quarta-feira, novembro 07, 2007


Plenário da Frente Comum em frente ao Ministério das Finanças Reiterada a necessidade de realização de Greve em Novembro __________________________________________________
Ana Avoila falava aos jornalistas e aos trabalhadores presentes em frente ao Ministério das Finanças quando, hoje, 7 de Novembro, anunciou a inevitabilidade da realização de greve no final do mês, perante a irredutibilidade do governo em relação à sua proposta de 2,1% de aumentos salariais.
A Frente Comum, como aliás tinha anunciado, apresentou uma contra-proposta negocial, baixando os valores dos iniciais 5,8% para 5%, numa clara manifestação de vontade em chegar a um entendimento que garantisse o início da recuperação do poder de compra perdido, particularmente nos últimos anos, a participação nos ganhos de produtividade e a compensação pela inflação previsível para 2008, superior a 2,5%.
O governo, porém não aceitou rever nenhum dos seus critérios.
Em causa nesta Greve estará, para além da questão salarial, o SIADAP, o regime de mobilidade especial e de aposentação, bem como questões relacionadas com o emprego e estabilidade profissional.
Mário Nogueira denuncia
situação grave de desemprego no sector
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O Secretário-Geral da FENPROF, usando da palavra durante este plenário, salientou especificamente as questões do emprego como centrais do desenvolvimento do país e da administração pública portuguesa e chamou a atenção para o facto de que "na administração pública este é já um problema grave que afecta os próprios trabalhadores, mas, igualmente, os serviços e o seu funcionamento. Para mais adiante registar "mais de 35.000 professores desempregados dos ensinos básico e secundários, situação que poderá, em breve agravar-se, com cerca de 2.000 professores do ensino superior". Mário Nogueira registava que, "para um país, como Portugal, que vive graves problemas na Educação que não se resolvem com menos, mas sim com mais recursos humanos qualificados", esta é, referiu, uma situação inadmissível.
Mas Mário Nogueira foi ainda mais contundente, ao lembrar que em todo o sector do Estado são mais de 100.000 os trabalhadores sem emprego, para depois acrescentar que tal acontece porque "as políticas neo-liberais em curso no nosso país, aquelas que o Governo do PS promove e que o PSD ainda acha curtas, são orientadas para degradar as respostas públicas, que são de todos, criando insatisfações e, assim, facilitar a suia privatização".
"Não somos imobilistas. Não achamos que na administração pública não há nada a fazer e a melhorar", disse já na parte final da sua intervenção, "Mas, neste caso, o que o Governo quer é degradar as suas respostas e o ataque que move aos seus trabalhadores, de que resulta cada vez mais desemprego ou emprego precário", continuou, "é uma das vertentes desse ataque".
Greve pode ser convocada pelas diversas frentes sindicais ______________________________________________
A Frente Comum dirigiu um forte apelo às outras duas frentes sindicais da administração pública, que integram a UGT, para que se juntem a esta luta, aguardando-se, a todo o momento uma resposta positiva da FESAP e do STE.
Departamento de Informação e Comunicação

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