O líder parlamentar do PSD classificou hoje como «infelizes e insensatas» as acusações do primeiro-ministro de «oportunismo político» da oposição, criticando a atitude de José Sócrates de «meter a cabeça na areia» em vez de resolver os problemas
«O primeiro-ministro não quer reconhecer a realidade, prefere meter a cabeça na areia como a avestruz e atacar a oposição, atacar o PSD», criticou o líder da bancada do PSD, Paulo Rangel, em declarações à Lusa.
Hoje ao início da tarde, José Sócrates acusou os partidos da oposição, em particular o PSD, de «oportunismo político» nas reacções à manifestação de milhares de professores no sábado, em Lisboa, contra o processo de avaliação.
Intervindo no XIII Congresso Distrital do PS de Coimbra, José Sócrates considerou «lamentável o oportunismo dos partidos», que «devem servir defender o interesse do geral do país e não para se colarem a reivindicações corporativas na esperança de ganhar uns míseros votos».
«Já não esperava nada dos partidos à nossa esquerda, que têm a habitual estratégia do protesto, mas que o principal partido da oposição, que ainda há uns meses atrás aquando da outra manifestação dizia ao PS que se recuasse era um vergonha, venha agora dizer que o Governo deve recuar», enfatizou José Sócrates.
Numa reacção a estas declarações, o líder da bancada social-democrata classificou-as de «infelizes e insensatas», lamentando que o primeiro-ministro prefira atacar a oposição «em vez de resolver os problemas que estão a afectar o normal funcionamento das escolas».
Paulo Rangel rejeitou ainda que o PSD tenha recusado ou entrado em contradição por defender a suspensão do actual modelo de avaliação de desempenho dos professores, lembrando que os sociais-democratas sempre foram a favor da avaliação.
Contudo, acrescentou, o que se passa é que «o modelo concreto que está em funcionamento falhou, é um fracasso», não havendo já a possibilidade de uma avaliação «justa e eficaz».
Por isso, continuou, os sociais-democratas defendem a suspensão do actual processo e a introdução de um novo modelo de avaliação simplificado e de avaliação externa.
«Não há nenhum recuo do PSD», insistiu Paulo Rangel, considerando que a atitude do primeiro-ministro de preferir atacar os sociais-democratas em vez de resolver os problemas «diz tudo».
Lusa/SOL
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Há 11 anos
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