segunda-feira, janeiro 19, 2009

Professores independentes garantem que alunos não serão prejudicados

Cinco movimentos de professores não sindicalizados enviaram hoje uma «mensagem aos portugueses» para esclarecer os motivos da greve e garantir que os alunos não serão prejudicados

Num comunicado enviado aos jornalistas, a Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APEDE), a Comissão em Defesa da Escola Pública (CDEP), o Movimento Escola Pública (MEP), o Movimento de Mobilização e Unidade dos Professores(MUP) e o PROmova (PROFESSORES - Movimento de Valorização) dirigem uma «esclarecedora e convincente mensagem aos portugueses».Na missiva, os professores independentes explicam que a opção pela greve só surgiu «depois de terem tentado de todas as maneiras que a suas opiniões fossem tomadas em consideração».Os docentes «fizeram abaixo-assinados, vigílias e dezenas de manifestações - duas das quais com mais de 100 mil professores», tudo fora do horário de trabalho: «ao fim do dia ou aos sábados para não prejudicar os alunos», sublinham.Hoje, estes docentes juntaram-se à greve convocada pelos sindicatos, que segundo o porta-voz da plataforma sindical dos professores está a ter uma adesão de 90 por cento em todo o país. Os independentes explicam a sua adesão à greve em poucas palavras: «querem ser avaliados por processos justos e que contribuam para o seu aperfeiçoamento profissional», «querem ter uma carreira única, digna, em que o mérito seja sempre premiado e não uma carreira dividida artificialmente»; «querem ser tratados com respeito e que as suas opiniões sejam tidas em consideração na elaboração de diversas leis que o governo (...) procura impor».Os professores lembram que «não estão a reivindicar aumentos salariais», mas sim a lutar por «leis que valorizem a sua função e os ajudem a combater a indisciplina e a violência que tem vindo a crescer nas escolas».«Desejam uma escola que ministre um ensino de qualidade, onde os alunos passem de ano a dominar as matérias e não uma escola que não prepara para a vida e que permite a passagem indiferenciadamente, para ficar bem vista nas estatísticas europeias». Por isso, prometem não esquecer os alunos, garantindo que se vão empenhar para garantir a leccionação das matérias previstas.Na semana passada, estes cinco movimentos de professores juntamente com o Movimento dos Professores Desterrados convocaram uma manifestação para esta sexta-feira frente ao Palácio de Belém, em Lisboa, para sensibilizar Cavaco Silva para o «clima de perturbação» que o modelo de avaliação de desempenho «está a provocar nas escolas».Os docentes pretendem alertar o Chefe de Estado para os aspectos «mais gravosos» do modelo de avaliação do Ministério da Educação e apresentar a Cavaco Silva as suas «justas» reivindicações, durante uma audiência que irão solicitar para o mesmo dia.
Lusa/SOL

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