terça-feira, novembro 11, 2008

Criticas de Alegre mostram que PS é «livre e plural»

O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, afirmou hoje que as críticas do deputado socialista Manuel Alegre à política de educação do Governo são próprias da «dinâmica» de «um partido livre e plural como o PS»

O ex-candidato presidencial Manuel Alegre lança hoje o segundo número da Ops!, Revista de Opinião Socialista, ocasião em que deverá renovar algumas das suas críticas à política de educação do Governo.

Domingo, em declarações ao jornal Público, Alegre comentou a manifestação de professores realizada na véspera e considerou que a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, revelou «pouca cultura democrática» ao referir-se à manifestação como «um acto de intimidação».

Falando aos jornalistas na Assembleia da República, o ministro da Presidência procurou desdramatizar as críticas de Manuel Alegre, alegando que «o PS é um partido livre e democrático».

«Não faço qualquer comentário [ao que afirmou Manuel Alegre]. As críticas de elementos do PS fazem parte da dinâmica de um partido livre, plural e democrático», argumentou Pedro Silva Pereira.

No entanto, o ministro da Presidência adiantou que o Governo «tem bem consciência da importância das reformas que estão em curso na educação».

«Não é uma coisa menor aquilo que está em causa» no sector da Educação, sustentou o titular da pasta da Presidência.

Segundo Pedro Silva Pereira, as intervenções do executivo vão no sentido de «melhorar a escola pública - e a avaliação dos professores é um elemento desse programa de mudanças na escola pública».

«É natural que as mudanças criem sempre dificuldades, sobretudo nos primeiros tempos, mas não há qualquer razão para não haver avaliação de professores. Lamentamos que um memorando de entendimento celebrado com os sindicatos não seja cumprido pelos mesmos sindicatos», declarou ainda Pedro Silva Pereira.

Horas antes desta declaração de Pedro Silva Pereira, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, desafiou o deputado socialista Manuel Alegre a aplicar a sua teoria da «cultura democrática» aos sindicatos dos professores, que o Governo acusa de terem desrespeitado um acordo que assinaram livremente.

«Convido o deputado Manuel Alegre a aplicar esse mesmo critério da cultura democrática ao comportamento das direcções dos sindicatos dos professores, que em Abril assinaram com o Governo um memorando de entendimento e agora em Novembro organizaram uma manifestação contra um acordo que assinaram livremente», declarou Augusto Santos Silva.

Lusa/SOL

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