segunda-feira, novembro 13, 2006

Professores doentes têm de dar aulas

Há professores com problemas cardíacos, renais e até oncológicos, sujeitos a tratamentos prolongados como quimioterapia e hemodiálise, que estão a ser obrigados a dar aulas em horários completos.
Apesar da fragilidade física e emocional, aguardam a entrada em vigor de uma nova lei, aprovada em Conselho de Ministros no dia 7 de Setembro, que ainda não foi publicada no Diário da República.
Mário Nogueira, dirigente da Fenprof, cita o «Correio da manhã», explica que «apesar da nova legislação ainda não estar em vigor em Abril, altura em que deram entrada os pedidos, o ministério não autorizou as escolas a avançar com os processos e os pedidos ficaram retidos».
«Os professores estão a ser vítimas de um vazio que não existe», diz. «Enquanto um decreto-lei não é aplicado, mantém-se o anterior».
A Associação Sindical dos Professores Licenciados também recebeu várias queixas de docentes na mesma situação.
Segundo a presidente Maria de Fátima Ferreira, «estas situações não estão a acontecer em todas as direcções regionais». «Só o Centro e Norte é que resolveram não ceder as dispensas da componente lectiva», diz.
Para já, as atenções concentram-se na revisão do Estatuto da Carreira Docente. Os sindicatos vão usar o período extraordinário de negociação, devendo entregar o pedido por escrito até quarta-feira.

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