07.11.2008 - 17h26 Lusa
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) concordou hoje com o ex-ministro da Educação David Justino ao considerar que o sector está transformado "num campo de batalha", responsabilizando a tutela pelo clima de conflito.
"O Ministério da Educação preferiu desde o início da legislatura entrar pelas vias do conflito e confronto, muito em especial com os professores, transformando de facto a Educação num campo de batalha", afirmou Mário Nogueira. O secretário-geral da Fenprof comentava uma intervenção do ex-ministro da Educação do PSD e actual assessor de Cavaco Silva para as questões sociais, que se manifestou preocupado com a "conflitualidade" no sector.
"Enquanto transformarmos a Educação num campo de batalha, será difícil encontrarmos soluções e um rumo que possa unir as pessoas no sentido de tornar a educação uma educação de excelência", afirmou David Justino. O ex-governante social-democrata considerou ainda, em declarações à Rádio Renascença, que "a educação está a ser fustigada demais", "independentemente de saber quem tem razão e quem não tem".
"Não se percebe como é que o ministério da Educação não tenta encontrar formas de envolver todos os agentes educativos, em particular os professores, na construção de uma escola de qualidade", acrescenta o secretário-geral da Fenprof.
Os professores realizam amanhã uma manifestação nacional em Lisboa, para contestar o modelo de avaliação de desempenho, entre outras matérias, esperando uma adesão de cerca de 100 mil docentes, tal como aconteceu em Março, na "Marcha da Indignação".
O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, recusou fazer quaisquer comentários sobre as declarações de David Justino.
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