quarta-feira, novembro 15, 2006


Negociações do ECD retomadas
Professores e Governo estão de regresso à mesa das negociações do Estatuto da Carreira Docente.
A par da tentativa de encontrar acordo num processo que já se arrasta desde Maio, os docentes do Ensino Básico e Secundário iniciam uma vigília de dois dias. Os professores do Ensino Básico e Secundário iniciam hoje, a partir das 11 horas, uma vigília de dois dias junto ao Ministério da Educação, durante a qual são retomadas as negociações do Estatuto da Carreira Docente. “Esta vigília não pretende ser um protesto de massas, mas sim um sinal ao Governo de que os professores não vão abdicar de lutar nem tão pouco desistir”, afirmou Mário Nogueira, porta-voz da plataforma que reúne 14 sindicatos do sector. O protesto, que se prolonga até às 12 horas de sexta-feira, deverá contar com a presença permanente de cerca de 50 docentes, que receberão a visita de deputados de todos os partidos políticos, incluindo do PS.
Durante as 49 horas de vigília, os professores vão ainda contar com a presença solidária de personalidades como o presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes, o ex-reitor da Universidade de Évora José Paulo Serralheiro e o director da revista «Pontos nos Is» e cronista do jornal «Público», Santana Castilho. Animação cultural e musical por parte de grupos como os «Toca a Rufar» ou os «Bombos da Póvoa do Varzim» vai também marcar o protesto frente ao ME. Além da vigília, as estruturas sindicais vão promover sexta-feira um Plenário Nacional de Professores e Educadores no alto do Parque Eduardo VII, no qual são esperadas cerca de três mil pessoas para avaliar o processo de negociação suplementar, que arranca amanhã. Um cordão humano de professores e educadores até ao ministério, onde será entregue um abaixo-assinado com cerca de 60 mil assinaturas, encerra mais uma jornada de contestação.A polémica negociação relativa à revisão do ECD, entre Maio e final de Outubro sem acordo entre a tutela e os sindicatos, num processo em que os professores acusaram o ME de “intransigência e inflexibilidade”. Findo o período regular, as organizações sindicais accionaram a negociação suplementar, que, segundo a legislação, deve ser presidida pela ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, podendo prolongar-se por 15 dias.

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