quinta-feira, novembro 08, 2007

Duzentos alunos do Seixal manifestam-se contra políticas educativas do Governo

Duas centenas de alunos das escolas secundárias do concelho do Seixal manifestaram-se hoje contra as políticas educativas do Governo, exigindo um ensino de qualidade e gratuito para todos.
O protesto contou com alunos das quatro escolas secundárias do concelho do Seixal - José Afonso, José Cargaleiro, Alfredo dos Reis Silveira e da Amora -, que se reuniram durante a manhã no Parque Urbano das Paivas, no Seixal.Uma das principais bandeiras do protesto foi a luta contra o abandono e o insucesso escolar. De acordo com Mário Borges, um dos organizadores, estes são dois problemas que não poderão ser combatidos "se permitirem que os alunos faltem às aulas e recuperem a sua nota através de um mero exame".Para aquele aluno da Escola Secundária José Afonso, o recuo da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, em relação à medida "prova que esta não era a solução para motivar os alunos a irem às aulas e participarem na comunidade e vida educativa".A luta contra os custos do ensino, os exames nacionais, a organização das aulas de substituição, as turmas sobrelotadas e as más condições das escolas do concelho foram outros pontos focados durante o protesto.A iniciativa contou também com a presença da vereadora da Educação da Câmara Municipal do Seixal, Paula Santos, que manifestou, desta forma, "solidariedade e apoio na luta por uma efectiva igualdade de oportunidades"."Estes são os motivos com os quais nós e até os professores da comunidade educativa nos solidarizamos, visto que estamos todos preocupados com o estado da educação, dos equipamentos e materiais das escolas", afirmou também Paula Santos.A articulação com o Governo central tem sido "uma constante", na tentativa de a autarquia conseguir "um ensino realmente público, gratuito e de qualidade para o concelho do Seixal", disse ainda a vereadora.A presença da vereadora Paula Santos no local motivou "ainda mais" os alunos presentes para a continuação destas iniciativas "de defesa dos direitos dos estudantes", que esperam, assim, apoio institucional na possível deslocação a Lisboa ainda durante este mês.Apesar da pouca adesão, "mesmo assim muito melhor que em anos anteriores", Mário Borges revelou que esta manifestação serviu de "ensaio geral" a uma futura deslocação à Assembleia da República para reivindicar os direitos dos estudantes.

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