segunda-feira, janeiro 19, 2009

Pais apelam a Cavaco para intervir no conflito da Educação

A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIP) exigiu hoje a intervenção do Presidente da República para resolver o 'braço-de-ferro' entre sindicatos dos professores e Governo, considerando que os maiores prejudicados são os alunos
«Apelamos ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, para excercer a sua magistratura de influência no sentido de tentar resolver este conflito, que já se arrasta há mais de um ano e cada vez mais prejudica a aprendizagem dos nossos filhos», disse à agência Lusa Maria José Viseu, presidente da CNIP.
«A nossa preocupação tem a ver, sobretudo, como o facto de este conflito, que não tem fim a vista, estar a influenciar negativamente a aprendizagem dos alunos», acrescentou.
Situação que, segundo Maria José Viseu, vai se «agudizar ainda mais» se o braço-de-ferro e a «situação de conflito» continuarem por muito mais tempo.
«Os professores irão dispor de muito pouco tempo para apoiar os alunos, sobretudo os do ensino secundário e aqueles do 9º ano que irão fazer os exames nacionais», precisou.
Para a responsável da CNIP, o dia de paralisação hoje dos professores «trouxe alguma anormalidade», uma vez que a «adesão à greve foi elevada e impediu o normal funcionamento das escolas».
A greve de professores de hoje registou uma adesão de 91 por cento, segundo os sindicatos, mais 50 pontos do que a estimativa do Governo, que fala em 41 por cento.
Maria José Viseu criticou ainda que algumas escolas, «sobretudo na zona de Sintra», mesmo estando abertas, se viram obrigadas a mandar os alunos para casa, «já que as empresas contratadas não forneceram o serviço de refeição».
Os professores realizaram hoje mais uma greve em protesto contra o modelo de avaliação de desempenho e o Estatuto da Carreira Docente (ECD).
Os sindicatos exigem a suspensão e substituição do modelo de avaliação de desempenho e, relativamente ao ECD, querem eliminar a divisão da carreira em categorias hierarquizadas (professores e professores titulares).
Lusa / SOL

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