terça-feira, novembro 14, 2006

Novas formas de luta


Professores em luta



14-Nov-2006

PROFESSORES EM VIGÍLIA FRENTE AO MINISTÉRIO
Os professores iniciaram hoje às 11h uma vigília em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa, que dura até às 12h da sexta-feira. Nesse mesmo dia, às 14h30, será realizado um Plenário Nacional de Professores e Educadores no Parque Eduardo VII, seguido de um cordão humano até ao Ministério da Educação, onde será entregue às 17h um abaixo-assinado de 60 mil assinaturas. Entretanto, a Plataforma Sindical dos Professores divulgou um comunicado em que acusa de ambíguo o discurso da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que anunciou na Assembleia da República a reconversão profissional de milhares de docentes para áreas como o apoio à biblioteca, a manutenção dos edifícios, o apoio jurídico, o apoio social.
"Percebe-se mal o que pretende o ME", diz o comunicado da FENPROF. "Colocar, temporariamente, professores com outras funções? Reconverter docentes que passarão para outra categoria profissional? -, mas compreende-se que serão milhares os docentes que ficarão sujeitos a esta mal explicada reconversão profissional, com consequências que são ainda desconhecidas."
Para a Plataforma Sindical de Professores, não há professores a mais no sistema. "A alegada existência de professores em excesso decorre, sobretudo, de um conjunto de medidas que têm vindo a ser tomadas - encerramento de escolas, cortes na Educação Especial, integração das Escolas Secundárias no agrupamento - e outras que, pela imposição de um novo Estatuto da Carreira Docente, o ME pretende aprovar, designadamente o aumento dos horários de trabalho, a extinção dos quadros de escola, etc..."
"O que é público e objectivo", prossegue o comunicado, "é o corte de 343 milhões de euros em salários, obtido através de um número muito elevado de docentes a dispensar, bastante mais do que os 5 000 contratados que a Ministra da Educação diz que serão despedidos, e com o bloqueio à entrada de novos docentes no sistema, designadamente educadores de infância e professores do 1º CEB."

Sem comentários: