domingo, janeiro 18, 2009

Portas desafia Sócrates a dar liberdade de voto a deputados na avaliação de professores

Hoje às 18:31

O presidente do CDS-PP desafiou José Sócrates a dar liberdade de voto na votação da proposta dos democratas-cristãos sobre a avaliação de professores. No encerramento do congresso do partido, Paulo Portas pediu aos seus apoiantes para que não votem no PS nem no PSD.
O presidente do CDS-PP desafiou o primeiro-ministro a dar liberdade de voto aos deputados do PS na votação da proposta dos democratas-cristãos sobre a avaliação de professores na sexta-feira no Parlamento.
No encerramento do XXIII Congresso do CDS-PP, Paulo Portas recordou que «não faz pressão sobre a consciência de qualquer deputado» e pediu a José Sócrates para ser «realmente democrata».
«Deixe a liberdade de consciência dos seus deputados funcionar. É urgente voltar à paz nas escolas, dar ensino aos alunos, dignidade aos professores e ultrapassar este momento muito mau na educação em Portugal», explicou.
No seu discurso, Portas anunciou ainda a entrega de um pacote legislativo sobre segurança que inclui entre as suas sete medidas a obrigatoriedade dos tribunais julgarem em 48 horas os detidos em flagrante delito.
Paulo Portas pediu ainda aos portugueses para «castigarem com o seu voto o PS» quer nas eleições legislativas quer nas eleições europeias, que considerou ser a «primeira volta das legislativas».
«Os socialistas não merecem nenhum prémio tal o estado em que o país está e o país está a ficar cansado de tanta arrogância do primeiro-ministro e de tanta mediocridade de alguns dos seus ministros», acrescentou.
O líder dos democratas-cristãos apelou ainda aos seus apoiantes para que não votem no PSD, considerado por Paulo Portas, como fazendo, a par do PS, parte dos «partidos tradicionais», partidos que os portugueses vêem como parte do problema e não da solução».
No final deste congresso, que decorreu nas Caldas da Rainha, Portas considerou que o seu partido sai reforçado e que constitui agora uma «alternativa real» ao PS «em tempos de grande instabilidade partidária e até em tempos de ameaça de decisão no partido do Governo».
Para Portas, o CDS-PP oferece agora «certeza, segurança e estabilidade», tendo colocado-se «no campo de quem não é socialista» e «de quem quer acolher os que estão desiludidos com os socialistas».
«O CDS afirma-se por si próprio, tem autonomia e reivindica a sua independência. Não é confuso, nem se confunde, não é acessório nem será nunca subalterno. Temos uma ambição: sermos maiores. Alguém nos pode criticar por termos tanta ambição?», perguntou.

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