segunda-feira, novembro 13, 2006

Privilégios dos Professores????

Subject: Resposta a um leitor do "Expresso" s/ os privilégios dos profs.

(Consultem a página indicada vale a pena)

Convido o Zorba1952 a, antes de vir para aqui com disparates e mentiras, consultasse a última versão (2006) do Education at a Glance, publicado pela OCDE. Vou facilitar-lhe o trabalho de persquisa: encontra esse documento em http://www.oecd.org/dataoecd/44/35/37376068.pdf Se for à página 58, verá desmontada a convicção generalizada e disparatada de que os professores portugueses passam pouco tempo na escola e que no estrangeiro não é assim. Está lá escarrapachado que, em tempo de permanência na escola, os profs portugueses estão em 14º lugar (em 28 países), com tempos de permanência superiores aos japoneses, húngaros, coreanos, espanhóis, gregos, italianos, finlandeses (sim, os tais que o ex-PR disse, na TV, que passavam 52 horas por semana na escola, eh, eh, eh), austríacos, franceses, dinamarqueses, luxemburgueses, checos, islandeses e noruegueses! E agora? Quem tem mais credibilidade? O estudo da OCDE, ou o "estudo" a olhómetro de muitos (à boa maneira portuguesa...)? Já agora, no mesmo documento de 2006 poderá verificar, na página 56, que os professores portugueses estão em 21º lugar (em 31 países) quanto a sálários! Admirado, não? Pois é, há dias, os jornais da situação vomitaram cá para fora que os profs portugueses eram os terceiros mais bem pagos, não foi? Mas há mais (e olhe que vi os gráficos na diagonal...)! Mais, na pág. 32 poderá verificar que, quanto a investimento na educação em relação ao PIB (e olhe que temos um PIB de trampa!), estamos num modesto 19º lugar (em 31 países - aposto que está boqueaberto, o seu olhómetro dava-lhe outros números, não?)) e que estamos em 23º lugar (em 31 países) quanto ao investimento por aluno, como se pode verificar na pág. 32. Isto o ME não manda publicar, não!!! Convido o Expresso a confirmar os dados que acabei de dar, retirados daquele que é considerado o estudo mais credível, o da OCDE. E, já agora, que divulgasse os números.

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