadeiro espectáculo das suas capacidades. Salvaram reféns, desactivaram bombas, controlaram um grupo de desordeiros, detectaram droga dentro de um veículo suspeito e, por fim, os «cães polícia» fizeram a delícia dos miúdos e graúdos.
Além do policiamento de proximidade «escola segura», já bem conhecido, foi apresentado o programa «recreio seguro» que visa resolver «problemas de droga e álcool dentro das escolas e é levado a cabo por polícias à paisana», explicou a subcomissária Paula Monteiro aos alunos.
O evento começou com uma hora de atraso e os DZRT só actuaram já passavam das 17h, quando algumas escolas tinham abandonado o recinto para regressarem a casa. Quem ficou teve direito a um mini-concerto acústico do grupo.

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